domingo, 20 de novembro de 2016

Um Yankee na R.A.F.

Título no Brasil: Um Yankee na R.A.F.
Título Original: A Yank in the R.A.F.
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry King
Roteiro: Darrell Ware, Karl Tunberg
Elenco: Tyrone Power, Betty Grable, John Sutton, Reginald Gardiner
  
Sinopse:
1941. Os Estados Unidos ainda não entraram na II Guerra Mundial. Eles procuram pela neutralidade em relação ao caos que se instala na Europa. A Inglaterra está em guerra com a Alemanha Nazista e o piloto americano Tim Baker resolve aceitar uma tentadora proposta para pilotar aviões ingleses sobre a Alemanha. O governo daquele país oferece mil dólares por missão, uma pequena fortuna na época. Em Londres Tim, por mero acaso, acaba reencontrando a corista e cantora Carol Brown (Betty Grable), uma garota que ele namorou no passado, mas que resolveu deixar de lado sem maiores explicações. Ele quer voltar para ela antes da próxima missão, mas Carol não cede aos seus galanteios, pois definitivamente não quer ser enganada novamente. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Fred Sersen e Edmund H. Hansen).

Comentários:
Antes de qualquer coisa é bom esclarecer que se você estiver em busca de um filme com bastante ação sobre a II Guerra Mundial, bem movimentado, com várias cenas de batalha aérea pelos céus da Europa, esse "A Yank in the R.A.F." não seria dos mais indicados. Isso porque o roteiro claramente valoriza mais o romance entre a corista interpretada por Betty Grable e o piloto americano de Tyrone Power do que qualquer outra coisa. Só para se ter uma ideia do que estou escrevendo basta saber que nada mais do que dois terços do filme é quase que exclusivamente apoiado no vai e vem do namorico entre eles. Power interpreta um sujeito audacioso, galanteador, mas também bem dado a piadinhas e gracinhas. Grable é a corista que no passado foi enganada por sua lábia. Eles se reencontram na Inglaterra, nas vésperas dos Estados Unidos entrarem na guerra, e recomeça o jogo de sedução entre o casal. Power avança, mas Betty Grable contém suas cantadas. Ela aliás vai muito bem, obrigada, com mais dois outros oficiais ingleses lhe cortejando o tempo todo. 

Um deles até lhe propõe casamento! Por que daria bola para aquele americano falastrão e de certo modo enganador? Um Dom Juan tardio? Claro que no fundo ela gosta de suas investidas, mas mantém a posição de durona em relação a ele. Nesse meio tempo aproveita para cantar e encantar pois ainda era bastante jovem e bonita quando o filme foi realizado. Ela tinha apenas 25 anos quando a fita foi rodada e está realmente uma graça em cena. Já Power... bom, o estilo de seu personagem não ajuda muito. Ele é muito gaiato para que nos importemos com o que vai lhe acontecer. O roteiro tenta traçar a personalidade de alguém muito simpático e sorridente, mas que no final só o deixa meio chato e inconveniente. Pois bem, depois de 70 minutos desse romance indeciso entre Power e Grable finalmente o filme apresenta uma boa cena de ação, um bombardeiro aéreo sobre Berlim. Os efeitos especiais usados nessa sequência (com uso de maquetes e outras técnicas, inclusive desenhos animados) ajuda um pouquinho a despertar, mas o teor de ação é realmente minimizado. Assim se você estiver em busca de um bom filme de guerra, daqueles mais tradicionais, desista. Por outro lado se a procura for por um romance bem ao estilo dos anos 40 então o filme certamente lhe é indicado. Em suma, uma (quase) comédia romântica com a Guerra Mundial como pano de fundo. Até simpático, mas nada muito além disso.

Pablo Aluísio.

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