domingo, 16 de outubro de 2016

Aproximando-se do Desconhecido

Título no Brasil: Aproximando-se do Desconhecido
Título Original: Approaching the Unknown
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mark Elijah Rosenberg
Roteiro: Mark Elijah Rosenberg
Elenco: Mark Strong, Luke Wilson, Sanaa Lathan, Anders Danielsen Lie, Charles Baker, Whit K. Lee
  
Sinopse:
O astronauta William D. Stanaforth (Mark Strong) é escolhido para ser o primeiro homem a pisar em Marte. Ele desenvolveu um mecanismo muito eficiente que consegue produzir água apenas utilizando material inorgânico, como o próprio solo. Algo que seria vital para uma colonização a longo prazo do planeta vermelho. Durante a longa viagem de 270 dias Stanaforth começa a sentir o peso e a pressão de sua posição. Para piorar, as experiências que deveria fazer a bordo começam a dar errado, colocando em risco o sucesso da missão.

Comentários:
A colonização de Marte ainda faz parte da mera ficção. Esse filme tenta mostrar como seria a chegada do primeiro homem naquele mundo hostil e estéril. Há muitos anos se fala em colonizar Marte, porém a ciência ainda enfrenta desafios enormes. Como manter a vida em um planeta onde as temperaturas são inadequadas e a água (elemento vital para a manutenção da vida) é inexistente? O filme tenta trazer algumas respostas apostando em um reator que consegue recombinar molecularmente elementos químicos (como o Hidrogênio e o Oxigênio) para criar H2O, ou seja, a água. No começo tudo sai tão certo que o inventor do tal mecanismo, William D. Stanaforth, é escolhido para ser o primeiro homem em Marte. O problema é que essa primeira viagem será apenas de ida (sem volta) pois é necessário que alguém fique em Marte preparando o terreno para a chegada dos primeiros colonizadores. Stanaforth, um homem amargurado que não tem nada a perder, topa o desafio. A questão que se coloca logo no começo do filme é como ele teria sido escolhido (o roteiro não entra em maiores detalhes). Conforme a missão avança percebemos que o equilíbrio externo que o astronauta demonstra é pura fachada, pois ele tem muitas crises existenciais, algo que seria completamente inadequado para uma missão como a mostrada no filme. O roteiro assim tenta criar um clima que lembra em certos aspectos o clássico "2001", mas claro sem a profundidade da obra prima de Kubrick. Questões filosóficas ou existenciais nunca são muito desenvolvidas, mas estão lá, pelo menos superficialmente. A melhor frase do filme inclusive é dita pelo astronauta sobre o seu destino: "Marte é um lugar onde nunca nada viveu e nunca nada morreu. Provavelmente eu viverei para sempre ao chegar lá". No final o que temos é uma produção interessante, curta (menos de 80 minutos de duração) que não se preocupa muito em ser pretensiosa. Mesmo assim vale a pena conhecer. Filme premiado no Sundance Film Festival.

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. Avaliação:
    Direção: ★★★
    Elenco: ★★★
    Produção: ★★★
    Roteiro: ★★★
    Cotação Geral: ★★★
    Nota Geral: 7.4

    Cotações:
    ★★★★★ Excelente
    ★★★★ Muito Bom
    ★★★ Bom
    ★★ Regular
    ★ Ruim

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  2. Duas coisas:
    1ª) coloniza o inóspito Marte pra que, se não sabemos viver em harmonia nem com o hospitaleira Terra que Deus nos propiciou?

    2ª) O Mark Strong é um ótimo ator, com muita presença (vide Sherlock Holmes 1) e, também, muito refinado, como no caso do filme inglês Irmãos de Sangue, em que ele demonstra como fazer um vilão "justo" com as devidas sutilezas de personalidade que nos faz torcer por um ladrão assassino.

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  3. Talvez o homem chegue a Marte algum dia. Só não acredito que será nessa geração. É algo absurdamente caro e como você mesmo escreveu, sem nenhum resultado prático. Se um dia isso acontecer será apenas pelo desafio, nada mais. Em relação ao Mark Strong, concordo plenamente. Ele segura esse filme sozinho pois praticamente só há ele em cena.

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