O Selvagem
Na foto Marlon Brando surge em cena como Johnny, o motoqueiro rebelde do clássico "O Selvagem". O filme se tornou um ícone da cultura pop e Brando virou ídolo da juventude transviada dos anos 50. A despeito disso o próprio ator não gostou muito do resultado final, afirmando anos depois em sua autobiografia que havia achado o filme "muito curto e violento". Sua imagem porém ultrapassou rapidamente a barreira do tempo, se tornando um verdadeiro símbolo daqueles anos.
Brando e o Oscar
Na foto Marlon Brando posa ao lado do Oscar ganho por sua atuação no filme "Sindicato de Ladrões" de 1954. Na película o ator interpretava Terry Malloy, um boxeador fracassado que entrava numa rede criminosa envolvendo um poderoso e corrupto sindicato de Nova Iorque. Na ocasião Brando compareceu à cerimônia na Academia e polidamente recebeu o prêmio. Algo bem diferente iria acontecer décadas depois quando voltou a vencer o Oscar por sua atuação em "O Poderoso Chefão". Nessa segunda premiação Brando recusou o prêmio alegando protestar contra a forma que o cinema americano retratava o povo nativo da América nas telas.
Brando e os Panteras Negras
Ao longo de sua vida o ator Marlon Brando defendeu várias causas, entre elas a dos nativos e negros americanos. Na foto acima Brando posa ao lado de um grupo de jovens do grupo radical Panteras Negras. Seu apoio valeu todo tipo de oposição por parte de grupos de supremacia branca. Ao sair nas ruas Brando teve que lidar com o preconceito por causa de suas posições políticas. Em determinado momento precisou de ajuda para sair ileso do cerco de um grupo de membros da KKK que o acusava de ser "um safado que adora negros".
Eles e Elas
Foto promocional do filme "Eles e Elas" (Guys and Dolls, EUA, 1955), o primeiro e único musical da carreira de Marlon Brando. Dirigido por Joseph L. Mankiewicz o roteiro do filme era baseado numa peça da Broadway. Brando quase não aceitou o convite para trabalhar na produção por dois motivos básicos: o primeiro era que ele não sabia cantar e o segundo era que teria que contracenar com um dos maiores cantores de todos os tempos, Frank Sinatra. Mesmo a contragosto acabou aceitando o desafio. Suas músicas foram montadas no estúdio, onde os engenheiros de som compilaram centenas e centenas de gravações de Brando tentando fazer bonito na trilha sonora. Já no set a convivência não foi muito boa entre ele e Sinatra. O cantor se irritava com a mania de Brando em ter que discutir todas as cenas, cada diálogo com o diretor. Para Sinatra tudo isso era "uma besteira típica dos atores de Nova Iorque".
Marlon Brando - Julius Caesar
O ator Marlon Brando posa para foto promocional do filme Julius Caesar (Júlio César, no Brasil), dirigido por Joseph L. Mankiewicz com roteiro baseado na famosa peça escrita por William Shakespeare. A clássica história de poder e traição contou com Brando interpretando o general Marco Antônio, braço direito de César e um dos homens que tentaram vingar sua morte no senado romano nos idos de março. Em cena Brando teve uma grande oportunidade na famosa cena em que o militar discursa após a morte de seu amigo e mentor. Anos depois o ator lamentaria a falta de uma maior experiência na profissão. Para Brando o texto de Shakespeare era demasiadamente complexo e profundo para alguém tão jovem como ele na época.
Marlon Brando - Viva Zapata!
No filme "Viva Zapata!" o ator Marlon Brando interpretou o revolucionário Emiliano Zapata. Desde o começo das filmagens Brando achava que não era o ator ideal para interpretar o mexicano. Consciente, Brando acreditava que apenas alguém do México poderia interpretar de forma convincente o personagem. Mesmo assim acabou sendo convencido pelo diretor Elia Kazan a aceitar o convite. Com roteiro escrito pelo conceituado John Steinbeck o filme prometia bastante a tal ponto que Brando engoliu várias convicções pessoais para trabalhar melhor. Para sua caracterização o ator resolveu adotar um enorme bigode, tal como Zapata na vida real. Assim que viu seu visual o produtor Darryl F. Zanuck mandou Brando aparar o bizarro bigodão, algo que Brando fez, mas não sem antes reclamar bastante disso.
Marlon Brando e Jean Peters
Na foto Marlon Brando contracena com a bela Jean Peters no filme "Viva Zapata" de 1952. Jean interpretava Josefa Zapata, sua esposa e companheira fiel. Durante os preparativos para a cena Brando ficou chocado com a atitude do produtor Darryl F. Zanuck, o todo poderoso da Fox na época. Como recorda em sua autobiografia, Zanuck ficou irado com a maquiagem que estava sendo utilizada em Jean. Em sua preconceituosa visão ela estava "ficando preta demais" para seu gosto. Zanuck acreditava que ninguém pagaria para ver um filme com uma mulher de cor como uma das protagonistas. Assim ele mandou refazer todo o trabalho, inclusive com a gravação de novas tomadas, com Jean já com o tom de pele que ele considerava a certa. Para Zanuck pouco importava que ela interpretasse uma mexicana morena queimada pelo sol do campo. Para Zanuck isso era de menor importância. Veracidade histórica não estava em jogo, mas sim a beleza de Jean Peters frente às câmeras.
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
ResponderExcluirPablo Aluísio.