quarta-feira, 30 de maio de 2007

Joan Fontaine / Vivien Leigh / Marilyn Monroe / Clark Gable / Audrey Hepburn / Errol Flynn

Joan Fontaine
Irmã mais jovem de Olivia de Havilland, Joan de Beauvoir de Havilland ou Joan Fontaine, teve uma carreira tão maravilhosa como a de sua irmã. Mais elegante, muito fina e especializada em personagens sofisticados, Joan foi um brilho de classe em uma Hollywood já tão charmosa e glamorosa. Curiosamente Joan nasceu no Japão, quando seus pais britânicos estavam no oriente tratando de interesses profissionais. No começo desejava ser modelo pois inegavelmente era uma linda mulher. Depois com o sucesso da irmã Olivia ela entendeu que havia uma promissora carreira no cinema. Uma sábia decisão pois se deu muito bem na nova profissão. Foi indicada três vezes ao Oscar por "Rebecca, A Mulher Inesquecível" de Alfred Hitchcock, "De Amor Também Se Morre" e "Suspeita", novamente com o mestre do suspense na direção. Por esse último filme foi finalmente premiada, se tornando assim a única atriz a vencer o Oscar em um filme dirigido por Hitchcock. Na foto Joan posa com um vestido assinado pela conhecida figurinista das estrelas, Edith Head.

Vivien Leigh
Leigh ficou imortalizada na história do cinema no papel de Scarlett O'Hara no grande clássico "E O Vento Levou". Sua carreira porém foi muito mais importante e produtiva do que muitos pensam. Em 40 anos de carreira Vivien estrelou poucos filmes, mas sempre escolhidos com grande critério. Dona de uma beleza ímpar em sua juventude a atriz conseguia reunir um rosto bonito com uma mente afiada. Era inteligente e muito perspicaz com as escolhas que fazia. Nas duas únicas vezes em que foi indicada ao Oscar venceu o prêmio. A primeira por "E O Vento Levou" e a segunda por "Uma Rua Chamada Pecado" onde atuou ao lado de um dos grandes atores da história, Marlon Brando. Com direção de Elia Kazan e texto do grande dramaturgo Tennessee Williams ela interpretou a perturbada Blanche DuBois. Sobre atuar ao seu lado Brando foi enfático ao dizer que não havia diferenças entre Leigh e Blanche. Ambas tinham a personalidade bem semelhantes, dentro e fora das telas.
Os Desajustados
Marilyn Monroe e Clark Gable se abraçam no set de filmagem do clássico "Os Desajustados" de 1961, filme dirigido por John Huston. Apesar da imagem demonstrar um grande afeto entre ambos a verdade foi que essa logo se tornou uma relação turbulenta. Marilyn se mostrou muito insegura, faltando e atrasando todos os dias para o trabalho. Essa falta de profissionalismo dela logo começou a incomodar Gable que precisava ficar longas horas no deserto esperando ela aparecer para filmar. Anos depois escritos de Marilyn mostraram que ela havia criado uma estranha ligação emocional com o ator, algo que vinha desde a sua infância quando começou a associar a imagem de Clark Gable a uma figura paterna que era ausente em sua vida. Freud explicaria bem essa obsessão. De uma forma ou outra, mesmo que indiretamente ou de forma inconsciente, Marilyn começou a "punir" o ator que não sabia de nada do que estava acontecendo na mente da atriz. Infelizmente o filme se tornaria a despedida deles do cinema. Gable morreria logo após o fim das filmagens aos 59 anos de idade e Marilyn também seria encontrada morta em sua casa antes que viesse a concluir outro filme para a Fox.

Roman Holiday
Gregory Peck e Audrey Hepburn jogam cartas no set de filmagens de A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday, EUA, 1953). Dirigido por William Wyler o filme demonstrou que uma comédia romântica leve, com muita sutileza, também poderia ganhar a simpatia da antipática crítica americana. Curiosamente o veterano cineasta recusou várias vezes a direção do filme. Afirmava que estava velho demais para trabalhar em uma locação estrangeira. Apenas o esforço do ator Gregory Peck conseguiu mudar sua opinião. E Peck quase não esteve no filme também. O estúdio tinha preferência por Cary Grant, mas esse com vários projetos em andamento precisou declinar do convite. Como afirmou depois em entrevistas se arrependeu muito de não ter estrelado o filme. Já os produtores da Paramount logo descobriram que Audrey era mesmo uma jóia rara. Para agradá-la o estúdio resolveu presenteá-la com todo o figurino do filme, desde vestidos, chapéus e sapatos. Como Audrey era considerada um ícone da moda o produtor Lester Koenig afirmou que o guarda roupa elegante do filme não poderia estar em melhores mãos.

Errol Flynn
Foto promocional do ator australiano (naturalizado americano) Errol Flynn pelos estúdios da Warner Bros. Ele foi um dos maiores campeões de bilheteria nas décadas de 1930 e 1940, justamente em um período de grandes mudanças técnicas na história do cinema. O som havia chegado e toda uma geração do cinema mudo foi substituída por novos ídolos da nova era sonora. Boa pinta, com cara de galã, Flynn logo se tornou na grande aposta da Warner em conquistar todo um novo mercado que nascia. Ao lado do diretor Michael Curtiz o ator se tornou um astro absoluto, verdadeiro ícone de popularidade, superando até mesmo Douglas Fairbanks, modelo ao qual se inspirava em cena. O auge de Errol Flynn durou por duas décadas até que problemas pessoais envolvendo drogas, bebidas, mulheres, brigas e processos mancharam sua estrela. De qualquer maneira seus filmes são a prova viva da grande excelência técnica que Hollywood já possuía naqueles tempos pioneiros. Ele sempre será lembrado como o Robin Hood ou o eterno aventureiro dos sete mares nas diversas aventuras épicas que estrelou. Flynn morreu em 1959, aos 50 anos, mas seus filmes lhe garantiram a imortalidade.

Pablo Aluísio.

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