domingo, 10 de março de 2002

Textos Avulsos - Edição XVII

Serial Killers Vol. V
O Filho de Sam
Serial Killer sempre lembrado na crônica policial dos Estados Unidos. Ele aterrorizou Nova Iorque entre os anos de 1976 a 1977. Escolhia suas vítimas de forma completamente ao acaso, mas geralmente matava casais de namorados, mostrando uma faceta de ódio e ressentimento contra esse tipo de situação. Usando uma arma de calibre 44, conhecida como Bulldog, ele atirava pela janela dos carros desses casais, geralmente quando estavam estacionados em alguma rua mal iluminada dos bairros do Queens ou Bronx. 

David Berkowitz teve uma infância infeliz e solitária. Ele foi levado para adoção pelo pai após a morte da mãe no parto. Acabou sendo adotado por uma casal judeu chamado Berkowitz. Eram boas pessoas, mas o mal no Filho de Sam era enraizado. Ele dizia receber ordens do cachorro do vizinho que lhe mandava matar em nome de Sam, que seria uma espécie de anjo demoníaco. Maldito maluco perverso!

O Filho de Sam foi febre dentro da imprensa de Nova Iorque em sua época. A população ficou aterrorizada. Ele matava jovens casais de namorados e as pessoas começaram a se sentir com medo de sair às ruas da cidade pela noite. Acabou sendo pego por um erro primário pois foi multado por estacionar o carro ao lado de um hidrante de rua, em uma das cenas de seus crimes. Ainda vive e cumpre diversas penas perpétuas. Atualmente se diz arrependido e se auto declara um "cristão renascido"!. 

Richard Ramirez  
Acabei de assistir um episódio da série do ID chamada "Dementes". Foi a história de Richard Ramirez, psicopata chicano que aterrorizou Los Angeles nos anos 80. Ele entrava na casa das famílias, matava os homens, os pais de família, estuprava as mulheres, crianças, inclusive sodomizando suas vítimas e depois escrevia nas paredes pentagramas de magia negra. Era um verdadeiro psicopata, no uso mais correto e singular do termo.

Matou dezenas de pessoas até ser pego pela polícia. E pensar que um assassino desses no Brasil provavelmente ficaria impune ou então cumpriria uma pena de no máximo 4 a 5 anos. Isso depois de matar em série, com requintes de crueldade. As investigações policiais em nosso país são tão ineficientes que ele jamais pagaria pela maioria dos crimes que cometeu.

A série procura por uma resposta pelos crimes do Ramirez, mas no fundo não encontra. Ele tinha um tio veterano da guerra do Vietnã que gostava de se gabar de ter matado e estuprado na guerra, mas isso obviamente não poderia explicar tudo. Nem tudo tem respostas. O psicopata é um matador por definição. Faz parte de sua natureza. Como não sente nada por suas vítimas ele não se identifica, não se solidariza com outro ser humano. Mata como quem mataria um inseto. Sem sentimentos, sem remorsos.

Ouvinte de música hardcore, de Heavy Metal e rock pauleira, com letras satânicas, em especial da banda AC/CD, ele se dizia satanista. Um louco turbinado por metal pesado. Ele foi condenado à morte, mas de recurso em recurso conseguiu sobreviver anos e mais anos na prisão de San Quentin. A Califórnia, considerado um estado americano liberal, possui um sistema recursal pouco eficiente. Se tivesse sido preso em um estado mais conservador, como o Texas, por exemplo, seria executado em poucos meses. Era um psicopata irreversível que jamais poderia voltar para a sociedade. A pena de morte é uma resposta à sociedade por seus crimes violentos. Eis a verdade da vida, quer você queira ou não.

Pablo Aluísio. 

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