10 Frases de Jim Morrison
Embora tenha feito sucesso como rockstar, Jim Morrison, um jovem estudante do curso de cinema da UCLA, queria mesmo era virar escritor e poeta. Por isso ele levava esses aspectos de literatura para seus discos de rock. Não é por outra razão que as letras dos discos dos Doors ainda hoje são consideradas as melhores daquele período do rock americano. E além de escrever e publicar livros de poesia, Jim Morrosn também gostava de falar frases de efeito. Segue abaixo dez frases que marcaram o cantor na imprensa de sua época, além de outras que foram retiradas de suas canções e de seus poemas publicados.
1. "Cancele minha inscrição para a ressurreição, envie minhas credenciais para a casa de detenção, tenho muitos amigos lá..."
2. "As pessoas temem mais a morte do que a dor. É estranho que tenham medo da morte. No ponto da morte, a dor acaba..."
3. "Queremos o mundo e o queremos...agora!"
4. "Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa; e particularmente as atividades que parecem não ter nenhum sentido..."
5. "A única obscenidade que conheço é a violência..."
6. "O futuro é incerto e o fim está sempre perto!"
7. "Alguns nascem para o suave deleite; outros para os confins da noite..."
8. "Somos caminhantes da tempestade..."
9. "Sou o Rei Lagarto! Posso fazer tudo!"
10. "Esse é o fim... o meu único amigo... o fim!"
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Rita Lee (1979)
Esse álbum da Rita Lee impressiona pela quantidade de sucessos. Das nove faixas, praticamente sete delas se tornaram grandes sucessos nas rádios da época. Essa á uma marca que só vi acontecer em álbuns como "Thriller" do Michael Jackson ou então dentro do cenário nacional nos LPs de estreia do Ultraje a Rigor e RPM. Uma vocação ao sucesso muito rara de acontecer. E pensar que a querida Rita Lee havia sido praticamente expulsa dos Mutantes. Ela não curtia mais o som da banda. Os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias queriam transformar a banda em um grupo de rock progressivo e a Rita Lee achava aquilo tudo um saco. Afinal ela sempre ia para o lado mais do humor, da diversão.
De certa maneira foi uma jogada de sorte. Fora dos Mutantes a Rita Lee criou seu próprio destino. Ela montou uma nova banda e saiu em carreira solo. E não deu outra. Foi um disco de sucesso atrás do outro, culminando em álbuns como esse e "Lança Perfume" onde praticamente todas as músicas se tornavam sucesso. Parecia mais coletâneas de sucessos e não discos de carreira. Esse LP de 1979 em particular vendeu meio milhão de cópias, um ótimo resultado comercial. Turbinada pela gravadora que pertencia ao grupo Globo, a Rita Lee atingiu o pico do sucesso. Enquanto isso os Mutantes sumiam do mapa. Confira a lista das canções abaixo e veja o número incrível de hits em um só disco. Na época eu era apenas um garoto, mas me lembro perfeitamente de praticamente todas as faixas. Um feito incrível mesmo.
Rita Lee (1979)
1. Chega Mais
2. Papai me Empresta o Carro
3. Doce Vampiro
4. Corre-Corre
5. Mania de Você
6. Elvira Pagã
7. Maria Mole
8. Arrombou a Festa II
Pablo Aluísio.
De certa maneira foi uma jogada de sorte. Fora dos Mutantes a Rita Lee criou seu próprio destino. Ela montou uma nova banda e saiu em carreira solo. E não deu outra. Foi um disco de sucesso atrás do outro, culminando em álbuns como esse e "Lança Perfume" onde praticamente todas as músicas se tornavam sucesso. Parecia mais coletâneas de sucessos e não discos de carreira. Esse LP de 1979 em particular vendeu meio milhão de cópias, um ótimo resultado comercial. Turbinada pela gravadora que pertencia ao grupo Globo, a Rita Lee atingiu o pico do sucesso. Enquanto isso os Mutantes sumiam do mapa. Confira a lista das canções abaixo e veja o número incrível de hits em um só disco. Na época eu era apenas um garoto, mas me lembro perfeitamente de praticamente todas as faixas. Um feito incrível mesmo.
Rita Lee (1979)
1. Chega Mais
2. Papai me Empresta o Carro
3. Doce Vampiro
4. Corre-Corre
5. Mania de Você
6. Elvira Pagã
7. Maria Mole
8. Arrombou a Festa II
Pablo Aluísio.
Carl Perkins
Carl Perkins (1932 - 1998) foi um dos verdadeiros pais do Rock ´n´ Roll. Nascido em Tiptonville, Tennessee, de origem bastante humilde, Perkins começou sua carreira na mesma Sun Records que também havia descoberto Elvis Presley, entre outros pioneiros do rock. Autor de "Blue Suede Shoes", um dos maiores sucessos de Elvis, Perkins teve sua carreira prejudicada por um acidente de carro que o tirou de circulação por vários anos. Isso porém não impediu que grandes nomes da música gravassem canções escritas por Perkins em seus discos, inclusive Beatles, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis e Roy Orbison.
De certa maneira ele foi o artista da geração Sun Records que mais foi prejudicado pelo destino. A sorte definitivamente não lhe sorriu ao longo dos anos. Como sua carreira foi interrompida muito brevemente, ele nunca teve a chance de assinar com uma grande gravadora ou de fazer longas turnês de sucesso. Apenas basicamente sobreviveu dos direitos autorais de suas canções A sorte que teve nesse caso foi a de que Elvis os Beatles gravaram músicas de sua autoria. Caso contrário ele definitivamente iria passar por uma situação crítica.
Em 1982 Paul McCartney fez uma homenagem ao músico em seu álbum "Tug of War". Em 1987 ele foi homenageado entrando para o Hall da Fama do Rock and Roll. Já a revista Rolling Stone reconheceu seu talento como guitarrista o inserindo na lista dos cem maiores guitarristas de todos os tempos (The 100 Greatest Guitarists of All Time). Um justo reconhecimento.
Pablo Aluísio.
De certa maneira ele foi o artista da geração Sun Records que mais foi prejudicado pelo destino. A sorte definitivamente não lhe sorriu ao longo dos anos. Como sua carreira foi interrompida muito brevemente, ele nunca teve a chance de assinar com uma grande gravadora ou de fazer longas turnês de sucesso. Apenas basicamente sobreviveu dos direitos autorais de suas canções A sorte que teve nesse caso foi a de que Elvis os Beatles gravaram músicas de sua autoria. Caso contrário ele definitivamente iria passar por uma situação crítica.
Em 1982 Paul McCartney fez uma homenagem ao músico em seu álbum "Tug of War". Em 1987 ele foi homenageado entrando para o Hall da Fama do Rock and Roll. Já a revista Rolling Stone reconheceu seu talento como guitarrista o inserindo na lista dos cem maiores guitarristas de todos os tempos (The 100 Greatest Guitarists of All Time). Um justo reconhecimento.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Prince
Qual foi a causa da morte do Prince? Durante alguns meses essa pergunta ficou sem resposta, pelo menos uma resposta oficial. Nessa semana finalmente foi divulgado que o Prince morreu de uma overdose de uma droga que segundo especialistas é cinquenta vezes mais poderosa do que a famigerada heroína! Segundo o exame de toxicidade em seu corpo havia fentanyl suficiente para matar não apenas um ser humano, mas vários. A dose estava excessivamente alta. Havia a taxa de 67.8 microgramas de Fentanyl em seu organismo, sendo que segundo algumas pesquisas bastaria 5 mg para matar uma pessoa. Ou seja, trocando em miúdos, além de ter tomado uma droga 50 vezes mais forte do que a heroína, o Prince ainda tomou uma dose quase 10 vezes mais fatal.
Ele teria se suicidado? Teria algum problema psicológico? Bom, em minha opinião alguém que agride seu próprio corpo nessa intensidade não poderia estar agindo em sã consciência, com plena capacidade de compreender que estaria na verdade se matando ao tomar uma droga tão poderosa em dose tão excessiva. O que se passa na mente desses músicos que ao conquistarem fama, sucesso e riqueza, é algo que me deixa intrigado até os dias de hoje. O caso do Prince não é isolado. Antes deles vários astros da música acabaram com sua própria vida ao abusarem de drogas poderosas e letais. É complicado entender a mente de uma pessoa que conquista tudo e resolve perder igualmente tudo da noite para o dia.
PS: O texto acima foi escrita por ocasião da morte do cantor e compositor Prince, por isso algumas observações já foram superadas. O centro da mensagem porém segue interessante. Grato pela atenção.
Pablo Aluísio.
Ele teria se suicidado? Teria algum problema psicológico? Bom, em minha opinião alguém que agride seu próprio corpo nessa intensidade não poderia estar agindo em sã consciência, com plena capacidade de compreender que estaria na verdade se matando ao tomar uma droga tão poderosa em dose tão excessiva. O que se passa na mente desses músicos que ao conquistarem fama, sucesso e riqueza, é algo que me deixa intrigado até os dias de hoje. O caso do Prince não é isolado. Antes deles vários astros da música acabaram com sua própria vida ao abusarem de drogas poderosas e letais. É complicado entender a mente de uma pessoa que conquista tudo e resolve perder igualmente tudo da noite para o dia.
PS: O texto acima foi escrita por ocasião da morte do cantor e compositor Prince, por isso algumas observações já foram superadas. O centro da mensagem porém segue interessante. Grato pela atenção.
Pablo Aluísio.
Memphis Celebrates 50 Years of Rock n Roll
50 anos depois da gravação do que para muitos foi o primeiro Rock'n Roll da história, na legendária Sun Records, no dia 05 de julho de 1954, milhares de pessoas celebraram esta data histórica com uma série de eventos em Memphis - lugar onde este ritmo também nasceu e onde o maior ídolo do Rock de todos os tempos, Elvis Presley, iniciou sua carreira. E nada melhor do que comemorar com música. Assim foi lançado esse CD especial, que teve em sua seleção várias gravações originais de artistas que fizeram parte do nascimento do mais popular ritmo do século XX. Todos passaram por Memphis em algum momento de sua carreira. A seleção é de peso e conta com Elvis Presley, Johnny Cash, Aretha Franklin, B.B. King, Otis Redding, Jerry Lee Lewis, Roy Orbinson e Dusty Springfield, dentre outros. Não gosto muito de coletâneas mas elas tem seus méritos, entre eles iniciar os jovens na história do rock mundial dando a eles a oportunidade de ouvir o som dos pioneiros do ritmo em gravações originais. Depois de uma apresentação como essa se pode partir para vôos mais altos certamente.
Na verdade embora alguns fãs procurem pelo marco zero do nascimento do Rock os historiadores concordam que esse momento simplesmente não existiu. Na verdade o ritmo que ficou conhecido como Rock ´n´ Roll nada mais foi do que uma criação realmente coletiva, que contou com centenas de artistas, famosos ou não, negros e brancos, que foram ao longo dos anos incorporando novidades, fundindo outros gêneros, até dar uma alma ao novo estilo musical. A própria seleção musical desse CD reflete bem isso. Lá estão "Rocket 88" de Jackie Brenston bem ao lado de "That's All Right" de Elvis Presley, sendo as duas canções geralmente associadas ao nascimento do rock. Para muitos a primeira música, "Rocket 88", seria a primeira gravação de rock da história, já para os fãs de Elvis a segunda, "That's All Right", teria essa primazia. No fundo isso não tem a relevância que muitos desejam, o que importa mesmo é desfrutar da excelente seleção musical desse título que mostra como é maravilhosa a sonoridade dos primeiros rocks gravados. Um sopro de ar fresco musical que jamais se repetiria novamente.
Memphis Celebrates 50 Years of Rock 'n' Roll (2004)
1. Rocket 88 - Jackie Brenston
2. That's All Right - Elvis Presley
3. Blue Suede Shoes - Carl Perkins
4. I Walk The Line - Johnny Cash
5. Ooby Dooby - Roy Orbison
6. Great Balls Of Fire - Jerry Lee Lewis
7. Last Night - The Mar-Keys
8. Green Onions - Booker T & the MG's
9. Rock Me Baby - B.B. King
10. Wooly Bully - Sam The Sham and the Pharaohs
11. The Dark End Of the Street - James Carr
12. Respect - Aretha Franklin
13. The Letter - The Box Tops
14. Soul Man - Sam & Dave
15. (Sittin' On) The Dock Of The Bay - Otis Redding
16. Memphis Train - Rufus Thomas
17. Son Of A Preacher Man - Dusty Springfield
18. Suspicious Minds - Elvis Presley
19. Theme From Shaft - Isaac Hayes
20. Let's Stay Together - Al Green
21. I'll Take You There - Staple Singers
Pablo Aluísio.
Na verdade embora alguns fãs procurem pelo marco zero do nascimento do Rock os historiadores concordam que esse momento simplesmente não existiu. Na verdade o ritmo que ficou conhecido como Rock ´n´ Roll nada mais foi do que uma criação realmente coletiva, que contou com centenas de artistas, famosos ou não, negros e brancos, que foram ao longo dos anos incorporando novidades, fundindo outros gêneros, até dar uma alma ao novo estilo musical. A própria seleção musical desse CD reflete bem isso. Lá estão "Rocket 88" de Jackie Brenston bem ao lado de "That's All Right" de Elvis Presley, sendo as duas canções geralmente associadas ao nascimento do rock. Para muitos a primeira música, "Rocket 88", seria a primeira gravação de rock da história, já para os fãs de Elvis a segunda, "That's All Right", teria essa primazia. No fundo isso não tem a relevância que muitos desejam, o que importa mesmo é desfrutar da excelente seleção musical desse título que mostra como é maravilhosa a sonoridade dos primeiros rocks gravados. Um sopro de ar fresco musical que jamais se repetiria novamente.
Memphis Celebrates 50 Years of Rock 'n' Roll (2004)
1. Rocket 88 - Jackie Brenston
2. That's All Right - Elvis Presley
3. Blue Suede Shoes - Carl Perkins
4. I Walk The Line - Johnny Cash
5. Ooby Dooby - Roy Orbison
6. Great Balls Of Fire - Jerry Lee Lewis
7. Last Night - The Mar-Keys
8. Green Onions - Booker T & the MG's
9. Rock Me Baby - B.B. King
10. Wooly Bully - Sam The Sham and the Pharaohs
11. The Dark End Of the Street - James Carr
12. Respect - Aretha Franklin
13. The Letter - The Box Tops
14. Soul Man - Sam & Dave
15. (Sittin' On) The Dock Of The Bay - Otis Redding
16. Memphis Train - Rufus Thomas
17. Son Of A Preacher Man - Dusty Springfield
18. Suspicious Minds - Elvis Presley
19. Theme From Shaft - Isaac Hayes
20. Let's Stay Together - Al Green
21. I'll Take You There - Staple Singers
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Zelota - A Vida e a Época de Jesus de Nazaré
Nesse fim de semana terminei a leitura do livro "Zelota - A Vida e a Época de Jesus de Nazaré" do autor iraniano Reza Aslan. Apesar de sua origem, de formação muçulmana, o escritor foi logo cedo morar nos Estados Unidos onde se tornou cristão. Na verdade, como ele próprio confessa no livro, jamais sua família foi muito religiosa, apesar de terem nascido no Irã, um dos berços do radicalismo fundamentalista islâmico. Como cristão ele se apaixonou pela história de Jesus Cristo e quando entrou para a universidade resolveu ir atrás do Jesus histórico e não apenas do Jesus dos evangelhos. Durante anos pesquisou fontes históricas imparciais sobre Jesus e desse estudo nasceu o livro.
Para Aslan o Jesus histórico foi de certa maneira muito diferente do Jesus que chegou até nós. Segundo sua teoria o Jesus da Bíblia é de certa maneira uma criação de Paulo, um judeu de formação helenista que não chegou a conhecer Jesus pessoalmente. Para reforçar sua tese Aslan disseca o mundo político e social em que Jesus viveu e as influências do meio em sua vida. Para o escritor o Jesus real da história tem muito mais a ver com o Messias tradicional pelo qual os judeus há tanto esperavam. E qual era esse Messias? Certamente não era aquele que vinha para divulgar a paz e o amor de Deus entre os homens, mas sim o revolucionário que almejava a expulsão dos romanos da Judeia. E foi por essa razão que o escritor resolveu chamar o livro de Zelota, pois esse foi um movimento religioso político muito importante naqueles tempos. O próprio Jesus seria assim, ele mesmo, uma espécie de Zelota, alguém que primava pelo Zelo da fé judaica, pelas tradições religiosas de seu povo judeu e pelo Templo. Nada muito além disso.
Aslan assim enxerga o surgimento desse outro Jesus, o do pacifista e do Deus encarnado. Para ele essa foi uma criação dos escritos de Paulo, algo que entrou em choque frontalmente com os primeiros cristãos liderados por Tiago, o Justo, que seria supostamente o irmão de Jesus, também filho de Maria. O autor defende a tese que após a morte de Jesus a chamada igreja primitiva ficou em Jerusalém, comandada e chefiada por Tiago e os demais apóstolos que ainda estavam vivos (entre eles, Pedro). Essa era chamada de assembleia mãe, por ser formada basicamente pelas pessoas que andaram ao lado de Jesus. Quando Paulo começou a pregar e escrever sobre Jesus, criando assim a figura do Cristo, a igreja primitiva de Jerusalém logo entrou em conflito com ele. Havia muitas discordâncias entre os primeiros cristãos, principalmente sobre a real importância de Jesus e a essência de sua mensagem. Paulo tinha uma visão helenista pois escrevia para o mundo grego e romano, para os gentios, enquanto Tiago, Pedro e os primeiros seguidores de Jesus (chamados de hebreus), queriam que a mensagem de Jesus se enquadrasse completamente dentro dos princípios do judaísmo tradicional.
Com a destruição do templo de Jerusalém e a morte de milhares de judeus (entre eles praticamente toda a igreja primitiva dos que andaram ao lado de Jesus) a visão de Paulo enfim se tornou vitoriosa sob o ponto de vista histórico. A pergunta que o autor Aslan então debate é: essa visão teve realmente algo a ver com o verdadeiro Jesus histórico? Citando documentos antigos, trechos da bíblia e estudos acadêmicos, o escritor quer deixar claro em seu livro que há sim uma grande diferença entre o galileu que andou e pregou na Judeia dominada pelos romanos e o Messias que emerge do Novo Testamento. O primeiro teria sido um revolucionário de fato, que queria a expulsão do invasor romano da terra santa enquanto o segundo seria uma adaptação Paulina onde seu fervor nacionalista teria sido amenizado para surgir no lugar um pregador de um mundo mais abstrato, o chamado Reino de Deus, que nada teria a ver de fato com o Império Romano.
O leitor católico deve ler esse livro com uma certa reserva. Sua tese histórica é bem elaborada, porém não me convenceu plenamente. O escritor força a barra muitas vezes, tentando manter sua tese de pé baseada muitas vezes apenas em suposições ou argumentações que nunca foram comprovadas sob o ponto de vista da história. Embora haja referências da antiguidade sobre Jesus, como Josefo que se refere a "Tiago, irmão de Jesus, a quem chamam de Messias" (a mais antiga citação histórica sobre Jesus de Nazaré), o fato é que o evangelho ainda segue sendo a principal fonte sobre a vida e a obra de Jesus. Não adianta ficar discutindo se houve ou não julgamento de Jesus perante Pilatos ou se Jesus era na verdade um mágico que enganava as pessoas. Isso jamais será provado historicamente. A vida de Jesus Cristo está tão intimamente associada a uma convicção religiosa que sempre será uma questão de fé! Como um historiador moderno poderá discutir de forma histórica o advento da ressurreição de Jesus? É simplesmente impossível. Por isso eu até recomendaria o livro para aquele que deseja saber mais sobre o quadro político histórico e social do mundo em que Jesus viveu, mas certamente não indicaria para quem está atrás do Jesus da fé, do coração de cada cristão devoto.
Pablo Aluísio.
Para Aslan o Jesus histórico foi de certa maneira muito diferente do Jesus que chegou até nós. Segundo sua teoria o Jesus da Bíblia é de certa maneira uma criação de Paulo, um judeu de formação helenista que não chegou a conhecer Jesus pessoalmente. Para reforçar sua tese Aslan disseca o mundo político e social em que Jesus viveu e as influências do meio em sua vida. Para o escritor o Jesus real da história tem muito mais a ver com o Messias tradicional pelo qual os judeus há tanto esperavam. E qual era esse Messias? Certamente não era aquele que vinha para divulgar a paz e o amor de Deus entre os homens, mas sim o revolucionário que almejava a expulsão dos romanos da Judeia. E foi por essa razão que o escritor resolveu chamar o livro de Zelota, pois esse foi um movimento religioso político muito importante naqueles tempos. O próprio Jesus seria assim, ele mesmo, uma espécie de Zelota, alguém que primava pelo Zelo da fé judaica, pelas tradições religiosas de seu povo judeu e pelo Templo. Nada muito além disso.
Aslan assim enxerga o surgimento desse outro Jesus, o do pacifista e do Deus encarnado. Para ele essa foi uma criação dos escritos de Paulo, algo que entrou em choque frontalmente com os primeiros cristãos liderados por Tiago, o Justo, que seria supostamente o irmão de Jesus, também filho de Maria. O autor defende a tese que após a morte de Jesus a chamada igreja primitiva ficou em Jerusalém, comandada e chefiada por Tiago e os demais apóstolos que ainda estavam vivos (entre eles, Pedro). Essa era chamada de assembleia mãe, por ser formada basicamente pelas pessoas que andaram ao lado de Jesus. Quando Paulo começou a pregar e escrever sobre Jesus, criando assim a figura do Cristo, a igreja primitiva de Jerusalém logo entrou em conflito com ele. Havia muitas discordâncias entre os primeiros cristãos, principalmente sobre a real importância de Jesus e a essência de sua mensagem. Paulo tinha uma visão helenista pois escrevia para o mundo grego e romano, para os gentios, enquanto Tiago, Pedro e os primeiros seguidores de Jesus (chamados de hebreus), queriam que a mensagem de Jesus se enquadrasse completamente dentro dos princípios do judaísmo tradicional.
Com a destruição do templo de Jerusalém e a morte de milhares de judeus (entre eles praticamente toda a igreja primitiva dos que andaram ao lado de Jesus) a visão de Paulo enfim se tornou vitoriosa sob o ponto de vista histórico. A pergunta que o autor Aslan então debate é: essa visão teve realmente algo a ver com o verdadeiro Jesus histórico? Citando documentos antigos, trechos da bíblia e estudos acadêmicos, o escritor quer deixar claro em seu livro que há sim uma grande diferença entre o galileu que andou e pregou na Judeia dominada pelos romanos e o Messias que emerge do Novo Testamento. O primeiro teria sido um revolucionário de fato, que queria a expulsão do invasor romano da terra santa enquanto o segundo seria uma adaptação Paulina onde seu fervor nacionalista teria sido amenizado para surgir no lugar um pregador de um mundo mais abstrato, o chamado Reino de Deus, que nada teria a ver de fato com o Império Romano.
O leitor católico deve ler esse livro com uma certa reserva. Sua tese histórica é bem elaborada, porém não me convenceu plenamente. O escritor força a barra muitas vezes, tentando manter sua tese de pé baseada muitas vezes apenas em suposições ou argumentações que nunca foram comprovadas sob o ponto de vista da história. Embora haja referências da antiguidade sobre Jesus, como Josefo que se refere a "Tiago, irmão de Jesus, a quem chamam de Messias" (a mais antiga citação histórica sobre Jesus de Nazaré), o fato é que o evangelho ainda segue sendo a principal fonte sobre a vida e a obra de Jesus. Não adianta ficar discutindo se houve ou não julgamento de Jesus perante Pilatos ou se Jesus era na verdade um mágico que enganava as pessoas. Isso jamais será provado historicamente. A vida de Jesus Cristo está tão intimamente associada a uma convicção religiosa que sempre será uma questão de fé! Como um historiador moderno poderá discutir de forma histórica o advento da ressurreição de Jesus? É simplesmente impossível. Por isso eu até recomendaria o livro para aquele que deseja saber mais sobre o quadro político histórico e social do mundo em que Jesus viveu, mas certamente não indicaria para quem está atrás do Jesus da fé, do coração de cada cristão devoto.
Pablo Aluísio.
domingo, 28 de agosto de 2011
10 Curiosidades da Guarda Suíça
A Guarda Suíça - Um dos símbolos do Vaticano é a Guarda Suíca, o grupo militar que protege o Papa quando ele está dentro dos portões do Vaticano. A Guarda Suíca está ao lado do Papa desde o ano de 1503. Aqui vão algumas curiosidades sobre ela:
1. Os membros da Guarda Suíça são celibatários? Para os oficiais da Guarda Suíça essa não é uma exigência, porém para ser escolhido a fazer parte como soldado da Guarda Suíça é necessário que se seja solteiro e não comprometido.
2. Qual é o contingente da Guarda Suíça?
A Guarda Suíça é considerado o menor exército do mundo com apenas trinta e um oficiais e setenta e oito soldados. Todos eles precisam fazer juramentos de que defenderão o Papa e os cardeais com suas próprias vidas, até a morte.
3. Quem criou o uniforme da Guarda Suíça?
Foi o próprio Michelangelo, seguindo ordens estritas do Papa da época. O artista assim procurou por uma bela harmonia de cores, tal como se fosse um quadro ou uma pintura. O resultado final ficou extremamente belo. A tradição de manter o mesmo uniforme mesmo após séculos de sua criação remete ao que ocorre com a Guarda Britânica da realeza que também preferiu manter a mesma vestimenta, sem mudanças.
4. Qual é a origem da Guarda Suíça?
No século XV eles formavam um grupo mercenário que vendia suas habilidades militares para os nobres europeus que pagassem melhor. Depois resolveram defender o papado pois todos eram católicos e tinham afinidades com a liga católica. Em 1503 a Guarda chegou ao Vaticano pela primeira vez. Três anos depois foram oficializados como guardas pessoais do Papa em Roma, ligação que dura até os dias de hoje.
5. Qual é a língua falada pelos membros da Guarda Suíça?
Embora o Latim seja a língua oficial do Vaticano, os oficiais e guardas falam o alemão. Ordens e documentos da Guarda Suíça são escritos nessa língua, uma tradição que também foi mantida.
6. Desde sua chegada no Vaticano a Guarda Suíça foi dissolvida em algum momento?
Sim, durante as guerras napoleônicas a Guarda Suíça foi oficialmente dissolvida pelo Papa Pio VI. Acontece que ele estava feito refém do imperador Napoleão Bonaparte. Sabendo que não havia como lutar contra o numeroso exército do imperador francês a Guarda Suíça foi dissolvida para evitar a morte de todos os seus membros. Quando Napoleão foi derrotado pelos ingleses eles voltaram a se unir em defesa do Papado.
7. O Que determinou o Papa Pio XII à Guarda Suíça quando Roma foi ocupada pelos nazistas?
Durante a II Guerra Mundial os nazistas entraram em Roma. Os membros da guarda suíça estavam preparados para defendê-lo até a morte, mas o Papa preferiu agir com bom senso determinando que eles não derramassem sangue dentro dos muros do Vaticano.
8. Quais são os requisitos para se fazer parte da Guarda Suíça?
Os aspirantes a entrar na Guarda Suíça precisam ser do sexo masculino, estarem com boa saúde física e mental, terem no mínimo 1.74 de altura, católicos, com curso completo de ensino médio (no mínimo). Além disso precisam ser solteiros, terem boa reputação social e nenhuma condenação criminal (ficha limpa). Por fim precisam estar na faixa etária entre 18 a 30 anos. Um requisito muito importante é também terem tido algum tipo de treinamento militar, de preferência no exército suíço.
9. A Guarda Suíça tem alguma ligação histórica com os Cavaleiros Templários?
Uma velha lenda dizia que a Guarda Suíça teria sido formada por remanescentes dos cavaleiros templários, mas essa lenda não tem bases históricas sólidas. Na verdade a única ligação entre os dois grupos vem da Suíça, pois foi para lá que os sobreviventes dos Templários fugiram quando sua ordem foi dissolvida pelo Papa. Essa porém é apenas uma coincidência histórica e nada mais.
10. A Guarda Suíça já lutou fora do território do Vaticano?
Sim, no século XVI o Papa Pio V enviou a Guarda Suíça para lutar contra os turcos muçulmanos que ameaçavam os reinos cristãos. Os bravos soldados da Guarda Suíça venceram a batalha, mesmo estando em um número menor em termos de soldados.
Pablo Aluísio.
1. Os membros da Guarda Suíça são celibatários? Para os oficiais da Guarda Suíça essa não é uma exigência, porém para ser escolhido a fazer parte como soldado da Guarda Suíça é necessário que se seja solteiro e não comprometido.
2. Qual é o contingente da Guarda Suíça?
A Guarda Suíça é considerado o menor exército do mundo com apenas trinta e um oficiais e setenta e oito soldados. Todos eles precisam fazer juramentos de que defenderão o Papa e os cardeais com suas próprias vidas, até a morte.
3. Quem criou o uniforme da Guarda Suíça?
Foi o próprio Michelangelo, seguindo ordens estritas do Papa da época. O artista assim procurou por uma bela harmonia de cores, tal como se fosse um quadro ou uma pintura. O resultado final ficou extremamente belo. A tradição de manter o mesmo uniforme mesmo após séculos de sua criação remete ao que ocorre com a Guarda Britânica da realeza que também preferiu manter a mesma vestimenta, sem mudanças.
4. Qual é a origem da Guarda Suíça?
No século XV eles formavam um grupo mercenário que vendia suas habilidades militares para os nobres europeus que pagassem melhor. Depois resolveram defender o papado pois todos eram católicos e tinham afinidades com a liga católica. Em 1503 a Guarda chegou ao Vaticano pela primeira vez. Três anos depois foram oficializados como guardas pessoais do Papa em Roma, ligação que dura até os dias de hoje.
5. Qual é a língua falada pelos membros da Guarda Suíça?
Embora o Latim seja a língua oficial do Vaticano, os oficiais e guardas falam o alemão. Ordens e documentos da Guarda Suíça são escritos nessa língua, uma tradição que também foi mantida.
6. Desde sua chegada no Vaticano a Guarda Suíça foi dissolvida em algum momento?
Sim, durante as guerras napoleônicas a Guarda Suíça foi oficialmente dissolvida pelo Papa Pio VI. Acontece que ele estava feito refém do imperador Napoleão Bonaparte. Sabendo que não havia como lutar contra o numeroso exército do imperador francês a Guarda Suíça foi dissolvida para evitar a morte de todos os seus membros. Quando Napoleão foi derrotado pelos ingleses eles voltaram a se unir em defesa do Papado.
7. O Que determinou o Papa Pio XII à Guarda Suíça quando Roma foi ocupada pelos nazistas?
Durante a II Guerra Mundial os nazistas entraram em Roma. Os membros da guarda suíça estavam preparados para defendê-lo até a morte, mas o Papa preferiu agir com bom senso determinando que eles não derramassem sangue dentro dos muros do Vaticano.
8. Quais são os requisitos para se fazer parte da Guarda Suíça?
Os aspirantes a entrar na Guarda Suíça precisam ser do sexo masculino, estarem com boa saúde física e mental, terem no mínimo 1.74 de altura, católicos, com curso completo de ensino médio (no mínimo). Além disso precisam ser solteiros, terem boa reputação social e nenhuma condenação criminal (ficha limpa). Por fim precisam estar na faixa etária entre 18 a 30 anos. Um requisito muito importante é também terem tido algum tipo de treinamento militar, de preferência no exército suíço.
9. A Guarda Suíça tem alguma ligação histórica com os Cavaleiros Templários?
Uma velha lenda dizia que a Guarda Suíça teria sido formada por remanescentes dos cavaleiros templários, mas essa lenda não tem bases históricas sólidas. Na verdade a única ligação entre os dois grupos vem da Suíça, pois foi para lá que os sobreviventes dos Templários fugiram quando sua ordem foi dissolvida pelo Papa. Essa porém é apenas uma coincidência histórica e nada mais.
10. A Guarda Suíça já lutou fora do território do Vaticano?
Sim, no século XVI o Papa Pio V enviou a Guarda Suíça para lutar contra os turcos muçulmanos que ameaçavam os reinos cristãos. Os bravos soldados da Guarda Suíça venceram a batalha, mesmo estando em um número menor em termos de soldados.
Pablo Aluísio.
sábado, 27 de agosto de 2011
Davi: a vida real de um herói bíblico
A onda de revisionismo histórico tem acertado em cheio muitos personagens bíblicos. Recentemente tivemos "Zelota", um livro que coloca em dúvida a verdadeira natureza de Jesus de Nazaré. Nas páginas de sua tese o Jesus da história nada teria a ver com o Jesus do Novo Testamento. Ele teria sido um Messias revolucionário que almejava a libertação de Israel da dominação romana. Nada a ver com o Messias do Amor, o verdadeiro Deus Cristo encarnado na Terra. Polêmico o livro, não conseguiu me convencer em suas teorias revisionistas.
Agora temos um outro título que segue nessa mesma linha. "Davi: a vida real de um herói bíblico" de Joel Baden, tenta provar que o Davi histórico, o Rei dos Judeus em sua era de glórias, não foi o mesmo personagem que é mostrado nos livros do Velho Testamento. O autor chega ao ponto de defender a tese de que todos aqueles livros teriam sido escritos com o único objetivo de servir de propaganda política de um Rei que na verdade era sanguinário, despótico, violento e egocêntrico. Um verdadeiro monstro psicopata e assassino, bem longe do Davi aclamado e amado dos livros bíblicos.
Para isso Baden deixa pouca pedra sobre pedra sobre o mito de Davi. Isso vem inclusive das próprias origens do Rei Davi. Por exemplo, esqueça a lendária mitologia que o pequeno e frágil Davi teria matado o gigante Golias. Para o autor dessa obra isso jamais existiu historicamente. Tampouco devemos acreditar na ascensão do Rei Davi como um ato de Deus. Para Baden o Davi real, da história, conspirou para a morte do Rei Saul. Ele teria tido participação direta em seu assassinato. Isso soa extremamente desconfortável não apenas para judeus, mas para cristãos também, uma vez que o texto bíblico afirma que o próprio Jesus teria descendência familiar com o Rei Davi. Como suportar a ideia então de que Jesus e Maria teriam descendido de um assassino louco e ganancioso, que não se importava em matar todos os que estivessem em seu caminho rumo à riqueza, poder e venerações quase divinas?
As mesmas críticas que escrevi sobre "Zelota" também podem ser repetidas sobre esse livro. O fato é que apesar dos títulos do professor Joel Baden, ele pouco pôde contar em termos de material de estudo, já que as fontes históricas mais antigas sobre o Rei Davi vieram das páginas da própria Bíblia. Praticamente inexistem outras fontes históricas do reinado de Davi. Sem outra fontes tão antigas, ele simplesmente caiu no vale da pura especulação e achismo. O fato é que assim como aconteceu com Jesus não existem muitas fontes históricas independentes sobre o Rei Davi. Isso é tão óbvio que algumas décadas atrás surgiram até mesmo historiadores duvidando de sua própria existência histórica real. Com isso Baden presume muita coisa, levanta teorias de pura especulação, baseadas em nada palpável ou objetivo. Assim o professor de Yale acabou caindo numa armadilha perigosa - a da pura e simples especulação em torno de um personagem histórico, real. Isso definitivamente também não é ciência, apenas muita conversa fiada jogada fora.
Pablo Aluísio.
Agora temos um outro título que segue nessa mesma linha. "Davi: a vida real de um herói bíblico" de Joel Baden, tenta provar que o Davi histórico, o Rei dos Judeus em sua era de glórias, não foi o mesmo personagem que é mostrado nos livros do Velho Testamento. O autor chega ao ponto de defender a tese de que todos aqueles livros teriam sido escritos com o único objetivo de servir de propaganda política de um Rei que na verdade era sanguinário, despótico, violento e egocêntrico. Um verdadeiro monstro psicopata e assassino, bem longe do Davi aclamado e amado dos livros bíblicos.
Para isso Baden deixa pouca pedra sobre pedra sobre o mito de Davi. Isso vem inclusive das próprias origens do Rei Davi. Por exemplo, esqueça a lendária mitologia que o pequeno e frágil Davi teria matado o gigante Golias. Para o autor dessa obra isso jamais existiu historicamente. Tampouco devemos acreditar na ascensão do Rei Davi como um ato de Deus. Para Baden o Davi real, da história, conspirou para a morte do Rei Saul. Ele teria tido participação direta em seu assassinato. Isso soa extremamente desconfortável não apenas para judeus, mas para cristãos também, uma vez que o texto bíblico afirma que o próprio Jesus teria descendência familiar com o Rei Davi. Como suportar a ideia então de que Jesus e Maria teriam descendido de um assassino louco e ganancioso, que não se importava em matar todos os que estivessem em seu caminho rumo à riqueza, poder e venerações quase divinas?
As mesmas críticas que escrevi sobre "Zelota" também podem ser repetidas sobre esse livro. O fato é que apesar dos títulos do professor Joel Baden, ele pouco pôde contar em termos de material de estudo, já que as fontes históricas mais antigas sobre o Rei Davi vieram das páginas da própria Bíblia. Praticamente inexistem outras fontes históricas do reinado de Davi. Sem outra fontes tão antigas, ele simplesmente caiu no vale da pura especulação e achismo. O fato é que assim como aconteceu com Jesus não existem muitas fontes históricas independentes sobre o Rei Davi. Isso é tão óbvio que algumas décadas atrás surgiram até mesmo historiadores duvidando de sua própria existência histórica real. Com isso Baden presume muita coisa, levanta teorias de pura especulação, baseadas em nada palpável ou objetivo. Assim o professor de Yale acabou caindo numa armadilha perigosa - a da pura e simples especulação em torno de um personagem histórico, real. Isso definitivamente também não é ciência, apenas muita conversa fiada jogada fora.
Pablo Aluísio.
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