domingo, 30 de março de 2025

As Guerras Púnicas

As Guerras Púnicas
Nos dias atuais uma guerra como a da Rússia contra a Ucrânia choca a maioria da população mundial. Pelo menos a parte civilizada da humanidade. Só que se formos olhar para o passado veremos que a própria história humana está cheia de casos semelhantes a esse, que os historiadores chamam de guerras de conquista. E esse termo conquista deve ser usado da forma mais ampla possível pois se trata de conquista territorial, cultural, humana, religiosa, absolutamente tudo que envolva duas grandes nações em choque. 

Um dos casos mais clássicos de conquista aconteceu nas chamadas Guerras Púnicas. Esse pode ser considerado até mesmo um termo genérico, pois esse conflito entre Roma e Cartago durou quase mais de um século, de  264 a.C. a 146 a.C. Não foi um evento ou uma operação militar isolada, mas sim batalhas sangrentas que aconteceram em momentos históricos até distantes entre si. 

De um lado estava Roma, em pleno momento de expansão e conquistas. A outrora pequena Cidade-Estado já havia dominando toda a península itálica e vários territórios ao norte da Europa. E então voltou seus olhos para essa que era a outra grande cidade daquele período clássico, a bela e próspera Cartago. 

Cartago era localizada no norte da África. Tinha um dos portos mais ricos da bacia do Mediterrãnea e dominava toda a região ao redor, além da costa costeira onde estava situada. Roma queria colocar as mãos em toda aquela riqueza. Sob o nosso ponto de vista atual não podemos ter outra visão: era uma guerra de conquista mesmo. Os romanos agiam como ladrões e saqueadores, tal como aconteceria com os Vikings alguns séculos depois. 

Cartago, como a potência que era, resistiu muito bem por muitas décadas, mas os romanos eram muito persistentes e de certa forma pacientes. Eles implantaram um bloqueio comercial severo, adotaram até mesmo táticas de guerrilha náutica para ir destruindo a frota naval da cidade inimiga. Com o esgotamento do comércio e o constante assédio militar finalmente Cartago caiu em mãos romanas. O Mar Mediterrâneo caiu inteiramente em mãos romanas, o que os levou a chamá-lo em latim de Mare Nostrum (Nosso Mar). 

E depois de vencer, Roma foi especialmente impiedosa com os Cartaginenses. Praticamente escravizou todo o seu povo, pois em Roma imperava o modo de produção escravo, onde era imperioso sempre suprir o mercado da escravidão na cidade das sete colinas. Milhares daquele povo foram levados em correntes para o coração de Roma onde foram vendidos como escravos para a elite da cidade romana. Eles foram proibidos de falar sua língua nativa e passaram a cultuar a religião romana, sob ameaça de castigos físicos severos. 

A bela cidade de Cartago estava destruída após décadas de guerra. O que sobrou foi colocado abaixo pelo exército romano. E suas riquezas foram saqueadas, sendo levadas de barco para Roma. Dizem inclusive que os romanos espalharam toneladas de sal onde antes havia existido Cartago, para que assim nunca mais nada viesse a nascer ali. Um exemplo claro da maldade do ser humano, já em enorme evidência naqueles tempos antigos. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 29 de março de 2025

Elvis Presley - A Date With Elvis - Parte 1

A Date With Elvis - Parte 1
Esse álbum "A Date With Elvis" seguia basicamente a mesma fórmula do "For LP Fans Only". São duas faces da mesma moeda, ou melhor dizendo, discos que se espelham um no outro. O mesmo tipo de conteúdo, a mesma "filosofia" na escolha das canções. Basicamente aqui os executivos da RCA Victor pincelaram músicas avulsas gravadas por Elvis, desde os tempos em que o cantor gravava na Sun Records, para a composição de uma coletânea de, vamos colocar nesses termos, músicas "Lado B". Boas músicas, algumas excelentes faixas, mas que até aquele momento não tinham chamado maior atenção dos fãs (estou em referindo ao final dos anos 1950).

Uma das belas canções que foram usadas nesse álbum foi a bonita balada "Is It So Strange". Aqui eu costumo dizer que temos um arranjo bem simbólico daquela primeira fase do rock americano. Percebam bem o estilo de tocar guitarra de Scotty Moore. Esse tipo de arranjo era algo muito característico nas músicas românticas dessa época. Como diria George Harrison anos depois a guitarra"chorava" em cada nota produzida pelo músico. Algo muito bonito, bem nostálgico daqueles tempos mais românticos e mais sentimentais. Gravada em 19 de janeiro de 1957, composta por Faron Young, essa linda música nunca ganhou o espaço merecido dentro da discografia de Elvis Presley.

Arthur Neal Gunter foi um músico negro americano que desde os primeiros passos na carreira no estado da Georgia onde nasceu, tentou fazer sucesso com sua música. Porém nunca alcançou os picos da glória. Ele circulou por uma série de pequenas gravadoras do sul dos Estados Unidos até ir parar em Nashville. Só que Gunter não era um artista country, mas sim de blues e gospel. Ele inclusive vinha de um grupo vocal chamado Gunter Brothers Quartet, onde ao lado de seus irmãos e primos tentava chamar alguma atenção das gravadoras da época.

Em novembro de 1954 ele assinou com o selo fonográfico Excello para a gravação de um pequeno compacto (single). No lado A desse disquinho gravou a sua música "Baby Let's Play House". O sucesso foi mediano, mas satisfatório, chegando até mesmo a se destacar dentro da parada Billboard. E não demorou muito a chamar a atenção de um jovem chamado Elvis Presley que decidiu gravar sua versão da música. Claro, Elvis erotizou bastante a letra e o jeito de interpretar a canção, ao ponto inclusive de ser taxado de perversão pelos reacionários de plantão. Não importa, na voz de Elvis essa música realmente se tornou imortal. Curiosamente alguns meses antes de morrer em 1976 Arthur Gunter disse em uma entrevista para uma revista americana de música que "nunca teve a oportunidade de conhecer Elvis pessoalmente, nem de apertar sua mão". Infelizmente eles nunca se conheceram pessoalmente. Teria sido um encontro muito interessante, sem dúvida.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 28 de março de 2025

Caos: Os Crimes de Manson

Caos: Os Crimes de Manson 
Mais um documentário sobre o Charles Manson, um dos mais infames criminosos da história dos Estados Unidos. Após passar praticamente toda a adolescência e juventude na prisão ele finalmente foi solto nos anos 60. Acabou parando nas ruas de San Francisco, em pleno auge do movimento hippie. Encontrou alguns jovens perdidos na vida e criou uma seita! Foram todos morar em um velho rancho que era usado para filmar antigos filmes de faroeste. Ele queria ser alguém no mundo da música, mas fracassou. Irado, mandou seus seguidores fanáticos matarem quem encontrasse no endereço de um produtor musical que o rejeitou. Para azar da atriz Sharon Tate e seus amigos, que tinham alugado aquela mesma casa. Foram vítimas de um crime que não era direcionado a eles. Morreram de graça em uma orgia de sangue sem sentido! 

O tema, como se pode perceber, é por demais interessante. Não apenas na questão criminológica, mas também social, pois é até hoje tudo é um mistério, ninguém entendeu como aqueles jovens seguiam cegamente as ordens de um demente homicida como Manson. Talvez fossem as drogas que tomavam, talvez fosse por problemas mentais, carência afetiva ou qualquer outra coisa, mas o que resultou disso tudo ainda choca a muitos, mesmo após a morte do próprio Charles Manson e de alguns de seus seguidores (a jovem assassina Susan Atkins, por exemplo, também já morreu na prisão tal como seu mestre). Um bom documentário, mas que peca por tentar levantar a bola de uma daquelas teorias da conspiração sem pé e nem cabeça que os americanos adoram. Meu conselho é ignorar essa bobagem e absorver apenas os dados históricos do crime. Aí sim o documentário vai funcionar direito. 

Caos: Os Crimes de Manson (Chaos: The Manson Murders, Estados Unidos, 2025) Direção: Errol Morris / Roteiro: Tom O'Neill, Dan Piepenbring / Elenco: Charles Manson, Sharon Tate, Roman Polansky (em imagens de arquivos) / Sinopse: Documentário da Netflix que resgata os terríveis crimes cometidos pela "família Manson", um grupo de hippies drogados liderados por um psicótico chamado Charles Manson. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 27 de março de 2025

Adolescência

Título no Brasil: Adolescência
Título Original: Adolescence
Ano de Lançamento: 2025
País: Reino Unido
Estúdio: Netflix
Direção: Philip Barantini
Roteiro: Stephen Graham
Elenco: Stephen Graham, Owen Cooper, Christine Tremarco, Amelie Pease, Ashley Walters, Faye Marsay

Sinopse:
Um aluno é acusado de ter matado a própria colega de sua escola em um ataque de faca. O problema é que se trata de um garoto, com apenas 13 anos de idade. No começo seu pai é cético sobre sua autoria, mas os policiais possuem provas definitivas, inclusive um vídeo do momento do crime. E a partir daí sua família vai tentar lidar com essa situação simplesmente devastadora! 

Comentários:
Já fazia um certo tempo que a Netflix não emplacava uma série de sucesso como essa, do tipo em que as pessoas conversam sobre ela, em que vira tema quente em fóruns sobre séries e filmes, etc. Até artigos em grandes jornais estão sendo escritos. Uma série relevante, tal como havia sido "Bebê Rena". São apenas 4 episódios, formados por longos planos filmados em sequência, sem cortes, com duração de mais ou menos 1 hora! Imagine o trabalho que deu filmando essas cenas. Algumas delas tiveram que ser feitas novamente por mais de 14 vezes! Pois bem, o resultado realmente é muito bom! Eu gostei dos roteiros e das atuações, principalmente da atriz que interpreta a psicológa e do pai do garoto. Dito isso, a tão falada discussão em torno da questão Red Pill não é tão discutida na série como se pode pensar de suas análises feitas posteriormente. Em meu ponto de vista esse não foi o foco da história, mas sim a destruição de toda uma família por causa do Bullying cruel que acontece na maioria das escolas. Infelizmente o ser humano é isso mesmo, pode explodir quando colocado em situações de enorme pressão. E a sociedade que tente reerguer novamente os pedaços depois que uma tragédia como essa acontece. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Pinguim

Título no Brasil: Pinguim
Título Original: The Penguin
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: Craig Zobel, Kevin Bray
Roteiro: Bill Finger, Lauren LeFranc
Elenco: Colin Farrell, Cristin Milioti, Deirdre O'Connell, Clancy Brown, Theo Rossi, Rhenzy Feliz

Sinopse:
Oswald 'Oz' Cobb (Farrell), apelidado de Pinguim, é um capanga pé de chinelo de uma das famíias mafiosas mais poderosas de Gotham City. Quando explode uma guerra entre clãs mafiosos rivais, ele tenta subir na hierarquia do submundo do crime. Só que Sofia Falcone (Cristin Milioti), filha do poderoso chefão Falcone, está de volta, após passar alguns meses presa no asilo Arkham. E ela vai se revelar bem mais perigosa do que o próprio Pinguim. 

Comentários:
Essa é mais uma daquelas séries que se passam no universo do Batman, tem como protagonista um dos mais conhecidos vilões do Homem Morcego, mas que no final das contas não tem o próprio Batman. E isso, para falar a verdade, não faz muita diferença. Se eu fosse resumir essa minissérie em poucas palavras diria simplesmente é um bom programa sobre mafiosos. É isso, Pinguim é uma boa série de Máfia. O fato dele ser o Pinguim do Batman é um mero detalhe. O roteiro é muito bem desenvolvido e o elenco é um caso positivo à parte. Colin Farrell desapareceu dentro do personagem e isso não se deveu apenas á excelente maquiagem (que é assustadoramente natural). Ele está muito bem mesmo. Agora, nada se compara, em termos de atuação, ao trabalho desenvolvido pela atriz Cristin Milioti! Que grande trabalho ela desenvolveu aqui. Rouba todas as cenas e a série poderia muito bem se chamar Sofia Falcone! Essa moça merece aplausos de pé! Eu fiquei impressionado! Então é isso, uma minissérie muito boa. Nem precisou do Batman para ter o excelente nível que teve. Aliás acho que o Super-Herói iria acabar estragando tudo se resolvesse interferir na história! Ainda bem que ele só surge, muito timidamente, ao longe, na cena final. Melhor assim...

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de março de 2025

Os Longos Dias da Vingança

Título no Brasil: Os Longos Dias da Vingança
Título Original: I lunghi giorni della vendetta
Ano de Produção: 1967
País: Itália
Estúdio: Produzioni Cinematografiche Mediterranee 
Direção: Florestano Vancini
Roteiro: Fernando Di Leo, Augusto Caminito
Elenco: Giuliano Gemma, Francisco Rabal, Gabriella Giorgelli, Conrado San Martín, Franco Cobianchi

Sinopse:
Após três longos anos de trabalhos forçados numa prisão de segurança máxima, o prisioneiro Ted Barnett (Giuliano Gemma) consegue fugir, ganhando a liberdade. Agora ele vai atrás dos responsáveis por sua condenação numa jornada de vingança sem fim. E ele sabe exatamente onde irá encontrar cada um deles, que por traição o colocaram na prisão anos atrás. 

Comentários:
Aqui o diretor Florestano Vancini decidiu assinar o filme como Stan Vance. Velho esquema publicitário muito usado nos filmes de faroeste produzidos na Itália. Os diretores e atores geralmente usavam pseudônimos americanizados para dar a impressão que o filme era importado dos Estados Unidos. Sob uma visão atual algo desnecessário já que o chamado Western Spaghetti abriu seu caminho, ganhou seu espaço, sem precisar ter que se parecer com o faroeste Made in USA. E o astro dessa festa cinematográfica de violência estilizada foi nada mais, nada menos, do que o ator Giuliano Gemma. Ele foi um dos atores de faroeste mais populares, inclusive no Brasil, onde seu nome no cartaz garantia boas bilheterias em nosso mercado. Gemma sabia portar um colt 45 e não errava a mira nas cenas de duelos nas ruas empoeiradas do velho oeste. E nesse aspecto esse filme não decepcionou seus velhos admiradores. Usando do tema da "vingança pessoal" conseguiu lucrar bem nos cinemas dos anos 60. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de março de 2025

Cristina

Título no Brasil: Cristina
Título Original: Christine
Ano de Lançamento: 1958
País: Alemanha, França
Estúdio: Spéva Films
Direção: Pierre Gaspard-Huit
Roteiro: Arthur Schnitzler, Pierre Gaspard-Huit
Elenco: Romy Schneider, Alain Delon, Jean-Claude Brialy

Sinopse:
Viena, 1906: Frantz Lobheimer acaba de romper o discreto caso de amor que tinha com a baronesa Eggersdorf, agora que descobriu o amor verdadeiro com a jovem e terna Christine. E ao seguir seu coração acaba tendo que lidar com problemas dentro de sua própria família. 

Comentários:
Nesse filme a atriz Romy Schneider conheceu o galã francês Alain Delon. No começo não se deram muito bem, mas conforme as filmagens foram avançando ela acabou se apaixonando pela beleza de Delon. Quando o filme terminou ela jogou o juízo pela janela e foi embora com ele para Paris, para viver junto ao seu namorado. A imprensa e os fãs alemães não perdoaram. A atriz foi alvo de ataques e mais ataques por parte da imprensa, mas ela seguiu firme e acabou morando vários anos na França. Quando o filme finalmente chegou aos cinemas fez apenas um sucesso razoável na Alemanha e Áustria, demonstrando que seu antigo público havia ficado magoado com a atriz. O ressentimento acabou atrapalhando o resultado comercial da produção. Uma pena, pois se trata sim de um bom filme! 

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de março de 2025

Novos Livros de Cinema: Brad Pitt e Leonardo DiCaprio

Novos Livros de Cinema: Brad Pitt e Leonardo DiCaprio
Dando prosseguimento em nossas publicações, colocamos à venda nesse mês de março mais dois títulos para nossa coleção de cinema. Os livros dessa vez detalham as carreiras e os filmes de Brad Pitt e Leonardo DiCaprio. Edições caprichadas, com muitas informações. Segue abaixo os detalhes e os links para adquirir esses novos livros sobre cinema. 

Leonardo DiCaprio
Os filmes do ator ao longo de sua carreira. Dados e curiosidades sobre esse ícone do cinema mundial. Você é fã de Leonardo DiCaprio e gosta de seus filmes? Venha conhecer mais sobre ele no cinema, tanto como ator, mas também como produtor de uma lista de filmes interessantes. Compre o Livro clicando abaixo nos links!



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Brad Pitt
Uma análise dos filmes e da carreira do ator Brad Pitt, com informações, resenhas, fichas técnicas dos filmes e principais informações. Além disso esse livro também traz informações sobre sua vida pessoal e amorosa. Gosta do Brad Pitt? Então esse é o seu livro!  Compre o Livro clicando abaixo nos links!



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Pablo Aluísio. 

sábado, 22 de março de 2025

Elvis: Ao Longo dos Anos

Título no Brasil: Elvis: Ao Longo dos Anos
Título Original: Elvis: The Years
Ano de Lançamento: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Looke
Direção: David. D. Martin
Roteiro: David. D. Martin
Elenco: Elvis Presley, Priscilla Presley, Red West (em arquivos de imagens). 

Sinopse:
Documentário que faz um panorama amplo e geral da carreira de Elvis ultrapassando as décadas de 1950, 1960 e 1970. Material compilado de materiais de divulgação de seus filmes e pequenos trechos de jornais televisivos e cinejornais dos cinemas. 

Comentários:
Os realizadores desse documentário não tinham dinheiro suficiente para comprar os direitos autorais de certas músicas de Elvis. Então o que fizeram? Um documentário sem músicas do maior cantor de seu tempo! Além disso encheram o filme de pedaços de cenas tiradas de cinejornais que eram exibidos nos cinemas, trailers dos filmes de Elvis, pequenos trechos, flashes na verdade, das apresentações de Elvis na TV nos anos 50 e algumas fotos avulsas. Pedaços e trechos de pequenas entrevistas que Elvis deu para emissoras de TV e rádio na época também foram reaproveitadas. Esteticamente o documentário ficou uma droga, mas ainda assim é algo interessante para fãs de Elvis do tipo mais raiz. Isso porque tem momentos que você não verá em nenhum outro lugar. Por exemplo, a pequenina entrevista, muito casual, que Elvis deu no Havaí quando viajou até lá para filmar "Girls, Girls, Girls". Ele comenta inclusive sobre a trilha sonora do filme! Algumas perguntas respondidas para jornalistas durante a divulgação de "Aloha From Hawaii" e por aí vai. Não é um produto bem feito ou bem realizado, mas até que tem alguns materiais que me chamaram a atenção. Não me arrependi de ter assistido. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Lobisomem

Lobisomem 
Antes de mais nada me desagra muito o título desse filme! Ora, esse é o título original do filme clássico e depois de seu remake, aquele bom filme com Anthony Hopkins. Então ter esse filme mais uma vez com o mesmo título, aliás bem genérico, me soa como mero oportunismo comercial. Dito isso, vamos ao filme. Na história temos um protagonista que no passado precisou enfrentar uma situação perigosa ao lado do pai numa floresta. Eles foram cercados e quase atacados por uma misteriosa criatura. Um lobisomem. Os anos passam e aquele garotinho agora é um homem, casado, pai de uma filhinha adorável. Quando seu velho pai é dado como desaparecido e morto, ele então retorna para sua antiga casa paterna para tomar posse de sua herança. Algo que vai se revelar a pior decisão de sua vida. 

A mesma casa, isolada no meio da floresta, causa medo. E não é para menos. Naqueles bosques ao redor há mesmo uma criatura, um lobisomem à solta. Quando essa ataca a família do protagonista ele a defende do monstro. Na luta é ferido, mordido. Bom, se você já assistiu a algum filme de lobisomem na vida já sabe o que isso significa. Ele está condenado a também virar esse tipo de besta, meio homem, meio lobo. Agora é sua família que corre enorme risco e não por uma ameaça externa, mas por sua própria presença dentro da casa. As cartas estão na mesa.

Em geral temos um bom filme aqui. Não é excepcional em nenhum momento, mas conta bem sua história de terror. O visual dos lobisomens vai decepcionar parte do público. Após décadas de filmes com esses monstros, explorando os mais diversos tipos de maquiagem e design, os desse filme vão mesmo soar meio genéricos, até comuns. Uma deformação aqui, outra acolá. Apenas um homem deformado com grandes dentes. Nada mais. Inovador mesmo apenas a visão do Lobisomem, visto de um ponto de vista subjetivo do monstro. Essa parte ficou bem legal! De qualquer forma o saldo final é positivo. Eu gostei do que assisti e recomendo aos fãs de terror cinematográfico. 

Lobisomem (Wolf Man, Estados Unidos, 2025) Direção: Leigh Whannell / Roteiro: Leigh Whannell, Corbett Tuck / Elenco: Christopher Abbott, Julia Garner, Matilda Firth / Sinopse: Homem tenta salvar sua família do ataque de uma criatura monstruosa no meio da floresta, mas acaba se ferindo. Em pouco tempo ele próprio começa a se transformar no mestmo tipo de monstro, colocando em perigo a vida de sua esposa e sua pequena filha. 

Pablo Aluísio.