sexta-feira, 20 de setembro de 2024

O Senhor do Caos

Título no Brasil: O Senhor do Caos
Título Original: Lord of Misrule
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido, Irlanda
Estúdio: Magnet Films
Direção: William Brent Bell
Roteiro: Tom de Ville
Elenco: Tuppence Middleton, Ralph Ineson, Matt Stokoe

Sinopse:
Numa pequena cidade, durante um festival de verão que relembra velhas mitologias das antigas religiões pagãs da região, uma garotinha desaparece. Os pais ficam desesperados, em especial a mãe que é a reverenda da cidade. E para seu completo espanto parece haver uma conspiração por trás de tudo, envolvendo os próprios moradores do lugar. 

Comentários:
Gostei desse terror inglês. Aliás se existe um gênero cinematográfico que os britânicos são mestres, esse é o terror. E aqui temos mais um exemplo de como um bom filme feito naquele país pode ser interessante. As antigas religiões pagãs nunca desapareceram no velho continente. Com o avanço do cristianismo elas foram demonizadas, mas sobreviveram em pequenos costumes e também em festivais feitos durante o verão europeu. Como se trata de um filme de terror, o roteiro não iria ficar apenas nas curiosidades sociológicas desse tipo de evento festivo. Dá um passo a frente para criar sustos no espectador e nesse processo nem perde o bom senso e nem muito menos a elegância narrativa. O filme não sai do chão da realidade em nenhum momento e nem apela para sustos sensacionalistas e vazios. Com isso ganha muitos pontos a favor. De bom mesmo fica a mensagem de que o fanatismo religioso é certamente uma das coisas mais perigosas que possam existir dentro de uma sociedade. Uma lição para ser aprendida por todos. 

Pablo Aluísio.

O Senhor das Sombras

Título no Brasil: O Senhor das Sombras
Título Original: Shadow Builder
Ano de Lançamento: 1998
País: Canadá
Estúdio: Applecreek Productions
Direção: Jamie Dixon
Roteiro: Michael Stokes, Bram Stoker
Elenco: Michael Rooker, Leslie Hope, Shawn Thompson

Sinopse:
Um malvado arcebispo da Igreja Católica convoca um demônio para tentar destruir o mundo. Os invocadores são mortos, mas o demônio escapa para caçar a vítima que tanto procura. Essa logo se revela uma criança com potencial para se tornar uma santa. Depois de devastar a cidade e virar seus cidadãos contra si mesmos, o demônio logo localiza e captura sua presa. Será que ela vai conseguir sobreviver às forças das trevas?

Comentários:
Assisti nos anos 90 e pelos meus registros pessoais gostei muito pois dei classificação "excelente" para o filme. Bom, outros tempos, outra mentalidade. Eu realmente vi muitos filmes por essa época, mas a maioria deles realmente me esqueci completamente. Esse aqui pelo menos tinha um atrativo a mais para quem gosta de filmes de terror e da mitologia do horror na literatura. O roteiro foi baseado nos escritos de ninguém mais, ninguém menos, do que o escritor Bram Stoker, o autor que deu ao mundo o clássico absoluto "Drácula". É um livro menor dele, pouco conhecido, mas que como bem podemos perceber também tem seu valor. E o cinema, não iria deixar passar essa sua obra sem ter ao menos uma adaptação e ela está aqui, para quem tiver curiosidade em assistir.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Duna: Parte Dois

Título no Brasil: Duna: Parte Dois
Título Original: Dune: Part Two
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Denis Villeneuve, Jon Spaihts
Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Austin Butler, Javier Bardem, Josh Brolin, Christopher Walken, Stellan Skarsgård, Charlotte Rampling, Zendaya

Sinopse:
O Planeta desértico que na antiguidade era conhecido como Duna, passa a ser cada vez mais atacado pelas forças impiedosas do império. O povo oprimido espera pela chegada do Messias que vai trazer liberdade a todos eles, mas antes será precisa deixar claro que esse Messias é um jovem que ainda não está plenamente convencido de seu destino. 

Comentários:
Achei bem melhor do que o primeiro filme, isso apesar de ter ficado incomodado pelo fato de que a história segue inconclusiva, afinal são vários livros para serem adaptados nos próximos anos. Pense bem, essa história toda é nada mais, nada menos, do que uma adaptação da história de Jesus para o mundo Sci-fi. A premissa é semelhante em tudo, com o Messias, um povo oprimido que vive numa região de desertos, invadidos por uma potência estrangeira. O povo que se une a essa figura que inicialmente se mostra um Messias relutante, seu sacrifício pessoal, a luta contra o império e tudo mais. Nesse segundo filme isso fica mais do que óbvio. Gostei de praticamente tudo, até mesmo de ver o Austin Butler (do filme "Elvis") dando uma de vilão psicopata. Mesmo sem ter muito o que desenvolver, ele se saiu bem. Só me incomodou mesmo essa coisa de montar vermes gigantes do deserto. Acho uma coisa bem boba, no final das contas. Só que vamos reconhecer, não é falha do filme, mas dos livros originais que foram escritos naquela época de muita LSD, hippies e cultura psicodélica. Duna, no fundo, é bem isso aí, uma versão dos evangelhos escritos com muita erva na cabeça! 

Pablo Aluísio.

Os Cavaleiros do Zodíaco

Título no Brasil: Os Cavaleiros do Zodíaco
Título Original: Knights of the Zodiac
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony
Direção: Tomasz Baginski
Roteiro: Josh Campbell, Matt Stuecken
Elenco: Mackenyu, Famke Janssen, Sean Bean

Sinopse:
O filme "Os Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya: O Começo" conta a história de um jovem de descendência oriental que descobre, para sua total surpresa, que foi o escolhido por uma antiga divindade da Grécia para salvar o mundo de uma terrível ameaça do Mal. Adaptação para o cinema da famosa série de animação dos anos 90. 

Comentários:
Quando os desenhos animados originais começaram a fazer muito sucesso na TV brasileira eu já tinha passado da minha infância para acompanhar. Mas claro, conhecia a marca e via a quantidade de brinquedos que eram vendidos nas lojas de departamentos. Foi uma febre e tanto em nosso país. A criançada adorava. Pois bem, passados tantos anos fizeram esse filme para o cinema, em Live Action. Na boa, poderiam ter feito algo muito melhor. Esse filme é muito ruim! Incrível como conseguem errar em algo que já estava pronto para adaptar para as telas de cinema. Não precisava muito esforço, apenas fazer um bom filme de fantasia e aventuras. Mas aqui, definitivamente, erraram feio. Praticamente nada presta, nem os efeitos especiais que eu pensava seriam bons pelo menos, afinal é uma produção dos estúdios Sony. Mas isso não aconteceu. Do roteiro, ao elenco ruim, passando pela produção fraca, nada se salva mesmo nessa tentativa de trazer o famoso desenho para as salas de cinema. Uma grande bola fora. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Kansas City

Título no Brasil: Kansas City
Título Original: Kansas City
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Films
Direção: Robert Altman
Roteiro: Robert Altman, Frank Barhydt
Elenco: Jennifer Jason Leigh, Miranda Richardson, Harry Belafonte, Michael Murphy, Steve Buscemi, Dermot Mulroney

Sinopse:
Kansas City, década de 1930. Um ladrão e pequeno criminoso de Kansas City é levado por um grupo de gângsters. Sua namorada, uma jovem obstinada, então decide sequestrar um figurão da política da cidade para usar como moeda de troca com os que levaram seu companheiro embora para o cativeiro. Eles agora devem libertá-lo ou então todos os policiais da cidade vão invadir seus redutos e becos da criminalidade. 

Comentários:
É um filme da era de ouro dos gângsters, mas não espere encontrar algo na linha de "Os Intocáveis". Robert Altman, o mais independente de todos os cineastas americanos da história, não fazia esse tipo de cinema. Ao contrário disso você vai encontrar um típico filme de Altman, que parecia sempre fazer cinema independente, mesmo quando contava com os dólares de um grande estúdio de Hollywood. Eu até gostei do filme, mas devo admitir que ele apresenta problemas de ritmo. Para um filme que conta uma história dos tempos de Al Capone era de se esperar também um pouquinho mais de ação, com aquelas metralhadoras do tipo machine gun cuspindo balas pelas ruas de Kansas City. Mas é aquela coisa que já expliquei, esse tipo de cinema não era mesmo com o Robert Altman. Salva-se no final as boas interpretações de todo o elenco. Só gente boa em cena. 

Pablo Aluísio.

A Caçada

Título no Brasil: A Caçada
Título Original: Fled
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Kevin Hooks
Roteiro: Preston A. Whitmore II
Elenco: Laurence Fishburne, Stephen Baldwin, Will Patton

Sinopse:
Durante um expediente de trabalho forçado de um grupo de condenados de uma prisão de segurança no interior dos Estados Unidos, um pequeno trio de prisioneiros consegue fugir após uma distração dos guardas. A partir daí eles passam a ser perseguidos pelos policiais, numa verdadeira caçada humana. 

Comentários:
Tinha tudo para ser um filmão. Uma direção segura e eficiente, um bom elenco e uma daquelas histórias que sempre funcionam no cinema. Só que apesar de ter todos esses elementos reunidos o filme não consegue funcionar direito! Eu acredito que o que menos funciona no filme é essa dupla de prisioneiros que passam a ser caçados em uma vasta área florestal. Nada errado com Laurence Fishburne pois ele sempre foi um bom ator, sendo na pior das hipóteses correto em cena. O problema ao meu ver vem com esse Stephen Baldwin. Nunca consegui gostar desse elemento, sendo que sempre o achei o pior membro da família Baldwin. E nos anos 90 Hollywood tentou muito transformar ele em astro, mas como era muito sem carisma, ficou pelo meio do caminho mesmo. Enfim, um filme de mediano para ruim, mas que tinha potencial para ser pelo menos um bom filme. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Wyatt Earp e a Guerra dos Cowboys

Título no Brasil: Wyatt Earp e a Guerra dos Cowboys
Título Original: Wyatt Earp and the Cowboy War
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Patrick Reams
Roteiro: Stephen David, Henry Fitzherbert
Elenco: Ed Harris, Tim Fellingham, Edward Franklin

Sinopse:
Esse documentário histórico conta a verdadeira história dos irmãos Earp e sua rivalidade com a quadrilha dos cowboys na cidade de Tombstone no século XIX. Os criminosos liderados por Ike Clanton promoviam uma série de assaltos a diligências e outros crimes, muitas vezes acobertados pelas autoridades daquela região. 

Comentários:
Muito bom! Só que vale a explicação inicial de que você deve assistir por aquilo que essa minissérie é, e não por aquilo que muitos esperavam encontrar. O que temos aqui é um documentário histórico, com a voz dos especialistas nessa história, tudo intercalado por cenas com atores. Não é um filme de faroeste do tipo convencional como muitos estavam esperando. E o curioso de tudo é que esse documentário serve para explicar, baseado nos fatos históricos, como tudo realmente aconteceu. E ele parte do momento em que a grande maioria dos filmes clássicos terminavam, ou seja, no duelo no OK Curral em Tombstone. Nos filmes esse era o final, o clímax definitivo. Mal sabem que de forma em geral aquilo foi apenas o estopim de mais uma série de crimes e acertos de contas com todos os envolvidos. Muito sangue ainda correu pela história real. De qualquer maneira, mesmo deixando meus elogios, faço uma ressalva final. A história de Doc Holiday não foi devidamente mostrada e explorada. Nada é falado, por exemplo, de sua rivalidade com Johnny Ringo! Ringo inclusive fazia parte da quadrilha dos cowboys! Enfim, um documentário muito bom, embora tenha lá duas lacunas. 

Pablo Aluísio.

Por um Caixão Cheio de Dólares

Título no Brasil: Por um Caixão Cheio de Dólares
Título Original: Per Una Bara Piena di Dollari
Ano de Produção: 1971
País: Itália, Espanha
Estúdio: Elektra Film
Direção: Demofilo Fidani
Roteiro: Demofilo Fidani, Tonino Ricci
Elenco: Klaus Kinski, Jack Betts, Gordon Mitchell, Ray Saunders

Sinopse:
Veterano da Guerra Civil volta para casa depois de muitos anos de luta no campo de batalha. Quando chega em sua fazenda encontra toda a sua família morta e a propriedade completamente destruída. Não tarda para que, armado até os dentes, ele parta para uma vingança contra todos aqueles que cometeram aquele crime horrendo.

Comentários:
Western Spaghetti que aposta na estranha figura do ator Klaus Kinski. Com cabelos loiros longos e despenteados ao vento, cara de sociopata e olhos esbugalhados, sua figura se mostrava ideal para o estilo mais cru do faroeste italiano. Aqui o próprio diretor Demofilo Fidani usou o nome artístico de Miles Deem para assinar a produção. É um filme extremamente violento e seco. Como foi realizado no começo dos anos 70 já não havia a preocupação de amenizar as cenas mais violentas, e como o próprio cinema italiano estava passando por uma fase de realismo a coisa toda desanda logo para o festival de sangue e tripas típicas dessas produções mais hardcore. No final tudo não passa de mera desculpa para tiroteios e duelos dos mais diversos que você possa imaginar. Se você gosta de faroeste Spaghetti pode ser uma opção interessante.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Espantalho

Título no Brasil: Espantalho
Título Original: Scarecrow
Ano de Lançamento: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jerry Schatzberg
Roteiro: Garry Michael White
Elenco: Gene Hackman, Al Pacino, Dorothy Tristan, Ann Wedgeworth, Richard Lynch, Eileen Brennan

Sinopse:
Dois homens, perfeitos estranhos entre si, se conhecem numa estrada poeirenta do meio oeste dos Estados Unidos. São andarilhos, em busca de uma carona que os levem até a cidade mais próxima. No fundo estão mesmo fugindo de seus passados, das decisões erradas que tomaram em relação às suas vidas. 

Comentários:
Gene Hackman e Al Pacino, dois grandes atores, interpretam esses personagens que no fundo são pessoas perdidas na vida. O personagem de Hackman acabou de sair da prisão onde cumpriu pena por seis anos. Ele planeja abrir um car wash quando chegar na cidade de Chicago, mas seus planos parecem ser apenas sonhos, sem realidade concreta. É um homem desesperado, sem rumo, que cria planos nas nuvens. Já Pacino também interpreta um homem que fez as escolhas erradas. Ele abandonou sua esposa e seu filho, um garotinho, e agora quer voltar para casa... só que como era de se esperar, ele não seria mais bem vindo nela. O tema do filme é justamente esse, a das escolhas erradas, dos caminhos sem lugar de chegada, sem rumo e destino certos, do eterno vagar pelas estradas perdidas sem chegar a lugar nenhum. Um dos bons filmes da carreira desses dois grandes nomes do cinema norte-americano. A vida para algumas pessoas é mesmo tentar consertar os erros do passado, só que muitas vezes essas escolhas levam a caminhos sem volta, como no caso dos dois personagens centrais desse filme. Em suma, uma bela crônica sobre o passado e o destino, sem futuro promissor algum pela frente. 

Pablo Aluísio.

Sangue Rebelde

Título no Brasil: Sangue Rebelde
Título Original: Captain Lightfoot
Ano de Lançamento: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Douglas Sirk
Roteiro: W.R. Burnett, Oscar Brodney
Elenco: Rock Hudson, Barbara Rush, Jeff Morrow

Sinopse:
Em 1815, Michael Martin, membro de uma sociedade revolucionária irlandesa, transforma-se em salteador de estrada para apoiá-la e é forçado a fugir para a ilegalidade. Em Dublin, ele conhece o famoso rebelde "Capitão Thunderbolt" e se torna seu segundo em comando, "Lightfoot". 'Esta é uma vida perigosa, com capturas, traidores, resgates e romance.

Comentários:
Eu sempre gostei muito do Rock Hudson e seus filmes. Ele foi mesmo um galã à moda antiga, daqueles que pareciam bem heroicos na tela. Ele tinha a imagem ideal, certa para isso. Só que nesse filme seu personagem me soou muito bobo, um tolo completo. Além disso essa coisa de folclore irlandês não faz muito sentido nos dias de hoje. Provavelmente era alguma história de pub que os irlandeses contavam quando estavam mortos de bêbados. Não tem muita graça fora desse contexto de bebedeiras. Acredito inclusive que os irlandeses dos dias atuais nem conhecem esse tipo de coisa. Então foi sim uma bola fora do Rock Hudson em suas filmografia. É um tipo de humor que não existe mais nos dias de  hoje. Se já era bem sem graça naqueles tempos, imagine hoje em dia...

Pablo Aluísio.