quarta-feira, 24 de julho de 2024

Broadway Danny Rose

Título no Brasil: Broadway Danny Rose
Título Original: Broadway Danny Rose
Ano de Lançamento: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Mia Farrow, Nick Apollo Forte, Milton Berle, Jackie Gayle, Will Jordan

Sinopse:
Nesse filme Woody Allen interpreta um agente de talentos de Nova Iorque. Seus clientes são artistas fracassados, sem potencial de sucesso. A sorte muda quando ele passa a empresariar um cantor veterano de músicas italianas. Há muito seu tempo de emplacar sucessos passou, mas agora, impulsionado por uma onda de nostalgia, ele ganha uma segunda chance. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. 

Comentários:
Gostei bastante desse filme. O diferencial é que Woody Allen optou por fazer uma comédia leve e divertida. Nada de grandes reflexões existenciais. Sua intenção aqui era divertir e ele conseguiu muito bem atingir seu objetivo. O personagem de Allen é um agente fracassado chamado Danny Rose. As coisas vão de mal a pior até que ele passa a ser o empresário desse velho cantor. O sujeito está em crise de meia idade, totalmente decadente, acima do peso e com uma vida pessoal caótica. Apesar de ser casado, pai de vários filhos, ele arranja uma amante! Pior do que isso, ela é de uma família da máfia! E o pobre do Danny Rose vai ter que lidar com todos esses problemas de seu cliente! Enfim, ótima comédia do Allen que para fugir do óbvio decidiu filmar em preto e branco, para acentuar ainda mais o fato de que está contando uma história do passado. O resultado ficou muito bom! 

Pablo Aluísio.

Voltar a Morrer

Título no Brasil: Voltar a Morrer
Título Original: Dead Again
Ano de Lançamento: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Scott Frank
Elenco: Kenneth Branagh, Emma Thompson, Andy Garcia, Robin Williams, Richard Easton, Hanna Schygulla

Sinopse:
Um detetive particular de Los Angeles recebe um caso bem complicado, mas que inicialmente parecia relativamente fácil de resolver. Ele precisa encontrar a verdadeira identidade de uma mulher que perdeu sua memória. E o caminho para a verdade vai ser cheio de incidentes, inclusive violentos. 

Comentários:
Assisti a esse suspense nos anos 90, ainda na era do VHS. Chegou a ser lançado em nossos cinemas, mas sem muito sucesso. O ator e diretor Kenneth Branagh realmente nunca fez muito sucesso no Brasil porque a maioria de seus filmes tinha uma linha que nunca agradou em nosso país. De qualquer forma esse pode ser considerado um de seus bons filmes. E também é bem mais acessível para o público em geral, nada pretensioso como seus filmes baseados na obra de Shakespeare. De minha parte pude perceber que o diretor quis mesmo fazer um filme com a estética noir. E se saiu relativamente bem nisso, muito embora esse tipo de filme é daqueles que pertencem ao passado. Os imitadores costumam se dar mal. Esse filme porém mantém um bom nível de qualidade cinematográfica. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de julho de 2024

7 Homens Enfurecidos

Título no Brasil: 7 Homens Enfurecidos
Título Original: Seven Angry Men
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Charles Marquis Warren
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Raymond Massey, Debra Paget, Jeffrey Hunter, Larry Pennell, Leo Gordon, John Smith 

Sinopse:
O filme narra parte da história do abolicionista John Brown que antes da eclosão da guerra civil americana lutou pela abolição da escravidão em seu estado natal, o Kansas. Acreditando estar seguindo a vontade de Deus ele despertou ódio e fúria dos senhores e mercadores de escravos que logo colocaram em marcha um complô para matar a ele e seus seis filhos, todos lutando pela liberdade dos negros americanos.

Comentários:
John Brown foi uma figura importante dentro da história dos Estados Unidos. Um homem que dedicou a vida à causa abolicionista. Foi covardemente morto por causa de suas convicções pessoais e esse fato até hoje é considerado pelos historiadores como um dos estopins da sangrenta guerra civil americana. O roteiro desse filme não é totalmente fiel aos fatos históricos, pois optou-se por usar uma linha narrativa mais ficcional. Os momentos mais marcantes da vida de John Brown estão todos lá - sua luta para que o Kansas continuasse aliado à União, sua bravura contra a escravidão, etc - mas no meio de tudo isso os roteiristas encaixaram mera ficção, principalmente no que se refere a pequenos aspectos e detalhes da vida de Brown e cada um de seus filhos. O resultado se não chega a ser excepcional, pelo menos não decepciona, principalmente pelo bom elenco. Afinal de contas rever Debra Paget e Jeffrey Hunter sempre é um prazer renovado. Assim temos um bom western da pequena Allied Artists Pictures, que procurou acima de tudo ensinar um pouco da história americana de um jeito mais divertido.

Pablo Aluísio.

Honra Sem Fronteiras

Título no Brasil: Honra Sem Fronteiras
Título Original: Powder River
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Louis King
Roteiro: Sam Hellman, Stuart N. Lake
Elenco: Rory Calhoun, Corinne Calvet, Cameron Mitchell

Sinopse:
Depois de anos trabalhando como xerife numa cidade de fronteira no oeste americano, Chino Bullock (Rory Calhoun) decide que chegou a sua hora de se aposentar. Ele pretende agora se dedicar um rancho na região, um sonho que cultivou por longos anos. Assim que decide se retirar um grupo de foras-da-lei chega em sua cidade e mata seu antigo parceiro, um jovem que ele próprio treinara para ser o novo xerife. Revoltado com o acontecimento Bullock decide voltar para acertar as contas com a quadrilha de bandidos e assassinos. Ele deseja vingança e justiça e as terá!

Comentários:
Bom faroeste estrelado por Rory Calhoun (1922 - 1999). Sempre gostei muito do trabalho desse ator. Ao longo de mais de 120 filmes ele sempre procurou dar o melhor de si, principalmente em westerns que sempre foi o gênero americano por excelência. Não era um grande ator, mas era esforçado. Aqui temos novamente um enredo girando em torno da mitologia do xerife do velho oeste, sempre à beira da morte, tendo que lidar com bandidos selvagens e cruéis em uma terra que era dita como sem lei e sem ordem. Há um componente interessante aqui que é o desenvolvimento psicológico do personagem de Calhoun que fica em um dilema sobre vingar a morte de seu pupilo, restabelecendo a lei na cidade, ou virar as costas e abraçar a tranquilidade de seu rancho, afinal de contas como um sujeito aposentado ele não tinha mais a obrigação legal de ostentar a estrela de prata para voltar mais uma vez à ativa. Essa produção que também é conhecida como "O Rio da Pólvora" foi dirigida por Louis King, um cineasta interessante que era especializado em filmes de matinê - chegou a dirigir vários filmes com o personagem Charlie Chan. Assim ele também trouxe ao roteiro detalhes técnicos que deram à fita maior agilidade, com sabor de aventura. Enfim, mais um belo exemplar do cinema de western dos anos 1950 que merece um lugar em sua coleção.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

O Ataúde do Morto-Vivo

Título no Brasil: O Ataúde do Morto-Vivo
Título Original: The Oblong Box
Ano de Lançamento: 1969
País: Reino Unido
Estúdio: American International Pictures (AIP)
Direção: Gordon Hessler
Roteiro: Lawrence Huntington, Christopher Wicking
Elenco: Vincent Price, Christopher Lee, Alister Williamson, Rupert Davies, Sally Geeson, Uta Levka

Sinopse:
Dois nobres ingleses são atacadas na África, durante um culto de vodu. Um deles fica com o rosto desfigurado. De volta à Inglaterra o irmão que agora não pode mais mostrar sua face em público, decide se vingar de todos os responsáveis por sua situação crítica. Usando um capuz vermelho, nas sombras da noite, ele passa a atacar e matar todos os que considera seus inimigos. 

Comentários:
Esse filme reúne dois dos maiores atores clássicos do terror, Vincent Price e Christopher Lee. Além disso o roteiro é baseado na obra de Edgar Allan Poe. Esses requisitos já o tornam essencial para fãs do gênero. E sem dúvida é um filme com muitos méritos cinematográficos. Gostei muito da direção de arte. É tudo muito bem refinado e requintado. Vincent Price foi um ator subestimado. Ele não era lembrado em premiações e prêmios porque fazia filmes de terror. Puro preconceito! Só que não se engane, era um ótimo profissional da arte de atuar. Seu nobre personagem dessa história tinha muito a ver com ele na vida real. Era um homem culto e fino, colecionador de obras de arte. Outro ponto positivo é que essa história foge completamente dos padrões. Esse Morto-vivo citado no título nacional nada tem a ver com os monstros de Romero. É outra coisa, baseada em vodu. Assim se ainda não conhece, assista a esse clássico do terror dos anos 60. Na pior das hipóteses você vai achar esse filme interessante e sui generis. 

Pablo Aluísio.

Nasceste Para Mim

Título no Brasil: Nasceste Para Mim
Título Original: You Were Meant for Me
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lloyd Bacon
Roteiro: Elick Moll, Valentine Davies
Elenco: Jeanne Crain, Dan Dailey, Oscar Levant, Marilyn Monroe

Sinopse:
Chuck Arnold é um músico e líder de banda que acaba se apaixonando por Peggy, uma garota de sua cidade natal que acaba conhecendo durante um baile. Poucas semanas depois acaba se casando com ela. A vida de músico, sempre viajando para outras cidades, passando longas temporadas fora de casa, porém acaba prejudicando seu relacionamento com a esposa e as coisas pioram ainda mais quando sua banda começa a realmente fazer sucesso.

Comentários:
Mais um filme do comecinho da carreira de Marilyn Monroe. Aqui ela não teve tanta sorte como nos demais filmes pois sua participação acabou no chão da sala de edição pois o diretor cortou justamente a cena em que ela tinha maior presença - muito embora tenhamos consciência que suas duas linhas de diálogo eram pouco mais do que uma figuração comum. Mesmo assim ela ainda pode ser visualizada rapidamente numa cena gravada durante uma animada festa, na pista de dança. Ela, acredite, está na pista de dança lotada que foi captada pelo filme. Anos depois a própria Marilyn comentou o começo duro de sua carreira ao falar ironicamente sobre sua ofuscada participação nesse filme: "Que papel foi aquele?!". Papel é forma de dizer pois no fundo ela não passa de uma figurante anônima. É uma pena pois o filme, cujo enredo se passa inteiramente na década de 1920, poderia dar a chance para Marilyn pelo menos surgir na tela muito bonita, com aquele figurino do passado. De uma forma ou outra vale a pena ver o filme para tentar achar Marilyn em seus poucos segundos de fama.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de julho de 2024

Marlon Brando - Hollywood Boulevard - Parte 32

Cem Anos de Marlon Brando
Agora em 2024 o cinema celebra os 100 anos de nascimento do ator Marlon Brando. Muito se falou sobre ele nessa data, mas muitos textos e matérias esqueceram de um aspecto bem relevante de sua carreira que não tem a ver com O Poderoso Chefão e outros grandes filmes que ele fez na década de 1970, mas sim de sua influência na cultura jovem quando surgiu nos cinemas pela primeira vez, ainda nos anos 1950.

Na década de 1950 houve uma revolução cultural nos Estados Unidos. Nessa fase surgiu a cultura jovem tal como conhecemos hoje em dia. Durante toda a história não havia muito espaço para os jovens. Ou se era criança ou se era adulto. Os jovens não tinham vez. Até que no período do pós guerra houve uma mudança significativa. Os jovens tinham seus próprios gostos musicais, assistiam aos filmes que eram produzidos para eles, as roupas não eram as mesmas dos adultos, tampouco seus cabelos. Os jovens tinham agora identidade própria. 

James Dean e Elvis Presley foram ícones nesse momento histórico. Mas a verdade é que antes deles já existia Marlon Brando. Ele foi o primeiro rebelde e o primeiro grande ídolo da juventude americana. Fazendo filmes como "O Selvagem" e tantos outros clássicos do cinema. esse jovem ator realmente revolucionou não apenas o cinema, mas também os costumes e o modo de agir, influenciando milhares de jovens ao redor do mundo. 

Brando era considerado realmente um tipo selvagem, que não fazia concessões. Ele  odiava dar entrevistas e fazia pouco daqueles que queriam levar tudo à sério demais. Suas respostas completamente fora dos padrões nas entrevistas, deixavam os produtores e executivos dos grandes estúdios de cinema completamente enfurecidos. Só que era justamente esse comportamento fora da rota que fazia com que milhões de jovens adorassem Brando. Ele foi dessa forma o primeiro rebelde, muitos anos antes de Dean e de Presley. 

Só que ao contrário de outros ícones culturais, Brando teve uma vida longa, atravessando várias décadas. Hoje em dia as pessoas que gostam de cinema o lembram basicamente como o ator que interpretou o chefe da máfia Corleone no clássico "O Poderoso Chefão". Tudo bem, esse foi outro grande momento de sua carreira. Só que antes de Corleone houve o Jovem Brando que trabalhou com Kazan e Tennessee Williams, que fez filmes marcantes, principalmente nos anos 50. O jovem motoqueiro que colocava o Meio Oeste e sua sociedade conservadora em polvorosa. O autêntico rebelde selvagem.

Nesse ano em que se celebra 100 anos de seu nascimento, o fato é que Marlon Brando segue sendo mais atual do que nunca. Além disso é aquele tipo de ator que não deixou herdeiros. Um grande nome da história do cinema mundial!

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de julho de 2024

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 5

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 5
Então chegamos no texto final sobre esse álbum dos Beatles. Inclusive é bom salientar que esse disco está completando 60 anos de seu lançamento justamente nessa semana! Como o tempo voa, não é mesmo? E se você gosta de John Lennon eu sempre gosto de dizer que esse é o seu disco dos Beatles. Certamente foi o título em que John mais se empenhou, onde a maioria das músicas foram compostas por ele, com pequenas pinceladas de Paul McCartney. O disco é o mais autoral de John Lennon nessa primeira fase dos Beatles. 

E isso fica bem claro na faixa "When I Get Home", uma canção em que John Lennon fez praticamente tudo, a letra, a melodia, os arranjos e o vocal principal. Reza a lenda que John a compôs quase como um pedido de desculpas para sua primeira esposa pois vivia tanto tempo na estrada, fazendo shows com os Beatles, que praticamente não ficava mais em casa. Mal a via, nem seu filho Julian. Parece que John se sentiu culpado por ser um pai e um marido ausente. Então usou esses versos para se desculpar. 

O álbum termina com a faixa "I'll Be Back". Uma pena que não tenha feito parte do lote de músicas que foram usadas no filme pois é muito boa. Acontece que apenas as músicas do Lado A realmente ganharam cenas no filme. O Lado B, apesar das boas músicas presentes nele, ficaram de fora. E entre elas estava essa. 

Um fato curioso é que essa canção faz parte de um seleto grupo de músicas. Canções que tinham o mesmo título, mas que eram músicas diferentes, gravadas pelos Beatles e por Elvis. A música de Elvis também fez parte de uma trilha sonora dos anos 60, "Double Trouble". E essa dos Beatles, como já sabemos, foi a faixa final do Lado B do disco original. E se esses artistas cumpriram ou não suas promessas de voltarem, uma coisa é certa, parece que eles nunca se foram, pois suas músicas continuam sendo ouvidas até hoje em dia, mesmo após muitas décadas de seu lançamento original. 

Pablo Aluísio. 

Raulzito e os Panteras

Raulzito e os Panteras
Quanto Raul Seixas gravou esse disco (o primeiro de sua carreira) ele era apenas um jovem baiano cheio de sonhos e esperanças de fazer sucesso pelo Brasil afora. Ao ouvir o álbum vemos claramente que Raul tentava, ao lado de seus companheiros de banda, embarcar na onda da jovem guarda. O disco é claramente nesse sentido, com sonoridade bem de acordo com esse movimento musical que fazia grande sucesso no Brasil na época. Só que um artista como Raul jamais ficaria preso numa caixinha, afinal ele era mesmo um cantor e compositor fora da casinha! Tanto isso é verdade que quando você ouve o disco percebe logo que há uma estranha mistura aqui. A sonoridade é da jovem guarda, mas algumas das letras traz toques de pura filosofia! Além disso que artista poderia arriscar de cara uma versão de um dos grandes clássicos psicodélicos dos Beatles logo em seu disco de estreia? E todos vestidos de figurino dos Beatles na primeira fase! Só o maluco beleza mesmo para ter esse tipo de ousadia. 

Infelizmente o disco não fez qualquer sucesso. Como explicaria anos depois numa entrevista, Raul foi percebendo que a gravadora não iria fazer nada pelo disco. Não trabalhou para promover o álbum, não enviou cópias para as rádios, não fez nada. Com isso o disco não vendeu nada. A filial brasileira da EMI apenas gravou o disco para preencher uma cota de LPs que a matriz inglesa exigia. Foi feito apenas para constar no catálogo. Uma pena! Logo o primeiro disco de um dos maiores roqueiros do Brasil ser tratado assim com tanto desprezo pela gravadora. De qualquer forma Raul não iria desistir. Ele continuaria no Rio, trabalhando como produtor na CBS, até o dia em que finalmente teria sua grande chance para mostrar seu talento musical, só que dessa vez como artista solo. O resto é história! 

Raulzito e os Panteras (1967)
Brincadeira
Por quê? Pra quê?
Um Minuto mais (I Will)
Vera Verinha
Você Ainda Pode Sonhar (Lucy in the Sky with Diamonds)
Menina de Amaralina
Triste Mundo
Dê-me tua Mão
Alice Maria
Me Deixa em Paz
Trem 103
O Dorminhoco

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Furiosa: Uma Saga Mad Max

Furiosa: Uma Saga Mad Max
Esse novo filme da saga Mad Max fracassou nas bilheterias. O filme custou quase 170 milhões de dólares e não conseguiu recuperar o seu investimento, o seu custo nas salas de cinema. Atribuo isso a vários fatores, mas o principal é que fizeram as escolhas erradas. O primeiro erro foi produzir um filme que se auto intitula da Saga Mad Max, mas que não tem o personagem Mad Max. É como fazer um filme do Batman, mas sem o Batman. Depois decidiram contar a história de uma personagem secundária, a Furiosa. Se tinham a intenção de contar as origens de algum personagem teria sido mais sensato contar as origens do próprio Mad Max. E para piorar, o público em geral não entendeu a proposta do filme, já que a Furiosa tinha ganho grande espaço no filme anterior. Foi a pá de cal em relação a esse filme. O público em geral simplesmente não estava interessado mais nessa personagem. então ignoraram o filme. O desastre nas bilheterias de cinema foi grande. O estúdio agora tenta correr atrás do prejuízo lançando no streaming. Não vai recuperar o dinheiro investido, mas pelo menos vai diminuir o rombo. 

Agora, deixando esse aspecto comercial de lado, devo dizer que até gostei do filme. Ele demora um pouquinho a pegar ritmo, mas quando pega, o filme funciona. É uma daquelas produções muito bem feitas que você vê onde todo o dinheiro foi gasto. Os grandes cenários estão lá, a multidão de figurantes, etc. E as cenas de ação em geral também são muito boas. É interessante que se formos fazer uma comparação com os filmes da trilogia inicial de Mad Max poderíamos dizer que ele está mais próximo de A Cúpula do Trovão do que de Mad Max 2, por exemplo. Ainda assim é um bom filme. Lamento pelo veterano diretor George Miller. Provavelmente pela idade e pelo fato do filme ter dado prejuízo pode ser que esse seja seu último filme. Uma pena. De uma maneira ou outra, deixo a recomendação. O filme tem seus problemas, isso é inegável, mas pelo menos serve como bom entretenimento. 

Furiosa: Uma Saga Mad Max (Furiosa: A Mad Max Saga, Estados Unidos, 2024) Direção: George Miller / Roteiro: George Miller, Nick Lathouris / Elenco: Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke / Sinopse: Nesse novo filme da franquia Mad Max conhecemos as origens da personagem Furiosa. É o quinto filme passado no universo pós-apocalíptico de Mad Max. 

Pablo Aluísio.