segunda-feira, 15 de julho de 2024

Assassinato Num Dia de Sol

Assassinato Num Dia de Sol 
Mais uma adaptação para o cinema de um clássico da literatura de Agatha Christie. Esse foi um de seus livros mais bem sucedidos. Uma história onde o leitor teria que descobrir quem era o assassino dentro de um grupo de pessoas, no caso aqui, hóspedes de um hotel localizado numa praia isolada. E entre todos eles lá estava o detetive Hercule Poirot, que era belga e não francês, como ele mesmo tinha que explicar em praticamente todas as histórias que protagonizou. Sem dúvida a escritora amava esse personagem, tanto que o usou em praticamente todos os seus best-sellers. A trama é interessante e o fato de Poirot estar em um lugar de férias, tão ensolarado, até que rende bons momentos de humor, como na cena em que ele tenta nadar um pouco na praia. Claro que não daria muito certo!

Essas produções baseadas em Agatha Christie fizeram bastante sucesso entre o final dos anos 70 e começo dos anos 80. Esses filmes seguiam certas fórmulas, dentre elas a de usar um elenco numeroso, geralmente com atores veteranos. É o que também encontramos aqui. O destaque inicial vai para Peter Ustinov interpretando o detetive Poirot. Eu não canso de elogiar esse grande ator. Ele interpretava sempre em grande estilo, seja imperadores romanos loucos a personagens mais sutis, como o próprio Poirot. Maggie Smith também está ótima como a dona do hotel. Ela mesma uma suspeita do crime, embora fale demais pelos cotovelos para ser uma suspeita muito consistente. 

Roddy McDowall interpreta o escritor de biografias que está hospedado no hotel por causa de uma atriz que também está lá. Ele quer sua aprovação para seu livro, mas não consegue. E essa atriz, interpretada por Diana Rigg. é justamente a personagem que será assassinada. E praticamente todos os que estão hospedados naquele hotel possuem algum tipo de ressentimento e ódio contra ela, ou seja, todos são suspeitos do crime. Enfim, gostei do filme. Confesso que o crime em si soa um pouco elaborado demais, como não costuma acontecer tanto na vida real, mas isso, no final das contas, não é um defeito, mas sim uma qualidade das histórias da grande Agatha Christie. 

Assassinato Num Dia de Sol (Evil Under the Sun, Reino Unido, Estados Unidos, 1982) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Anthony Shaffer, Barry Sandler, baseados na obra de Agatha Christie / Elenco: Peter Ustinov, James Mason, Maggie Smith, Roddy McDowall, Diana Rigg, Jane Birkin
/ Sinopse: Uma atriz famosa é assassinada em um hotel de verão. O detetive Hercule Poirot terá que desvendar o crime já que o assassino está hospedado no mesmo hotel onde ele se encontra naquele final de semana. 

Pablo Aluísio.

O Expresso da Aventura

Título no Brasil: O Expresso da Aventura
Título Original: The Hurricane Express
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Mascot Pictures, American Film Company
Direção: J.P. McGowan, Armand Schaefer
Roteiro: Colbert Clark, Barney A. Sarecky
Elenco: John Wayne, T Marshall, Conway Tearle, John Wayne

Sinopse:
Um sabotador desconhecido começa a destruir as linhas da ferrovia Pacific Express. Em uma dessas sabotagens o pai de Larry (Wayne), um piloto de avião, é morto no acidente. Agora ele resolve rumar no mesmo destino para descobrir quem seria o homem que ceifou a vida de seu amado pai.

Comentários:
John Wayne brigou com um dos chefões da Columbia Pictures, Harry Cohn, e resolveu deixar o estúdio indo para a pequena Mascot Pictures onde acabou fazendo três fitas rápidas. Os filmes da Mascot eram produzidos para serem exibidos em matinês, por isso eram curtos e iam direto ao ponto, sem maiores embromações. O roteiro é básico, o personagem de Wayne está atrás do assassino de seu pai e para isso precisa descobrir a identidade secreta do tal "Destruidor" (como passa a ser conhecido o sabotador de linhas da ferrovia). Como John Wayne era bastante jovem e atlético os produtores resolveram apostar forte em cenas de ação com o ator e de fato ele consegue até mesmo realizar algumas bem feitas acrobacias aprendidas quando se aventurava como dublê de filmes. Então é basicamente isso, uma aventura de matinê, com o futuro astro John Wayne se exercitando entre os trilhos de uma linha expressa rumo ao Pacífico.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de julho de 2024

Imperador Romano Constantino

Imperador Romano Constantino
Constantino sempre será lembrado pela História por ter sido o imperador romano que trouxe liberdade religiosa aos cristãos. Mais do que isso, ele próprio se tornou o primeiro imperador romano cristão da História. E isso é bem curioso, porque Constantino foi criado dentro da corte do Imperador Diocleciano, um dos mais implacáveis e notórios perseguidores de cristãos de todos os tempos. Um verdadeiro genocida assassino. Ao que tudo indica Constantino não seguiu seus passos. Ao contrário disso herdou o temperamento mais moderado de seu pai, o governador Constâncio, que nunca perseguiu o cristianismo nas províncias em que comandava. 

O pai de Constantino era um homem bem racional. Tanto que simplesmente ignorava os decretos de Diocleciano que mandavam identificar, prender e matar todos os cristãos. Na época Constâncio era governador de vastas terras que iam desde a Britânia (atual Inglaterra), passando pela Hispânia (Espanha) e Gália (atual França). Nessas regiões os cristãos exerciam sua fé e seus cultos sem medo de violência por parte do Estado Romano. 

Quando seu pai morreu e Diocleciano faleceu, muito provavelmente envenenado, Constantino começou a lutar pelo poder imperial. Nessa fase o Império Romano estava muito fragmentado. Unir o Império sob um mesmo Imperador era de fato um desafio. Afirma a lenda que antes de uma das mais importantes batalhas contra esses demais usurpadores do poder, Constantino teve uma visão. Um símbolo cristão surgiu entre as nuvens e ele ouviu a frase "Com esse símbolo vencerás". Foi o que fez Constantino. Mandou pintar o símbolo cristão nos escudos dos legionários e assim se tornou vitorioso no campo de batalha. 

Depois de muitas lutas e guerras, Constantino finalmente se tornou o único Imperador do Império Romano. Ele reunificou novamente esse grande centro de poder. Mandou construir uma grande cidade chamada Constantinopla, em honra e glória às suas conquistas. Uma cidade planejada, feita para ser a nova capital do Império. Séculos depois iria mesmo se tornar a capital do Império Romano do Oriente, mais conhecido como Império Bizantino. 

Em Roma porém o Imperador, senhor do mundo, enfrentava problemas no seio de sua própria família. Intrigas palacianas colocaram de um lado sua esposa Fausta, sua mãe Helena e seu filho Crispo, o herdeiro da Roma Imperial. No final de todas as brigas sua família estava destroçada. O amado Crispo estava morto, assim como sua esposa. Constantino havia mandado matar os dois. Jamais iria se perdoar dessas mortes. 

O peso de sua consciência foi grande. Constantino iria passar o resto de sua vida pedindo perdão ao novo Deus cristão, chamado Jesus Cristo. Para purgar o que aconteceu passou a construir inúmeras igrejas pelo império, inclusive a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e a primeira Basílica de São Pedro, que passaria a ser a nova sede da Igreja Católica. O local escolhido pelo Imperador foi o Monte Vaticano, onde Pedro havia sido crucificado de cabeça para baixo. Ali também existia um cemitério onde eram sepultados os inimigos do império, grande parte deles cristãos.  O Imperador também colocou toda a estrutura de Roma em favor dos seguidores dessa nova religião que começava a se alastrar por todo o Império. 

No final da vida, já velho e doente, Constantino resolveu se batizar. Foi o ato final para uma pessoa que agora abraçava publicamente a nova fé cristã. Até aquele momento Constantino havia evitado ser batizado, pois havia muitos interesses políticos e religiosos em jogo na Cidade Eterna Roma. De uma maneira ou outra ao sair das águas do Rio Tibre ele era agora oficialmente um cristão romano! Ele morreu em 337, pedindo fervorosamente perdão a Deus por os seus pecados em vida. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 13 de julho de 2024

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo
Mais um filme vindo diretamente dos anos 80. Não me entenda mal. Eu adoro os filmes dos Ghostbusters. Eu sou da geração que cresceu curtindo todos esses filmes. Por isso sempre tenho toda a boa vontade do mundo quando assisto a mais um filme dessa franquia. Só que é aquela coisa. Quarenta anos depois do lançamento do primeiro filme e tudo o que eles podem oferecer ao público é um roteiro novo que é praticamente uma cópia do roteiro do primeiro filme? Essa é uma pergunta sincera porque tirando o fato de ter novos personagens, todo o núcleo da história é igual ao do filme de 1984. Temos o grande monstro, um guia para abrir as portas do além, etc. Até as cenas dos espíritos voando por Nova Iorque são idênticas ao do filme original! Que falta de criatividade gente!

E isso me surpreende por vários motivos. Um deles é que o filme anterior tinha muito mais originalidade, uma história que caminhava com suas próprios pernas. Não precisa repetir sempre a mesma história, filme após filme! Só que aqui a coisa toda desanda. O Dan Aykroyd que é um dos donos dessa franquia, parece ter perdido todo o empenho para fazer algo melhor. Até o Bill Murray está preguiçoso em cena. Logo ele que certa vez chegou a dizer que jamais faria um novo filme dos Ghostbusters. De bom mesmo apenas vi um secundário arco narrativo um pouquinho mais interessante entre a jovem Phoebe e a fantasminha camarada loira que parece ser gente boa, mas que está jogando para o outro time. Fora isso, nada de mais. Espero que melhorem nos próximos filmes. 

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo (Ghostbusters: Frozen Empire, Estados Unidos, 2024) Direção: Gil Kenan / Roteiro: Gil Kenan, Jason Reitman, Ivan Reitman / Elenco: Paul Rudd, Dan Aykroyd, Bill Murray, Ernie Hudson, Mckenna Grace, Finn Wolfhard, Carrie Coon / Sinopse: Um antigo deus que estava aprisionado em uma esfera de poder acaba sendo libertado, trazendo muita destruição para a Nova Iorque dos dias atuais. Para combater a nova equipe dos Caça-Fantasmas vai precisar de uma forcinha dos veteranos Ghostbusters. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Wonka

Wonka
Em relação a esse personagem do Willy Wonka, que nasceu na literatura e depois foi adaptado para o cinema, há 3 filmes essenciais. O primeiro é o que eu mais gosto. Tenho um vínculo emocional com ele. Assisti "A Fantástica Fábrica de Chocolates" quando era criança. Vi no tempo certo, na idade certa. Guardo ótimas lembranças desse filme que fez parte da minha infância. Uma bela recordação. E adoro esse primeiro filme mais do que qualquer outra versão moderna que tenham feito nesses últimos anos. O segundo filme foi aquele assinado pelo Tim Burton. Não gosto nada daquela versão. Essa é uma história vitoriana, tem que ter contexto de época. Burton quis transformar em algo High Tech. Absolutamente nada a ver. Pior foi ter escalado Johnny Depp para viver Wonka. Péssima escolha. Enfim, essa segunda versão eu descarto sem problemas. É perda de tempo.

Então chegamos nesse novo filme. Olha, sem favor algum, achei um filme realmente adorável. Direção de arte correta, no contexto histórico certo, boa produção e elenco muito bem escolhido. Não é um remake do primeiro filme, como era o de Tim Burton. Conta uma história diferente, das origens do Wonka, desde seus primeiros dias em Londres. Tem aquele clima de fantasia e magia que vai encantar as crianças. Tudo bem que o autor original do livro não escreveu essa história, mas ainda assim é uma boa releitura. E abre margem para novos filmes. Enfim, gostei dessa fábula. Até algumas das antigas músicas do primeiro filme foram resgatadas. E é bom avisar que esse é um musical infantil, com linguagem clássica dos antigos musicais do cinema. Está tudo de muito bom gosto. Leva meu carimbo de aprovação cinematográfica. Gostei de verdade do que vi. 

Wonka (Wonka. Estados Unidos, Reino Unido, 2023) Direção: Paul King / Roteiro: Roald Dahl, Paul King / Elenco: Timothée Chalamet, Hugh Grant, Jim Carter, Olivia Colman, Gustave Die,  ReMurray McArthur / Sinopse: Depois de vários anos trabalhando como marinheiro, o jovem Willy Wonka chega em Londres onde deseja realizar seu sonho de abrir uma fábrica de chocolates. Não vai ser fácil pois comerciantes já estabelecidos no ramo farão de tudo para boicotar o jovem aspirante ao sucesso no mundo dos chocolates.

Pablo Aluísio.

Os Mistérios dos Guerreiros de Terracota

Os Mistérios dos Guerreiros de Terracota 
O primeiro imperador da China, aquele que inclusive deu seu nome para a nação, mandou construir uma imensa tumba para ser seu descanso final. E mandou construir todo um exército de soldados feitos de terracota para guardar seu corpo pela eternidade. Cada soldado desses tem seu próprio rosto, suas próprias características pessoais o que leva os historiadores a defenderem a tese de que são estátuas fiéis aos homens reais do primeiro imperador. Um trabalho de arte oriental realmente maravilhoso em todos os aspectos. 

Esse documentário traz a história de como esses soldados foram encontrados, quase por acaso, por camponeses que viviam naquela região. Após serem descobertos, gerações de especialistas em história e arqueologia trabalharam naquele local, encontrando outros grandes tesouros. Pena que o governo da China ainda não aceite que a própria tumba do imperador seja aberta para pesquisas. Provavelmente há tesouros inigualáveis em seu interior, mas as autoridades chinesas, por respeito a esse homem que fundou a China séculos atrás, realmente não parecem propensos a liberar esse tipo de pesquisa. De qualquer maneira assista a esse ótimo documentário na Netflix. 

Os Mistérios dos Guerreiros de Terracota (Mysteries of the Terracotta Warriors, Estados Unidos, China, 2024) Direção: James Tovell / Roteiro: James Tovell / Sinopse: Documentário sobre a descoberta e as últimas pesquisas envolvendo os Guerreiros de Terracota da China Imperial. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

O Dublê

O Dublê
Quem está ali por volta dos 50 anos de idade deve se lembrar muito bem da série "Duro na Queda". Foi um sucesso de audiência, inclusive no Brasil. Até linha de brinquedos foi lançada em nosso país. Pois bem, os anos passaram e finalmente o velho projeto de levar "Duro na Queda" para o cinema se tornou realidade. Esse filme é justamente isso. Pena que foi lançado só agora, muitas décadas depois da série original. De qualquer forma está valendo, principalmente para quem curtia os episódios antigos. Infelizmente a distribuidora nacional ignorou todo esse passado e ao invés de intitular o filme de "Duro na Queda" no Brasil preferiu esse título mais do que genérico de "O Dublê". Um erro, porque perdeu o interesse dos fãs brasileiros mais antigos. Muitos deles nem saberão que esse "O Dublê" é na realidade "Duro na Queda". Complicado. 

Esse novo filme é muito bem produzido, na verdade sendo uma grande homenagem para esses profissionais anônimos do cinema. Enquanto eles correm todos os riscos, os atores ficam em seus camarins com ar condicionado esperando as cenas de ação mais difíceis serem filmadas. Depois levam todo o crédito. Realmente uma injustiça, mas faz parte da ilusão do cinema. Dito tudo isso esse filme não me aborreceu. Pelo contrário, levei na pura diversão e acabei gostando do que vi. É um representante do cinema pipoca por excelência. Visto sob esse prisma se torna sem dúvida uma boa diversão, um bom passatempo. 
 
O Dublê (The Fall Guy, Estados Unidos, 2024) Direção: David Leitch / Roteiro: Glen A. Larson, Drew Pearce / Elenco: Ryan Gosling, Emily Blunt, Aaron Taylor-Johnson / Sinopse: Colt Seavers (Ryan Gosling) é um dublê que sofre um sério acidente em uma filmagem. Após passar vários meses se recuperando ele volta para o trabalho, mas dessa vez em um filme dirigido por uma cineasta que teve um longo e conturbado romance com ele. E as coisas vão ficar ainda mais explosivas com a chegada de criminosos que querem colocar tudo a perder. 

Pablo Aluísio.

O Justiceiro: Em Zona de Guerra

Título no Brasil: O Justiceiro: Em Zona de Guerra
Título Original: Punisher: War Zone
Ano de Lançamento: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Lexi Alexander
Roteiro: Nick Santora, Art Marcum
Elenco: Ray Stevenson, Dominic West, Julie Benz

Sinopse:
Frank Castle (Ray Stevenson), conhecido no submundo do crime como "O Justiceiro", acaba se envolvendo bem no meio de uma guerra que está acontecendo entre a máfia e grupos do crime organizado. E essa verdadeira zona de guerra transforma as ruas da cidade em um grande banho de sangue. 

Comentários:
Nessa altura do campeonato eu já assisti a todos os filmes do Justiceiro para o cinema, além da série que começa bem, mas que vai ficando bem ruim conforme os episódios vão passando. Pois bem, esse filme não traz nada de novo ao que já vimos antes nos demais. Provavelmente exagera demais na violência, mas é a tal coisa, não há como fazer um filme com esse personagem que não seja de extrema violência. Faz parte mesmo do conceito dele. Não tem saída. No geral achei o mais cartunesco dos filmes. Esse tem mesmo cara de história em quadrinhos, inclusive o vilão que é bem caricato, com seu rosto retalhado. Os cenários de neon com muitas cores, também demonstram e reforçam bem esse aspecto. De qualquer maneira se você for com expectativas moderadas quem sabe vai até gostar um pouco. No meu caso, no meu julgamento pessoal, achei apenas mais do mesmo. O Justiceiro ainda não ganhou um grande filme. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Akira

Título no Brasil: Akira
Título Original: Akira
Ano de Lançamento: 1988
País: Japão
Estúdio: TMS
Direção: Katsuhiro Ôtomo
Roteiro: Katsuhiro Ôtomo
Elenco: Mitsuo Iwata, Nozomu Sasaki, Mami Koyama

Sinopse:
Em um mundo destruído por uma guerra nuclear, um grupo de jovens motoqueiros, que adoram tocar o terror nas ruas de Tóquio, são envolvidos, até mesmo sem querer, em um grande jogo de poder. Uma energia pouco conhecida pela ciência está prestes a se libertar e isso terá consequências nefastas para toda a população. 

Comentários:
Eu me lembro muito bem quando a animação Akira foi lançada em VHS no Brasil nos anos 80. Foi um acontecimento mesmo, virou até capa de revista de cinema no Brasil. Nos anos 80 era complicado assistir uma animação feita para o cinema, ainda mais japonesa. Pois bem, os anos passaram e só agora fui assistir. Penso que sem dúvida é uma animação bem à frente de seu tempo. O conceito do próprio Akira é uma coisa bem surreal, quase psicodélico. Bem fora do comum. Os japoneses realmente possuem uma cultura diferenciada e bem podemos perceber isso assistindo a esse filme. Dito isso, creio que Akira realmente não é para todos os públicos. Nem é animação para crianças. Tem muitos elementos complicados de digerir nessa história. Provavelmente por essa mesma razão essa animação tenha sido tão influente ao longo desses anos. É de fato bem diferenciada. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de julho de 2024

Quincy

Título no Brasil: Quincy 
Título Original: Quincy
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Tribeca Films
Direção: Alan Hicks, Rashida Jones
Roteiro: Alan Hicks, Rashida Jones
Elenco: Quincy Jones, Michael Jackson, Frank Sinatra, Marvin Gaye, Tony Bennett (em imagens de arquivo). 

Sinopse:
Documentário sobre a vida e a obra do produtor musical Quincy Jones. Em uma longa entrevista, ele relembra o começo difícil de sua vida, de garoto pobre, até sua redenção pela música, primeiro como membro de famosas orquestras, passando pela sua fase de produtor onde trabalhou ao lado de alguns dos maiores nomes da música dos Estados Unidos. 

Comentários:
Quincy Jones realmente foi um dos mais importantes produtores musicais da história. Ele produziu discos para grandes artistas, entre eles Michael Jackson e Frank Sinatra. Agora, no alto de seus mais de 90 anos de idade, a Netflix produziu ese documentário para celebrar essa vida tão rica, artisticamente falando. E ele relembra ora com carinho, ora com tristeza, de sua trajetória. Deixa muitos elogios para Frank Sinatra, com quem sempre terá um gesto de gratidão e até mesmo de vários artistas da Motown e do cenário musical de sua época. Só não fala muito de Michael Jackson com quem trabalhou no disco mais vendido da história, Thriller. Durante sua entrevista ele afirmou que Michael roubava músicas de outros artistas, não lhes dando o devido reconhecimento pela autoria delas. Com receio de processo, os produtores desse documentário resolveram cortar essa parte. Não faz mal. De qualquer forma o documentário é mais do que precioso para quem aprecia a história da música norte-americana no século XX. 

Pablo Aluísio.