sexta-feira, 5 de abril de 2024

Succession - Primeira Temporada

Título no Brasil: Succession
Título Original: Succession
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Mark Mylod, Andrij Parekh
Roteiro: Jesse Armstrong, Jamie Carragher
Elenco: Brian Cox, Jeremy Strong, Kieran Culkin, Matthew Macfadyen, Sarah Snook, Alan Ruck

Sinopse:
A série mostra as intrigas e desavenças dentro de um rico e poderoso clã, dono de várias empresas. Quando o patriarca sofre um AVC, seu filho mais velho começa a conspirar para assumir todo o controle da empresa do pai, algo que vai trazer muitos problemas familiares para todos os envolvidos. Série vencedora de 19 prêmios Emmy. 

Comentários:
Essa série foi um grande sucesso nos Estados Unidos. Para os brasileiros haverá uma certa dose de familiaridade a mais. Os cínicos vão dizer que não passa de uma grande novela norte-americana. Eu não chegaria a tanto, mas devo admitir que há sim semelhanças com nossos folhetins. Além da boa produção e dos bons roteiros dos episódios que conseguem desenvolver todos os personagens muito bem, o que mais me atraiu foi a presença do grande Brian Cox. Eu sempre o considerei um dos melhores atores de sua geração. Infelizmente no cinema nunca alcançou o sucesso merecido. Nessa série finalmente chegou lá, no sucesso popular que seu talento merecia. Ele é a alma e o principal motivo para continuar acompanhado todos os episódios. Nessa primeira temporada sua grandeza se revela em cada momento. Inicialmente poderoso, se torna vulnerável por causa de um AVC, para só então voltar ao jogo, tendo que enfrentar seu próprio filho que cobiça todo o controle das empresas da família. Enfim, excelente drama familiar que não deixa de ser também uma fina crônica de ironias e críticas em relação à elite dos Estados Unidos, tão rica e ao mesmo tempo tão sórdida. 

Pablo Aluísio.

Vikings - Primeira Temporada

Título no Brasil: Vikings
Título Original: Vikings
Ano de Lançamento: 2013
País: Irlanda, Canadá
Estúdio: World 2000 Entertainment
Direção: Ciaran Donnelly, Ken Girotti
Roteiro: Michael Hirst
Elenco: Travis Fimmel, Katheryn Winnick, Clive Standen

Sinopse:
Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel) é um jovem Viking que decide navegar rumo ao Oeste, apesar da proibição do líder de seu clã. E ele acaba chegando na costa da Inglaterra, onde descobre vilas para roubar, trazendo ouro e prata em sua expedição pioneira, o que acaba abrindo uma nova rota de navegação para seu povo.  

Comentários:
Essa primeira temporada da série Vikings foca bastante no personagem Ragnar Lothbrok que simboliza as primeiras levas de Vikings que chegaram na costa da Inglaterra durante a era medieval. Historicamente falando não se sabe com precisão quando isso aconteceu, mas o fato é que um dia os Vikings chegaram na Inglaterra e acabaram pilhando e aterrorizando as comunidades que viviam na costa leste do país. Os episódios dessa primeira temporada mantém um bom padrão de qualidade, mas eu devo dizer que apesar de seguir uma linha narrativa central, focado no protagonista viking Ragnar, os episódios também possuem uma certa dispersão, em que ocorrem pulos na narrativa. Penso que isso foi feito propositalmente para capturar a atenção daquele espectador ocasional e eventual, que não assiste necessariamente sempre a série. Se funcionou para aumentar a audiência da série, também atrapalhou no melhor desenvolvimento da história que conta. De qualquer forma é uma boa série, já confirmada nessa primeira temporada. Pode assistir sem receios. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Gran Turismo

Título no Brasil: Gran Turismo
Título Original: Gran Turismo
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Jason Hall, Zach Baylin
Elenco: David Harbour, Orlando Bloom, Archie Madekwe, Takehiro Hira

Sinopse:
Uma grande companhia do mundo dos games começa uma campanha de marketing agressiva que promete levar os melhores gamers do mundo de um jogo de corridas para o mundo real. O vencedor vai ter a oportunidade de correr em um carro real, disputando corridas no principal campeonato da categoria GTP. Filme com história baseada em fatos reais. 

Comentários:
Numa primeira olhada tudo pode parecer bem surreal e improvável na história contada por esse filme. Mas não, foi mesmo baseado na história de um jovem gamer que vencendo uma competição de jogos acabou ganhando a oportunidade de se tornar um piloto de corridas do mundo real. Claro que um gamer disputando um campeonato de automobilismo iria trazer todo tipo de preconceito por parte dos demais pilotos profissionais e equipes adversárias. E no fundo tudo seria apenas uma campanha de marketing para os games, mas eis que o tal jovem piloto vai conquistando posições e vitórias importantes dentro do campeonato que estava disputando. O filme é bom e funciona. Ele não foge muita daquela fórmula de dramas esportivos que conhecemos bem, como uma grande história de superação pessoal, mas a despeito disso, demonstra que esse tipo de enredo nunca vai ficar obsoleto, pois sempre haverá novas camadas e boas histórias para contar, afinal a essência dos esportes é justamente essa, a superação de suas próprias limitações pessoais para se tornar um grande campeão. 

Pablo Aluísio.

Homicídio Nova York: Daphne Abdela

Homicídio: Nova Iorque
Ela tinha apenas 15 anos, com rosto de bebê. Morava na parte rica de Nova Iorque. Garota privilegiada, filha de pais ricos. E tudo desmoronou quando foi acusada de um crime brutal, a morte de um homem de 44 anos de idade em pleno Central Park. Antes de mais nada realmente não vá se enganar pelo rosto angelical. Ela sempre foi descrita por quem a conhecia como uma "Bitch", uma "Badass" ou seja sempre foi vista como uma garota problema. Arranjava briga nas escolas por onde passou (todas da elite da sociedade de Nova Iorque) e não tinha muitos amigos. Até que fez amizade com um carinha de sua idade, que tinha descendência latina. Foi ao lado desse jovem de apenas 14 anos chamado Christopher Vasquez que o crime foi cometido. 

A vítima foi Michael McMorrow, conhecido pelos amigos como "O Irlandês", um cara gente boa, mas que gostava de beber acima do limite. Muito provavelmente estava no Central Park bebendo de noite quando tudo aconteceu. Ele levou várias facadas, teve suas tripas colocadas para fora, uma pedra colocada em seu abdômen e depois seu corpo jogado na água de um dos lagos gelados do Central Park. Crime de açougueiro mesmo, por isso Daphne foi chamada pela imprensa de "Baby-Faced Butcher" ou a açougueira com rosto de bebê. Infelizmente o crime não teve um desfecho que todos desejavam na justiça. A garota fez um acordo com a promotoria e ficou apenas seis anos atrás das grades. Quando saiu arranjou mais confusão e voltou para a cadeia, para cumprir mais 3 anos. E foi isso. O crime aconteceu em 1997 e ela não ficou muito tempo atrás das grades. Garotinha rica, como bem sabemos, não paga sentença pesada! É a tal coisa, realmente era apenas uma adolescente, mas criminosa e fatal. 

Homicídio: Nova Iorque (Homicide: New York, Estados Unidos, 2024) Direção: Dick Wolf / Roteiro: Dick Wolf / Elenco: Barbara Butcher, Robert Mooney, Richard Plansky / Sinopse: Esse crime e outros que chocaram Nova Iorque podem ser assistidos em detalhes na nova série policial da Netflix "Homicídio Nova York". Fica a dica!

Pablo Aluísio. 


quarta-feira, 3 de abril de 2024

Último Tango em Paris

Título no Brasil: Último Tango em Paris
Título Original: Ultimo tango a Parigi
Ano de Lançamento: 1972
País: Itália, França
Estúdio: Produzioni Europee Associate (PEA)
Direção: Bernardo Bertolucci
Roteiro: Bernardo Bertolucci, Franco Arcalli
Elenco: Marlon Brando, Maria Schneider, Maria Michi

Sinopse:
Um homem bem mais velho conhece uma bela jovem em Paris. O casal então começa um tórrido relacionamento sexual. Vale praticamente tudo entre eles,  sem limites, mas há claramente um óbvio distanciamento emocional entre eles. Não se conhecem de verdade e nem sabem nada um do outro. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Marlon Brando) e melhor direção (Bernardo Bertolucci). 

Comentários:
Quando Marlon Brando foi para a Europa fazer esse filme, ele estava mais do que consagrado pelo sucesso de "O Poderoso Chefão". Havia sido escolhido o melhor ator do ano, mas recusou o Oscar, o que causou um alvoroço em Hollywood. Curiosamente ele escolheu esse filme até como uma forma de rejeitar Hollywood e todo seu superficialismo cultural. E nessa produção o ator teve liberdade completa para criar seu personagem. Praticamente não havia um roteiro e nem muito menos um script. As falas de Brando que se vê em cena são pura espontaneidade. Ele apenas ia falando o que vinha em sua mente. Tudo improvisado. O diretor apenas lhe dava uma premissa básica e Brando fazia o que tinha vontade. Nunca ele havia tido tanta liberdade como ator e talvez por essa razão tenha abraçado tanto esse projeto. Muitos anos depois o próprio Brando escreveria em sua autobiografia que ele não tinha a mínima ideia da proposta daquela história. Só sabia que era arte pura. Um tipo de liberdade criativa que ele nunca havia experimentado em Hollywood e que nunca mais iria experimentar de novo pelo resto de sua carreira. Sem dúvida um filme inovador e até mesmo experimental. Talvez por isso seja tão elogiado até mesmo nos dias atuais. 

Pablo Aluísio.

O Risco de uma Decisão

Título no Brasil: O Risco de uma Decisão
Título Original: Bite the Bullet
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Persky-Bright Productions
Direção: Richard Brooks
Roteiro: Richard Brooks
Elenco: Gene Hackman, Candice Bergen, James Coburn, Ben Johnson, Ian Bannen, Jan-Michael Vincent

Sinopse:
No deserto do Colorado, em 1908, é organizada uma grande corrida de cavalos entre as cidades de Denver e Kansas City. Apenas os mais resistentes cowboys conseguiriam sobreviver a uma competição selvagem como aquela.

Comentários:
Muito bom esse faroeste dos anos 1970. A premissa é das mais interessantes, mostrando uma competição que fugia completamente do comum. O interessante é que o filme, para surpresa de muitos, conseguiu duas indicações ao Oscar em categorias técnicas, de Melhor Som e Melhor Trilha Sonora Incidental. Outro aspecto interessante é que o estúdio conseguiu reunir um belo elenco, de veteranos do gênero, valorizando ainda mais o filme. Gene Hackman, grande ator, lidera a equipe, mas não podemos também deixar de elogiar James Coburn, que mesmo envelhecido ainda mantinha o velho charme de vilão de filmes de western. E o que dizer do veterano Ben Johnson? Só faltou mesmo o bom e velho John Wayne, que até foi convidado para participar do filme, mas com problemas de saúde, não pode comparecer. Mesmo assim temos aqui um dos melhores faroestes dos anos 70. O filme tem ritmo, bom roteiro e situações bem desenvolvidas, inclusive com uma boa pitada de bom humor, para deixar o filme mais leve e divertido. Não podemos esquecer que por essa época o western já estava um pouco fora de moda nos cinemas. Enfim, deixo a dica. A produção é uma preciosidade do gênero.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Contrabandistas da Fronteira

Título no Brasil: Contrabandistas da Fronteira
Título Original: The Kid from Amarillo
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Barry Shipman
Elenco: Charles Starrett, Smiley Burnette, Harry Lauter

Sinopse:
Ao Agente do Tesouro Steve Ransom (Charles Starrett) é dada a missão de desmascarar Jonathan Cole (Fred Sears), chefe de uma quadrilha de contrabandistas que operam perto da fronteira México / Texas. Apesar das advertências de Steve, seu amigo trapalhão Smiley (Smiley Burnette) resolve fazer alguma investigação solitária na fazenda Cole e é feito prisioneiro. Para soltar o amigo e desbaratar de uma vez por todas o grupo de bandidos liderados por Cole, Ransom resolve assumir a identidade de Durango Kid, o justiceiro mascarado.

Comentários:
Nos anos 50 a Columbia Pictures se especializou em produzir westerns B para consumo em massa. Como era o estúdio mais modesto de Hollywood a Columbia estava sempre precisando fazer caixa rápido e no auge da popularidade dos filmes de faroeste essa era a maneira mais fácil de ter lucro, realizando westerns com orçamentos modestos (por isso eram chamados de filmes B) com garantia certa de retorno nas bilheterias. "The Kid from Amarillo" é um desses lançamentos da Columbia. Hoje em dia já poderia estar inclusive completamente esquecido se não fosse por um detalhe importante: foi dirigido pela subestimado e ótimo cineasta Ray Nazarro. O considero um injustiçado pela história do cinema americano já que era de fato um artesão da sétima arte. Geralmente pegava material inexpressivo, do tipo que o estúdio não acreditava, e transformava em filmes marcantes. Certamente continuavam a ser produções B mas com um toque todo especial que os tornavam especiais. Aqui temos mais uma chance de conhecer seu talento por trás das câmeras. Uma pequenina jóia B com o popular Durango Kid que certamente vai surpreender os fãs de westerns.

Pablo Aluísio. 

O Fantasma do Zorro

Título no Brasil: O Fantasma do Zorro
Título Original: Ghost of Zorro
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Fred C. Brannon
Roteiro: Royal K. Cole, William Lively
Elenco: Clayton Moore, Pamela Blake, Roy Barcroft

Sinopse:
Após desaparecer por quase dois anos o Zorro é dado como morto pelas autoridades. Todos acreditam que o homem por trás da máscara morreu em alguma operação militar para sua captura. Assim os corruptos políticos locais começam a novamente roubar o povo. No meio da noite então, surge novamente o Zorro, que agora parece um ser sobrenatural, vindo do além. O povo logo acredita que seu espírito voltou do mundo dos mortos para proteger os mais pobres da ganância da classe política corrupta, mas será mesmo que é isso que está acontecendo?

Comentários:
"Ghost of Zorro" foi o último filme realizado pela Republic Pictures. Em seus tempos de glória o estúdio chegou a ser um dos três maiores de Hollywood tendo grandes astros como John Wayne sob contrato. A concorrência da televisão e a dificuldade de competir com os outros grandes grupos americanos de entretenimento foram destruindo a Republic ao longo dos anos. Em 1959 a situação já era muito ruim, não havia mais grandes astros em seu plantel e os filmes por terem orçamentos modestos já não conseguiam arrecadar boas bilheterias. A última tentativa veio justamente com esse filme. Os direitos do personagem Zorro ainda estavam com o estúdio que jogou sua última carta no mercado. Se o filme fizesse sucesso ainda haveria uma tábua de salvação para a Republic, caso contrário ela fecharia de vez suas portas. O resultado infelizmente não foi positivo. A bilheteria foi péssima e não houve mais como continuar, a Republic abriu processo de falência um mês depois. Os direitos do Zorro então foram comprados pela Disney que resolveu investir em uma série televisiva com suas aventuras. Em relação ao filme em si o que podemos dizer é que se trata de um western B pouco inspirado, com roteiro mal escrito (o que torna sua trama um pouco confusa). Houve ainda uma tentativa de usar partes do filme como seriado de TV para recuperar um pouco o dinheiro investido mas o desastre foi completo. Um triste fim para aquele que foi um dos maiores estúdios dos anos de ouro de Hollywood.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Rota Suicida

Título no Brasil: Rota Suicida
Título Original: The Gauntlet
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Michael Butler, Dennis Shryack
Elenco: Clint Eastwood, Sondra Locke, Pat Hingle, William Prince, Bill McKinney, Michael Cavanaugh

Sinopse:
Ben Shockley (Clint Eastwood) é um policial designado pelo departamento de polícia para proteger uma testemunha importante em um caso envolvendo mafiosos violentos. Sua missão será das mais perigosas.

Comentários:
Eu sempre gosto de repetir que mais vale um filme mediano com Clint Eastwood do que inúmeras superproduções que são lançadas todos os anos por aí no circuito comercial. Clint sempre manteve uma regularidade impressionante em sua filmografia. Esse filme policial dos anos 70 bem poderia ser mais um com o famoso tira Dirty Harry, mas os produtores decidiram inovar um pouco. Aqui Clint trabalha ao lado de sua esposa na época, Sondra Locke. Ela fez vários filmes ao lado dele, alguns entre os melhores já estrelados por Clint. Falecida em 2018, teve uma filmografia enriquecida pelas boas escolhas do marido. Sua personagem é a de uma garota de programa que sabe muito e que por isso vira alvo de criminosos envolvidos com a máfia italiana nos Estados Unidos. Enfim, mais um bom filme com Clint e Locke, em uma época em que eles sempre acertavam em suas escolhas cinematográficas.

Pablo Aluísio.

Operação Yakuza

Título no Brasil: Operação Yakuza
Título Original: The Yakuza
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Paul Schrader, Robert Towne
Elenco: Robert Mitchum, Ken Takakura, Brian Keith

Sinopse:
Harry Kilmer (Robert Mitchum) é um americano que decide retornar ao Japão para ajudar um velho amigo, cuja filha caiu nas mãos da temida máfia japonesa, a Yakuza. Após tomar conhecimento dos acontecimentos ele começa sua investigação que o levará ao lado mais sombrio do mundo do crime na terra do sol nascente.

Comentários:
Uma fita policial que chegou a ser bem popular no Brasil. Um trabalho curioso e diferente da safra do talentoso Sydney Pollack. Aqui ele preferiu trabalhar não apenas com um roteiro muito bem articulado, mas também com generosas cenas de ação e violência. O filme é protagonizado pelo veterano Robert Mitchum, considerado já naquela altura de sua carreira um dos maiores mitos da era de ouro de Hollywood. Embora já bastante envelhecido o bom e velho Mitchum demonstra em cena que ainda podia segurar um filme inteiro nas costas. Como não poderia deixar de ser o texto do roteiro procura se aproveitar ao máximo das diferenças culturais existentes entre duas culturas tão diversas, a americana e a japonesa. Também demonstra com muito talento que se existe algo perigoso no mundo do crime é justamente impor códigos de honra tradicionais em organizações criminosas como a máfia japonesa, conhecida pela alcunha de Yakuza. Some-se a tudo isso uma bela fotografia que faz o espectador passear pelos becos mais sujos das ruas nipônicas e você terá certamente um belo filme policial dos anos 1970. Cru, realista e muito eficiente em seus objetivos.

Pablo Aluísio.