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terça-feira, 2 de abril de 2024

O Fantasma do Zorro

Título no Brasil: O Fantasma do Zorro
Título Original: Ghost of Zorro
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Fred C. Brannon
Roteiro: Royal K. Cole, William Lively
Elenco: Clayton Moore, Pamela Blake, Roy Barcroft

Sinopse:
Após desaparecer por quase dois anos o Zorro é dado como morto pelas autoridades. Todos acreditam que o homem por trás da máscara morreu em alguma operação militar para sua captura. Assim os corruptos políticos locais começam a novamente roubar o povo. No meio da noite então, surge novamente o Zorro, que agora parece um ser sobrenatural, vindo do além. O povo logo acredita que seu espírito voltou do mundo dos mortos para proteger os mais pobres da ganância da classe política corrupta, mas será mesmo que é isso que está acontecendo?

Comentários:
"Ghost of Zorro" foi o último filme realizado pela Republic Pictures. Em seus tempos de glória o estúdio chegou a ser um dos três maiores de Hollywood tendo grandes astros como John Wayne sob contrato. A concorrência da televisão e a dificuldade de competir com os outros grandes grupos americanos de entretenimento foram destruindo a Republic ao longo dos anos. Em 1959 a situação já era muito ruim, não havia mais grandes astros em seu plantel e os filmes por terem orçamentos modestos já não conseguiam arrecadar boas bilheterias. A última tentativa veio justamente com esse filme. Os direitos do personagem Zorro ainda estavam com o estúdio que jogou sua última carta no mercado. Se o filme fizesse sucesso ainda haveria uma tábua de salvação para a Republic, caso contrário ela fecharia de vez suas portas. O resultado infelizmente não foi positivo. A bilheteria foi péssima e não houve mais como continuar, a Republic abriu processo de falência um mês depois. Os direitos do Zorro então foram comprados pela Disney que resolveu investir em uma série televisiva com suas aventuras. Em relação ao filme em si o que podemos dizer é que se trata de um western B pouco inspirado, com roteiro mal escrito (o que torna sua trama um pouco confusa). Houve ainda uma tentativa de usar partes do filme como seriado de TV para recuperar um pouco o dinheiro investido mas o desastre foi completo. Um triste fim para aquele que foi um dos maiores estúdios dos anos de ouro de Hollywood.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A Cobiça do Ouro

Título no Brasil: A Cobiça do Ouro
Título Original: Gunmen of Abilene
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Fred C. Brannon
Roteiro: M. Coates Webster
Elenco: Allan Lane, Black Jack, Eddy Waller, Roy Barcroft 

Sinopse:
A cidade de Abilene está aterrorizada com uma onda de pistoleiros e bandoleiros que usam a região como esconderijo de seus crimes nefastos. O chefe da quadrilha é um farmacêutico local, Henry Turner (Peter Brocco), que descobriu haver muito ouro nas montanhas que circulam a cidade. Sua intenção é expulsar os moradores para colocar as mãos naquela grande riqueza mineral. Para isso porém terá que passar por cima de Rocky Lane (Allan Lane), um cowboy disposto a defender os pobres e oprimidos moradores de Abilene.

Comentários:
A Republic Pictures se notabilizou por produzir dezenas de faroestes B em ritmo industrial durante os anos 1940 e 1950. Essas fitas eram realizadas com orçamentos baratos e sem grandes estrelas no elenco, até porque eram exibidas em matinês onde o preço do ingresso também tinha a metade do valor da entrada normal. Esse western de matinê foi estrelado por Allan "Rocky" Lane, que se tornou bem famoso em sua época, principalmente para a garotada que lotava as sessões de fim de semana. Carismático, ele acabou protagonizando muitos filmes rápidos da Republic, além de seriados infanto-juvenis, que também representavam uma grande força nas bilheterias. Seus personagens íntegros e completamente honestos eram adorados pelos jovens que sonhavam também com essas grandes aventuras no velho oeste. Seu cavalo "Blackjack" ganhou também muito destaque, chegando ao ponto de ser estrela de seu próprio álbum de figurinhas. Inteligente e muito bem treinado, geralmente roubava as atenções no filmes com Allan Lane. Curiosamente o que foi produzido como divertimento barato e simples para o fim de semana acabou ganhando status de grande arte. Hoje em dia o faroeste B da época é preservado em instituições públicas americanas como o Museu de História do Kansas, onde várias dessas produções estão ao alcance do estudioso e fã de cinema. Como se pode notar, nos Estados Unidos a memória do cinema é caprichosamente bem preservada, bem ao contrário do que acontece em nosso país, infelizmente.

Pablo Aluísio.