Título no Brasil: A Cena do Crime
Título Original: Scene of the Crime
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Roy Rowland
Roteiro: John Bartlow Martin, Charles Schnee
Elenco: Van Johnson, Arlene Dahl, Gloria DeHaven, Tom Drake, Leon Ames, John McIntire
Sinopse:
O investigador Mike Conovan (Van Johnson) recebe a missão de descobrir o que estaria por trás da morte de vários detetives particulares da cidade. Entre os profissionais assassinados está o ex-parceiro Monigan, morto em circunstâncias misteriosas desde que decidiu sair da polícia para ganhar a vida como detetive na iniciativa privada. As pistas acabam levando Mike a um esquema de corrupção envolvendo apostas no submundo do crime. Agora ele terá que lutar para descobrir quem foi o autor dos crimes ao mesmo tempo em que tentará se manter vivo no meio daquele jogo perigoso e sórdido.
Comentários:
Nada como um bom noir B dos anos 1940 para lembrar como era interessante o cinema americano em sua era de ouro. Aqui temos o cardápio inteiro, sem faltar nenhum elemento: a trama complicada e de difícil solução, os investigadores e detetives cínicos, as mulheres fatais e os vilões indigestos, tudo filmado em tons escuros, em maravilhosa fotografia preto e branco. Naqueles distantes anos havia uma concorrência saudável entre os roteiristas para descobrir quem escreveria a trama criminosa mais complexa. Bom, isso levava muitas vezes alguns filmes a terem soluções completamente forçadas e sem sentido. Isso felizmente não acontece aqui pois "Scene of the Crime" tem uma rede de crimes que se fecha bem em si, além de trazer uma solução para o mistério que não deixa o espectador ainda mais confuso (e com impressão que o roteirista quis lhe passar a perna). Van Johnson está ótimo em seu personagem. Confesso que o achei extremamente parecido com Robert Mitchum, inclusive nos maneirismos, mas isso, não se preocupem, é um elogio e não uma crítica sobre sua atuação. No final tudo me deixou com gostinho de quero mais, fiquei realmente interessado em assistir mais filmes policiais nessa linha, prova maior que é uma boa película de mistério não há. Aproveite pois vale demais conhecer esse noir, hoje pouco lembrado.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de março de 2024
domingo, 24 de março de 2024
Led Zeppelin - Led Zeppelin (1969)
Eu tenho uma relação musical de amor e ódio com o Led Zeppelin. Gosto muito de alguns de seus álbuns e odeio, na mesma proporção, alguns outros trabalhos do grupo. Dito isso, jamais subestimaria a importância dessa banda na história do rock mundial. Eles foram mesmo extremamente marcantes e pelos motivos certos. Um deles ouvimos aqui em seu disco de estreia. Quando comprei esse álbum e o ouvi pela primeira vez, há muitos anos, fiquei com a primeira impressão de que se tratava de um disco de rock dos anos 70. Não era, o disco era dos anos 60!
A conclusão é óbvia. O grupo antecipou a sonoridade que iria prevalecer na década seguinte, se tornando pioneiros nesse estilo de fazer rock. Aliás aqui vai uma verdade que não se pode negar, o Led Zeppelin é uma das bandas de rock mais influentes de seu tempo. Depois que seus discos começaram a chegar no mercado os outros roqueiros foram seguindo seus passos. Eles foram mesmo inovadores nessa que eu costumo chamar de terceira geração do rock. E nessa fase de transição também preservaram os antigos estilos musicais que deram origem ao próprio rock, como o blues que nesse primeiro álbum é muito valorizado. Enfim, fica mais do que bem explicado porque eles marcaram tanto o seu tempo. Estavam mesmo na frente de sua época.
Led Zeppelin - Led Zeppelin (1969)
Good Times Bad Times
Babe I'm Gonna Leave You
You Shook Me
Your Time Is Gonna Come
Black Mountain Side
Communication Breakdown
I Can't Quit You Baby
How Many More Times
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de março de 2024
Alemão
Título Original: Alemão
Ano de Lançamento: 2014
País: Brasil
Estúdio: RT Features
Direção: José Eduardo Belmonte
Roteiro: Leonardo Levis, Gabriel Martins
Elenco: Antônio Fagundes, Cauã Reymond, Caio Blat
Sinopse:
A identidade de um grupo de militares infiltrados no complexo do Alemão cai nas mãos do chefe do tráfico da região. Logo é dado a ordem aos criminosos para que se encontre e mate os policiais e esses, para sobreviverem, se escondem em uma pizzaria. E o cerco aos poucos vai se fechando sobre eles.
Comentários:
Gostei do filme, embora reconheça que existem furos de lógica na história contada. Não penso que os policiais iriam ficar entocados esperando os traficantes chegarem para matar eles. Com o treinamento que possuíam penso que iriam tentar fugir do complexo do Alemão. O pior entretanto acontece. Outro aspecto digno de nota é que o filme usa uma história real, com a invasão do complexo do Alemão pelas forças armadas, como mero pano de fundo para uma história de ficção, que é justamente aquela que acontece quando os policiais cariocas ficam escondidos naquela pizzaria. De qualquer modo uma coisa é inegável, a história funciona e o filme também. É um dos bons filmes brasileiros produzidos nesses últimos anos. Vale a pena conhecer e assistir.
Pablo Aluísio.
Querida, Encolhi as Crianças
Título Original: Honey, I Shrunk the Kids
Ano de Lançamento: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Stuart Gordon, Brian Yuzna
Elenco: Rick Moranis, Matt Frewer, Marcia Strassman
Sinopse:
Um cientista tenta há anos inventar um processo em que se diminui o tamanho das coisas. E depois de tanto esforço ele consegue, diminuindo seus próprios filhos que se perdem no jardim de sua casa. Agora o desespero se torna completo, pois o cientista precisa encontrar seus filhos para reverter esse processo.
Comentários:
O filme nasceu naquele momento em que os efeitos especiais tinham atingido um patamar de sofisticação que não existia antes. O próprio Spielberg diria que o roteiro circulava há anos nos estúdios, mas que o filme nunca havia sido produzido porque não havia tecnologia para isso. Então com a chegada da computação gráfica, tudo mudou. E essse filme finalmente foi realizado. E foi muito bem produzido, temos que admitir. Tecnicamente falando é um filme excelente, perfeito mesmo. Todo o processo que passa para a tela é realmente de primeira qualidade. Os insetos gigantes, as cenas com os seres humanos menores que formigas, tudo é de encher os olhos. O Rick Moranis que havia feito sucesso em "Os Caça-Fantasmas" também ficou perfeito nesse personagem. Enfim, um filme que marcou o cinema pelo menos do ponto de vista técnico. E que gerou várias continuações (inferiores) nos anos seguintes.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 22 de março de 2024
Madame Teia
Título Original: Madame Web
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: S.J. Clarkson
Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless
Elenco: Dakota Johnson, Sydney Sweeney, Isabela Merced
Sinopse:
Cassandra Webb (Dakota Johnson) é uma jovem plantonista de uma ambulância em Nova Iorque que descobre ter estranhas sensações que lhe dão o poder de prever o futuro breve. Agora ela precisa sobreviver pois alguns estranhos seres querem sua morte, assim como a de adolescentes que ela recentemente conheceu. E tudo parece ter ligação com a morte de sua mãe, ocorrida muitos anos antes, em plena floresta Amazônica.
Comentários:
OK, admito que não é um bom filme, mas sinceramente falando, não é tão ruim como disseram por aí. A Marvel atualmente conta com uma legião de fãs que agem como seres absolutamente bestificados e cretinos, que aceitam qualquer coisa com o selo da produtora. Por isso os filmes estão ficando cada vez mais ruins, como aquela porcaria das Marvels. Não tem jeito, é um filme ruim atrás do outro, com personagens de quarto ou quinto escalão. Só a xepa da galeria da editora de quadrinhos. Mas esse aqui ainda se salva um pouquinho. Curiosamente o filme consegue se sustentar até o momento em que as personagens usam seus uniformes de super-heróis. Quando isso acontece, a coisa toda fica super brega, chegando nas raias do constrangimento total. Felizmente isso só vem a acontecer mesmo no finalzinho do filme, quando o jogo já estava ganho. Se houver continuações já sei que serão puro lixo tóxico, porque agora elas já vestiram seus uniformes e não tem mais volta. Esse aqui, por ser de origens, até que balança, mas não cai. E a bela Dakota Johnson também é um bom pretexto para assistir até o final, que como já antecipei, é sim muito bregoso e imbecil. Nessa hora só resta mesmo aos Marvetes chorarem na cama, porque não tem mais salvação.
Pablo Aluísio.
Ursinho Pooh: Sangue e Mel
Título Original: Winnie the Pooh: Blood and Honey
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Jagged Edge Productions
Direção: Rhys Frake-Waterfield
Roteiro: Rhys Frake-Waterfield
Elenco: Nikolai Leon, Maria Taylor, Natasha Rose Mills
Sinopse:
Um grupo de jovens vai parar numa floresta distante. Para seu azar o lugar é habitado por aberrações, como o ursinho Pooh e seu amigo de atrocidades, o Leitão. Eles querem se vingar de qualquer ser humano que chegue naquelas paisagens e vão começar a matar alucinadamente os pobres desavisados que entraram em seus domínios.
Comentários:
Alguns personagens infantis muito famosos entraram em domínio público recentemente, entre eles o próprio Mickey Moue e esse ursinho Pooh que é muito mais popular no exterior do que no Brasil. Então a partir de agora qualquer um pode fazer filmes, desenhos animados e séries com eles, sem pagamentos de direitos autorais e nem de autorização de ninguém. Isso foi o bastante para alguns produtores dementes de Hollywood providenciarem filmes de terror sangrentos com esses mesmos personagens. É um escracho, claramente, mas eles jogam justamente com esse tipo de reação para trazer audiência. No caso aqui temos um filme extremamente violento e sem propósito algum, a não ser chocar com a imagem desses personagens do universo infantil. Retratados no filme como psicopatas violentos, nada mais. Como se fosse um filme com Jason ou Leatherface, apenas substituindo esses pelos ursinhos e leitões dos contos infantis. Ficou bizarro e nada boa essa mistura indigesta. No final de tudo, pura demência sádica mesmo.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 21 de março de 2024
Voluntários da Fuzarca
Título Original: Volunteers
Ano de Lançamento: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Nicholas Meyer
Roteiro: Ken Levine, David Isaacs
Elenco: Tom Hanks, John Candy, Rita Wilson
Sinopse:
Após se formar na prestigiada universidade de Yale, um jovem norte-americano se manda para o sudeste asiático para fugir de credores que querem sua cabeça. O pai rico não lhe ajudou, então ele se mandou para o lugar mais longe possível de seus problemas. E lá acaba entrando em um grupo de voluntários para a construção de uma ponte, o que vai criar inúmeras confusões.
Comentários:
Essa é uma daquelas comédias dos anos 80 que ninguém se lembra, que não fez muito sucesso e tampouco era muito boa. Pra falar a verdade o filme era meio sem graça. O único atrativo era o bom elenco. Para Tom Hanks o filme até hoje é apreciado, mas por motivos pessoais. Ele conheceu a atriz Rita Wilson nas filmagens, se apaixonou por ela, começaram a namorar e se casaram algum tempo depois. Estão juntos até hoje! Coisa rara de acontecer em termos de comunidade de Hollywood. Já o comediante gordinho John Candy sempre foi uma simpatia de pessoa. Um daqueles atores que sempre tive muita boa vontade, desde os seus primeiros filmes. Era talentooso, mas morreu precocemente. Uma pena. Então é isso, um filme pequeno, atualmente esquecido, com um título que já naquela época soava como nome de filme velho. Mas enfim, vale o registro.
Pablo Aluísio.
Recrutas da Pesada
Título Original: Stripes
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Daniel Goldberg, Harold Ramis
Elenco: Bill Murray, John Candy, Harold Ramis
Sinopse:
Amigos desbaratados, duros e desempregados, decidem entrar no exército dos Estados Unidos! Uma decisão mais do que complicada, uma vez que eles não possuem o menor jeito para a vida militar e a disciplina dos quartéis.
Comentários:
O Bill Murray ficou conhecido pela televisão, pelo programa Saturday Night Night. Só depois é que tentou uma carreira no cinema. E em seus primeiros filmes as coisas não foram tão bem. Eram pequenas comédias, de produções bem fracas e roteiros idem. Muitos desses primeiros filmes não fizeram sucesso nenhum no circuito dos cinemas, só encontrando um pouco de público mesmo nas locadoras VHS. Esse se enquadra perfeitamente nessa categoria. De bom mesmo o Bill Murray teve a oportunidade de conhecer o diretor Ivan Reitman e o roteirista e ator Harold Ramis. Ficaria grande amigo deles. Era o começo de uma amizade que iria render grandes sucessos de bilheteria no futuro, como "Os Caça-Fantasmas". Por essa razão Murray sempre teve grande afeto por essa comédia dos anos 80.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 20 de março de 2024
Êxito Fugaz
Título Original: Young Man with a Horn
Ano de Lançamento: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Carl Foreman, Edmund H. North
Elenco: Kirk Douglas, Lauren Bacall, Doris Day
Sinopse:
O jovem Rick Martin (Kirk Douglas) descobre que tem um dom para a música e se apaixona pelo trompete. O lendário trompetista Art Hazzard coloca Rick sob sua proteção e lhe ensina tudo o que sabe sobre como tocar. Rick acaba se tornando um trompetista famoso, mas sua personalidade volátil e seu desejo de tocar jazz em vez das músicas mais convencionais das bandas para as quais trabalha o colocam em uma situação complicada.
Comentários:
O jazz quando surgiu tinha o mesmo aspecto de som revolucionário que o rock iria ter alguns anos depois. Era considerado uma sonoridade da parcela negra e marginal da sociedade, então havia todo aquele preconceito e perseguição que bem conhecemos. Esse filme aqui tenta trazer um retrato desse tempo, focando no personagem de Kirk Douglas que não sabia tocar nenhum instrumento, mas como bom ator que era, passava de forma convincente nas telas de cinema como um músico talentoso. E ele precisa também se decidir entre duas mulheres fortes em sua vida, sendo uma delas a Doris Day quer era naquela época um símbolo de boa moça da sociedade. Enfim, um bom filme cujo roteiro até hoje se mostra bem interessante por causa do contexto cultural em que a história do filme se desenvolve.
Pablo Aluísio.
A Mensagem dos Renegados
Título Original: The Redhead and the Cowboy
Ano de Lançamento: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Leslie Fenton
Roteiro: Jonathan Latimer, Liam O'Brien
Elenco: Glenn Ford, Edmond O'Brien, Rhonda Fleming
Sinopse:
Gil Kyle (Ford) se vê envolvido na política e na agitação da Guerra Civil Americana e logo é acusado de assassinato. Seu único álibi é Candace Bronson (Fleming), que está ajudando a causa confederada. Ela deixou o território para entregar uma mensagem vital sobre um carregamento de ouro ianque. Assim Kyle se vê forçado em sair em busca de seu paradeiro, encontrando bandidos, agentes do governo e guerrilheiros, que estão mais interessados no lucro do que nos ideais de justiça.
Comentários:.
Um faroeste B clássico, todo rodado no deserto de poeira e calor do Arizona. Um aspecto que vai de certa maneira incomodar nos dias atuais é a forma como o personagem de Glenn Ford lida com sua amante, interpretada pela ruiva Rhonda Fleming. É uma forma de se lidar com uma mulher que hoje em dia poderíamos qualificar como rude e agressivo. O sujeito, nada romântico, só falta pegar a bela mulher pelos cabelos para levar para seu quarto, mas enfim, eram outros tempos. Talvez o roteiro quisesse mostrar o lado macho do cowboy interpretado por Ford. No mais, esse filme é um típico bang-bang dos anos 1950, com muitas perseguições, cavalos em disparada, tiroteios no meio do deserto e uma muito bem filmada sequência da caravana fugindo de um bando de assassinos e ladrões, todos atrás do ouro dos nortistas, dos ianques. No quadro geral, temos aqui uma boa diversão para os fãs de western.
Pablo Aluísio.
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