sábado, 18 de novembro de 2023

Blitz - O Filme

Título no Brasil: Blitz - O Filme
Título Original: Blitz - O Filme
Ano de Lançamento: 2019
País: Brasil
Estúdio: Ancine
Direção: Paulo Fontenelle
Roteiro: Paulo Fontenelle
Elenco: Evandro Mesquita, Fernanda Abreu, Lobão, Fernanda Torres, Antonio Pedro, Billy Forghieri,

Sinopse:
Esse documentário mostra a história da Blitz, a primeira banda de rock brasileiro a explodir nas  paradas de sucesso no começo dos anos 80. Após o sucesso do hit "Você Não Soube Me Amar" a vida dos integrantes do grupo nunca mais seria a mesma. Um filme com farto material visual gravado na época, contando com o depoimento dos integrantes originais do grupo. 

Comentários:
A Blitz foi a ponta de lança no estouro do rock nacional dos anos 80. Foi o primeiro grupo a tomar de assalto todas as paradas das rádios, isso em uma época em que as gravadoras não davam muita bola para o rock produzido no Brasil. Seu visual, suas músicas meio bobinhas, logo caíram no gosto popular. E o sucesso foi enorme. De começo modesto, se apresentando no circo voador no RJ eles começaram a lotar ginásios e estádios por todo o país. Só que a festa durou pouco como vemos no documentário. Os membros eram todos muito jovens e inexperientes e não estavam preparados para toda a fama e sucesso que veio junto. O Evandro Mesquita, por exemplo, foi uma espécie de surfista que pegou uma onda cujo tamanho ele não tinha a menor ideia, nem do que aquilo tudo iria se transformar. Por isso a Blitz explodiu muito rapidamente e também implodiu após apenas 3 discos lançados. A sepaação foi causada por brigas, rixas e desavenças entre os integrantes. Pois é, alguns grupos são destinados mesmo a queimar como um meteoro caindo do céu. Ficam as boas lembranças, pelo menos. 

Pablo Aluísio.

Marighella

Título no Brasil: Marighella
Título Original: Marighella
Ano de Lançamento: 2012
País: Brasil
Estúdio: TC Filmes
Direção: Isa Grinspum Ferraz
Roteiro: Isa Grinspum Ferraz
Elenco: Carlos Augusto Marighella (em arquivos de imagens), Lásaro Ramos (narrador), Miguel Arraes, Leonel Brizola (em arquivos de imagens)

Sinopse:
Documentário sobre o político e guerrilheiro urbano de esquerda Carlos Marighella, mostrando seu lado mais pessoal, desde os tempos de estudante, passando pela vida política, indo até a sua luta contra a ditadura militar instalada como regime de força e exceção no Brasil em 1964. 

Comentários:
Antes de qualquer coisa é bom saber que esse filme não é aquela cinebiografia do Wagner Moura que tinha o Seu Jorge interpretando o protagonista. Esse é um documentário lançado bem antes. Dito isso, devo dizer que apesar de ser um bom registro histórico desse personagem o fato é que ele se baseia mais nas memórias de familiares e amigos do Marighella. É uma visão bem subjetiva dele, o mostrando mais humano, como um típico homem brasileiro de seu tempo, um sujeito extrovertido que gostava de carnaval, de criar poesias, escrever textos, contar piadas, etc. O lado mais sério de sua luta como guerrilheiro revolucionário de esquerda fica mesmo em segundo plano. E isso não significa que o documentário seja ruim, longe disso, foi apenas uma opção adotada por seus realizadores. E no meio de tudo ainda temos contato com alguns eventos importantes de sua vida e da própria história do Brasil. Enfim, para quem estiver em busca do lado mais humano do Marighella, esse documentário certamente será uma opção acertada. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

A Máfia da Dor

A Máfia da Dor
Uma stripper acaba conseguindo uma chance para trabalhar em uma empresa farmacêutica. Ela não tem qualquer formação para isso, mas logo descobre que o negócio é vender o remédio que a empresa fabrica. Ela precisa convencer médicos a receitarem a tal droga para dor. O problema é que ele é baseado numa substância que causa dependência química e se usado em altas doses pode levar o paciente a ter uma overdose de drogas. Esse é um ponto delicado, mas para todas aquelas pessoas o que interessa mesmo é vender o tal produto, de todo jeito, apenas para embolsar uma bela grana no final do mês. E a ganância logo se espalha entre médicos, representantes e vendedores da farmacêutica e escroques de todos os tipos. Que atendimento humanizado coisa nenhuma, o importante é ganhar dinheiro com a desgraça alheia. 

Gostei demais desse filme que foi lançado na Netflix nessa semana. Expõe mesmo os lances obscuros que imperam no simples ato de receitar um medicamento a um paciente dentro de um consultório médico. Há toda uma sordidez envolvida, uma gente que não quer nem saber do bem estar das pessoas doentes, eles só visam o lucro fácil e nada mais. O elenco é todo bom, contando com uma preciosa interpretação da sempre ótima Emily Blunt. Ela interpreta essa jovem mulher que ganha a vida tirando a roupa em clubes masculinos, mas que logo descobre que tirar o dinheiro de gente doente e desesperada é mais lucrativo! 

Até o Capitão América, ou melhor dizendo, o Chris Evans, deu as caras por aqui. Ele é o executivo da empresa picareta que quer empurrar a nova droga de todo jeito. Um sujeitinho asqueroso sem qualquer ética! E o que dizer o dono da farmacêutica interpretado por Andy Garcia? Sujeito estranho, cheio de manias, picareta no grau máximo, totalmente empenhado em apenas ficar milionário. Enfim muito bom esse novo filme. É o retrato cruel da saúde, não apenas nos Estados Unidos, mas praticamente no mundo todo. Então quer uma boa dica para ver um bom filme na Netflix nesse final de semana? Não deixe de ver esse "A Máfia da Dor". 

A Máfia da Dor (Pain Hustlers, Estados Unidos, 2021) Direção: David Yates / Roteiro: Wells Tower, Evan Hughes / Elenco: Emily Blunt, Chris Evans, Andy Garcia, Catherine O'Hara / Sinopse: Liza Drake (Emily Blunt) é uma stripper vai para o mundo dos negócios, indo trabalhar em uma empresa farmacêutica, onde precisa vender uma nova droga que pode viciar e matar os pacientes. Só que isso não importa, o que importa é ganhar muito dinheiro com essas pessoas doentes!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Besouro Azul

Título no Brasil: Besouro Azul
Título Original: Blue Beetle
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner
Direção: Angel Manuel Soto
Roteiro: Gareth Dunnet-Alcocer
Elenco: Xolo Maridueña, Bruna Marquezine, Susan Sarandon, Becky G, Belissa Escobedo, George Lopez

Sinopse:
Um jovem mexicano desempregado vai procurar emprego numa grande empresa de tecnologia e acaba caindo no meio de uma guerra corporativa que tenta dominar uma estranha tecnologia que vem de um antigo artefato de origem extraterrestre. E sem querer ele acaba se tornando um super-soldado, o Besouro Azul! 

Comentários:
Filminho chato e sem graça, cheio de clichês, mostra muito bem que esse tipo de filme de super-heróis já deu o que tinha que dar. É um tipo de cinema que já saturou há muito tempo. Para piorar aqui quiseram novamente faturar em cima da cultura woke, então é uma tentativa forçada de promover inclusão de minorias, no caso a comunidade latina e mexicana nos Estados Unidos. Só que o tiro saiu pela culatra porque todos os personagens foram desenhados pelo roteiro como caricaturas, algo que achei até vergonhoso a forma preconceituosa que a família mexicana é retratada no filme. E o pior é que achei a direção de arte bem feia, com efeitos especiais que parecem ter saídos de uma daquelas produções do Roberto Rodriguez (e isso definitivamente não é um elogio). Com roteiro preguiçoso e burro, esse filme quase não foi lançado nos cinemas. O estúdio sabia do tamanho da porcaria. Deveria ter ido mesmo para o streaming, para um daqueles canais secundários tipo o Space ou o CW. Enfim, é uma perda de tempo assistir esse filme com esse herói do quinto escalão da DC Comics. Passe longe! 

Pablo Aluísio.

Voyeur

Título no Brasil: Voyeur
Título Original: Voyeur
Ano de Lançamento: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Myles Kane, Josh Koury
Roteiro: Myles Kane, Josh Koury
Elenco: Gay Talese, Gerald Foos, Nan Talese

Sinopse:
Um veterano e consagrado jornalista de Nova Iorque decide contar em seu novo livro a história de um dono de motel que acabou criando uma rede de refrigeração que ele podia usar para espiar os casais transando em seu estabelecimento. Algo que poderia custar caro no final das contas para esse escritor. 

Comentários:
O voyeur é aquele tipo de sujeito que prefere ver as pessoas fazendo sexo do que ele próprio fazer. E nada seria mais adequado para esse tipo de pervertido sexual do que ser dono de um motel de beira de estrada. É justamente essa estranha e bizarra história que esse documentário da Netflix nos conta. Entretanto eu pude perceber que o foco principal desse filme nem é tanto a história do voyeur em si, mas sim a relação de amizade que nasce entre o escritor do livro, um jornalista com muitos anos de carreira, e o próprio voyeur, um tipo já de meia idade, bem esquisito, cheio de problemas, mas tentando manter uma postura de normalidade a todo momento. E o fato dele não ser totalmente honesto com o escritor e o abalo que isso iria atrair depois da publicação do livro. Eu gostei do documentário, mostrando bem um lado mais desconhecido e taradão da sociedade falsamente puritana e muito hipócrita dos Estados Unidos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

A Nova (e última) Música dos "Beatles"...

A Nova (e última) Música dos "Beatles"...
Eu uso "Beatles" entre aspas porque não consigo ver essa "Now and then" como uma genuína música dos Beatles. É uma forçada de barra sair dizendo que essa seria a "última música dos Beatles". Pura coisa de marketing. Mais falso do que isso, impossível. Agora isso tudo não significa que eu não tenha que dar os parabéns ao bom e velho Paul McCartney. Ele tirou leite de pedra e transformou uma demo esquecida em uma gaveta qualquer do Dakota em Nova Iorque em uma bela música para se ouvir. O velho Paul não perdeu a mão em embelezar canções, principalmente de seu velho parceiro, o falecido John Lennon. 

Não tem como fugir à realidade que essa demo era um resto qualquer que John Lennon esqueceu que existiu e que foi resgatada por Yoko para fazer parte do Anthology 3. Não fez porque George Harrison não gostou da música e decidiu que não iria fazer nada por ela, apesar dos protestos de Paul. Os anos passaram, George morreu e então Paul resolveu trabalhar de novo naquela fita K7. Não há como negar que o trabalho de Paul ficou muito bonito, só que tudo isso no final não seria desnecessário, que tudo foi apenas uma chance de ganhar um dinheiro fácil com a marca dos Beatles?

Vamos aos fatos. John Lennon gravou essa demo em casa, de forma amadora. Colocou seu aparelho de gravador em cima do piano e tocou a canção. Ele fazia isso para não esquecer suas composições. Algumas vezes esquecia mesmo assim. Não se sabe nem ao certo quando a demo foi gravada. Alguns acreditam que foi por volta de 1977. Três anos depois John resolveu voltar para gravar um novo disco. Ele nem levou em conta essa composição para compor o novo álbum. Provavelmente não achava uma música tão boa para seu novo LP. Ignorou completamente. De fato não é uma de suas melhores criações. É triste, melancólica e tem uma harmonia meio chata. Não fez parte de sua carreira solo. Por que iria fazer parte da história dos Beatles?

Paul e Ringo estão no final de suas vidas. Essa faixa produzida agora é como raspar o fundo do baú. Em minha opinião os Beatles acabaram em 1970 e usando sua discografia oficial como marco a última música dos Beatles foi "The End" do Abbey Road. E fim, acabou ali. Nem "Free as a Bird" e nem "Real Love" dos dois primeiros CDs Anthology consigo considerar como músicas genuínas dos Beatles. São legais, reuniram os que ainda estavam vivos, mas ficam por aí. Não era Beatles assim como essa lançada essa semana também não é Beatles. E nem tampouco é a última música dos Beatles. Tudo tem um fim na vida e a trajetória dos Beatles acabou em 1970. O resto é jogada de marketing. 

Assim, para concluir, como eu definiria esse novo lançamento? Muito simples. É uma música que John Lennon compôs nos anos 1970. Era uma música interessante a ponto dele fazer uma demo, mas não tão boa a ponto dele incluir em algum de seus discos da carreira solo. Agora ela foi melhorada pelos velhos amigos Paul e Ringo. E pronto, nada muito além disso. Não me venha com esse papo furado dos Beatles que no meu caso definitivamente não cola mais!

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

O Faroeste em seus primórdios - Parte 1

O termo faroeste só existe no Brasil. É uma abreviação da palavra Farm of West (Fazenda do Oeste) que se popularizou na língua portuguesa. Para os americanos esse gênero cinematográfico é conhecido simplesmente como Western, que quer dizer simplesmente Oeste, ocidental. Como se sabe há duas costas bem definidas no mapa dos Estados Unidos, a costa leste (Nova Iorque e demais estados banhados pelo Oceano Atlântico) e a costa oeste (Califórnia e estados vizinhos).

A conquista do Oeste fez parte da história dos Estados Unidos. Os pioneiros que foram para lá encontraram terras desérticas, selvagens nativos hostis e muita brutalidade, mas havia novas terras dadas pelo governo a quem chegasse primeiro. Também havia ouro e esse metal foi o grande propulsor dos pioneiros, principalmente na Califórnia, onde grandes cidades como San Francisco nasceram basicamente de vilas de mineradores de ouro.  Esse também foi tema de inúmeros filmes ao longo dos anos.

Curiosamente outro tema recorrente em filmes de western, envolvendo a guerra civil e os estados confederados, não teve historicamente nenhuma ligação com o velho oeste. Isso porque a guerra civil se desenrolou mesmo nas fronteiras dos estados do sul, que geograficamente eram bem longe dos estados do oeste. No máximo houve algumas batalhas no meio oeste, mas na costa oeste mesmo a guerra pouco chegou. Ignorado pelos roteiristas, isso entrou também na mitologia do velho oeste, afinal a guerra civil foi muito marcante na história dos Estados Unidos e aconteceu na mesma época em que os pioneiros tentavam a sorte no meio do deserto do oeste.

E foi no oeste também que se desenvolveu a indústria cinematográfica americana, mais especificamente na cidade de Los Angeles, na Califórnia. Ora, era simplesmente impossível ignorar a mitologia da própria região nas histórias dos filmes, por isso o cinema americano tal como o conhecemos também nasceu junto com o western. No registro dos primeiros filmes na América já se encontram diversos faroestes, todos já com primórdios da mitologia do velho oeste, com seus cowboys, índios, soldados da cavalaria, bandidos e mocinhas indefesas.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Montgomery Clift - Hollywood Boulevard - Parte 3

O primeiro filme de Montgomery Clift em Hollywood foi "Perdidos na Tormenta". Esse foi filme foi realizado em 1948, uma produção da Metro-Goldwyn-Mayer que tinha como tema o pós-guerra na Europa. Um tema muito adequado pois a II Guerra Mundial havia terminado apenas três anos antes. O diretor Fred Zinnemann queria trazer para o público americano a situação em que se encontrava os países europeus depois de um dos conflitos armados mais sangrentos da história. Foi uma excelente iniciativa pois capturava em tela a situação de Berlim, a antiga capital do III Reich de Hitler, agora reduzida a uma pilha de escombros depois dos intensos bombardeios dos aviões aliados. E foi justamente para esse caos que a equipe de filmagem foi enviada. Clift interpretava no filme um militar americano chamado Ralph Stevenson. Após o fim da guerra ele era enviado justamente para Berlim, onde acabava ajudando um garoto de origem tcheca a encontrar sua mãe.

Filmar ali foi uma grande experiência para o ator. Embora ele tivesse conhecimento de tudo o que havia acontecido na II Guerra, era algo bem diferente estar ali, bem no meio do povo alemão derrotado, tentando sobreviver de todas as formas. O filme também serviu como propaganda americana ao colocar soldados e militares dos Estados Unidos como pessoas prontas a ajudar os sobreviventes da guerra, os retratando como pessoas amigáveis e prestativas, militares honestos e de boa índole. Após seu lançamento o filme foi bastante elogiado, vencendo um Oscar numa categoria importante, a de Melhor Roteiro (prêmio dado aos roteiristas Richard Schweizer e David Wechsler). Além disso foi indicado ainda ao Oscar nas categorias de Melhor Direção e Melhor Ator, justamente para Montgomery Clift, que estreava assim com reconhecimento em Hollywood. Afinal ser indicado ao Oscar por seu primeiro filme era algo para poucos...

Após uma estreia tão bem sucedida Clift assinou contrato para trabalhar em mais um filme, dessa vez no estúdio United Artists. É interessante notar que a MGM ofereceu a Clift um contrato de sete anos e meio (o que era o padrão na época para grandes astros), mas o ator recusou, afirmando que queria ter toda a liberdade para escolher os filmes em que iria atuar. A United Artists havia sido fundada por atores, atrizes e artistas e tinha fama de produzir filmes mais voltados para a arte, ao invés da fábrica de lucros de outros estúdios, como a própria MGM, conhecida por ser uma das grandes majors da indústria cinematográfica americana.

O roteiro que havia atraído Clift daria origem ao filme "Rio Vermelho", considerado hoje em dia como um dos maiores clássicos de western de todos os tempos. Obviamente que Montgomery Clift, o ator de Nova Iorque, não tinha pretensões de virar um ídolo cowboy das telas. O que o levou a contracenar com o mito John Wayne, sendo dirigido pelo mestre Howard Hawks, foi realmente o inspirado roteiro, um épico sobre os verdadeiros cowboys americanos, um espécie em extinção. Fisicamente o filme iria exigir bastante de Monty, por isso ele passou por um treinamento antes de entrar no set de filmagens. Aprendeu a montar, cavalgar e usar o laço. Para um sujeito que nunca havia deixado Nova Iorque era realmente algo necessário. E ele não poderia fazer feio ao lado justamente de John Wayne, um ícone dos filmes de faroeste.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de novembro de 2023

O Assassino

Título no Brasil: O Assassino
Título Original: The Killer
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: David Fincher
Roteiro: Andrew Kevin Walker, Alexis Nolent
Elenco: Michael Fassbender, Tilda Swinton, Charles Parnell

Sinopse:
Um assassino profissional monta guarda e fica de tocaia na frente de um prédio de luxo em Paris. Quando surge a oportunidade de executar seu alvo, as coisas dão errado por questão de segundos. Agora ele precisa fugir e sobreviver ao seu antigo cliente que o quer morto, como queima de arquivo. 

Comentários:
Poderia ser melhor? Certamente sim, com certeza! É uma grande porcaria? Calma, não vamos exagerar! O filme na realidade foi lançado como o grande filme do mês na Netflix e isso trouxe um claro fator de elevação das expectativas. O fato de ser assinado pelo diretor David Fincher turbinou ainda mais esse quadro. Aí está o problema central dessa produção. O fato do filme ser de David Fincher elevou demais as expectativas. A temperatura subiu ao teto! Só que o filme não é nenhuma obra prima da sétima arte. É apenas um filme um pouquinho acima da média do que se vê por ai. Um filme bem normal para falarmos a verdade. Não chega em nenhum momento a ser ruim, a aborrecer o espectador, mas também não empolga em nada. De bom mesmo temos o diálogo interior que o assassino tem consigo mesmo, tentando sempre manter o equilíbrio, ainda mais no tipo de serviço que faz. As linhas de diálogo também sao bem elaboradas. Fora isso, o filme até caminha bem, com um final que tenta ser mais pé no chão, realista, embora no contexto da história em geral não faça tanto sentido. Mas é isso aí. Vale a pena ver, só não espere por um filme maravilhoso pois isso ele definitivamente não é. 

Pablo Aluísio.

Relato Final

Título no Brasil: Relato Final 
Título Original: Final Account
Ano de Lançamento: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Luke Holland
Roteiro: Luke Holland
Elenco: Pessoas que viveram na época do nazismo na Alemanha, durante a segunda guerra mundial. 

Sinopse:
Esse documentário mostra o lado alemão da segunda guerra mundial. Pessoas idosas, alemães e alemãs que viveram o auge do nazismo em sua sociedade relembram fatos do passado, como a vivência dentro das fileiras da juventude hitlerista e do quadro fanático e militar das SS. 

Comentários:
Não é novidade para ninguém que ideais fascistas andam em alta ultimamente, principalmente entre os setores mais perversos e imbecilizados da sociedade. Tipo gente que pede a volta da ditadura militar no Brasil. Pois bem, esse documentário traz aqueles que provavelmente são os últimos relatos, depoimentos, de quem viveu o horror nazista. Aqui vemos velhinhos alemães lamentando terem um dia pertencido à juventude hitlerista. Até aí tudo bem. Agora o que choca mesmo é ver pessoas idosas que pertenceram à SS mal escondendo o orgulho de terem feito parte dessa tropa nazista e fanática do poderio militar do III Reich. Assusta por dois motivos principais. Pessoas que não ganharam nenhum tipo de sabedoria de vida, mesmo após tantos anos e o fato de que muitos deles não terem sido punidos na época. Não havia capacidade de julgar tantos criminosos de guerra, por isso muitos deles ficaram mesmo impunes. Um quadro devastador para a história. 

Pablo Aluísio.