quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Elvis '56

Título no Brasil: Elvis '56
Título Original: Elvis '56
Ano de Lançamento: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Lightyear Entertainment
Direção: Alan Raymond, Susan Raymond
Roteiro: Alan Raymond, Susan Raymond
Elenco: Elvis Presley, Scotty Moore, Bill Black, DJ Fontana, The Jordanaires, Ed Sullivan, Steve Allen (em arquivos de imagens). 

Sinopse:
Em precioso trabalho de resgate e registro histórico os realizadores desse documentário foram atrás das imagens capturadas de Elvis Presley se apresentando em diversos programas de televisão nos Estados Unidos durante o ano de 1956, considerado o primeiro de grande sucesso de sua carreira. 

Comentários:
Houve um tempo em que ter acesso às imagens de Elvis se apresentando na televisão americana durante os anos 50 era algo extremamente complicado e raro de se encontrar. Claro que hoje em dia tudo pode ser visto pelo Youtube, mas naqueles anos 80 não existia nem a Internet. Então foi muito bacana quando esse documentário foi lançado em VHS no Brasil. Era material de relevância ímpar para quem curtia as origens e a história do rock. E nem preciso dizer que para os fãs de Elvis era algo muito precioso de se assistir. O único problema é que a distribuidora nacional não caprichou muito na edição nacional. Eu me recordo que a qualidade das imagens não era boa, mas ainda assim se tornou uma fita relativamente fácil de encontrar nas locadoras brasileiras. E o Elvis que encontramos aqui era o jovem Elvis roqueiro, com cabelos loiros, chocando a América conservadora com sua música que, naqueles tempos, era considerada selvagem, que levava os jovens para a delinquência juvenil. Enfim, essas cenas certamente não deixam de ser um registro histórico importante do que estava acontecendo culturalmente entre os jovens naqueles rebeldes anos 50, os tempos da brilhantina. 

Pablo Aluísio.

Um Tributo a Jim Morrison

Título no Brasil: Um Tributo a Jim Morrison
Título Original: No One Here Gets Out Alive
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Elektra Films
Direção: Gordon Forbes III
Roteiro: Gordon Forbes III
Elenco: Jim Morrison (arquivos de imagens), Ray Manzarek, Robby Krieger, John Densmore, Paul A. Rothchild, Jerry Hopkins

Sinopse:
O documentário "No One Here Gets Out Alive: A Tribute to Jim Morrison" relembra a vida e a obra do cantor Jim Morrison. Dez anos após a morte do vocalista dos Doors, os membros restantes do grupo oferecem uma visão única dessa lenda do rock and roll.

Comentários:
Esse documentário foi lançado em VHS no Brasil durante a década de 1990, quando o assisti. Nada de muito grandioso em termos de produção, mas traz aspectos importantes como o depoimento de todos os membros dos Doors. Estavam vivos e ainda ativos musicalmente. Cada um resgata Jim Morrison em suas lembranças. Quando esse filme foi produzido, o mundo estava lembrando os 10 anos da morte do jovem cantor que se notabilizou nos anos 60 por causa de sua poesia e suas polêmicas apresentações ao vivo, algumas delas que resultaram em longos e penosos processos, o que fez o artista se mandar para Paris onde curtiu a atmosfera mais cultural da cidade e também as rotas marginais do submundo para viciados em drogas. Acabou tendo uma overdose na banheira em seu apartamento na cidade. Um trágico fim para um artista que era muito talentoso, mas igualmente autodestrutivo ao extremo. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Marlon Brando - The Appaloosa

Em 1966 o ator Marlon Brando aceitou o convite do diretor Sidney J. Furie para atuar no faroeste "The Appaloosa". No Brasil o filme acabou recebendo o título de "Sangue em Sonora". Não foi um filme fácil de se fazer. Toda a equipe técnica e elenco tiveram que se deslocar até St. George, no deserto de Utah, para rodar algumas cenas.

O lugar era desolado e de difícil acesso. Marlon Brando odiou a região por ser seca demais e quente além da conta. Para ele também era insuportável ter que ficar longe da Califórnia. Por isso após algumas semanas de filmagens todos retornaram.

O filme seria completado no Arizona, que ficava na fronteira da Califórnia, bem mais perto de Los Angeles, onde o ator havia fixado sua residência. Foi uma jogada de sorte porque anos depois se descobriu que o lugar onde eles estavam filmando tinha sido usado para testes nucleares. Caso tivessem ficado mais tempo por lá Brando poderia ter o mesmo destino de John Wayne que morreu de câncer, para muitos decorrência dele ter filmado naquela mesma região anos depois. Era uma terra com altos índices de radiação.

"The Appaloosa" foi recebido com uma certa frieza por parte dos críticos. O fato é que Marlon Brando tinha atuado em tantas obras primas ao longo dos anos em sua carreira, que tudo o que tivesse seu nome no cartaz era esperado com ansiedade.Quando surgia um filme tecnicamente apenas mediano, bem realizado, mas normal, criava uma certa insatisfação entre seus admiradores. O normal não era definitivamente bem aceito em se tratando de Marlon Brando. Todos esperavam pelo excepcional. Talvez por isso o ator tenha sido esquecido na temporada de premiações. Ao invés de seu nome ser indicado ao Globo de Ouro, quem acabou levando a nomeação foi John Saxon, seu companheiro de tela. Isso mesmo todos sabendo que atuação de Brando havia sido muitas vezes superior. Uma espécie de "punição" por ele ter feito um filme tão convencional.

Pablo Aluísio.

O Melhor é Casar

Título no Brasil: O Melhor é Casar
Título Original: Love Is Better Than Ever
Ano de Lançamento: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stanley Donen
Roteiro: Ruth Brooks Flippen
Elenco: Elizabeth Taylor, Larry Parks, Josephine Hutchinson

Sinopse:
A professora de dança Anastacia "Stacie" Macaboy (Elizabeth Taylor) se apaixona pelo inteligente agente de teatro Jud Parker (Larry Parks). Ele também gosta dela, mas não o suficiente para desistir de sua emocionante vida de solteiro e playboy. Então ela planeja armar uma armadilha para ele finalmente subir ao altar da igreja ao seu lado.

Comentários:
Um filme romântico com pitadas de humor que no quadro geral se torna bem agradável de se assistir. Entretanto se formos comparar com outros grandes clássicos do cinema em que Elizabeth Taylor atuava nessa mesma época como "Um Lugar ao Sol", por exemplo, as coisas se complicam mesmo. Esse filme é uma obra menor dentro de sua filmografia e isso em um dos momentos mais marcantes de toda a sua carreira. Liz Taylor que vinha colecionando elogios e sucessos de bilheteria aqui apenas fez o comum, o normal em termos de filmes românticos. Seus fãs e os críticos da época esperavam algo mais, por isso a recepção foi meio morna. Curiosamente seu parceiro romântico em cena seria atingido em cheio pela lista negra de Hollywood. Ator promissor e talentoso, Larry Parks viu sua carreira afundar para sempre depois disso. Enfim, um filme na média, mas que pelo menos serviu para imortalizar a imagem de uma bela e jovem Elizabeth Taylor em seus anos de juventude 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Quando Irmãos se Defrontam

Título no Brasil: Quando Irmãos se Defrontam
Título Original: The Ugly American
Ano de Lançamento: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Englund
Roteiro: Stewart Stern, William J. Lederer
Elenco: Marlon Brando, Sandra Church, Eiji Okada, Jocelyn Brando, Arthur Hill, Pat Hingle

Sinopse:
Nesse filme o aclamado ator Marlon Brando interpreta o embaixador norte-americano Harrison Carter MacWhite. Ele é um ambicioso estudioso da política internacional que se torna embaixador em Sarkan, um país do sudeste asiático onde a guerra civil está se formando no horizonte. E de seu posto começa a perceber a vil política de seu país em relação a pequenos países daquela parte do mundo. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor direção e melhor ator (Marlon Brando). 

Comentários:
Em termos políticos o ator Marlon Brando sempre foi progressista e liberal. Ele odiava com todas as forças a política externa dos governos conservadores e republicanos que chegavam ao poder em seu país. Esse foi provavelmente o filme mais político de sua carreira pois era em essência uma denúncia da maneira como os Estados Unidos promovia golpes de Estado e atrocidades em países de terceiro e quarto mundo. E justamente por causa do teor político desse filme, Brando encontrou várias portas fechadas para que o filme fosse finalmente produzido. Inclusive em um momento crucial da produção ele acabou colocando dinheiro do próprio bolso para que o filme finalmente chegasse a uma conclusão. É um bom filme certamente, onde Brando está mais do que empenhado em seu papel, algo que nem sempre acontecia, como bem podemos ver em sua longa filmografia. Feito para dar um recado e deixar a mensagem e o pensamento político do ator registrados eternamente em película, esse é um daqueles filmes essenciais para entender a mentalidade de Brando ao longo de sua vida. 

Pablo Aluísio.

Famintas de Amor

Título no Brasil: Famintas de Amor
Título Original: Until They Sail
Ano de Lançamento: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Robert Wise
Roteiro: Robert Anderson, James A. Michener
Elenco: Paul Newman, Joan Fontaine, Jean Simmons, Sandra Dee, Piper Laurie, Charles Drake

Sinopse:
Esse filme mostra o drama vivido por um grupo de mulheres que mora na Nova Zelândia após o começo da Segunda Guerra Mundial. Os homens da vila onde moram vão para a guerra e elas ficam sozinhas. Então quando um batalhão das forças armadas dos Estados Unidos chega na região começa uma série de relacionamentos entre elas e os militares estrangeiros. Algo não permitido pelo alto comando das forças militares. 

Comentários:
Bom filme romântico da década de 1950. O ator Paul Newman interpreta esse militar norte-americano que vai parar na distante Nova Zelândia durante a II Guerra Mundial. Ali ele conhece a realidade de três irmãs, todas solitárias, lutando pela vida. Claro que acaba se relacionando com uma delas, mas isso traz problemas. Havia certos regulamentos dentro das forças armadas dos Estados Unidos que impedia esse tipo de relacionamento amoroso entre os soldados e oficiais com a população local. De certa maneira o filme tem semelhanças com "Sayonara" de Marlon Brando, sendo esse passado no Japão. O elenco também é muito bom, com destaque para a jovem adolescente Sandra Dee interpretando a mais jovem das irmãs e do próprio Paul Newman, aqui interpretando um sujeito meio indeciso, inseguro. Ele não consegue decidir se vai mesmo entrar fundo naquele romance. Enfim, bom filme, deixo a minha recomendação. 

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de outubro de 2023

Hotel Transilvânia 2

Título no Brasil: Hotel Transilvânia 2
Título Original: Hotel Transylvania 2
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Genndy Tartakovsky
Roteiro: Robert Smigel, Adam Sandler
Elenco: Adam Sandler, Andy Samberg, Selena Gomez, Mel Brooks, Kevin James, Steve Buscemi, Fran Drescher

Sinopse:
O Conde Drácula descobre que sua filha está grávida após seu casamento com um humano. Só que o velho vampiro tem dúvidas, será que a criança será uma vampira ou um ser humano normal? Então ele decide dar uma forcinha para que suas presas logo apareçam e isso vai dar origem a muitas confusões. 

Comentários:
Claro que o Adam Sandler tem grande parte do mérito pela boa qualidade dessa franquia de animação. Afinal ele participou da concepção original do filme e também colaborou bastante com o roteiro. Ninguém tira sua importância nessa produção. Entretanto para dar certo qualquer animação precisa de um especialista na area. E aqui quem se destaca é o diretor russo Genndy Tartakovsky. Ele é um craque do mundo dos desenhos animados. Basta dizer que está por trás da produção de grandes sucessos da animação como "O Laboratório de Dexter", "johnny Bravo", "Samurai Jack" e "As Meninas Super-poderosas". Então é um artista que sabe o que faz. Tanto que esse segundo filme pode eer considerado ainda melhor do que o primeiro. Roteiro redondinho, boa atuação dos animadores e da equipe de dublagem, tudo coroando  uma animação leve e divertida, indicada para todas as faixas de idade. Muito bom mesmo o resultado. 

Pablo Aluísio.

Ace Ventura: Um Detetive Diferente

Título no Brasil: Ace Ventura: Um Detetive Diferente
Título Original: Ace Ventura: Pet Detective
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Entertainment
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Jack Bernstein, Jim Carrey
Elenco: Jim Carrey, Courteney Cox, Sean Young

Sinopse:
Para ser um detetive de animais de estimação, você precisa entender tanto os criminosos quanto os animais. Ace Ventura vai ainda mais longe... Ele se comporta como um animal criminoso. Quando o mascote de um time de futebol (um golfinho) é roubado pouco antes do Superbowl, Ace Ventura é colocado no caso. Agora, quem iria querer roubar um golfinho e por quê?

Comentários:
A primeira vez que ouvi falar em Jim Carrey foi quando esse filme foi lançado no Brasil. Antes disso sua carreira se resumia em pequenas participações em filmes que ninguém viu e enquetes de humor em programas de TV no Canadá. Aqui o comediante chamou atenção por causa de seu humor físico. Afinal ele exagerava nas caras, bocas e caretas. Estava ocupando de certa maneira o trono vazio de Jerry Lewis. E acabou se dando bem nesse aspecto até porque fora a atuação do Carrey nada mais chama a atenção nessa comédia juvenil que no geral é muito fraquinha mesmo. Depois do sucesso desse filme nas locadoras, Jim Carrey finalmente viu as portas de Hollywood se abrirem para ele. Acabaria fazendo tanto sucesso que se tornaria um dos dez maiores salários da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Nada mal para um comediante careteiro! 

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de outubro de 2023

Ehrengard: A Ninfa do Lago

Título no Brasil: Ehrengard: A Ninfa do Lago
Título Original: Ehrengard: The Art of Seduction
Ano de Lançamento: 2023
País: Dinamarca
Estúdio: Film Sözlük
Direção: Bille August
Roteiro: Anders Frithiof August, Karen Blixen
Elenco: Alice Bier Zanden, Emil Aron Dorph, Kit Eichler

Sinopse:
Um jovem pintor acaba se envolvendo numa rede de intrigas com membros da nobreza. Ele precisa evitar que pessoas influentes descubram que o filho de uma duquesa se casou com uma jovem que já estava grávida de outro homem. E para manter as aparências vale tudo ou... quase tudo. 

Comentários:
Eu gosto de filmes ambientados nos séculos XVIII e XIX. A nobreza ainda estava no poder na Europa e não tinha sido arrancada de la pelo furacão da Revolução Francesa. Nesses tempos o que prevalecia entre os nobres europeus eram as intrigas pessoais, as conspirações amorosas, a fuga do mundo real... onde jovens privilegiadas viviam em um mundo à parte, cuja principal preocupação era arranjar um homem rico e de boa linhagem para se casar. O filme assim se desenvolve nesse tipo de panorama social. Muita futilidade envolvida entre os personagens, o que necessariamente não é algo ruim, muito pelo contrário. Antes das cabeças nobres rolarem na guilhotina o dia a dia era o que é bem demonstrado nesse filme. Um clima de libertinagem, fofocas e futilidades dominavam os salões chiques e ricos de uma Europa prestes a ruir de forma avassaladora. Antes da matança havia muitos bailes luxuosos. E todos pareciam muito honrados e dignos, mesmo que por baixo dos panos a hipocrisia, a mentira e a falsidade imperassem. De qualquer forma esqueça esse quadro político pois o roteiro está mais preocupado em mostrar sua história de novela romanceada. E é só. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Perdido em Londres

Título no Brasil: Perdido em Londres
Título Original: Lost in London
Ano de Lançamento: 2017
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Pixoloid Studios
Direção: Woody Harrelson
Roteiro: Woody Harrelson
Elenco: Woody Harrelson, Owen Wilson, Daniel Radcliffe, Naomi Battrick, Louisa Harland, Martin McCann

Sinopse:
Woody Harrelson, um ator meio decadente de Hollywood, vai até Londres para atuar numa peça de teatro. Não faz sucesso, se apresentando para um teatro quase vazio. Depois de mais uma apresentação, ele sai para curtir a noite ao lado de um milionário do Oriente Médio. Tudo vai bem até descobrir que os tablóides ingleses estão publicando sobre sua infidelidade, o que colocará seu casamento em risco. 

Comentários:
Nesse filme o ator Woody Harrelson interpreta... Woody Harrelson! Pois é, se o John Malkovich interpretou John Malkovich em "Quero ser John Malkovich" por que o Woody Harrelson não poderia fazer o mesmo? De qualquer forma esse exercício de metalinguagem não se propõe a ser um cult movie ou tem maiores pretensões como o citado filme com Malkovich. Aqui a intenção é apenas divertir mesmo, tirar um sorriso do espectador. É um projeto bem pessoal do ator Harrelson que aqui não apenas interpreta a si mesmo como também dirige, escreve o roteiro e exerce a produção. Como se pode perceber é um filme para quem aprecia seu trabalho no cinema. Não diria que é um filme ruim, mas apenas comum. Nada hilariante, mas que agrada pelo seu bom humor. E isso fica bem evidente quando ele encontra Owen Wilson na balada londrina. No começo eles se tratam como melhores amigos, para logo depois surgir um monte de ofensas entre eles. E os atores acabam usando seus filmes ruins para ofender. Confesso que ficou bem divertida a cena. Um dos bons momentos desse filme que no geral apenas diverte um pouco, sendo bem esquecível com o tempo. 

Pablo Aluísio.