Eu não estava esperando nada desse filme. Algo normal para um sexto filme de uma franquia de que nunca gostei. Só que, para minha surpresa, esse terror não me aborreceu. É um filme OK, bem mediano, mas que dá para assistir numa boa. O curioso é que o filme acabou fazendo boa bilheteria nos Estados Unidos. Filmes de terror sempre vão ser lucrativos, essa é uma regra não escrita em Hollywood. Eles custam pouco e sempre tem um público cativo disposto a pagar um bilhete para levar alguns sustinhos, mesmo que eles sejam fracos ou repetitivos. Eu atribuo também a boa bilheteria por causa da presença da Wandinha, ou melhor dizendo, da atriz Jenna Ortega. Se tem alguma atriz em alta entre adolescentes atualmente, certamente é ela! Levou muita gente ao cinema apenas por estar no elenco. Boa jogada de marketing dos produtores.
Já os atores dos primeiros filmes, os veteranos, estão presentes também, mas logo são descartados. Fica claro que os produtores querem se livrar deles, trazendo novos astros para dar um novo sopro de vida para a franquia. É por aí mesmo. Passem o bastão logo! De forma em geral o roteiro segue o básico, mas traz algumas boas novidades. A premissa de que a vítima do passado pode se tornar o assassino do presente é algo que a psicologia já confirmou. Além disso o assassino de Pânico, ao contrário de outras franquias de terror, é coletivo. São vários criminosos e não apenas um. Assim a galeria de personagens interessantes pode tornar cada filme mais atrativo para os jovens, sem a necessidade de sair costurando a história com os outros filmes anteriores.
Pânico VI (Scream VI, Estados Unidos, 2023) Direção: Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett / Roteiro: James Vanderbilt, Guy Busick, Kevin Williamson / Elenco: Courteney Cox, Melissa Barrera, Jenna Ortega / Sinopse: Duas jovens irmãs tentam sobreviver a uma nova série de ataques do assassino conhecido como Ghostface. E tudo levar a crer que seja uma pessoa de seu passado, tentando se vingar de algo que aconteceu anos atrás.
Pablo Aluísio.