Uma nova modinha que existe hoje em Hollywood é a filmagem da história de marcas famosas e produtos populares. Esse Tetris foi um dos games mais populares dos anos 80. Lançado no sistema gameboy naquela época, vendeu milhões de exemplares ao redor do mundo. O mais interessante nessa história toda é que ele havia sido criado por um jovem programador russo, ainda nos tempos da União Soviética. Então basicamente o filme mostra a disputa comercial envolvendo um grupo de empresários americanos e ingleses na compra dos direitos autorais desse jogo. E isso foi uma coisa suja, envolvendo corrupção, roubo de marcas e tudo o mais que se possa imaginar em termos de mundo corporativo.
Um dos aspectos que mais me chamaram atenção nesse filme foi a amostra de como funcionava as coisas na burocracia soviética. Muitos podem pensar que por ser um sistema comunista eles tinham algum tipo de ojeriza em negociar e vender produtos soviéticos aos capitalistas ocidentais. Da boca pra fora eles tentavam passar isso, mas na verdade estavam loucos pelo dinheito e para colocarem as mãos nele faziam de tudo. Nem preciso dizer que a corrupção era generalizada, ainda mais naquele momento histórico quando o muro de Berlim vinha abaixo e a União Soviética estava virando pó. Enfim, bom filme por mostrar os bastidores mais sujos do submundo dos videogames.
Tetris (Estados Unidos, 2023) Direção: Jon S. Baird / Roteiro: Noah Pink / Elenco: Taron Egerton, Mara Huf, Miles Barrow / Sinopse: O filme mostra os bastidores da compra dos direitos autorais para o ocidente do popular jogo russo Tetris na década de 1980. A União Soviética estava ruindo e a situação era completamente caótica e corrupta. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.