terça-feira, 13 de junho de 2023

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
Já faz muito tempo que tentam acertar com "Dungeons & Dragons" nas telas, seja dos cinemas ou da televisão. Para quem não sabe essa marca englobou inclusive o desenho animado "A Caverna do Dragão" que fez muito sucesso no Brasil. No cinema eu me lembro de um péssimo filme com Jeremy Irons que ninguém gostou. Era bem mal feito mesmo, com roteiro abaixo da crítica. Agora os estúdios de Hollywood tentam mais uma vez. Com orçamento generoso de 150 milhões de dólares os produtores estavam decididos a fazer o melhor filme da franquia, o filme definitivo. Até que fez um sucesso apreciável, embora tenha ficado longe do que era esperado pelo estúdio que sonhava em faturar 1 bilhão de dólares. Não deu, ficou ali na faixa dos 300 milhões. É uma bilheteria muito boa, mas não do patamar que planejavam. Provavelmente depois dessa, "Dungeons & Dragons" volte para a geladeira em termos de cinema. 

O filme foi até bem elogiado pela crítica. Eu achei bem mais ou menos. Nao me empolgou em nada, mas devo dizer que é um filme muito bem realizado. Provavelmente eu não curti por dois motivos básicos. Primeiro, que passei da faixa etária do público para o qual esse filme é destinado, ou seja, é um filme de fantasia para adolescentes ali na faixa dos 14 aos 16 anos. Outra questão é que achei o roteiro muito cheio de clichês, mas isso talvez se explique porque esse RPG foi tão copiado nos cinemas nos últimos anos que o próprio material original se tornou obsoleto, derivativo. Acontece muito no mundo da cultura pop. Então é isso. Não gostei pessoalmente, mas devo dizer que os mais jovens muito provavelmente vão se divertir bem com o filme. 

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves, Estados Unidos, 2023) Direção: John Francis Daley, Jonathan Goldstein / Roteiro: Jonathan Goldstein, John Francis Daley, Michael Gilio / Elenco: Chris Pine, Michelle Rodriguez, Hugh Grant / Sinopse: Em um mundo de fantasia um grupo de amigos partem em busca de uma artefato mitológico que os fará recuperar algo que lhes é mais do que precioso. 

Pablo Aluísio.

Elvis - NBC Special

Título no Brasil: Elvis - NBC Special
Título Original: Elvis - '68 Comeback
Ano de Lançamento: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC
Direção: Steve Binder
Roteiro: Allan Blye, Chris Bearde
Elenco: Elvis Presley, D.J. Fontana, Charlie Hodge, Scotty Moore, Fanita James, Darlene Love

Sinopse:
Depois de fazer filmes por muitos anos, Elvis Presley voltou a se apresentar ao vivo com sua antiga banda, nesse especial de retorno na televisão em 1968, Onde cantou seus velhos sucessos e também aproveitou para apresentar novas músicas ao seu público. Um grande êxito do aclamado rei do rock.

Comentários:
A ideia original do Coronel Parker era fazer um especial de Natal, daqueles bem bregas e cafonas. Para a sorte de Elvis, o diretor Steve Binder pensava muito diferente. Ele queria um revival aos anos iniciais da rebeldia de Elvis, uma volta aos anos do rock dos anos 1950. E também apresentar músicas novas, de qualidade. Um Elvis de acordo com os novos tempos. E o resultado não poderia ser melhor. O programa pode ser dividido em dois momentos. Em um primeiro, Elvis toca ao lado do seu grupo original, no tablado. Ele está de couro negro, cantando seus antigos sucessos. Fenomenal. No segundo, Elvis canta em alguns quadros coreografados. Nesse temos um destaque absoluto, quando ele sobe ao palco cantando com vocalistas negras. Em plena época de efervescência da luta dos direitos civis, foi um ato de apoio significativo. Depois dessa apresentação, Elvis decidiu que havia chegado o momento de retomar sua carreira musical e voltar à estrada. Sábia decisão! Enfim, esse programa foi um grande sucesso de audiência na TV Americana, mudando definitivamente a carreira de Elvis para melhor.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Contra o Gelo

Contra o Gelo
Esse filme traz um fato histórico real mais do que interessante. No século XIX a Dinamarca e os Estados Unidos disputavam a legitimidade da posse da Groenlândia, uma grande ilha situada perto do Pólo Norte. Os americanos afirmavam por sua diplomacia que os dinamarqueses não tinham direito sobre aquelas terras. Então uma expedição foi organizada para ir até lá para coletar provas de uma antiga missão da Dinamarca que deixou documentos e vestígios em certas localidades daquela terra gelada. Isso provaria que a Dinamarca chegou lá primeiro. Logo quando a expedição chegou na enorme ilha enfrentou problemas. O oceano congelou deixando a grande nau que os trazia presa. O capitão e um marinheiro partem então em busca desses documentos, enfrentando todas as advrsidades de tempo, clima e animais selvagens como ursos polares. 

O filme retrata essa aventura, mostrando as dificuldades enfrentadas pelos dois homens nessa região que pode ser considerada uma das mais inóspitas do mundo. Um fato curioso é que eles ficaram por muitos anos presos na ilha, esperando um resgate que parecia nunca chegar. De qualquer forma hoje são considerados heróis do povo da Dinamarca pois essa expedição foi de vital importância para que o direito internacional finalmente reconhecesse a Groenlândia como parte do terriitório daquela nação. 

Contra o Gelo (Against the Ice, Islândia, Dinamarca, 2022) Direção: Peter Flinth / Roteiro: Nikolaj Coster-Waldau, Joe Derrick / Elenco: Nikolaj Coster-Waldau, Joe Cole, Heida Reed / Sinopse: Um capitão e um marinheiro dinamarqueses partem em busca de documentos e provas que foram deixadas por uma expedição anterior na Groenlândia. A busca é necessária para provar a posse legítima da Dinamarca daquela enorme ilha polar. 

Pablo Aluísio.

Elvis em Hollywood

Título no Brasil: Elvis em Hollywood
Título Original: Elvis in Hollywood
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: BMG Video
Direção: Frank Martin
Roteiro: Stuart A. Goldman, David Naylor
Elenco: Elvis Presley, Trude Forsher, June Juanico, Scotty Moore, Bill Black, DJ Fontana

Sinopse:
Este documentário, autorizado pelo espólio de Elvis Presley, examina os filmes feitos por Elvis antes de entrar no exército em 1958. São exibidos filmes caseiros, clipes dos filmes que ele fez durante esse período e entrevistas com amigos e colegas de trabalho.

Comentários:
Este documentário foi lançado no Brasil, em VHS. Tem pouco mais de 60 minutos, sendo um documentário bem escrito e bastante interessante para quem quer conhecer a história de Elvis em Hollywood. Só não espere que seja algo completo, porque o roteiro só prioriza os filmes que Elvis fez durante a década de 1950. E nesse aspecto, considero realmente um erro. Tudo bem que Elvis fez filmes ruins durante os anos 60, mas bons ou ruins, esses filmes fizeram parte de sua carreira. Um documentário mais abrangente, com mais ou menos 120 minutos, seria o ideal. Assim, esse filme iria também colocar em destaque alguns bons filmes que ele fez na década seguinte, como por exemplo, Estrela de fogo e Coração Rebelde. E até mesmo o sucesso Amor a toda velocidade. Do jeito que ficou, está incompleto. É bem realizado e de extremo bom gosto, mas a história fica pela metade. Até porque se formos pensar bem, Elvis fez mais filmes nos anos 60 do que nos anos 50. Se o documentário se chama Elvis em Hollywood, que fosse ao menos completo.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de junho de 2023

Alta Sociedade

Alta Sociedade
Tive o prazer de assistir nesses últimos dias a esse clássico musical da era de ouro em Hollywood. Basta ver os nomes envolvidos na produção para entender que se trata de um excelente filme. A atriz Grace Kelly aqui fez sua última atuação no cinema. Ela resolveu se casar com o príncipe de Mônaco e abandonou sua carreira em Hollywood. Que pena! Ainda era tão jovem e certamente teria muitos anos de atividade no cinema, mas enfim, cada um é dono de seu próprio destino. Na tela ela interpreta uma jovem mimada de família rica. Ela está prestes a se casar pela segunda vez na linda mansão da família. Tudo parece correr bem, mas logo problemas surgem no horizonte. 

Seu primeiro marido, interpretado pelo cantor Bing Crosby, decide aparecer em sua mansão nas vésperas do casamento de sua ex. Ele ainda a ama e não perde a oportunidade de relembrá-la dos bons momentos que viveram juntos, inclusive cantando o clássico "True Love" que foi um dos grandes sucesso da época em que o filme foi lançado. Outro cantor famoso, Frank Sinatra, interpreta um jornaista bisbilhoteiro que trabalha numa revista de fofocas. Ele quer descobrir tudo sobre as novas núpcias da protagonista. Cínico e petulante, aproveita também para ir apresentando suas canções entre uma cena e outra. E dois dos maiores cantores do século XX fazem um belo dueto juntos. Só isso já valeria pelo filme inteiro. Achou pouco? Que tal o talento de Louis Armstrong e sua banda como brinde? E não podemos esquecer que toda a trilha sonora foi composta pelo gênio Cole Porter. Nada mal, não é mesmo?

Um fato que me chamou atenção na despedida de Grace Kelly do cinema é que sua personagem saiu do tipo habitual do que ela costumava interpretar. Grace sempre interpretava loiras elegantes, quase gélidas. Sua personagem aqui tem muita personalidade, é espevitada, gosta de criar situações engraçadas e até mesmo toma um porre daqueles na noite anterior ao seu próprio casamento, claro dando um vexame enorme na frente dos convidados. Quem poderia imaginar algo assim? Enfim, um belo filme, lindamente fotografado, com trilha acima do sublime e cenários requintados e glamorosos. Pois é, esse tipo de classe, elegância, graça e glamour o cinema americano certamente perdeu com o passar dos anos. 

Alta Sociedade (High Society, Estados Unidos, 1956) Direção: Charles Walters / Roteiro: John Patrick, Philip Barry / Elenco: Bing Crosby, Grace Kelly, Frank Sinatra, Louis Armstrong, John Lund, Louis Calhern / Sinopse: Jovem mimada de família rica vai se casar pela segunda vez. Ela planeja uma grande festa, mas logo problemas surgem com a presença de seu ex-marido e de um jornalista que trabalha em uma revista de fofocas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Música Original (True Love de Cole Porter) e Melhor Trilha Sonora (Cole Porter). 

Pablo Aluísio.


O Inocente

Título no Brasil: O Inocente
Título Original: The Innocent
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: John Schlesinger
Roteiro: Ian McEwan
Elenco: Isabella Rossellini, Anthony Hopkins, Campbell Scott, Ronald Nitschke, Jeremy Sinden, Richard Durden

Sinopse:
Um jovem engenheiro é enviado para Berlim, após a Segunda Guerra Mundial, para ajudar os americanos a espionarem os russos. Em um tempo e lugar onde a discrição seria o segredo de sua sobrevivência, ele se apaixona por uma mulher misteriosa, o que o levará a um jogo perigoso e mortal.

Comentários:
Com o fim da guerra fria e a queda do muro de Berlim, Hollywood precisou reinventar seus filmes de espionagem. Um exemplo é esse filme dos anos 90 que, a despeito de algumas pequenas falhas, ainda se revela muito bom. O destaque principal vem do elenco. Anthony Hopkins, sempre um grande ator em cena, interpreta um personagem dúbio que ora pode ser alguém que está ajudando o protagonista, ora pode ser um traidor perigoso a serviço dos russos. Outro destaque vem na presença de Isabella Rossellini. Extremamente bonita e sedutora. O filme tem um roteiro interessantíssimo, que joga bem com os elementos dessa nova guerra fria. Russos e americanos nunca deixaram de lado seus interesses naquela região, principalmente em Berlim, que foi por anos dividido entre as duas grandes potências mundiais. O filme se revela ainda muito interessante e se sustenta por causa do roteiro inteligente e das ações que fecham essa trama intricada.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de junho de 2023

Elvis Presley - For LP Fans Only - Parte 4

"Playing for Keeps" foi gravada no dia 1º de setembro de 1956. Essa balada inicialmente deveria ter entrado no álbum "Elvis" nesse mesmo ano, só que isso nunca aconteceu. A RCA Victor decidiu que iria lançar a canção como single, mas depois de sucessivos adiamentos se perdeu o tempo certo de colocá-la no mercado. Acabou indo parar como lado B do single "Too Much" em janeiro de 1957. Com isso a música foi um tanto desperdiçada do ponto de vista comercial. Acredito que se tivesse sido lançada da forma certa em 1956 teria se tornado um dos grandes sucesso de Elvis naquela época.

Essa canção foi composta por Stan Kesler. Ele foi um artista da Sun Records e seu caminho crusou com o de todos os cantores da pequena gravadora de Sam Phillips. Era amigo de Jerry Lee Lewis e Johnny Cash. De sua autoria Elvis gravaria diversas músicas, como por exemplo  "I'm Left, You're Right, She's Gone" e "I Forgot to Remember to Forget", Além disso tocava sempre nas gravações de Carl Perkins. Enfim, foi um membro menos conhecido dessa geração pioneira de roqueiros surgidos nos anos 1950 pelo selo amarelo da Sun, em Memphis. Uma figura importante, mas hoje em dia pouco conhecida.

E por falar em Sun Records, esse álbum também trazia uma antiga faixa gravada por Elvis nesse pequeno estúdio de Memphis. Era "You're a Heartbreaker". Ela foi gravada por um Elvis Presley ainda muito jovem, quase amador, em dezembro de 1954. Segundo fontes mais seguras essa foi uma das primeiras sessões na Sun, contando apenas com Elvis, tocando violão, Scotty Moore em sua guitarra e Bill Black com aquele grande contrabaixo que hoje em dia pertence a Paul McCartney.

Dentro da discografia de Elvis essa baladinha country foi lançada originalmente em janeiro de 1955 como lado B do single "Milkcow Blues Boogie". Outra boa gravação que foi desperdiçada? Em termos. Não podemos ignorar o fato de que naquele tempo ninguém sabia se Elvis iria dar certo como cantor profissional, por isso a inclusão da gravação em um compacto da Sun Records, por mais simples que fosse, para todos os envolvidos já era um sinal de que eles tinham mesmo gostado do resultado final. Eram outros tempos, outras prioridades na vida do jovem Elvis Presley.

Pablo Aluísio.

O Círculo do Vício

Título no Brasil: O Círculo do Vício
Título Original: Mrs. Parker and the Vicious Circle
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Fine Line Features
Direção: Alan Rudolph
Roteiro: Alan Rudolph, Randy Sue Coburn
Elenco: Jennifer Jason Leigh, Campbell Scott, Matthew Broderick, Peter Gallagher, Jennifer Beals, Andrew McCarthy

Sinopse:
Dorothy Parker se lembra do apogeu de seu círculo de amigos, cuja sagacidade, como a dela, era alimentada pelo álcool, tudo flertando com o desespero pessoal de cada um. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Jennifer Jason Leigh).

Comentários:
Dorothy Parker foi escritora, poetisa, dramaturga e crítica de arte. Ela foi um nome importante na história da arte nos Estados Unidos. Era feminista e progressista. Uma mulher independente em um tempo em que as mulheres não tinham Liberdade. Esse filme é muito bem produzido e conta com ótima fotografia. O elenco também se destaca. É realmente impressionante a quantidade de bons atores que estão em papéis coadjuvantes. A atriz principal Jennifer Jason Leigh conseguiu imprimir tons da personalidade real da protagonista de forma leve e até mesmo divertida. O roteiro é bem escrito, embora apresente um certo moralismo inadequado para a história que está contando. No quadro geral é um filme muito bom que merece inclusive ser reconhecido mais pelos admiradores da obra dessa escritora à frente de seu tempo. Dorothy Parker igualmente merece ser descoberta pelas novas gerações.

Pablo Aluísio.

The Beatles - Meet The Beatles!

Parece o "With The Beatles" mas definitivamente não é! É um outro disco, o segundo álbum oficial dos Beatles nos Estados Unidos. Também foi o primeiro dos Beatles em  um grande selo na América. Como eu expliquei antes no texto sobre o primeiro álbum dos Beatles na discografia americana, o passe do grupo foi adquirido pela pequena Vee-Jay que deteve por dois anos o direito de lançar todas as músicas do conjunto em solo americano. Só depois que a Vee-Jay foi comprada e fechada pela poderosa Capitol é que definitivamente começou a chamada Beatlemania naquele país - e indo na onda da correnteza, no restante do mundo. "Meet The Beatles!" foi um sucesso espetacular de vendas porque chegou nas lojas no exato momento em que os Beatles invadiam todos os lares americanos se apresentando no Ed Sullivan Show para milhões de telespectadores. O impacto foi incrível, superando a maior audiência do programa que havia sido batida pela apresentação de Elvis Presley nos anos 50. O problema é que havia anos que Elvis não aparecia na TV, completamente exilado em Hollywood e assim os cabeludos ingleses tomaram a nação de assalto para si.

Se formos usar a discografia inglesa como exemplo vamos perceber que a seleção musical de "Meet The Beatles!" é na verdade uma coletânea de singles, compactos duplos e álbuns diversos dentro da discografia original do grupo. Há decisões maravilhosas de repertório como por exemplo abrir o disco com a fenomenal e empolgante "I Want To Hold Your Hand" sendo seguida pela não menos vibrante "I Saw Her Standing There" (do disco inglês "Please Please Me"). A primeira inclusive, considerada uma das melhores gravações da carreira dos Beatles, só havia sido lançada na Inglaterra em single e sua inclusão no disco americano serviu para divulgar ainda mais o som do grupo nos Estados Unidos. Há várias faixas extraídas do "With The Beatles" mas no geral a seleção agrada, com destaque para a linda "This Boy" que sempre achei muito mal aproveitada na discografia inglesa. Esse é o disco que a jovem fã que gritava pelos Beatles nos shows pela América tinha em casa. Foi com ele que os americanos se renderam àqueles quatro ingleses de Liverpool. Por ser tão significativo o álbum foi eleito pela revista Rolling Stone como um dos mais importantes da história do rock. Curiosamente é um disco 100% americano, praticamente inexistente nas demais discografias do resto do mundo. No Brasil, por exemplo, foi lançado o famoso "Beatlemania" que também copiava essa capa - mas isso é uma outra história que trataremos por aqui em breve. Até lá!

The Beatles - Meet The Beatles! (1964)
 I Want To Hold Your Hand
I Saw Her Standing There
This Boy
It Won't Be Long
All I've Got To Do
All My Loving
Don't Bother Me
Little Child
Till There Was You
Hold Me Tight
I Wanna Be Your Man
Not A Second Time

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Sangue e Ouro

Sangue e Ouro
Desesperado por estar em um campo de concentração com a família, um homem judeu confessa a nazistas que em sua casa ele havia deixado uma fortuna em barras de ouro. Como os nazistas eram não apenas assassinos, mas também ladrões, logo é enviada uma tropa comandada por um oficial SS para a pequena cidade do judeu condenado para localizar e trazer todo o ouro. E ao chegarem lá acabam tendo que lidar com o fato de que o ouro simplesmente sumiu das ruínas da casa destruída do velho judeu. Alguém naquela cidade provavelmente pegou o matal precioso. Assim será necessário usar de toda a crueldade e violência nazi para chegar no que interessa aos alemães. Some-se a isso a presença de um desertor da tropa, um sujeito que quer vingança contra o comandante SS. O cenário de violência extrema é assim armado. 

Esse filme que chegou a ser um dos dez mais vistos na Netflix está sendo vendido pela própria plataforma como um filme de guerra ao estilo de "Bastardos Inglórios". Muita calma nessa hora! Comparar esse filme, que até pode ser considerado um bom passatempo, com aquele assinado pelo Quentin Tarantino é algo fora da razoabilidade. Queira ou não seus detratores o fato é que Tarantino tem um estilo tão pessoal, tão único e particular, que tentar imitá-lo só vai trazer muita frustração para quem tentar trilhar esse caminho. Isso fica bem claro aqui. Não há os diálogos de Tarantino que tanto conhecemos bem. Ao invés disso tem muita violência estilizada, o que em doses exageradas só causa tédio e bocejos. Tem que ter muito bom senso ao tentar seguir o estilo de Tarantino, caso contrário o resultado fica muito além do esperado. 

Sangue e Ouro (Blood & Gold, Alemanha, 2023) Direção: Peter Thorwarth / Roteiro: Stefan Barth, Peter Thorwarth / Elenco: Robert Maaser, Marie Hacke, Jördis Triebel / Sinopse: Um tropa alemã comandada por um oficial sádico da SS vai até uma pequena cidadezinha do interior da Alemanha para colocar as mãos em uma fortuna em barras de ouro de um judeu condenado de um campo de concentração. E lá encontram uma explosão de violência e insanidades!

Pablo Aluísio.