sexta-feira, 9 de junho de 2023

Sangue e Ouro

Sangue e Ouro
Desesperado por estar em um campo de concentração com a família, um homem judeu confessa a nazistas que em sua casa ele havia deixado uma fortuna em barras de ouro. Como os nazistas eram não apenas assassinos, mas também ladrões, logo é enviada uma tropa comandada por um oficial SS para a pequena cidade do judeu condenado para localizar e trazer todo o ouro. E ao chegarem lá acabam tendo que lidar com o fato de que o ouro simplesmente sumiu das ruínas da casa destruída do velho judeu. Alguém naquela cidade provavelmente pegou o matal precioso. Assim será necessário usar de toda a crueldade e violência nazi para chegar no que interessa aos alemães. Some-se a isso a presença de um desertor da tropa, um sujeito que quer vingança contra o comandante SS. O cenário de violência extrema é assim armado. 

Esse filme que chegou a ser um dos dez mais vistos na Netflix está sendo vendido pela própria plataforma como um filme de guerra ao estilo de "Bastardos Inglórios". Muita calma nessa hora! Comparar esse filme, que até pode ser considerado um bom passatempo, com aquele assinado pelo Quentin Tarantino é algo fora da razoabilidade. Queira ou não seus detratores o fato é que Tarantino tem um estilo tão pessoal, tão único e particular, que tentar imitá-lo só vai trazer muita frustração para quem tentar trilhar esse caminho. Isso fica bem claro aqui. Não há os diálogos de Tarantino que tanto conhecemos bem. Ao invés disso tem muita violência estilizada, o que em doses exageradas só causa tédio e bocejos. Tem que ter muito bom senso ao tentar seguir o estilo de Tarantino, caso contrário o resultado fica muito além do esperado. 

Sangue e Ouro (Blood & Gold, Alemanha, 2023) Direção: Peter Thorwarth / Roteiro: Stefan Barth, Peter Thorwarth / Elenco: Robert Maaser, Marie Hacke, Jördis Triebel / Sinopse: Um tropa alemã comandada por um oficial sádico da SS vai até uma pequena cidadezinha do interior da Alemanha para colocar as mãos em uma fortuna em barras de ouro de um judeu condenado de um campo de concentração. E lá encontram uma explosão de violência e insanidades!

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. A mimetizacao de uma obra de sucesso é um caminho comercialmente seguro, porem nunca gera filmes inesquecíveis. Na verdade as vezes se torna um show de vergonha alheia.

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  2. A coisa já começa errada desde a ideia inicial. Diretor nenhum deve tentar copiar o estilo de outro colega de profissão. Ter identidade própria no mundo das artes é algo básico.

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