sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Um Grito no Escuro

Título no Brasil: Um Grito no Escuro
Título Original: Evil Angels
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, Austália
Estúdio: Cannon Entertainment
Direção: Fred Schepisi
Roteiro: Robert Caswell
Elenco: Meryl Streep, Sam Neill, Dale Reeves, David Hoflin, Jason Reason, Kane Barton

Sinopse:
Baseado na novela escrita por John Bryson, o filme "Um Grito no Escuro" conta a história de Lindy (Meryl Streep), uma mãe que fica completamente desesperada após perceber que seu pequeno filhinho desapareceu, sem deixar vestígios.

Comentários:
A produtora cinematográfica Cannon ficou conhecida nos anos 80 por produzir filmes B de ação. Muitos filmes feitos a toque de caixa para faturar facilmente nas bilheterias e depois nas locadoras de fitas VHS. O mais curioso é que eles também produziram material de qualidade. Um exemplo é esse "Um Grito no Escuro", um drama sensível estrelado pela multi oscarizada Mery Streep. Era um tipo de produção que obviamente não iria estourar nas bilheterias e nem tampouco agradar ao público típico dos fãs da Cannon, mas que servia para trazer prestígio para a companhia. O resultado ficou muito bom, tanto que conseguiu uma indicação ao Oscar na categoria de melhor atriz, justamente para Streep. Em se tratando de Cannon Group e seus filmes B foi um feito e tanto! No mais o filme veio para confirmar novamente o grande talento dessa atriz, aqui numa caracterização diferente, com cabelos curtos e pintados de preto. Como sempre o talento falou mais alto e ela literalmente desapareceu em sua personagem. Coisas que apenas uma grande profissional seria capaz de fazer.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Apresentando os Ricardos

A atriz Nicole Kidman foi premiada com o Globo de Ouro há poucos dias justamente por sua atuação nesse filme. Ela interpreta a famosa comediante Lucille Ball que por anos foi campeã de audiência na TV americana com o programa "I Love You Lucy". Essa sitcom chegou a ter uma audiência de 60 milhões de telespectadores todas as semanas. Um recorde absoluto que hoje em dia não mais se repetirá. Na vida pessoal Lucille Ball tinha muitos problemas com seu marido, o galã latino Desi Arnaz (Javier Bardem). Ele era mulherengo ao extremo, um autêntico Latin Lover. Ao lado dela criou a Desilu que foi uma produtora muito bem sucedida, chegando a produzir programas como "Jornada nas Estrelas" e "Os Intocáveis". Ficaram ricos com a TV, mas ao mesmo tempo viviam em brigas sem fim, justamente por causa da infidelidade dele.

A história de Lucille Ball foi longa e cheia de eventos interessantes, mas os roteiristas desse filme se concentraram mesmo em uma semana de sua vida em que ela foi acusada de ser comunista. Na juventude, inspirada por seu avô, Lucy assinou uma carta de filiação ao Partido Comunista dos Estados Unidos e isso foi o bastante para ela cair nas garras da imprensa, bem no meio das "caças às bruxas" que varreu Hollywood. Outro fato interessante explorado pelo roteiro foi a frustração que ela teve em toda a sua carreira profissional. Ela tinha sonhos de ser uma estrela de cinema ao estilo de Bette Davis, mas nunca conseguiu. Presa no enorme sucesso de sua comédia para a TV, nunca chegou no tipo de carreira que sonhava. Tinha sucesso, mas nunca ficou realmente satisfeita com o que aconteceu na sua jornada como atriz. Eu gostei do filme e bato palmas para a atuação de Nicole Kidman, mas definitivamente não apreciei a maquiagem que ela usou no filme. Ficou esquisita! Logo ela, uma das mais belas atrizes de Hollywood! Não havia necessidade desse tipo de coisa.

Apresentando os Ricardos (Being the Ricardos, Estados Unidos, 2021) Direção: Aaron Sorkin / Roteiro: Aaron Sorkin / Elenco: Nicole Kidman, Javier Bardem, J.K. Simmons, Nina Arianda, Tony Hale / Sinopse: O filme conta a história de uma semana tensa na vida da comediante Lucille Ball. Ela descobre que está grávida ao mesmo tempo em que jornais começam a acusá-la de ser comunista! Filme premiado pelo Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Nicole Kidman).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

O Retorno da Lenda

Bom faroeste. O filme mostra inicialmente a vida do velho Henry, que vive ao lado do filho adolescente em uma fazenda no velho oeste. A vida é dura. Um dia, cavalgando em sua propriedade, ele encontra um homem ferido e desmaiado perto de um riacho. Ele levou um tiro. Ao lado dele Henry encontra uma bolsa com dinheiro. Decide então levar o homem (naquele momento inconsciente) para casa. Acaba amarrando o sujeito porque um pouco de cautela seria mais do que necessária. Afinal aquele sujeito poderia ser um criminoso. Não demora muito e chega um grupo na sua fazenda. O líder se diz xerife de uma cidade próxima. Está em busca de um bandido que foi atingido por um tiro. O problema é que o homem baleado, ao recobrar a consciência, disse a Henry que ele era o xerife que havia sido perseguido por bandidos. Afinal quem estaria dizendo a verdade no meio daquela delicada situação? Quem é o xerife e quem é o bandido?

Eu costumo dizer que para se fazer um bom western basta apenas um bom roteiro que explore uma situação básica de tensão. É justamente o que acontece aqui. Há um fazendeiro no meio de pessoas que contam histórias que podem ser verdades ou mentiras. Claro que no fundo ele está no meio de um fogo cruzado. Certamente em algum momento ele vai ter que se posicionar. O roteiro desse filme ainda abre margem para a exploração de uma das maiores lendas do velho oeste (e claro que não vou contar do que se trata para não estragar as surpresas para o espectador). No geral gostei bastante da história do velho Henry (Old Henry). É um filme até curto (menos de 90 minutos de duração), mas que cumpre muito bem sua proposta de ser um bom entretenimento no fim de noite.

Old Henry (Estados Unidos, 2021) Direção: Potsy Ponciroli / Roteiro: Potsy Ponciroli / Elenco: Tim Blake Nelson, Stephen Dorff, Scott Haze, Gavin Lewis / Sinopse: O filme conta a história do velho Henry (Nelson) que tem uma fazenda no velho oeste. Certo dia encontra um homem ferido em sua propriedade e decide ajudá-lo. Só que um bando de homens armados surge atrás do mesmo sujeito. O líder deles, um mal encarado que se diz chamar Ketchum (Dorff), afirma ser xerife. E quer que o fazendeiro entregue o homem. Estaria dizendo a verdade?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Águas do Norte

Essa nova série é produzida pela BBC e está disponível no Brasil através da plataforma Globoplay. São apenas cinco episódios (na realidade se trata de uma minissérie muito bem produzida pelo canal britânico, bem conhecido por seu alto padrão de qualidade). E que história nos conta? Na década de 1850 um navio baleeiro parte para as águas geladas do norte. A tripulação pensa que será mais uma expedição comercial para caçar baleias. O problema é que o dono da embarcação tem outros planos. Ele combina com o capitão que o navio deve afundar nas águas geladas próximas ao polo Norte. Sua real intenção é ficar com o dinheiro do seguro, uma pequena fortuna. Ele combina que haverá outro navio nas proximidades para salvar o próprio capitão e sua tripulação, mas será que isso realmente acontecerá? Conforme for assistindo aos episódios irei publicar logo abaixo minhas observações.

Águas do Norte 1.01 - Behold the Man
Nesse primeiro episódio vemos a formação da tripulação do navio que deverá partir em breve para o Oceano gelado no Norte da Europa. Entre os homens que vão fazer parte da tripulação está um jovem médico que chegou de uma guerra em terras indianas. Ele seria um profissional promissor, mas guarda um segredo: é viciado em láudano (ópio, em essência). Usa de sua profissão para comprar mais e mais vidros com a substância. O outro personagem central é um velho marinheiro (em caracterização quase irreconhecível do ator Colin Farrell). É um daqueles tipos durões que não levam desaforo para casa. Gasta todo o seu dinheiro com bebidas e prostitutas e não se arrepende de esfaquear qualquer um que cruze seu caminho. Barbudo e com jeito de quem não um toma banho há anos, ele embarca no navio baleeiro, mas nos primeiros dias só pensa em como vai roubar o jovem médico à bordo. Excelente primeiro episódio. Mostra todo o potencial que a série possui. Produção de alta qualidade. Não vá perder! / Águas do Norte 1.01 - Behold the Man (The North Water, Inglaterra, 2021) Direção: Andrew Haigh / Roteiro: Andrew Haigh, Ian McGuire / Elenco: Colin Farrell, Kris Hitchen, Mark Rowley,

Águas do Norte 1.02 - We Men Are Wretched Things
O navio baleeiro finalmente chega nos mares gelados do Norte. Os tripulantes descem para caçar focas. O sistema de abate é algo completamente brutal. Um tiro e depois a morte confirmada com uma ferramenta de metal. O médico decide ajudar, mas se dá mal. Acaba caindo na água gelada, em uma fenda localizada entre duas camadas de gelo espesso. Só sobrevive por pura sorte. Dentro do navio as coisas complicam quando um jovem marujo é sodomizado. Quem seria o culpado?  Os marinheiros encontram também a primeira baleia da viagem. A caça e a morte desses grandes animais era muito brutal. De qualquer maneira eles estavam ali para isso mesmo. Os porões começam então a se encher com a carne  e o óleo que eram retirados dessas baleias mortas. / Águas do Norte 1.02 - We Men Are Wretched Things (The North Water, Estados Unidos, 2021) Direção: Andrew Haigh / Roteiro: Andrew Haigh / Elenco: Colin Farrell, Kieran Urquhart, Jack O'Connell, Roland Møller, 

Águas do Norte 1.03 - Homo Homini Lupus
Quem matou o jovem marinheiro? Ele foi sodomizado e depois estrangulado! Quem é o assassino? Inicialmente as suspeitas recaem sobre um membro da tripulação que tem fama de homossexual, só que o médico do navio não encontra marcas que o incriminem. Não existem provas contra ele. As provas acabam sendo encontradas nos braços de outro marinheiro, Henry Drax (Farrell). Essa é uma péssima notícia pois o sujeito é um bruto e um violento. Assim que é desmascarado ele parte para a agressão contra o médico e o capitão. Esse último leva a pior. Uma pancada na cabeça sela seu destino. O agressor e assassino é preso no porão, mas o capitão não resiste e falece em decorrência dos ferimentos. Ele é enterrado no mar com todas as honrarias fúnebres. A tempestade sombria se aproxima da tripulação. / Águas do Norte 1.03 - Homo Homini Lupus (Estados Unidos, 2021) Direção: Andrew Haigh / Roteiro: Andrew Haigh / Elenco: Stephen Graham, Paul Brennen, Jack O'Connell. 

Águas do Norte 1.04 - The Devils of the Earth
Após ir cada vez mais para o norte, para águas congeladas, o navio finalmente fica preso no gelo do Ártico. Só que não afunda. Para isso o novo capitão resolve ir além, arrancando pedaços de madeira do casco. Com isso o barco afunda, vai ao fundo das águas do norte. E agora, como a tripulação vai sobreviver? Eles acreditam que vão ser resgatados, mas esse resgate nunca vem. Assim eles ficam presos no meio da imensidão de gelo, com tempestades constantes. Só não morrem de fome porque uma dupla de esquimós chegam na região. Eles trocam carne de foca por objetos. Puro escambo. Na fome grande os tripulantes resolvem até mesmo trocar um rifle por quatro focas. Até porque sem a carne das focas eles morreriam naquela deserto gelado. / Águas do Norte 1.04 - The Devils of the Earth (Estados Unidos, 2021) Direção: Andrew Haigh / Roteiro: Andrew Haigh / Elenco: Colin Farrell, Jack O'Connell, Sam Spruell, Roland Møller. 

Águas do Norte 1.05 - To Live Is to Suffer
Henry Drax escapa. Ele engana um dos tripulantes dizendo que tem um acordo com um dos esquimós. O sujeito tira suas algemas. Erro fatal. Drax não apenas o mata, cortando sua garganta, como também mata o esquimó. Ele pega o barco, as peles e vai embora. Enquanto isso o médico do navio sai na caça de um urso polar, só que sua caça se transforma em loucura e delírio. Para não morrer de frio. ele se esconde dentro da carcaça do enorme animal, sendo salvo por um missionário que tenta levar o evangelho para aquelas terras congeladas do norte. / Águas do Norte 1.05 - To Live Is to Suffer (Estados Unidos, 2021) Direção: Andrew Haigh / Roteiro: Andrew Haigh / Elenco: Colin Farrell, Peter Mullan, Jack O'Connell.

Águas do Norte 1.06 - The End
Episódio final dessa série. E o que acontece em seu final? Basicamente temos aqui um grande acerto de contas com foco no médico do navio que conseguiu sobreviver depois de toda aquela aventura no Ártico e agora está de volta ao seio da civilização. Um aspecto interessante é que ele apenas quer ser pago, mas o dono do navio afundado que usou de fraude para ficar rico não quer que as coisas saiam do controle. Ele manda Drax para eliminar o doutor, só que no final as coisas não dão certo como ele previa, o médico sobrevive ao atentado e volta para acertar as contas com o velho fraudador e tudo termina com uma bala em sua cabeça. Um bom final, mas de certa maneira me soou também como sem grandes novidades. Muito bem produzida, a série vale a pena ser assistida, mas não é marcante como eu poderia supor. / Águas do Norte 1.06 - The End (Estados Unidos, 2021) Direção: Andrew Haigh / Elenco: Jack O'Connell, Colin Farrell.


Pablo Aluísio. 


segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A Datilógrafa

Título no Brasil: A Datilógrafa
Título Original: Populaire
Ano de Produção: 2012
País: França
Estúdio: Trésor Films
Direção: Régis Roinsard
Roteiro: Régis Roinsard, Romain Compingt
Elenco: Déborah François, Romain Duris, Bérénice Bejo, Shaun Benson, Mélanie Bernier, Nicolas Bedos

Sinopse:
A jovem Rose Pamphyle (Déborah François) consegue emprego como secretária de um corretor de seguros. Em pouco tempo o patrão percebe que ela tem grande velocidade na datilografia. Assim decide inscrever a garota em um concurso nacional, algo que vai mudar sua vida.

Comentários:
O cinema francês também produz filmes leves e divertidos. Uma prova disso é esse agradável "A Datilógrafa". A história se passa em 1958. Essa informação é importante porque fica claro na primeira parte do filme que o diretor tentou recriar, pelo menos em parte, a atmosfera e o clima das comédias românticas americanas desse período, com destaque para os filmes de Doris Day. A trilha sonora também é um caso à parte. O que os franceses ouviam naquela época? Muitas músicas pop e até rocks são ouvidos ao longo do filme, entre elas uma curiosa versão francesa de um típico rockabilly Made in USA. Ficou no mínimo curioso. A atriz Déborah François é o destaque do filme em termos de elenco. Jovem, bonita e carismática, ajuda ainda mais no resultado final. Eu gostei bastante desse exemplar do cinema francês, que como já escrevi, também pode ser deliciosamente divertido.

Pablo Aluísio.

A Grande Comédia

Título no Brasil: A Grande Comédia
Título Original: The Big Picture
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Christopher Guest
Roteiro: Michael Varhol
Elenco: Kevin Bacon, Jennifer Jason Leigh, Martin Short, Teri Hatcher, Emily Longstreth, J.T. Walsh,

Sinopse:

Nesse filme Kevin Bacon interpreta um jovem cineasta que ganha um grande prêmio por seu primeira curta-metragem. Ele então parte para realizar seu grande sonho que é dirigir um filme em longa-metragem em Hollywood. Só que logo descobre que isso vai ser mais complicado do que ele imaginava.

Comentários:

Era para ser uma grande sátira em torno dos bastidores de Hollywood, só que ficou apenas no universo das boas intenções. O personagem de Kevin Bacon, um jovem que pensava que se tornar diretor de cinema em Hollywood seria fácil após ser premiado com um prêmio importante, pode até soar interessante. Provavelmente o roteiro foi escrito através experiências pessoais. Gente que tinha esse sonho e quebrou a cara, caiu do cavalo. A partir do momento em que se corre atrás desse objetivo a vida se torna um mar de frustrações. Os produtores são picaretas, os atores uns boçais egocêntricos e as atrizes umas mulheres que só pensam em ganhar um papel, mesmo que para isso tenham que ir para a cama de cada um que lhes aparece pela frente. Uma fauna nada animadora para quem acredita na Hollywood dos sonhos e das idealizações. Enfim, um filme meio sem graça que parece ser mais divertido no papel do que realmente é. Um filme mais do que esquecível.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de janeiro de 2022

A Era do Gelo 2

Título no Brasil: A Era do Gelo 2
Título Original: Ice Age - The Meltdown
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Carlos Saldanha
Roteiro: Peter Gaulke, Gerry Swallow
Elenco: Ray Romano, John Leguizamo, Denis Leary, Seann William Scott, Josh Peck, Queen Latifah

Sinopse:
Um mamute, um tigre e um bicho-preguiça (Manny, Sid e Diego) descobrem surpresos que a era do gelo está chegando ao fim e que eles não estão sozinhos naquele mundo gelado. E uma nova aventura recomeça em sua jornada.

Comentários:
Ganha um pirulito o adulto que conseguir distinguir essas animações quando viram franquias, com vários filmes. Todos os filmes de "A Era do Gelo" me parecem muito iguais, apresentando praticamente o mesmo roteiro, filme após filme. As crianças, claro, adoram. É interessante que uma criança consegue assistir a mesma animação por dezenas e dezenas de vezes e ainda gostar quando revê pela centésima vez. Os produtores sabem disso, por isso os filmes geralmente são muito parecidos, mostrando as mesmas situações. Em prol de "A Era do Gelo 2" deve-se dizer que os animadores parecem beber de cenas da época do cinema mudo (pois é, isso mesmo!). Principalmente nas cenas com o esquilo atrás de suas preciosas nozes. Só não me pergunte qual cena pertence a qual filme. Tanto faz se foi o 1,2,3 ou 4. É praticamente a mesma essência. De qualquer maneira, apesar de tudo isso, as crianças vão gostar. E tecnicamente não há mesmo o que criticar. A animação continua tão bem feita quanto o primeiro filme.

Pablo Aluísio.

Dirty Dancing 2

Título no Brasil: Dirty Dancing 2 - Noites de Havana
Título Original: Dirty Dancing - Havana Nights
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Guy Ferland
Roteiro: Kate Gunzinger, Peter Sagal
Elenco: Diego Luna, Romola Garai, Sela Ward, John Slattery, Jonathan Jackson, January Jones

Sinopse:
Em uma Cuba caliente, com muito ritmo e dança, um jovem se apaixona por uma bela mulher. Como ele vai ganhar o afeto dela? A solução pode vir de um concorrido concurso de dança! Quem sabe assim ele vá conquistar o coração da mulher de seus sonhos.

Comentários:

Olhando para o passado e sendo bem sincero eu nunca consegui gostar muito do primeiro filme "Dirty Dancing". E olha que era um musical dos anos 80 com ótima trilha sonora, com história passada nos anos 60, visual bonito e belas coreografias. Nem isso adiantou, sempre considerei o filme original um tanto quanto artificial, sem alma. Agora imaginem uma sequência dele! Não havia a menor condição desse que escreve essas linhas apreciar mesmo um "Dirty Dancing 2 - Noites de Havana". Como os dois atores do elenco do primeiro filme não quiseram participar de uma continuação, um novo roteiro foi escrito às pressas. A ideia era aproveitar o ritmo caliente do Caribe, da sonoridade de Cuba. A trilha sonora pode até ter seus méritos, pois é uma musicalidade empolgante, mas o roteiro é mesmo de doer. Além disso o tal de Diego Luna é sem carisma. Um desses atores latinos genéricos que nunca me convenceu. Bom, o filme afundou nas bilheterias e foi massacrado pela crítica. Alguém em sã consciência esperava por algo diferente?

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de janeiro de 2022

Capitães do Mar

Título no Brasil: Capitães do Mar
Título Original: Down to the Sea in Ships
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: John Lee Mahin, Sy Bartlett
Elenco: Richard Widmark, Lionel Barrymore, Dean Stockwell, Cecil Kellaway, Gene Lockhart, Berry Kroeger

Sinopse:
Comandante veterano de um navio baleeiro decide levar seu neto na próxima viagem. Sua intenção é ensinar grande valores morais e éticos ao jovem, numa verdadeira aula sobre a vida, só que no meio da viagem tudo mudo e nada acaba saindo como ele havia planejado.

Comentários:
Bom filme que procura misturar drama e aventura em um só pacote. Logo de cara o que chama a atenção é o excelente elenco em cena. Apenas grandes nomes atuando, entre eles o veterano das telas e do teatro Lionel Barrymore, membro de um tradicional clã de atores clássicos, de uma família dedicada ao mundo da arte de representar. Richard Widmark, outro destaque do filme, era um astro popular na época, um tipo bem másculo, ideal para esse tipo de filme com temática mais forte, mais viril. Outro aspecto curioso é que o filme se passa com personagens da marinha mercante, isso em um tempo onde os filmes sobre marinha mostravam militares em combate, principalmente sobre filmes da II Guerra Mundial. Aliás o filme foi lançado justamente poucos anos depois do fim da guerra. É um esboço bem produzido sobre esses homens que dedicaram suas vidas a cruzar os mares em busca de aventuras e emoção. Também pode ser visto como um bom drama sobre relacionamentos humanos, principalmente envolvendo avôs e netos.

Pablo Aluísio.

O Dossiê de Odessa

Título no Brasil: O Dossiê de Odessa
Título Original: The Odessa File
Ano de Produção: 1974
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ronald Neame
Roteiro: Kenneth Ross, George Markstein
Elenco: Jon Voight, Maximilian Schell, Maria Schell, Mary Tamm, Garfield Morgan, Hannes Messemer

Sinopse:
Jornalista investigativo passa a procurar por sinais da existência de uma organização internacional clandestina que ajudou criminosos de guerra do nazismo a fugirem para outros países. E as investigações começam quando um senhor judeu morre e deixa documentos importantes para desvendar todo esse assunto.

Comentários:
Roteiro baseado no livro escrito por Frederick Forsyth. Existiu mesmo uma organização nazista chamada Odessa? Até hoje historiadores divergem sobre o tema. Para alguns tudo seria apenas mais uma teoria da conspiração. Para outros foi um fato histórico real. Dizia-se que a Odessa havia sido organizada nos dias finais da II Guerra Mundial quando a Alemanha nazista já caminhava para seu final. Oficiais da SS, grupo de nazistas fanáticos, passou então a se organizar para criar rotas de fuga para esses criminosos. Os destinos visavam principalmente países da América do Sul como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Bom, se existiu ou não a Odessa o fato é que muitos nazistas fugiram mesmo para esses países. O filme produzido na década de 1970 é muito bom e tem aquela atmosfera de realismo cru da época. Algo que só ajudou no resultado final. Parece até que estamos assistindo a um documentário de tão realista que essa produção se mostra na tela. Gostei bastante e recomendo.

Pablo Aluísio.