Voltando um pouquinho no tempo me lembro de ter alugado "Dia dos Mortos" nos anos 80. Estou falando do filme original, que tem até seus fãs, pois era dirigido pelo mestre George Romero. Assim quando vi essa nova versão fiquei com pelo menos um pouco de curiosidade. Me dei mal. Tudo bem, sempre achei filmes de zumbis os piores em termos de terror. Esses monstros são meio estúpidos, sempre se arrastando por aí para comer cérebros. Nunca gostei, em época nenhuma da minha vida. Mesmo assim resolvi arriscar para ver se havia alguma novidade nesse remake mal disfarçado.
Pois bem, então chegamos nesse "Dia dos Mortos" versão 2018. Que filme ruim! Não adianta jogar panos quentes em cima. É pura perda de tempo. A produção é muito ruim, elenco abaixo da crítica e um roteiro que parece amador, de tão mal feito. O filme tem um enredo péssimo. Um vírus escapa do laboratório e se espalha pelo mundo. Sobra apenas algumas pessoas não infectadas. Só que essas pessoas precisam sobreviver ao mesmo tempo em que tentam achar a cura! O mesmo de sempre, só que piorado, bem piorado. Embora seja um filme curto foi penoso chegar em seu final, de tão fraco e ruim que é! Esqueça mais esse plágio disfarçado, procure pelo filme original, feito nos anos 80. Não tem comparação.
Dia dos Mortos (Day of the Dead: Bloodline, Estados Unidos, 2018) Direção: Hèctor Hernández Vicens / Roteiro: Mark Tonderai, Lars Jacobson / Elenco: Sophie Skelton, Johnathon Schaech, Jeff Gum / Sinopse: Jovem estudante de medicina presencia a proliferação de um vírus que transforma todos os infectados em zumbis. No meio do caos que se instala ela consegue chegar em uma base militar onde vivem alguns sobreviventes não infectados. No laboratório desse lugar tentará encontrar um cura para a estranha doença.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
A Jornada de Hank Williams
Título no Brasil: A Jornada de Hank Williams
Título Original: I Saw the Light
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures Classics
Direção: Marc Abraham
Roteiro: Marc Abraham, Colin Escott
Elenco: Tom Hiddleston, Elizabeth Olsen, Maddie Hasson, Cherry Jones, Wrenn Schmidt, David Krumholtz
Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Na década de 1950 um cantor de música country nascido no Alabama chamado Hank Williams começa a fazer sucesso após se apresentar em um programa de rádio. Sucesso após sucesso, ele tenta conciliar a fama com seus problemas pessoais e familiares. Algo nada fácil para quem não conseguia superar seu alcoolismo.
Comentários:
Hank Williams não é muito conhecido no Brasil. Nos Estados Unidos porém ele é um verdadeiro ícone da música, em especial da country music. Em sua curta carreira que durou apenas seis anos ele conseguiu o feito de emplacar 36 músicas em primeiro lugar, feito que só seria superado após sua morte por Elvis Presley. Esse bom filme conta parte de sua vida. O foco é mais centrado em sua vida pessoal. Hank era um bom homem que tinha duas fraquezas: as mulheres e as bebidas. Isso colocou fim em seu primeiro casamento e o fez se casar com uma jovem de apenas 16 anos de idade, o que piorou ainda mais sua situação pessoal. Além de ser muito mulherengo, Hawk afundou na bebida. Em determinado momento ele não conseguia mais se apresentar ou gravar nada, por causa de seu alcoolismo crônico. Aliado a isso ele tinha problemas no coração que nunca foram devidamente tratados. Juntando tudo não foi de se admirar que tenha morrido tão cedo. Isso porém em nada abalou seu prestígio no mundo da música porque ele foi realmente grande nesse aspecto. Compôs grandes clássicos e se tornou imortal por suas criações e obras primas. Esse filme assim se propôs a contar parte de sua história. Em termos gerais o fez de forma muito eficiente. Para quem gosta da história da música norte-americana se torna mesmo um item indispensável.
Pablo Aluísio.
Título Original: I Saw the Light
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures Classics
Direção: Marc Abraham
Roteiro: Marc Abraham, Colin Escott
Elenco: Tom Hiddleston, Elizabeth Olsen, Maddie Hasson, Cherry Jones, Wrenn Schmidt, David Krumholtz
Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Na década de 1950 um cantor de música country nascido no Alabama chamado Hank Williams começa a fazer sucesso após se apresentar em um programa de rádio. Sucesso após sucesso, ele tenta conciliar a fama com seus problemas pessoais e familiares. Algo nada fácil para quem não conseguia superar seu alcoolismo.
Comentários:
Hank Williams não é muito conhecido no Brasil. Nos Estados Unidos porém ele é um verdadeiro ícone da música, em especial da country music. Em sua curta carreira que durou apenas seis anos ele conseguiu o feito de emplacar 36 músicas em primeiro lugar, feito que só seria superado após sua morte por Elvis Presley. Esse bom filme conta parte de sua vida. O foco é mais centrado em sua vida pessoal. Hank era um bom homem que tinha duas fraquezas: as mulheres e as bebidas. Isso colocou fim em seu primeiro casamento e o fez se casar com uma jovem de apenas 16 anos de idade, o que piorou ainda mais sua situação pessoal. Além de ser muito mulherengo, Hawk afundou na bebida. Em determinado momento ele não conseguia mais se apresentar ou gravar nada, por causa de seu alcoolismo crônico. Aliado a isso ele tinha problemas no coração que nunca foram devidamente tratados. Juntando tudo não foi de se admirar que tenha morrido tão cedo. Isso porém em nada abalou seu prestígio no mundo da música porque ele foi realmente grande nesse aspecto. Compôs grandes clássicos e se tornou imortal por suas criações e obras primas. Esse filme assim se propôs a contar parte de sua história. Em termos gerais o fez de forma muito eficiente. Para quem gosta da história da música norte-americana se torna mesmo um item indispensável.
Pablo Aluísio.
Nosso Louco Amor
Mais uma comédia romântica estrelada pela atriz Drew Barrymore. Como uma autêntica Barrymore, com longa linhagem de atores problemáticos em sua família, ela também foi uma garota da pesada, bebendo muito, usando drogas, botando pra quebrar. Isso na vida real. Nas telas de cinema ela geralmente interpreta mocinhas mais ou menos inocentes (ela tem carinha de anjo, mas não seria muito convincente interpretando heroínas puras, vamos convir). Nesse filme aqui ela contracenou com o Luje Wilson, um ator muito sem sal. Ele tenta dar certo com Drew em cena, mas a diferença entre eles é tão grande que não dá para comparar. Em pouco tempo ele vai para a sombra dela e não sai mais de lá, até o fim do filme.
O enredo é meio confuso e demora para pegar no tranco. O Luke interpreta um sujeito que vai atrás da amante do próprio padrasto. Quem interpreta a garota é justamente a senhorita Barrymore. Mas aí surgem dois "probleminhas". O primeiro é que a garota está grávida! O segundo é que ele acaba se apaixonando por ela! Enfim, uma típica fita romântica leve, com doses de humor, do cinema americano. Por fim uma curiosidade. Recentemente foi lançado um box nos Estados Unidos com três filmes. "Vida de Solteiro" com a gatinha Bridget Fonda, "Mickey Olhos Azuis" com o Hugh Grant e esse aqui que comentei, o filme da Drew. Qual é a ligação entre os filmes? Bom, são comédias românticas dos anos 90. Um box especialmente montado para jovens nostálgicos. É isso!
Nosso Louco Amor (Home Fries, Estados Unidos, 1998) Direção: Dean Parisot / Roteiro: Vince Gilligan / Elenco: Drew Barrymore, Luke Wilson, Catherine O'Hara, Shelley Duvall / Sinopse: Dorian Montier (Luke Wilson) é um cara comum que acaba se apaixonando pela mulher errada, a própria amante do padrasto, uma garota radiante chamada Sally Jackson (Drew Barrymore). Pior do que isso, ele também descobre que ela está grávida! E agora, como conciliar tantos conflitos e problemas?
Pablo Aluísio.
O enredo é meio confuso e demora para pegar no tranco. O Luke interpreta um sujeito que vai atrás da amante do próprio padrasto. Quem interpreta a garota é justamente a senhorita Barrymore. Mas aí surgem dois "probleminhas". O primeiro é que a garota está grávida! O segundo é que ele acaba se apaixonando por ela! Enfim, uma típica fita romântica leve, com doses de humor, do cinema americano. Por fim uma curiosidade. Recentemente foi lançado um box nos Estados Unidos com três filmes. "Vida de Solteiro" com a gatinha Bridget Fonda, "Mickey Olhos Azuis" com o Hugh Grant e esse aqui que comentei, o filme da Drew. Qual é a ligação entre os filmes? Bom, são comédias românticas dos anos 90. Um box especialmente montado para jovens nostálgicos. É isso!
Nosso Louco Amor (Home Fries, Estados Unidos, 1998) Direção: Dean Parisot / Roteiro: Vince Gilligan / Elenco: Drew Barrymore, Luke Wilson, Catherine O'Hara, Shelley Duvall / Sinopse: Dorian Montier (Luke Wilson) é um cara comum que acaba se apaixonando pela mulher errada, a própria amante do padrasto, uma garota radiante chamada Sally Jackson (Drew Barrymore). Pior do que isso, ele também descobre que ela está grávida! E agora, como conciliar tantos conflitos e problemas?
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
MIB: Homens de Preto - Internacional
Título no Brasil: MIB: Homens de Preto - Internacional
Título Original: Men in Black: International
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Sony Pictures
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Matt Holloway, Art Marcum
Elenco: Chris Hemsworth, Liam Neeson, Emma Thompson, Tessa Thompson, Rebecca Ferguson, Kumail Nanjiani
Sinopse:
Uma nova dupla de agentes formada por H (Chris Hemsworth) e M (Tessa Thompson) precisa evitar que uma arma poderosa caia nas mãos de uma raça de alienígenas violentos, que desejam conquistar o universo.
Comentários:
Sete anos depois do último filme da franquia MIB, os estúdios decidiram trazer de novo os homens de preto ao cinema. Para isso a dupla original dos filmes anteriores formada por Will Smith e Tommy Lee Jones foi dispensada. Como tem acontecido com uma certa frequência aqui os produtores decidiram retomar uma nova série de filmes. Ao custo de 110 milhões de dólares a fita decepcionou nas bilheterias. Nem mesmo a contratação de atores classe A para atuarem como meros coadjuvantes (caso de Liam Neeson e Emma Thompson) serviu de atrativo para o público. O fato é que os novos agentes não empolgaram. A atriz Tessa Thompson é sem carisma, antipática e não agradou. Já o "Thor" Chris Hemsworth até se esforça, tenta agradar, mas não consegue levar o filme sozinho nas costas. Os vilões são genéricos. O enredo também não traz novidades, é bobo e derivativo. Nada do que já não tenha sido explorado nos filmes anteriores. E o pior de tudo: os efeitos especiais não são tão bons como era de se esperar. Há menos criaturas e menos imaginação nas cenas digitais, o que se tratando de MIB é o fim da picada. Enfim, parece que a franquia está esgotada no cinema. Apenas um diretor muito talentoso e um roteiro melhor poderiam revitalizar essa franquia, algo que definitivamente não aconteceu nesse quarto filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: Men in Black: International
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Sony Pictures
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Matt Holloway, Art Marcum
Elenco: Chris Hemsworth, Liam Neeson, Emma Thompson, Tessa Thompson, Rebecca Ferguson, Kumail Nanjiani
Sinopse:
Uma nova dupla de agentes formada por H (Chris Hemsworth) e M (Tessa Thompson) precisa evitar que uma arma poderosa caia nas mãos de uma raça de alienígenas violentos, que desejam conquistar o universo.
Comentários:
Sete anos depois do último filme da franquia MIB, os estúdios decidiram trazer de novo os homens de preto ao cinema. Para isso a dupla original dos filmes anteriores formada por Will Smith e Tommy Lee Jones foi dispensada. Como tem acontecido com uma certa frequência aqui os produtores decidiram retomar uma nova série de filmes. Ao custo de 110 milhões de dólares a fita decepcionou nas bilheterias. Nem mesmo a contratação de atores classe A para atuarem como meros coadjuvantes (caso de Liam Neeson e Emma Thompson) serviu de atrativo para o público. O fato é que os novos agentes não empolgaram. A atriz Tessa Thompson é sem carisma, antipática e não agradou. Já o "Thor" Chris Hemsworth até se esforça, tenta agradar, mas não consegue levar o filme sozinho nas costas. Os vilões são genéricos. O enredo também não traz novidades, é bobo e derivativo. Nada do que já não tenha sido explorado nos filmes anteriores. E o pior de tudo: os efeitos especiais não são tão bons como era de se esperar. Há menos criaturas e menos imaginação nas cenas digitais, o que se tratando de MIB é o fim da picada. Enfim, parece que a franquia está esgotada no cinema. Apenas um diretor muito talentoso e um roteiro melhor poderiam revitalizar essa franquia, algo que definitivamente não aconteceu nesse quarto filme.
Pablo Aluísio.
A Autópsia
Título no Brasil: A Autópsia
Título Original: The Autopsy of Jane Doe
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: IM Global, Impostor Pictures
Direção: André Øvredal
Roteiro: Ian B. Goldberg, Richard Naing
Elenco: Brian Cox, Emile Hirsch, Ophelia Lovibond
Sinopse:
Um corpo de uma mulher chega no setor de necropsia onde trabalha Tommy (Brian Cox) e seu filho Austin (Emile Hirsch). O cadáver estava enterrado no porão de uma casa. Não há informações sobre quem teria sido aquela pessoa. Por isso ela é denominada de Jane Doe. Após sua chegada ao morgue começam uma série de estranhos eventos, alguns de origem sobrenatural.
Comentários:
Filmes como esse sempre terão apelo junto aos fãs de filmes de terror. A trama é bem simples. Temos um corpo, um legista e seu filho, uma sala de necropsia e uma tempestade que se forma lá fora. Conforme o legista vai examinando o corpo da mulher ele vai descobrindo coisas estranhas, como escritos feitos na parte interna de sua pele. Parece bruxaria e ocultismo, aliás só parece não, é de fato isso mesmo, magia negra, coisa da pesada. O filme investe no suspense e na tensão. Lá pela terça parte final perde um pouco de impacto, porque vão se tornando óbvias demais as soluções tiradas da cartola pelo roteiro, mas em nenhum momento ficamos com a sensação ruim de estarmos perdendo tempo. Pelo contrário. Tudo é bem construído e apesar do desfecho, digamos, convencional e comerciai, ainda vale a pena conhecer esse pequeno filme de terror que conseguiu um feito e tanto aqui em nosso país, ser lançado nos cinemas, no circuito comercial. Isso sem fazer parte de nenhuma franquia de terror mais conhecida. Nada mal para um corpo sem nome e sem identificação.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Autopsy of Jane Doe
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: IM Global, Impostor Pictures
Direção: André Øvredal
Roteiro: Ian B. Goldberg, Richard Naing
Elenco: Brian Cox, Emile Hirsch, Ophelia Lovibond
Sinopse:
Um corpo de uma mulher chega no setor de necropsia onde trabalha Tommy (Brian Cox) e seu filho Austin (Emile Hirsch). O cadáver estava enterrado no porão de uma casa. Não há informações sobre quem teria sido aquela pessoa. Por isso ela é denominada de Jane Doe. Após sua chegada ao morgue começam uma série de estranhos eventos, alguns de origem sobrenatural.
Comentários:
Filmes como esse sempre terão apelo junto aos fãs de filmes de terror. A trama é bem simples. Temos um corpo, um legista e seu filho, uma sala de necropsia e uma tempestade que se forma lá fora. Conforme o legista vai examinando o corpo da mulher ele vai descobrindo coisas estranhas, como escritos feitos na parte interna de sua pele. Parece bruxaria e ocultismo, aliás só parece não, é de fato isso mesmo, magia negra, coisa da pesada. O filme investe no suspense e na tensão. Lá pela terça parte final perde um pouco de impacto, porque vão se tornando óbvias demais as soluções tiradas da cartola pelo roteiro, mas em nenhum momento ficamos com a sensação ruim de estarmos perdendo tempo. Pelo contrário. Tudo é bem construído e apesar do desfecho, digamos, convencional e comerciai, ainda vale a pena conhecer esse pequeno filme de terror que conseguiu um feito e tanto aqui em nosso país, ser lançado nos cinemas, no circuito comercial. Isso sem fazer parte de nenhuma franquia de terror mais conhecida. Nada mal para um corpo sem nome e sem identificação.
Pablo Aluísio.
MIB: Homens de Preto
Título no Brasil: MIB - Homens de Preto
Título Original: Men in Black
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Ed Solomon
Elenco: Tommy Lee Jones, Will Smith, Linda Fiorentino, Vincent D'Onofrio, Rip Torn, Tony Shalhoub
Sinopse:
Dois agentes de uma agência governamental ultra-secreta conhecida apenas como MIB ou "Homens de Preto" livram o planeta Terra da escória do universo. Para isso usam das mais modernas armas tecnológicas disponíveis. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Maquiagem.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme com os personagens dos quadrinhos "MIB". Hollywood, meus caros, consegue reciclar praticamente tudo em termos de cultura pop. Veja o caso desse filme. Os produtores decidiram adaptar para o cinema uma revista em quadrinhos bem underground, que quase ninguém conhecia. O conceito era divertido e com bons efeitos especiais poderia funcionar no cinema. E como funcionou... pois foi um grande sucesso de bilheteria, a ponto de dar origem a uma nova franquia com mais três filmes sendo produzidos depois. Esse original é bacana porque apresentou todo o universo dessa estranha agência que localiza, prende e caça ETs que fogem de seus planetas para escapar em direção ao nosso planeta. Tudo isso levado não em um tom de seriedade, de ficção que se leva muito à sério. Nada disso, tudo tem um humor bem debochado mesmo, inclusive na concepção dos aliens, que no fundo não passam de figuras de cartoon. Como foi o primeiro filme e como eram os anos 90 acabei me divertindo bastante no cinema. Afinal era um filme pipoca bem produzido que refletia a cultura pop da época. Mais um sucesso na carreira de Will Smith, considerado o "Rei do verão" das bilheterias americanas. Nesse caso ele havia acertado novamente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Men in Black
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Ed Solomon
Elenco: Tommy Lee Jones, Will Smith, Linda Fiorentino, Vincent D'Onofrio, Rip Torn, Tony Shalhoub
Sinopse:
Dois agentes de uma agência governamental ultra-secreta conhecida apenas como MIB ou "Homens de Preto" livram o planeta Terra da escória do universo. Para isso usam das mais modernas armas tecnológicas disponíveis. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Maquiagem.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme com os personagens dos quadrinhos "MIB". Hollywood, meus caros, consegue reciclar praticamente tudo em termos de cultura pop. Veja o caso desse filme. Os produtores decidiram adaptar para o cinema uma revista em quadrinhos bem underground, que quase ninguém conhecia. O conceito era divertido e com bons efeitos especiais poderia funcionar no cinema. E como funcionou... pois foi um grande sucesso de bilheteria, a ponto de dar origem a uma nova franquia com mais três filmes sendo produzidos depois. Esse original é bacana porque apresentou todo o universo dessa estranha agência que localiza, prende e caça ETs que fogem de seus planetas para escapar em direção ao nosso planeta. Tudo isso levado não em um tom de seriedade, de ficção que se leva muito à sério. Nada disso, tudo tem um humor bem debochado mesmo, inclusive na concepção dos aliens, que no fundo não passam de figuras de cartoon. Como foi o primeiro filme e como eram os anos 90 acabei me divertindo bastante no cinema. Afinal era um filme pipoca bem produzido que refletia a cultura pop da época. Mais um sucesso na carreira de Will Smith, considerado o "Rei do verão" das bilheterias americanas. Nesse caso ele havia acertado novamente.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 26 de julho de 2019
James Dean - Hollywood Boulevard - Parte 15
As filmagens de Giant (Assim Caminha a Humanidade, no Brasil) foram longas e cansativas. Para piorar elas foram realizadas em pleno verão, no escaldante sol do Texas. O diretor George Stevens tinha um jeito próprio de filmar. Ele colocava várias câmeras filmando ao mesmo tempo para depois escolher apenas os melhores ângulos que entrariam no corte final. Isso se tornava um inferno nas mãos dos editores já que a edição ficava triplamente complicada. Por essa razão James Dean jamais teria a oportunidade de assistir ao seu último filme. Após o fim das filmagens o material ficou por mais de um ano e meio na sala de edição da Warner Bros e nesse meio tempo Dean sofreria o acidente fatal que o vitimou com apenas 24 anos de idade. Curiosamente a última cena rodada pelo ator era uma em que ele aparecia usando forte maquiagem, aparentando ser um homem bem mais velho, angustiado e corroído pelo fato de nunca ter conquistado a mulher de seus sonhos (que era interpretada por Elizabeth Taylor).
Uma grande ironia do destino já que Dean jamais teria a oportunidade de envelhecer como seu personagem. Outro aspecto interessante aconteceu porque pela primeira vez em sua carreira no cinema ele teria que interpretar um homem embriagado. Diante do diretor assistente o ator disse que a única forma de interpretar alguém bêbado de forma convincente era tomar um porre. Após tomar meio litro de whisky, Dean surgiu no set, totalmente alto! A cena se revelaria grandiosa na tela, mas na realidade foi um tormento e um desastre para ficar pronta. Dean, completamente de fogo, esqueceu a maioria das falas e quase não conseguiu terminar a sequência. Stevens não se importou, mandou as câmeras filmarem sem interrupção e no final, na sala de edição, conseguiu dar um jeito para que todas as partes apresentassem uma lógica narrativa.
Livre do filme, mas ainda precisando retornar ao estúdio para dublar determinadas falas que não ficaram bem, por motivos técnicos (algo que só seria realizado pelo amigo Nick Adams após a morte de Dean), o ator resolveu se dedicar ao que mais gostava: correr e participar de corridas amadoras pela região. O último encontro com o diretor George Stevens foi cordial, apesar de tudo. James Dean passou o tempo todo brigando com ele por causa da diferença de visão que ambos tinham sobre a melhor atuação possível. Stevens determinava o que queria, mas Dean, muito intuitivo, acaba fazendo o que ele bem entendia. Desse choque de visão acabou surgindo uma das melhores atuações da década, o que valeria a Dean a indicação póstuma ao Oscar. Ao veterano cineasta Dean se despediu dizendo: "Agora podemos dar as mãos, eu não preciso mais de você e nem você de mim. Espero que as pessoas gostem do filme" ao que Stevens respondeu secamente: "Sim, eles gostarão". Depois disso o ator subiu em seu Porsche e pegou estrada. No caminho conversando com seu mecânico particular confessou: "Não sei o que esperar desse meu último filme".
Por essa época todos em Hollywood já sabiam que James Dean era o grande nome do momento. Em pouco tempo ele certamente se tornaria um astro. Havia um certo protocolo, como fazer capas de revistas e dar entrevistas para os jornalistas especializados em cinema, mas Dean ignorou tudo isso. Em um sinal de boa vontade resolveu participar brevemente de um programa de TV, dando uma pequena, mas importante entrevista. Antes de ir embora o entrevistador perguntou a Dean se as pessoas precisavam tomar mais cuidado ao dirigir em alta velocidade. Com seu jeito peculiar de ser Dean disse: "É isso aí, tenham cuidado ao volante, assim vocês poderão salvar vidas... inclusive, quem sabe, talvez até a minha!".
Pablo Aluísio.
Uma grande ironia do destino já que Dean jamais teria a oportunidade de envelhecer como seu personagem. Outro aspecto interessante aconteceu porque pela primeira vez em sua carreira no cinema ele teria que interpretar um homem embriagado. Diante do diretor assistente o ator disse que a única forma de interpretar alguém bêbado de forma convincente era tomar um porre. Após tomar meio litro de whisky, Dean surgiu no set, totalmente alto! A cena se revelaria grandiosa na tela, mas na realidade foi um tormento e um desastre para ficar pronta. Dean, completamente de fogo, esqueceu a maioria das falas e quase não conseguiu terminar a sequência. Stevens não se importou, mandou as câmeras filmarem sem interrupção e no final, na sala de edição, conseguiu dar um jeito para que todas as partes apresentassem uma lógica narrativa.
Livre do filme, mas ainda precisando retornar ao estúdio para dublar determinadas falas que não ficaram bem, por motivos técnicos (algo que só seria realizado pelo amigo Nick Adams após a morte de Dean), o ator resolveu se dedicar ao que mais gostava: correr e participar de corridas amadoras pela região. O último encontro com o diretor George Stevens foi cordial, apesar de tudo. James Dean passou o tempo todo brigando com ele por causa da diferença de visão que ambos tinham sobre a melhor atuação possível. Stevens determinava o que queria, mas Dean, muito intuitivo, acaba fazendo o que ele bem entendia. Desse choque de visão acabou surgindo uma das melhores atuações da década, o que valeria a Dean a indicação póstuma ao Oscar. Ao veterano cineasta Dean se despediu dizendo: "Agora podemos dar as mãos, eu não preciso mais de você e nem você de mim. Espero que as pessoas gostem do filme" ao que Stevens respondeu secamente: "Sim, eles gostarão". Depois disso o ator subiu em seu Porsche e pegou estrada. No caminho conversando com seu mecânico particular confessou: "Não sei o que esperar desse meu último filme".
Por essa época todos em Hollywood já sabiam que James Dean era o grande nome do momento. Em pouco tempo ele certamente se tornaria um astro. Havia um certo protocolo, como fazer capas de revistas e dar entrevistas para os jornalistas especializados em cinema, mas Dean ignorou tudo isso. Em um sinal de boa vontade resolveu participar brevemente de um programa de TV, dando uma pequena, mas importante entrevista. Antes de ir embora o entrevistador perguntou a Dean se as pessoas precisavam tomar mais cuidado ao dirigir em alta velocidade. Com seu jeito peculiar de ser Dean disse: "É isso aí, tenham cuidado ao volante, assim vocês poderão salvar vidas... inclusive, quem sabe, talvez até a minha!".
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 25 de julho de 2019
James Dean - Hollywood Boulevard - Parte 14
Assim que começaram as filmagens de Giant (Assim Caminha a Humanidade, no Brasil), James Dean logo viu que teria problemas. O diretor George Stevens pertencia a uma outra escola, muito tradicional, onde não eram aceitas improvisações sobre o que estava no roteiro e no script. Ao contrário dos diretores anteriores, com os quais Dean se deu muito bem por causa do processo criativo, nesse novo filme ele deveria andar na linha, com disciplina sobre o que estava escrito. Na primeira semana de gravação Dean reclamou que ficara o tempo todo em sua cadeira, vendo "Rock Hudson se apaixonar por Elizabeth Taylor". Isso aconteceu porque Stevens procurava filmar as cenas em ordem cronológica e em razão disso James Dean não tinha nenhuma tomada programada.
Ele achou tudo um enorme tédio. Enquanto Rock e Liz trabalhavam, Dean ficava em seu acento, fazendo nós em sua corda de vaqueiro. Depois de três dias nisso o jovem ator rebelde chutou o balde e resolveu desaparecer do set. Ao invés de acompanhar a cena de outros atores ele preferiu ficar ao lado dos extras cowboys que faziam parte do elenco de apoio. Nem precisa dizer que isso acabou enfurecendo George Stevens. O veterano cineasta queria que Dean acompanhasse tudo, para assim entrar no clima da história. Dean pensava diferente. Para ele ficar acompanhando as filmagens de outros atores poderia atrapalhar sua performance. Ele queria ser espontâneo e não disciplinado. Além disso não estava disposto a abrir mão da linha de trabalho em que acreditava.
A diferença de visão sobre atuação e o aparente desinteresse de Dean pelo filme acabou criando uma tensão no set. Depois de inúmeras brigas e discussões, onde Dean teria xingado Stevens de "idiota" a relação entre eles azedou de vez. Mal se dirigiam a palavra uma ao outro. No máximo Stevens dava um bom dia a Dean que mal respondia, vociferando algo que ninguém entendia. Para uma amiga de Nova Iorque James Dean confidenciou em uma carta cheia de sinceridade: "Sinceramente todos me odeiam no set. O diretor não suporta ouvir nem meu nome. Rock é um grandalhão sem expressão. Estou na merda! Gostaria muito de voltar para Nova Iorque, para meus amigos, para o teatro... mas não posso! Esses caras da Warner me processariam e eu ficaria duro!". A única pessoa da equipe que parecia se dar bem com James Dean era a estrela Elizabeth Taylor. Liz tinha muita experiência em lidar com jovens atores de formação na costa leste como Dean. Ela já havia se dado muito bem com o problemático Montgomery Clift no passado e sabia que Dean não era muito diferente dele. Em pouco tempo ambos eram grandes amigos. Para Liz, Dean confidenciou: "Você é uma pessoa linda! O meu problema é que também gosto de pessoas más". Quando a situação ficava intolerável o diretor Stevens pedia a Liz que desse alguns conselhos a Dean, que curiosamente parecia seguir as dicas e opiniões da colega.
Já com Rock Hudson as coisas não fluíram bem. Eles se deram mal desde o começo. Na verdade James Dean tinha pouco respeito com galãs ao estilo de Rock, que no fundo era apenas um tipo bonitão que não tinha muita formação dramática. Rock havia sido criado pela fábrica de astros da Universal e nunca tinha pisado em um palco de teatro na vida. Esse histórico fazia com que Dean não o levasse muito à sério. Além disso a diferença de altura entre eles começou a incomodar Dean que se referia a ele como um "poste", uma piada que tinha dois sentidos, uma em relação ao 1.90m que Rock ostentava e outra em direção a pouca expressividade de Hudson. Dean que era considerado um baixinho ficou bem desconfortável ao ter que contracenar com alguém tão alto como Rock. Para piorar o próprio Rock começou a também ironizar James Dean e seu método de trabalho. Ele chegou a afirmar: "James Dean era do tipo miúdo! Antes de entrar em cena ele dava pulos, corria e fazia todo tipo de exercício que tinham lhe ensinado em Nova Iorque! Eu achava aquilo tudo bem estranho e para falar a verdade tudo me parecia um circo, uma palhaçada".
Pablo Aluísio.
Ele achou tudo um enorme tédio. Enquanto Rock e Liz trabalhavam, Dean ficava em seu acento, fazendo nós em sua corda de vaqueiro. Depois de três dias nisso o jovem ator rebelde chutou o balde e resolveu desaparecer do set. Ao invés de acompanhar a cena de outros atores ele preferiu ficar ao lado dos extras cowboys que faziam parte do elenco de apoio. Nem precisa dizer que isso acabou enfurecendo George Stevens. O veterano cineasta queria que Dean acompanhasse tudo, para assim entrar no clima da história. Dean pensava diferente. Para ele ficar acompanhando as filmagens de outros atores poderia atrapalhar sua performance. Ele queria ser espontâneo e não disciplinado. Além disso não estava disposto a abrir mão da linha de trabalho em que acreditava.
A diferença de visão sobre atuação e o aparente desinteresse de Dean pelo filme acabou criando uma tensão no set. Depois de inúmeras brigas e discussões, onde Dean teria xingado Stevens de "idiota" a relação entre eles azedou de vez. Mal se dirigiam a palavra uma ao outro. No máximo Stevens dava um bom dia a Dean que mal respondia, vociferando algo que ninguém entendia. Para uma amiga de Nova Iorque James Dean confidenciou em uma carta cheia de sinceridade: "Sinceramente todos me odeiam no set. O diretor não suporta ouvir nem meu nome. Rock é um grandalhão sem expressão. Estou na merda! Gostaria muito de voltar para Nova Iorque, para meus amigos, para o teatro... mas não posso! Esses caras da Warner me processariam e eu ficaria duro!". A única pessoa da equipe que parecia se dar bem com James Dean era a estrela Elizabeth Taylor. Liz tinha muita experiência em lidar com jovens atores de formação na costa leste como Dean. Ela já havia se dado muito bem com o problemático Montgomery Clift no passado e sabia que Dean não era muito diferente dele. Em pouco tempo ambos eram grandes amigos. Para Liz, Dean confidenciou: "Você é uma pessoa linda! O meu problema é que também gosto de pessoas más". Quando a situação ficava intolerável o diretor Stevens pedia a Liz que desse alguns conselhos a Dean, que curiosamente parecia seguir as dicas e opiniões da colega.
Já com Rock Hudson as coisas não fluíram bem. Eles se deram mal desde o começo. Na verdade James Dean tinha pouco respeito com galãs ao estilo de Rock, que no fundo era apenas um tipo bonitão que não tinha muita formação dramática. Rock havia sido criado pela fábrica de astros da Universal e nunca tinha pisado em um palco de teatro na vida. Esse histórico fazia com que Dean não o levasse muito à sério. Além disso a diferença de altura entre eles começou a incomodar Dean que se referia a ele como um "poste", uma piada que tinha dois sentidos, uma em relação ao 1.90m que Rock ostentava e outra em direção a pouca expressividade de Hudson. Dean que era considerado um baixinho ficou bem desconfortável ao ter que contracenar com alguém tão alto como Rock. Para piorar o próprio Rock começou a também ironizar James Dean e seu método de trabalho. Ele chegou a afirmar: "James Dean era do tipo miúdo! Antes de entrar em cena ele dava pulos, corria e fazia todo tipo de exercício que tinham lhe ensinado em Nova Iorque! Eu achava aquilo tudo bem estranho e para falar a verdade tudo me parecia um circo, uma palhaçada".
Pablo Aluísio.
James Dean - Hollywood Boulevard - Parte 13
Assim que Dean se tornou um nome quente em Hollywood, ele começou a ter mais e mais problemas com os executivos da Warner Bros. Isso porque o estúdio estava acostumado a exercer grande controle sobre seus astros, determinando tudo em suas vidas, algo que James Dean simplesmente não aceitava. Para ele aquilo era apenas um trabalho e não uma escravidão, ninguém tinha o direito de dizer o que ele faria em sua vida particular. Afinal de contas ele era um rebelde e se recusava a se tornar um marionete nas mãos de Jack Warner ou quem quer que fosse. Depois que "Juventude Transviada" foi finalizado, Dean se mandou rumo a uma corrida amadora em Salinas. Ele comprou um carro novo, ideal para corridas de alta velocidade, e se inscreveu no maior número de competições possíveis.
Embora fosse legal a oportunidade de praticar um esporte, a Warner entendeu que Dean mais cedo ou mais tarde se espatifaria numa corrida dessas. A Warner enviou um agente para acompanhar uma desses Grand Prix e ele informou ao estúdio que Dean dirigia mal, era míope e imprudente nas pistas. Era a mais pura verdade. A simples menção de que Dean participaria de uma prova já deixava os outros pilotos preocupados e apreensivos. O ator não estava interessado em dirigir prudentemente, pois ele geralmente fazia ultrapassagens perigosas, manobras arriscadas e posicionamentos suicidas. Isso levou Dean a ter vários desafetos nessas competições. Certa vez um piloto foi colocado fora da pista pelas maluquices de Dean. Quando a corrida acabou ele foi tomar satisfações e ambos saíram no soco, ali, bem na frente do público. Dean tirou seu capacete e foi pra cima do outro sujeito. A pancadaria que se seguiu foi generalizada e Dean acabou sendo banido daquela corrida para sempre.
Outro problema detectado pela Warner foi na própria vida pessoal do ator. Ele gostava de variar, se encontrado com homens, depois com mulheres e depois voltando a sair com homens novamente. A um amigo pessoal Dean confessou: "Ser bi aumenta em duas vezes a chance de você conhecer alguém interessante. Não estou preocupado em valores ultrapassados". Para piorar James Dean encontrou uma turma que gostava de misturar sexo com dor. Eram masoquistas. James Dean, no fundo um garoto caipira de Indiana, achou que aquilo era o máximo da libertinagem. Obviamente se sentiu atraído pelas essas práticas exóticas no mesmo momento. Não tardou e ele começou a se entrosar com aquela estranha turma, se tornando popularmente conhecido entre eles como "James Dean, o cinzeiro humano" pois curtia que cigarros acessos fossem apagados em seu peito durante o ato sexual. Os executivos ficaram bem preocupados com a vida libertina de seu jovem (e valioso) contratado. Algumas medidas foram tomadas para esconder isso da imprensa. Dizem que até jornalistas foram comprados para não escreverem sobre isso em suas publicações sensacionalistas. Dean porém deu de ombros e continuou com suas práticas sexuais bizarras. Segundo algumas biografias ele teria inclusive participado de uma orgia sadomasoquista na noite anterior ao dia de sua morte, naquele acidente terrível.
Para acalmar um pouco os ânimos Dean resolveu sair com algumas atrizes, para diminuir um pouco as fofocas de que era gay! A escolhida foi Ursula Andress, a bonita loira nascida na Suíça, que vinha fazendo grande sucesso em Hollywood. Os dois saíram muitas vezes juntos e foram vistos em várias festas da indústria, mas Dean nunca chegou a se acertar completamente com ela. Anos depois Ursula contaria sobre o suposto romance: "Era estranho. Dean me ligava e dizia que iria sair comigo. Não perguntava se eu queria sair com ele! Eu estava interessada nele, é claro, mas desde o começo ele me pareceu meio estranho. Tinha hábitos fora do comum, como não ter educação e se comportar de forma selvagem em ambientes chiques. Uma vez tirou a camisa numa festa onde o traje era a rigor. Noutra mandou os convidados se calarem pois queria ouvir os ruídos da noite! Nunca nos assumimos como namorados e ele não parecia se importar com o que eu sentia. Ele tinha um senso de humor meio doentio e a gente se provocava. Uma vez me confessou que gostaria de levar para cama qualquer pessoa que achasse atraente, mesmo que não fosse uma mulher! Um dia ele simplesmente sumiu e não deu mais notícias e assim nosso suposto romance chegou ao fim. Foi o relacionamento mais esquisito que tive em minha vida".
A verdade é que James Dean não estava interessado em assumir romances com atrizes de Hollywood. Na verdade ele não tinha muito respeito por elas. Criado no meio teatral em Nova Iorque, onde atrizes talentosas ganhavam a vida nos palcos da cidade, ele considerava as atrizes de Los Angeles meros enfeites de beleza. Dean também desprezava as garotas que iam para a cama com os produtores para ganhar personagens em filmes importantes. Uma vez disparou para uma das atrizes coadjuvantes de um de seus filmes: "Quantos pirulitos você teve que chupar para estar aqui nessa cena?" Ele costumava dizer que as únicas atrizes que realmente respeitava era as de Nova Iorque, da costa leste. Essas eram realmente lutadoras. As starlets de estúdios de Hollywood eram, em sua opinião, na maioria das vezes apenas "putas bonitas sem caráter". Curiosamente Dean assinaria em breve sua participação em mais um grande filme Hollywoodiano chamado "Assim Caminha a Humanidade" onde teria que contracenar com um dos maiores símbolos de estrelismo da indústria do cinema, Elizabeth Taylor. Será que ele se daria bem com uma estrela daquela envergadura, uma atriz que nunca havia pisado em um palco de teatro na vida? Que conquistara seus papéis no cinema apenas por sua beleza extrema? Só o tempo poderia trazer as respostas...
Pablo Aluísio.
Embora fosse legal a oportunidade de praticar um esporte, a Warner entendeu que Dean mais cedo ou mais tarde se espatifaria numa corrida dessas. A Warner enviou um agente para acompanhar uma desses Grand Prix e ele informou ao estúdio que Dean dirigia mal, era míope e imprudente nas pistas. Era a mais pura verdade. A simples menção de que Dean participaria de uma prova já deixava os outros pilotos preocupados e apreensivos. O ator não estava interessado em dirigir prudentemente, pois ele geralmente fazia ultrapassagens perigosas, manobras arriscadas e posicionamentos suicidas. Isso levou Dean a ter vários desafetos nessas competições. Certa vez um piloto foi colocado fora da pista pelas maluquices de Dean. Quando a corrida acabou ele foi tomar satisfações e ambos saíram no soco, ali, bem na frente do público. Dean tirou seu capacete e foi pra cima do outro sujeito. A pancadaria que se seguiu foi generalizada e Dean acabou sendo banido daquela corrida para sempre.
Outro problema detectado pela Warner foi na própria vida pessoal do ator. Ele gostava de variar, se encontrado com homens, depois com mulheres e depois voltando a sair com homens novamente. A um amigo pessoal Dean confessou: "Ser bi aumenta em duas vezes a chance de você conhecer alguém interessante. Não estou preocupado em valores ultrapassados". Para piorar James Dean encontrou uma turma que gostava de misturar sexo com dor. Eram masoquistas. James Dean, no fundo um garoto caipira de Indiana, achou que aquilo era o máximo da libertinagem. Obviamente se sentiu atraído pelas essas práticas exóticas no mesmo momento. Não tardou e ele começou a se entrosar com aquela estranha turma, se tornando popularmente conhecido entre eles como "James Dean, o cinzeiro humano" pois curtia que cigarros acessos fossem apagados em seu peito durante o ato sexual. Os executivos ficaram bem preocupados com a vida libertina de seu jovem (e valioso) contratado. Algumas medidas foram tomadas para esconder isso da imprensa. Dizem que até jornalistas foram comprados para não escreverem sobre isso em suas publicações sensacionalistas. Dean porém deu de ombros e continuou com suas práticas sexuais bizarras. Segundo algumas biografias ele teria inclusive participado de uma orgia sadomasoquista na noite anterior ao dia de sua morte, naquele acidente terrível.
Para acalmar um pouco os ânimos Dean resolveu sair com algumas atrizes, para diminuir um pouco as fofocas de que era gay! A escolhida foi Ursula Andress, a bonita loira nascida na Suíça, que vinha fazendo grande sucesso em Hollywood. Os dois saíram muitas vezes juntos e foram vistos em várias festas da indústria, mas Dean nunca chegou a se acertar completamente com ela. Anos depois Ursula contaria sobre o suposto romance: "Era estranho. Dean me ligava e dizia que iria sair comigo. Não perguntava se eu queria sair com ele! Eu estava interessada nele, é claro, mas desde o começo ele me pareceu meio estranho. Tinha hábitos fora do comum, como não ter educação e se comportar de forma selvagem em ambientes chiques. Uma vez tirou a camisa numa festa onde o traje era a rigor. Noutra mandou os convidados se calarem pois queria ouvir os ruídos da noite! Nunca nos assumimos como namorados e ele não parecia se importar com o que eu sentia. Ele tinha um senso de humor meio doentio e a gente se provocava. Uma vez me confessou que gostaria de levar para cama qualquer pessoa que achasse atraente, mesmo que não fosse uma mulher! Um dia ele simplesmente sumiu e não deu mais notícias e assim nosso suposto romance chegou ao fim. Foi o relacionamento mais esquisito que tive em minha vida".
A verdade é que James Dean não estava interessado em assumir romances com atrizes de Hollywood. Na verdade ele não tinha muito respeito por elas. Criado no meio teatral em Nova Iorque, onde atrizes talentosas ganhavam a vida nos palcos da cidade, ele considerava as atrizes de Los Angeles meros enfeites de beleza. Dean também desprezava as garotas que iam para a cama com os produtores para ganhar personagens em filmes importantes. Uma vez disparou para uma das atrizes coadjuvantes de um de seus filmes: "Quantos pirulitos você teve que chupar para estar aqui nessa cena?" Ele costumava dizer que as únicas atrizes que realmente respeitava era as de Nova Iorque, da costa leste. Essas eram realmente lutadoras. As starlets de estúdios de Hollywood eram, em sua opinião, na maioria das vezes apenas "putas bonitas sem caráter". Curiosamente Dean assinaria em breve sua participação em mais um grande filme Hollywoodiano chamado "Assim Caminha a Humanidade" onde teria que contracenar com um dos maiores símbolos de estrelismo da indústria do cinema, Elizabeth Taylor. Será que ele se daria bem com uma estrela daquela envergadura, uma atriz que nunca havia pisado em um palco de teatro na vida? Que conquistara seus papéis no cinema apenas por sua beleza extrema? Só o tempo poderia trazer as respostas...
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de julho de 2019
James Dean - Hollywood Boulevard - Parte 12
Após o fim das filmagens de "Juventude Transviada" James Dean pegou o primeiro avião para Nova Iorque. Dean queria ir embora de Los Angeles o mais rapidamente possível. Ele só tinha queixas a falar para seus amigos e colegas atores da big apple. Para Dean se fazia pouca arte em Hollywood e muito comércio. Ele odiava ter que lidar com agentes, produtores e executivos que na sua opinião "não passavam de um bando de idiotas!". Para James Dean a verdadeira realização para um grande ator viria nos palcos, no teatro, e não no cinema que ele considerava uma forma de arte menor. E nada melhor para um profissional como ele do que estar na capital mundial do teatro, que era justamente Nova Iorque. Não havia cidade no mundo que ele não amasse mais. Em New York ele tinha toda a cultura do mundo aos seus pés. Se quisesse ler livros raros bastaria dar uma passadinha na maior biblioteca dos Estados Unidos, logo ali a 20 minutos de caminhada de seu apartamento. Se desejasse assistir a uma peça bastava virar a esquina. A Broadway fervilhava de peças maravilhosas e todos os grandes atores, diretores, autores e escritores circulavam pela cidade.
Assim James Dean passava o dia passeando pela metrópole, absorvendo todo aquele clima maravilhoso de arte e cultura em cada canto da cidade. Nas tardes gostava de passar pelo Actors Studio onde reencontrava seus professores a fazia novas amizades com os alunos novos da mais conceituada escola de arte dramática dos Estados Unidos. Havia também encontros inesperados e surpresas muitas vezes constrangedoras. Enquanto almoçava em um pequeno restaurante da quinta avenida Dean esbarrou acidentalmente com Rogers Brackett, o homem com quem vivera no começa de sua carreira. Naquela época Dean não tinha onde morar e nem onde viver. Estava desempregado e sem um tostão, sem maiores alternativas resolveu ir morar no chic apartamento de Brackett. Curiosamente agora as posições sociais estavam invertidas. Enquanto Dean crescia na carreira, Brackett passava por dificuldades financeiras após ser demitido do emprego de publicitário onde havia trabalhado por anos e anos.
A conversa entre ambos foi tensa. Dean obviamente não queria que ninguém soubesse que ele havia morado com um homem em seu passado - isso certamente destruiria sua carreira em Hollywood caso a imprensa soubesse. Já Rogers não temia esse encontro, até porque seu longo relacionamento com Dean era de conhecimento notório entre seus amigos homossexuais. O bate papo começou com amenidades, com Dean afirmando que estava se "prostituindo" em Hollywood por causa dos excelentes cachês que a Warner lhe pagava. Em determinado momento Rogers abriu o jogo com Dean e lhe contou que estava com sérios problemas financeiros, correndo o risco de ser despejado de seu apartamento na cidade. Dean não se comoveu, então Rogers resolveu lhe pedir dinheiro emprestado diretamente, já que ele estava em ascensão em Hollywood e grana certamente não lhe faltava. O pedido de ajuda de seu ex-namorado surpreendeu James Dean. De forma áspera acabou respondendo que não iria lhe emprestar dinheiro, por um motivo muito simples: "As putas não devem pagar e sim os clientes!". O comentário rude por parte de Dean foi imediatamente entendido por Rogers, afinal em muitas ocasiões enquanto dividiam o mesmo teto no passado, Dean havia lhe dito que não passava de ser sua puta particular. Depois da baixaria Dean resolveu então ir embora.
Esse modo de agir não seria encarado como uma novidade entre pessoas que conviviam e eram do círculo de amigos de Dean em Nova Iorque. Ele agia muitas vezes de forma rude, sem meias palavras. Quando voltou a Nova Iorque ele prontamente foi bombardeado por telefonemas de amigos que havia feito em seus tempos de Actors Studio. Vários deles estavam desempregados, trabalhando como garçons ou mensageiros de hotel para sobreviver. Muitos procuravam por uma forcinha por parte de Dean para arranjar trabalho na costa oeste. Quem sabe ele não poderia lhes arranjar algumas pontas ou personagens em filmes da Warner Bros... O ator porém deixou bem claro que não iria arranjar papéis para ninguém e nem arranjaria pontas ou algo parecido em filmes de Hollywood. "Não vou arranjar trabalho para ninguém!" - desabafou quando encontrou Dizzy, uma de suas melhores amigas em Nova Iorque.
Dizzy era uma garota na faixa de seus 23 anos que tinha criado um vínculo muito forte com Dean. Ela tinha estudado para ser atriz, mas depois se encantou com as artes plásticas e vivia em Nova Iorque vendendo seus quadros para galerias de arte especializadas em jovens artistas. Nos fins de semana ganhava uns trocados se apresentando em companhias de dança da cidade. Para Dizzy as artes eram essenciais como a própria respiração e por isso ela procurou estudar todas elas. James Dean a adorou desde a primeira vez que conversaram. De fato foi a grande amiga de Dean em Nova Iorque até sua morte. A aproximação logo se tornou irresistível para Dizzy, mas Dean a confrontou dizendo: "Querida, eu adoro estar ao seu lado, mas isso não quer dizer que queira ser seu namorado. Espero que entenda isso. Eu iria magoar você, tenha certeza disso. Eu gosto de meninas, mas também de meninos. Não quero que você sofra por isso". Dizzy foi uma das poucas pessoas que Dean falou abertamente sobre sua bissexualidade. Ele gostava tanto dela como amiga que resolveu deixar tudo claro para evitar maiores mal-entendidos. Foram amigos até o fim da vida de Dean.
Pablo Aluísio.
Assim James Dean passava o dia passeando pela metrópole, absorvendo todo aquele clima maravilhoso de arte e cultura em cada canto da cidade. Nas tardes gostava de passar pelo Actors Studio onde reencontrava seus professores a fazia novas amizades com os alunos novos da mais conceituada escola de arte dramática dos Estados Unidos. Havia também encontros inesperados e surpresas muitas vezes constrangedoras. Enquanto almoçava em um pequeno restaurante da quinta avenida Dean esbarrou acidentalmente com Rogers Brackett, o homem com quem vivera no começa de sua carreira. Naquela época Dean não tinha onde morar e nem onde viver. Estava desempregado e sem um tostão, sem maiores alternativas resolveu ir morar no chic apartamento de Brackett. Curiosamente agora as posições sociais estavam invertidas. Enquanto Dean crescia na carreira, Brackett passava por dificuldades financeiras após ser demitido do emprego de publicitário onde havia trabalhado por anos e anos.
A conversa entre ambos foi tensa. Dean obviamente não queria que ninguém soubesse que ele havia morado com um homem em seu passado - isso certamente destruiria sua carreira em Hollywood caso a imprensa soubesse. Já Rogers não temia esse encontro, até porque seu longo relacionamento com Dean era de conhecimento notório entre seus amigos homossexuais. O bate papo começou com amenidades, com Dean afirmando que estava se "prostituindo" em Hollywood por causa dos excelentes cachês que a Warner lhe pagava. Em determinado momento Rogers abriu o jogo com Dean e lhe contou que estava com sérios problemas financeiros, correndo o risco de ser despejado de seu apartamento na cidade. Dean não se comoveu, então Rogers resolveu lhe pedir dinheiro emprestado diretamente, já que ele estava em ascensão em Hollywood e grana certamente não lhe faltava. O pedido de ajuda de seu ex-namorado surpreendeu James Dean. De forma áspera acabou respondendo que não iria lhe emprestar dinheiro, por um motivo muito simples: "As putas não devem pagar e sim os clientes!". O comentário rude por parte de Dean foi imediatamente entendido por Rogers, afinal em muitas ocasiões enquanto dividiam o mesmo teto no passado, Dean havia lhe dito que não passava de ser sua puta particular. Depois da baixaria Dean resolveu então ir embora.
Esse modo de agir não seria encarado como uma novidade entre pessoas que conviviam e eram do círculo de amigos de Dean em Nova Iorque. Ele agia muitas vezes de forma rude, sem meias palavras. Quando voltou a Nova Iorque ele prontamente foi bombardeado por telefonemas de amigos que havia feito em seus tempos de Actors Studio. Vários deles estavam desempregados, trabalhando como garçons ou mensageiros de hotel para sobreviver. Muitos procuravam por uma forcinha por parte de Dean para arranjar trabalho na costa oeste. Quem sabe ele não poderia lhes arranjar algumas pontas ou personagens em filmes da Warner Bros... O ator porém deixou bem claro que não iria arranjar papéis para ninguém e nem arranjaria pontas ou algo parecido em filmes de Hollywood. "Não vou arranjar trabalho para ninguém!" - desabafou quando encontrou Dizzy, uma de suas melhores amigas em Nova Iorque.
Dizzy era uma garota na faixa de seus 23 anos que tinha criado um vínculo muito forte com Dean. Ela tinha estudado para ser atriz, mas depois se encantou com as artes plásticas e vivia em Nova Iorque vendendo seus quadros para galerias de arte especializadas em jovens artistas. Nos fins de semana ganhava uns trocados se apresentando em companhias de dança da cidade. Para Dizzy as artes eram essenciais como a própria respiração e por isso ela procurou estudar todas elas. James Dean a adorou desde a primeira vez que conversaram. De fato foi a grande amiga de Dean em Nova Iorque até sua morte. A aproximação logo se tornou irresistível para Dizzy, mas Dean a confrontou dizendo: "Querida, eu adoro estar ao seu lado, mas isso não quer dizer que queira ser seu namorado. Espero que entenda isso. Eu iria magoar você, tenha certeza disso. Eu gosto de meninas, mas também de meninos. Não quero que você sofra por isso". Dizzy foi uma das poucas pessoas que Dean falou abertamente sobre sua bissexualidade. Ele gostava tanto dela como amiga que resolveu deixar tudo claro para evitar maiores mal-entendidos. Foram amigos até o fim da vida de Dean.
Pablo Aluísio.
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