sábado, 15 de dezembro de 2018

O Covil da Desordem

Título no Brasil: O Covil da Desordem
Título Original: Showdown at Abilene
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Charles F. Haas
Roteiro: Berne Giler, Clarence Upson Young
Elenco: Jock Mahoney, Martha Hyer, Lyle Bettger

Sinopse:
Depois de passar vários anos nas fileiras do exército confederado durante a guerra civil americana, Jim Trask (Jock Mahoney) finalmente retorna para seu lar em Abilene. As coisas por lá porém estão bem mudadas. A mulher com quem iria se casar antes da guerra está noiva de seu amigo, Dave Mosely (Lyle Bettger). Há uma guerra não declarada entre criadores de gado e fazendeiros e a região está infestada de foras da lei. Trask havia sido xerife antes da guerra, mas agora rejeita a ideia de voltar a usar a estrela de prata após tantas mortes presenciadas durante o conflito.

Comentários:
Considerei um faroeste elegante que em seu roteiro lida com a complicada volta para casa daqueles que lutaram por longos anos na Guerra Civil. Logo no caminho de volta Jim Trask (Mahoney) reencontra um velho amigo de infância, só que enquanto ele ostenta uma farda cinza confederada o outro está devidamente vestido de ianque, com o azul típico da União. Essa cena é muito bem representativa pois mostra o que de fato foi a guerra civil americana, onde no fundo irmão lutava contra irmão. Depois quando Trask finalmente chega em Abilene ele entende o preço a ser pago por sua ausência. A paixão de sua vida está comprometida com outro homem e para piorar o noivo é um amigo de infância, que inclusive perdeu sua mão por causa do próprio Trask. Impedido de lutar pela garota por causa da fidelidade de sua amizade, ele precisa se resignar nessa situação toda. Some-se a isso a complicada carga emocional que carrega após tantos anos de combate, pois acaba desenvolvendo certos traumas de guerra. O ator Jock Mahoney tinha ótima presença de cena, alto e elegante, ele acaba trazendo muita dignidade para seu papel. Em certos momentos chegou até mesmo a me lembrar de Gary Cooper. Então deixamos a recomendação desse filme que chegou a ser exibido em nossa TV aberta durante a década de 1980. Bons tempos aqueles para fãs de western em nosso país.

Pablo Aluísio.

Deus Criou o Homem e o Homem Criou o Colt

Título no Brasil: Deus Criou o Homem e o Homem Criou o Colt
Título Original: Quella Sporca Storia Nel West
Ano de Produção: 1968
País: Itália
Estúdio: Daiano Film, Leone Film
Direção: Enzo G. Castellari
Roteiro: Sergio Corbucci, Tito Carpi, Francesco Scardamaglia
Elenco: Andrea Giordana, Gilbert Roland, Horst Frank

Sinopse:
No caminho de volta da Guerra Civil, Johnny Hamilton (Andrea Giordana) é visitado em seus sonhos pelo fantasma de seu pai, que permite que ele saiba que ele foi assassinado e que lhe pede para vingá-lo. De volta ao rancho da família, Johnny descobre que não apenas o seu pai foi morto, mas que Gertrude, sua mãe, se casou com o irmão de seu falecido marido Claude. Ele é agora o proprietário da fazenda e de todos os bens do falecido. Poderia ter sido ele o verdadeiro assassino de seu pai?

Comentários:
Com o sucesso comercial dos faroestes italianos o famoso diretor Sérgio Leone também resolveu atacar de produtor. Ele se tornou acionista de uma empresa cinematográfica, a Leone Film, e começou a produzir e depois exportar essas fitas para o exterior, em especial Estados Unidos e América Latina. O retorno financeiro foi excelente, haja vista que o cineasta sabia bem o que o povão queria consumir. Os roteiros muitas vezes eram simples pretextos para bem coreografadas cenas de violência, sendo que essa muitas vezes surgia na tela não com a proposta de ser realista, mas sim estilizada, exacerbada e visualmente atraente. Isso acabou dando origem a um gênero que até hoje serve de referência e fonte de influências. O primeiro filme produzido pela empresa de Leone foi "O Herdeiro de Satanás", seguido de mais aproximadamente 30 títulos, todos bem lucrativos. Outro nome importante desse momento do cinema italiano que fez parte da realização desse filme foi o de Sergio Corbucci, que criou a estória original e assinou o roteiro (que acredite, foi inspirado no clássico "Hamlet" escrito por William Shakespeare!). No Brasil, dando sequência a tradição de títulos nacionais enormes e divertidos, a fita recebeu o nome de "Deus Criou o Homem e o Homem Criou o Colt", o que causou problemas para os donos de cinemas pois era tão grande que mal conseguia caber nas marquises de seus estabelecimentos. De qualquer forma a fita fez bastante sucesso por aqui, a ponto de ficar vários meses em exibição nos chamados cinemas de bairro, que hoje em dia já não existem mais, infelizmente. Com preços promocionais, esses filmes faziam a alegria de grande parte de nossa população de baixa renda.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A Cobiça do Ouro

Título no Brasil: A Cobiça do Ouro
Título Original: Gunmen of Abilene
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Fred C. Brannon
Roteiro: M. Coates Webster
Elenco: Allan Lane, Black Jack, Eddy Waller, Roy Barcroft 

Sinopse:
A cidade de Abilene está aterrorizada com uma onda de pistoleiros e bandoleiros que usam a região como esconderijo de seus crimes nefastos. O chefe da quadrilha é um farmacêutico local, Henry Turner (Peter Brocco), que descobriu haver muito ouro nas montanhas que circulam a cidade. Sua intenção é expulsar os moradores para colocar as mãos naquela grande riqueza mineral. Para isso porém terá que passar por cima de Rocky Lane (Allan Lane), um cowboy disposto a defender os pobres e oprimidos moradores de Abilene.

Comentários:
A Republic Pictures se notabilizou por produzir dezenas de faroestes B em ritmo industrial durante os anos 1940 e 1950. Essas fitas eram realizadas com orçamentos baratos e sem grandes estrelas no elenco, até porque eram exibidas em matinês onde o preço do ingresso também tinha a metade do valor da entrada normal. Esse western de matinê foi estrelado por Allan "Rocky" Lane, que se tornou bem famoso em sua época, principalmente para a garotada que lotava as sessões de fim de semana. Carismático, ele acabou protagonizando muitos filmes rápidos da Republic, além de seriados infanto-juvenis, que também representavam uma grande força nas bilheterias. Seus personagens íntegros e completamente honestos eram adorados pelos jovens que sonhavam também com essas grandes aventuras no velho oeste. Seu cavalo "Blackjack" ganhou também muito destaque, chegando ao ponto de ser estrela de seu próprio álbum de figurinhas. Inteligente e muito bem treinado, geralmente roubava as atenções no filmes com Allan Lane. Curiosamente o que foi produzido como divertimento barato e simples para o fim de semana acabou ganhando status de grande arte. Hoje em dia o faroeste B da época é preservado em instituições públicas americanas como o Museu de História do Kansas, onde várias dessas produções estão ao alcance do estudioso e fã de cinema. Como se pode notar, nos Estados Unidos a memória do cinema é caprichosamente bem preservada, bem ao contrário do que acontece em nosso país, infelizmente.

Pablo Aluísio.

Emboscada em Cimarron Pass

Título no Brasil: Emboscada em Cimarron Pass
Título Original: Ambush at Cimarron
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Regal Films
Direção: Jodie Copelan
Roteiro: Robert A. Reeds, Robert W. Woods
Elenco: Scott Brady, Margia Dean, Clint Eastwood, Irving Bacon, Frank Gerstle, Ray Boyle

Sinopse:
Dirigido por Jodie Copelan, com Scott Brady e Margia Dean no elenco, o roteiro baseado em um livro escrito por Robert A. Reeds, contava uma história que se passava em 1867 no velho oeste americano. Clint interpretava um sujeito chamado Keith Williams. Ele era um homem que tentava sobreviver em um território distante, uma reserva Apache em guerra, onde soldados do exército americano, da União, literalmente caçavam ex-soldados confederados que tinham se tornado bandoleiros e assassinos.

Comentários:
Clint Eastwood não planejou sua carreira de ator como astro de filmes de western. As coisas simplesmente foram acontecendo. Em 1958 ele conseguiu um papel em um faroeste B chamado "Emboscada em Cimarron Pass" (Ambush at Cimarron Pass). Essa é uma produção bem difícil de se achar nos dias de hoje. É um filme pouco conhecido, obscuro, que poucos colecionadores possuem. Quase ninguém assistiu. Vale sobretudo por trazer Clint Eastwood ainda bem jovem, já no papel de cowboy, o tipo que iria consagrar sua carreira. Fora isso nada de muito relevante em termos cinematográficos. Anos depois Clint Eastwood não iria ser refinado ao se lembrar desse filme, dizendo que ele era "provavelmente o pior western que já existiu!". Sua opinião não incomodaria os produtores. Depois que Clint se tornou um astro de Hollywood, o estúdio resolveu relançar o filme nos cinemas, já durante a década de 60. Era impossível perder a chance de faturar alto com seu nome, afinal de contas era um faroeste com Clint Eastwood, que mesmo sendo ruim ainda poderia gerar um bom faturamento nas bilheterias.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

A Desforra do Estranho

Bom western. Em um pequeno vilarejo chamado Arbonville, chega um estranho, um cowboy. Interpretado pelo ator Jock Mahoney, ele não diz a que veio, apenas anda pelas ruas da cidade que parece deserta. Somente a adolescente Jody (Luana Patten) aparece para trocar poucas e tímidas palavras com ele. Segundo a garota a cidade está sem ninguém porque todos estão trabalhando em um poço de petróleo localizado em um pequeno rancho próximo. O estranho cavaleiro resolve ir até lá para dar uma olhada. A propriedade pertencia a um velho índio, que desapareceu sem deixar vestígios. Com isso as pontas soltas começam a fazer sentido. O petróleo, os gananciosos membros da comunidade por lá, tudo vai se encaixando. Provavelmente os moradores assassinaram o velho nativo para colocar as mãos na fazenda, sonhando fazer fortuna com o ouro negro que jorra de suas terras.

Jock Mahoney era um sujeito alto, esbelto, com boa presença de cena. Ele nunca chegou ao primeiro time de astros de western em sua época, mas era um bom ator, muito eficiente para esse tipo de produção. Luana Patten era linda. Uma adolescente com rosto de anjo que fez muito sucesso entre o público teen. Descoberta ainda na infância pelos estúdios Disney, ela aqui tinha um de seus primeiros papéis na fase em que tinha se transformado numa verdadeira "teen angel". O roteiro do filme é muito bom, centrado mais no aspecto psicológico do que meramente na ação, na troca de tiros. O desfecho da trama também me deixou muito satisfeito. Um faroeste que era para ser mais um filme B da Universal Pictures, mas que acabou se tornando mesmo um western classe A da do estúdio.

A Desforra do Estranho (Joe Dakota, Estados Unidos, 1957) Direção: Richard Bartlett / Roteiro: Norman Jolley, William Talman / Elenco: Jock Mahoney, Luana Patten, Charles McGraw / Sinopse: Cowboy errante chega em um pequeno vilarejo do Arizona e lá descobre que um velho nativo simplesmente desapareceu, pois seu pequeno rancho se tornou alvo de cobiça dos moradores locais após a descoberta de petróleo em suas terras.

Pablo Aluísio.

Atire Para Viver e Reze Pelos Mortos

Título no Brasil: Atire Para Viver e Reze Pelos Mortos
Título Original: Prega il morto e ammazza il vivo
Ano de Produção: 1971
País: Itália
Estúdio: Castor Film
Direção: Giuseppe Vari
Roteiro: Adriano Bolzoni
Elenco: Klaus Kinski, Victoria Zinny, Paolo Casella, Dino Strano, Antonio La Raina, Fortunato Arena

Sinopse:
Após mais um grande roubo, um grupo de criminosos violentos, uma quadrilha formada por bandoleiros e pistoleiros, foge no meio do deserto, sendo seguidos por homens da lei e caçadores de recompensas. Eles precisam sobreviver no meio daquele lugar infernal para continuar sua vida de crimes em pequenas cidades do velho Oeste. 

Comentários:
Klaus Kinski tinha um rosto muito marcante, com cara de psicótico, ideal para filmes italianos de faroeste que por sí só já eram bem caricatos. Não é de se estranhar então que esse ator alemão tenha feitos tantos filmes de western spaghetti ao longo dos anos 70. Era uma escolha meio óbvia para os produtores italianos. Aqui ele interpreta um pistoleiro chamado Dan Hogan. Ao lado dos homens de sua quadrilha rouba 100 mil dólares em barras de ouro. Uma fortuna. Só que os Rangers vão atrás em perseguição a eles. No meio do caminho eles precisam atravessar um deserto realmente infernal. O objetivo é chegar do outro lado da fronteira, no México. Para isso acabam contratando um guia que conhece bem a região, só que esse homem que apenas diz se chamar John é um sujeito estranho, que pode ser tanto a salvação de Dan e seu bando, como também sua ruína, pois ele pode ser um traidor, os levando direto para uma corda de enforcamento, onde serão enforcados de forma impiedosa. Especialmente indicado para os fãs do trabalho de Klaus Kinski em seus bons anos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Os Dois Indomáveis

Faroeste dos anos 1970 que uniu duas gerações de atores. A geração jovem era representada pelo ator Ryan O'Neal, naquela época considerado um dos jovens mais promissores de Hollywood. E representando os veteranos tínhamos dois grandes nomes do cinema americano: William Holden e Karl Malden. O universo era a dos cowboys, os trabalhadores rurais que cuidavam do gado nas grandes fazendas do velho oeste. Quando o filme começa há uma certa tensão entre os criadores de gado e os de ovelhas. Dizia-se que as ovelhas destruíam o pasto, trazendo prejuízo para os que criavam gado. Uma dessas fazendas é de propriedade de Walter Buckman (Karl Malden). Homem austero, mas justo. Muitos cowboys trabalhavam em suas terras, entre eles Ross Bodine (William Holden) e Frank Post (Ryan O'Neal). O primeiro é um veterano, há décadas trabalhando como cowboy. O segundo é um jovem, novato no trabalho. A luta diária é pesada e o salário nada bom.

Assim a dupla decide fazer algo impensado e imprudente. Eles decidem assaltar o banco da cidade. Fazem a família do gerente de refém e limpam o cofre do banco. Claro que isso desencadeia uma série de eventos contra eles. Uma equipe de perseguição é formada e parte rumo ao deserto em busca dos assaltantes. O filme tem um ritmo próprio, nada apressado. As coisas acontecem ao seu tempo. O roteiro também se preocupa muito mais em explorar a amizade entre o velho e o jovem cowboy do que qualquer outra coisa. Há cenas de ação, mas isso nem é o mais importante. Além disso há ótimas sequências, inclusive a final, aos pés do Monument Valley, cenário de tantos clássicos do western norte-americano. Então é isso, um bom filme, bem desenvolvido que termina de maneira mais trágica do que poderia se esperar.

Os Dois Indomáveis (Wild Rovers, Estados Unidos, 1971) Direção: Blake Edwards / Roteiro: Blake Edwards / Elenco: William Holden, Ryan O'Neal, Karl Malden, Tom Skerritt / Sinopse: Ross Bodine (William Holden) e Frank Post (Ryan O'Neal) são dois cowboys que trabalham na fazenda de Walter Buckman (Karl Malden). Uma noite eles decidem fazer uma loucura, roubar o banco da cidadezinha próxima. O assalto acaba dando começo a uma perseguição sem trégua pelas areias do deserto do Arizona.

Pablo Aluísio.

O Homem da Floresta

Título no Brasil: O Homem da Floresta
Título Original: Man of the Forest
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Jack Cunningham, Zane Grey
Elenco: Randolph Scott, Verna Hillie, Harry Carey, Noah Beery, Barton MacLane, Buster Crabbe

Sinopse e comentários:
"O Homem da Floresta" (Man of the Forest, Estados Unidos, 1933) trazia um Randolph Scott ainda bem jovem, magro, com bigodinho ao estilo Errol Flynn (na época um dos maiores astros de Hollywood). Era um western dirigido pelo grande Henry Hathaway, ainda também em começo de carreira. O roteiro era baseado em um livro escrito por Zane Grey. Esse escritor era tão popular na época que seu nome ganhava grande destaque nos materiais promocionais dos filmes feitos a partir de seus romances e novelas.

Randolph Scott era o xerife na história, que de forma ousada lidava com temas complicados, envolvendo o sequestro de uma jovem garota e um vilão astuto, mestre em jogar a culpa de seus crimes nos outros. O filme tem uma sequência de perseguição em um desfiladeiro nos arredores de Los Angeles que acabou ferindo um dos dublês que caiu com seu cavalo de uma altura considerável. O próprio Scott escapou também de descer ladeira abaixo nessa cena. Anos depois ele ainda se recordaria desse dia de filmagens que quase lhe custou a vida.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Sartana no Vale dos Gaviões

Título no Brasil: Sartana no Vale dos Gaviões
Título Original: Sartana nella valle degli avvoltoi
Ano de Produção: 1970
País: Itália
Estúdio: Elios Studios
Direção: Roberto Mauri
Roteiro: Roberto Mauri
Elenco: William Berger, Wayde Preston, Aldo Berti

Sinopse e comentários:
Mais um filme que tentou faturar em cima do nome "Sartana". No faroeste italiano isso era até bem comum. Nomes de personagens como Django, Sabata, Sartana, etc era usados sem qualquer critério dentro do roteiro, pensando apenas em chamar o público para as salas de cinemas. Dezenas de filmes traziam o nome Django, por exemplo, sem nem ao menos ter o pistoleiro no enredo.

Coisas de um tempo mais simplório em termos de cinema. Ninguém estava preocupado em concorrer ao Oscar ou fazer algo mais artístivo. O apelo aqui era para fazer bilheteria em cinemas do tipo poeira ao redor do mundo. Na década de 1970 havia muitos cinemas de bairro que exibiam justamente esse tipo de faroeste. Obviamente os produtores estavam visando faturar justamente nesse tipo de cinema pequeno, de cidadezinhas, com ingressos a preços promocionais.

Pois é, nesse filme aqui o protagonista se chama Lee Calloway, interpretado pelo veterano ator William Berger. Ele faz parte de uma família de criminosos. Quando três de seus irmãos são presos ele resolve ajudá-los a fugirem da cadeia, só que para isso ele cobra um preço. Eles terão que dividir com ele um carregamento de ouro roubado anos atrás. Irmãos são irmãos, mas negócios de bandidos devem ser feitos nessa base. William Berger era um astro espaguetti bacana, que mantém o interesse no filme até o final. Esse austríaco só não convencia muito bem como bandoleiro americano no velho oeste, mas isso no final das contas nem pesa muito. O filme vale pela diversão e nada mais.

Pablo Aluísio.

Gunsmoke

Título no Brasil: Gunsmoke
Título Original: Gunsmoke
Ano de Produção: 1955 - 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Television
Direção: Andrew V. McLaglen, Harry Harris, Ted Post
Roteiro: Jim Byrnes, Dudley Bromley
Elenco: James Arness, Milburn Stone, Amanda Blake
  
Sinopse:
"Gunsmoke" narra a história do xerife Matt Dillon (James Arness) que junto ao seu filho chega em Dodge City, infame cidade do velho oeste conhecida por ser um lugar sem lei e nem ordem, infestada de bandidos, bandoleiros e foras-da-lei procurados pela justiça. Juntos tentarão trazer de volta o respeito à lei naquela desolada e distante região, esquecida por tudo e todos. Famosa série de TV que originou 635 episódios ao longo de vinte anos de exibição no canal norte-americano CBS. Série vencedora dos prêmios Globo de Ouro, Emmy, TV Land Awards e Western Heritage Awards.

Comentários:
Uma das séries mais populares da história da TV americana. "Gunsmoke" atravessou três décadas e no total teve incríveis 20 temporadas, todas com excelentes índices de audiência. Era uma época muito rica entre as emissoras de televisão nos Estados Unidos. Todas elas mantinham de alguma forma séries regulares de western em sua grade de programação. Sobre isso há dois aspectos a considerar. Alguns acreditam que as séries de faroeste contribuíram de alguma forma para a decadência do gênero no cinema, afinal de contas para que se pagaria um ingresso se era possível assistir em casa, completamente de graça? Para outros a forma de entender o sucesso do western na TV era completamente oposta. O sucesso das séries ajudou a criar toda uma nova geração de fãs do gênero, o que acabou resultando em uma sobrevida do Western nos cinemas. De uma forma ou outra é bom salientar que seriados como "Gunsmoke" eram produzidos com requinte, com tudo o que de bom o espectador tinha direito, bons figurinos, roteiros bem escritos e atores carismáticos. Não é assim de se estranhar que tenha ficado tantos anos no ar. Qualidade não lhe faltava. Um clássico do faroeste na TV, até hoje ainda muito cultuado e lembrado pelos fãs em geral.

Pablo Aluísio.