quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Kate & Leopold

Esse filme acabou sendo memorável para mim não pelos motivos certos, mas sim pelos errados. Foi o último filme que aluguei em VHS na minha vida. As locadoras já estavam substituindo as velhas fitas pelos DVDs e em pouco tempo as próprias locadoras iriam entrar em extinção por todo o país. Fim de uma era, mudança de tempos. Pois bem, uma pena que essa despedida não tenha sido feita com um filme melhor. Inegável é o fato que esse "Kate & Leopold" é bem fraquinho mesmo.

Basicamente se apoia em uma única piada que nem é engraçada. Um homem do passado tentando viver nos dias atuais. Isso é tudo. Responda francamente, algo assim iria lhe interessar? Acredito que não! O único motivo para ver esse filme foi a presença de Meg Ryan. Ela foi a namoradinha da América nos anos 90 com muitos sucessos, mas plásticas erradas e escolhas mal feitas de filmes acabaram com sua carreira. Que pena ver a adorável Meg assim, fazendo um filme tão faco como esse. Ah e antes que me esqueça o Hugh Jackman também está nesse filme. Ele é um ator carismático e gente boa, porém uma andorinha só não faz verão. No final quando a piada já está saturada fiquei até com vergonha alheia dele nesse papel. Poderia passar sem essa!

Kate & Leopold (Estados Unidos, 2001) Direção: James Mangold / Roteiro: Steven Rogers, James Mangold / Elenco: Meg Ryan, Hugh Jackman, Liev Schreiber / Sinopse: Homem da era vitoriana, do século XVIII chega aos nossos dias, com outra cultura, outros costumes e modo de agir. O choque cultural se torna inevitável.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Os Piratas da Somália

Esse filme é o outro lado da moeda de "Capitão Phillips", aquela produção estrelada por Tom Hanks. Naquele filme vimos um sequestro de um navio nos mares da Somália, tudo sob o ponto de vista dos americanos. Aqui temos o ponto de vista do povo da Somália. Na história um jovem canadense, recém formado e desempregado, decide seguir os conselhos de um veterano e ir para um lugar que nenhum outro jornalista ocidental teria coragem de ir. Tudo para se destacar no mercado. Assim ele pega o primeiro avião para aquele país desolado da África. Chegando na capital ele começa os esforços para tentar descolar uma entrevista com algum dos piratas, algo que não será fácil e colocará em risco sua vida.

O protagonista é interpretado pelo ator Evan Peters, pouco conhecido. O nome mais famoso do elenco é mesmo Al Pacino. Porém não espere por grande coisa pois ele tem apenas 3 cenas no filme inteiro. É um coadjuvante de luxo, nada mais. Barkhad Abdi esteve em "Capitão Phillips" e aqui volta para sua terra natal para interpretar um nativo que ajuda o canadense em sua estadia no país. Pelo filme anterior, do Tom Hanks, chegou a ser indicado ao Oscar por interpretar um dos piratas. Aqui seu personagem é bem mais ameno e amigável. No quadro geral o filme vale pelas informações que passa, mostrando o aspecto político e caótico em que se afundou aquela nação africana. Interessante porque como diz o ditado, toda história tem dois lados. Vale a pena por conhecer o lado dos africanos em todos esses eventos.

Os Piratas da Somália (The Pirates of Somalia, Estados Unidos, Sudão, Quênia, Somália, África do Sul, 2017) Direção: Bryan Buckley / Roteiro: Bryan Buckley, baseado no livro "The Pirates of Somalia: Inside Their Hidden World" de Jay Bahadur / Elenco: Evan Peters, Barkhad Abdi, Al Pacino, Melanie Griffith / Sinopse: Jay Bahadur (Evan Peters) é um jovem jornalista canadense desempregado que não consegue publicar seus textos em lugar nenhum. Radicalizando decide ir para a Somália para se tornar o único correspondente estrangeiro naquele país africano, algo que definitivamente colocará sua vida em risco.

Pablo Aluísio.

Criminosos de Novembro

O que me levou a assistir esse filme foi a presença da atriz Chloë Grace Moretz. Sempre achei ela uma das mais interessantes atrizes de sua geração. Só que esse filme é realmente um tanto quanto fraquinho. A história vai pelo mesmo caminho, pouco verossímil, pouco convincente. A Chloë interpreta uma estudante do ensino médio que namora um jovem problemático. A mãe dele morreu recentemente e ele se sente culpado por isso (o roteiro nunca explica a razão concreta dele se sentir assim). Pois bem, quando um amigo é assassinado em uma lanchonete onde trabalha, ele termina de pirar, colocando na cabeça que precisa resolver o caso de todo jeito. Uma pessoa normal, obviamente, iria deixar isso para a polícia resolver, mas ele não, parte para investigar o caso, mesmo colocando em risco a sua vida e a da namorada. Uma decisão bem idiota de se tomar.

Como eu já escrevi, temos aqui um enredo complicado de se comprar. O espectador ao invés de criar algum vínculo emocional com o protagonista começa ao invés disso achar que ele é um imbecil. Mesmo com problemas emocionais pela morte da mãe (o roteiro quer enfiar isso goela abaixo do público como justificativa para seus atos), seja por qual razão for, ninguém em sã consciência começaria a frequentar bairros cheios de traficantes para supostamente fazer "justiça" na sociedade. Some-se a isso o fato dele ser um bobão que leva a namorada em becos escuros para perguntar a bandidos se eles sabem quem matou seu amigo e você terá uma visão da situação toda! Que coisa mais bizarra! Em uma cena ela escapa por um triz de ser estuprada por criminosos! Você se identificaria com um tolo desse nível? Assim o resultado é muito morno e sem propósito para levarmos esse filme à sério. Tirando a graciosa atuação da Chloë Grace Moretz, todo o resto é pura perda de tempo. Enfim, é um filme indie sem consistência, para pessoas que sofrem de bondadismo sem cura. 

Criminosos de Novembro (November Criminals, Estados Unidos, 2017) Direção: Sacha Gervasi / Roteiro: Sacha Gervasi / Elenco: Ansel Elgort, Chloë Grace Moretz, David Strathairn / Sinopse: Phoebe (Chloë Grace Moretz) namora Addison (Ansel Elgort). Eles estão numa fase bacana na vida, terminando o colegial, se preparando para ir para a universidade. Tudo estaria bem, se não fosse os problemas emocionais do namorado. Ele está tentando enfrentar a perda da mãe. Emocionalmente abalado, ele literalmente fica obsessivo quando seu amigo é morto a tiros numa lanchonete. Depois dessa tragédia ele resolve que irá descobrir a identidade do assassino de qualquer maneira, colocando em risco sua vida e a de sua jovem namorada.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Imperador

Filme que se passa no pós-guerra, em um Japão destruído por duas bombas atômicas e milhares de bombardeiros promovidos pela força aérea dos Estados Unidos. Com o país em ruínas só restou ao imperador japonês (considerado um Deus por aquele povo) se render incondicionalmente. E aí, dessa rendição, começa a história do filme. Os militares americanos desembarcam no país para localizar e julgar os criminosos de guerra, mas ao mesmo tempo fica a dúvida: o imperador deveria ser também julgado pelo aconteceu? Ou devia-se poupá-lo para evitar maiores problemas nessa fase de reconstrução da nação?

O filme tem dois protagonistas, baseados em generais americanos que foram decisivos na restauração do Japão como nação e novo aliado. O primeiro foi o General Douglas MacArthur (Tommy Lee Jones). Já existe um filme muito bom sobre ele, com Gregory Peck no papel principal (se nunca assistiu, corra para conhecer). O outro foi o General Bonner Fellers (Matthew Fox) que era uma espécie de auxiliar de MacArthur. Ambos conduziram as negociações envolvendo americanos e japoneses naquele período histórico bem delicado. Com bom roteiro e produção apenas regular, esse filme é especialmente indicado para historiadores e estudantes de história. É o resgate de eventos que nem sempre são temas de livros ou filmes. Bem interessante mesmo.

Imperador (Emperor, Estados Unidos, Japão, 2012) Direção: Peter Webber / Roteiro: Vera Blasi, David Klass, baseados na obra de Shiro Okamoto / Elenco: Matthew Fox, Tommy Lee Jones, Eriko Hatsune, Masayoshi Haneda, Colin Moy, Takatarô Kataoka / Sinopse: Após a rendição do Japão aos aliados, culminando no fim da II Guerra Mundial, dois generais americanos de alta patente precisam encontrar e punir os principais líderes militares e políticos japoneses, muitos deles acusados de terríveis crimes de guerra. Além desses precisam também descobrir a real extensão da responsabilidade do Imperador Hirohito no conflito. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio. 

The Remains

Filme de terror até muito bom que inexplicavelmente segue sendo inédito no Brasil. A história é recorrente nesse tipo de filme. Uma família em busca de uma nova casa acaba arranjando uma pechincha: uma casa espaçosa, velha, antiga, mas espaçosa, por um preço inacreditavelmente baixo (dica importante: desconfie de casas sendo vendidas por preços baixos demais porque sempre tem coisa por trás!). Eles fecham o negócio. Assim que chegam na nova residência descobrem algumas coisas estranhas, pequenos fenômenos que vão surgindo nas sombras, nos quartos escuros, nas portas entreabertas. O que estaria acontecendo?

Investigando mais sobre a história da velha casa descobrem que ali no passado viveu uma médium que invocava em sessões de espiritismo os espíritos de pessoas mortas. Bom, basta ler as escrituras para saber que não se deve invocar os mortos, porque no final das contas não são as almas dos familiares que entram em contato, mas sim espíritos enganadores, malignos, demoníacos, se fazendo passar por eles. Uma vez aberta essa porta tudo pode acontecer... e é justamente isso que acontece no filme. O roteiro pode até não ser muito original ou trazer grandes novidades, mas no final das contas funciona direitinho. Assista de noite, de madrugada, com as luzes apagadas. Vai funcionar ainda mais. Boa diversão e bons sustos.

The Remains (The Remains, EUA, 2016) Direção: Thomas Della Bella / Roteiro: Thomas Della Bella / Elenco: Todd Lowe, Brooke Butler, Lisa Brenner / Sinopse: Uma família (pai viúvo e três filhos) compra uma velha casa vitoriana por um preço muito bom, bem abaixo do mercado. O que eles nem desconfiam é que o lugar foi palco de mortes horríveis no passado e segue sendo assombrado por espíritos demoníacos. Com história baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A Menina que Roubava Livros

O filme narra a história dessa mocinha que vive na Alemanha no auge do nazismo. Ela é uma jovem que adora livros e vai morar com um casal adotivo numa pequena cidade. São pessoas boas e pobres, tendo que sobreviver a cada dia, ainda mais no pior período histórico político de seu país, justamente quando Hitler e seu partido de fanáticos sobem ao poder. E como todo regime que se propõe a ser autoritário logo começam a surgir as perseguições contra os judeus. E é justamente um judeu que é escondido nos porões de sua casa.

Com excelente produção que recria a época em que se passa o enredo, tudo é de muito bom gosto. A garota, frágil, entrando na adolescência, pode ser vista até mesmo como uma alegoria daquela mocinha representando na verdade todo o povo alemão. O elenco de apoio é excelente, contando com, entre outros, o talentoso Geoffrey Rush. A protagonista também é igualmente talentosa. Pouca gente já ouviu falar de Sophie Nélisse, mas é bom guardar seu nome. Penso que a jovem tem muito futuro no cinema. Em tempo: a trilha sonora é maravilhosa, composta pelo premiado John Williams e chegou a concorrer ao Oscar.

A Menina que Roubava Livros (The Book Thief, Estados Unidos, Alemanha, 2013) Direção: Brian Percival / Roteiro: Michael Petroni, baseado no romance de Markus Zusak / Elenco: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson, Ben Schnetzer, Oliver Stokowski / Sinopse: Uma jovem garota vai morar com um casal alemão durante a II Guerra Mundial. Em uma nova escola, conhecendo novas amizades, ela precisa conviver com uma realidade dura, de destruição e morte, enquanto seus pais adotivos escondem no porão um judeu chamado Max (Oliver Stokowski) que procura sobreviver à perseguição nazista contra seu povo.

Pablo Aluísio.

Hostis

A história do filme se passa em 1892. Um capitão linha dura da cavalaria dos Estados Unidos é designado para uma nova missão que ele simplesmente odeia ter que cumprir. O comando determina que o Capitão Joseph J. Blocker (Christian Bale) escolte um líder tribal indígena em direção a uma reserva onde ele terá que baixar sua guarda, deixar de liderar guerreiros da tribo contra os brancos e viver seus últimos dias de velhice em paz. Para o veterano capitão seria bem melhor dar um tiro na cabeça desse chefe, uma vez que no passado ele mesmo já havia enfrentado sua tribo. Pelas atrocidades que presenciou seria bem melhor matar logo aquele desgraçado!

Só que o governo americano naquela altura já não queria mais prolongar as guerras indígenas. A pacificação seria então o melhor caminho a seguir. A pacificação com todas as nações de índios seria a linha política a seguir dali em diante. O filme assim se desenvolve, mostrando o Capitão no comando de um pequeno grupo de militares americanos que deveriam garantir a segurança do velho indígena. No caminho até seu destino final o roteiro explora a extrema antipatia entre aqueles dois homens que no passado tinham lutado em campos opostos dos campos de batalha. "Hostis" tem um roteiro muito bom, excelente reconstituição de época e uma mensagem de pacifismo e tolerância, acima de tudo. O elenco conta não apenas com o sempre eficiente Christian Bale, mas também com Ben Foster, um dos mais subestimados atores do cinema americano, aqui em papel pequeno, mas ao seu modo também marcante.

Hostis (Hostiles, Estados Unidos, 2017) Direção: Scott Cooper / Roteiro:  Scott Cooper, Donald E. Stewart / Elenco: Christian Bale, Rosamund Pike, Ben Foster, Scott Shepherd, Jonathan Majors / Sinopse: Capitão da cavalaria é designado para levar um velho e doente chefe indígena e sua família para uma reserva no Colorado. Ele odeia isso, simplesmente por odiar nativos em geral. Para ele servir de escolta para o inimigo seria o maior dos absurdos, Porém, ordens são ordens, e ele parte em sua jornada rumo ao destino final. No caminho acaba encontrando guerreiros cheyennes, fazendeiros armados e clima hostil.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de setembro de 2018

Tomb Raider: A Origem

Essa é a terceira vez que tentam trazer para o cinema a personagem dos games Lara Croft. Nas duas anteriores ela foi "interpretada" pela Angelina Jolie. Nenhum dos dois filmes funcionou em minha opinião. Eram filmes bem produzidos e tudo mais, porém com roteiros básicos demais para se levar á sério. Tentando melhorar agora o roteiro tem um pouquinho mais de consistência, desenvolvendo até aspectos da personalidade de Croft. Nesse novo filme a aventureira é interpretada pela atriz sueca Alicia Vikander. Provavelmente você vai se lembrar dela do bom filme de ficção "Ex_Machina", onde a garota interpretava uma androide que chegava na conclusão que os seres humanos seriam dispensáveis. Agora Alicia dá vida a uma Lara Croft bem jovem, que tenta superar o desaparecimento do pai, há sete anos sumido, após participar de uma expedição.

Juntando as pistas ela resolve então ir na ilha perdida no mar do Japão onde seu pai desapareceu. Ele estava em busca de uma tumba de uma suposta deusa da morte. Dizia-se que ela espalhava a destruição e a morte em tudo que tocasse. Se ela voltasse do mundo dos mortos seria a destruição completa da humanidade. Com uma lenda dessas, acabou atraindo o interesse também de pessoas inescrupulosas. Assim Lara precisa não apenas encontrar seu pai como também sobreviver a todos os perigos e vilões nessa expedição.

Eu gostei desse filme. A influência dos filmes de Indiana Jones é quase completa, até porque a própria personagem dos games é uma espécie de versão feminina do arqueólogo mais famoso do cinema. Mesmo assim é algo que funciona. O filme se mostra menos ansioso do que os anteriores, o que significa que as coisas vão acontecendo com mais calma, com melhor desenvolvimento da história. De maneira em geral é um bom produto pipoca de pura diversão. Além disso não vai aborrecer os fãs de games. Ficou tudo dentro das expectativas.

Tomb Raider: A Origem (Tomb Raider, Estados Unidos, 2018) Direção: Roar Uthaug / Roteiro: Geneva Robertson-Dworet, Alastair Siddons / Elenco: Alicia Vikander, Dominic West, Walton Goggins / Sinopse: A jovem Lara Croft (Alicia Vikander) decide ir atrás do pai, desaparecido há sete anos numa ilha pouco conhecida dos mares do Japão. Ele estava em busca da tumba de uma antiga divindade japonesa antiga, a deusa da morte e da destruição.

Pablo Aluísio.

8 Mile: Rua das Ilusões

O cantor Eminem é um sujeito insuportável para muitas pessoas. Embora não goste particularmente de seu gênero musical, não tenho nada contra a sua pessoa. Assim resolvi conferir esse seu primeiro filme, cujo roteiro é baseado na sua própria vida pessoal. Basicamente é a história de um rapaz americano pobre, com uma mãe problemática, que tenta vencer na vida de algum jeito. A resposta para aquela vida que parecia ser sem nenhum futuro ou perspectiva vem pela música. Mesmo sendo um gênero musical essencialmente negro, o Eminem conseguiu despontar no meio, se destacando pelo talento nas rimas das músicas de rap.

Os temas são os mais variados possíveis, mas todos aparentam ter algum sentido autobiográfico. Assim ele canta sobre a sua pobreza, sobre o fato de pertencer a uma família disfuncional e os problemas que precisa enfrentar envolvendo a própria mãe. O filme foi de certa forma bem recebido pela crítica. Embora o Eminem nunca tenha sido ator na vida, ele acabou acertando ao optar por não tentar representar, mas sim apenas aparecer de forma natural na tela. Acabou funcionando bem. O filme venceu o Oscar de melhor música, escrita pelo próprio cantor. Não poderia ter tido sorte melhor em sua estreia no cinema.

8 Mile: Rua das Ilusões (8 Mile, Estados Unidos, 2007) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Scott Silver / Elenco: Eminem, Brittany Murphy, Kim Basinger / Sinopse: Jimmy 'B-Rabbit' Smith (Eminem) é um rapaz pobre que mora em uma periferia barra pesada. A vida é sufocante, ainda mais por causa de sua mãe, uma mulher problemática. A salvação acaba vindo pela música. Filme premiado no Oscar na categoria de Melhor Música Original ("Lose Yourself" de Eminem e Jeff Bass).

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de setembro de 2018

Quadrilha de Sádicos

O diretor Wes Craven não foi apenas o criador da franquia "A Hora do Pesadelo" e da série cinematográfica "Pânico". Ele também foi o cineasta por trás de vários filmes de terror que ganharam o status de cult movies com o passar dos anos. Esse "Quadrilha de Sádicos" foi seu primeiro filme a ter repercussão mundial. Hoje em dia é considerado um verdadeiro clássico do gênero terror mais violento, dando origem a um remake e a uma continuação (também dirigida por Craven). O roteiro tem clara inspiração de outro filme famoso de terror dos anos 70, "O Massacre da Serra Elétrica".

O enredo vai pelo mesmo caminho. Uma família em viagem por uma região distante e deserta acaba se desviando de sua rota, indo parar em um lugar ainda mais inóspito. Ali foram realizados testes nucleares, então a chance de encontrar alguém seria praticamente nula. Só que para o azar da família existem sim pessoas morando naquele lugar. Pior do que isso, são psicopatas cruéis, assassinos em série, doentes mentais turbinados pela radiação que existe naquelas colinas. O filme é obviamente bem violento. Craven por sua vez demonstra, ainda em uma fase bem inicial da carreira, que já era um mestre em filmes com cenas desse tipo. Se você gosta da filmografia desse cineasta então "The Hills Have Eyes" é simplesmente obrigatório em sua coleção de filmes de terror.

Quadrilha de Sádicos (The Hills Have Eyes, Estados Unidos, 1977) Direção: Wes Craven  / Roteiro: Wes Craven / Elenco: Suze Lanier-Bramlett, Robert Houston, John Steadman / Sinopse: Típica família norte-americana perde o caminho durante uma viagem pelo deserto. Acabam indo parar em um lugar desabitado (assim pensam eles), mas que na verdade é o lugar onde mora um grupo de psicopatas violentos e sanguinários.

Pablo Aluísio.