domingo, 16 de setembro de 2018

8 Mile: Rua das Ilusões

O cantor Eminem é um sujeito insuportável para muitas pessoas. Embora não goste particularmente de seu gênero musical, não tenho nada contra a sua pessoa. Assim resolvi conferir esse seu primeiro filme, cujo roteiro é baseado na sua própria vida pessoal. Basicamente é a história de um rapaz americano pobre, com uma mãe problemática, que tenta vencer na vida de algum jeito. A resposta para aquela vida que parecia ser sem nenhum futuro ou perspectiva vem pela música. Mesmo sendo um gênero musical essencialmente negro, o Eminem conseguiu despontar no meio, se destacando pelo talento nas rimas das músicas de rap.

Os temas são os mais variados possíveis, mas todos aparentam ter algum sentido autobiográfico. Assim ele canta sobre a sua pobreza, sobre o fato de pertencer a uma família disfuncional e os problemas que precisa enfrentar envolvendo a própria mãe. O filme foi de certa forma bem recebido pela crítica. Embora o Eminem nunca tenha sido ator na vida, ele acabou acertando ao optar por não tentar representar, mas sim apenas aparecer de forma natural na tela. Acabou funcionando bem. O filme venceu o Oscar de melhor música, escrita pelo próprio cantor. Não poderia ter tido sorte melhor em sua estreia no cinema.

8 Mile: Rua das Ilusões (8 Mile, Estados Unidos, 2007) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Scott Silver / Elenco: Eminem, Brittany Murphy, Kim Basinger / Sinopse: Jimmy 'B-Rabbit' Smith (Eminem) é um rapaz pobre que mora em uma periferia barra pesada. A vida é sufocante, ainda mais por causa de sua mãe, uma mulher problemática. A salvação acaba vindo pela música. Filme premiado no Oscar na categoria de Melhor Música Original ("Lose Yourself" de Eminem e Jeff Bass).

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de setembro de 2018

Quadrilha de Sádicos

O diretor Wes Craven não foi apenas o criador da franquia "A Hora do Pesadelo" e da série cinematográfica "Pânico". Ele também foi o cineasta por trás de vários filmes de terror que ganharam o status de cult movies com o passar dos anos. Esse "Quadrilha de Sádicos" foi seu primeiro filme a ter repercussão mundial. Hoje em dia é considerado um verdadeiro clássico do gênero terror mais violento, dando origem a um remake e a uma continuação (também dirigida por Craven). O roteiro tem clara inspiração de outro filme famoso de terror dos anos 70, "O Massacre da Serra Elétrica".

O enredo vai pelo mesmo caminho. Uma família em viagem por uma região distante e deserta acaba se desviando de sua rota, indo parar em um lugar ainda mais inóspito. Ali foram realizados testes nucleares, então a chance de encontrar alguém seria praticamente nula. Só que para o azar da família existem sim pessoas morando naquele lugar. Pior do que isso, são psicopatas cruéis, assassinos em série, doentes mentais turbinados pela radiação que existe naquelas colinas. O filme é obviamente bem violento. Craven por sua vez demonstra, ainda em uma fase bem inicial da carreira, que já era um mestre em filmes com cenas desse tipo. Se você gosta da filmografia desse cineasta então "The Hills Have Eyes" é simplesmente obrigatório em sua coleção de filmes de terror.

Quadrilha de Sádicos (The Hills Have Eyes, Estados Unidos, 1977) Direção: Wes Craven  / Roteiro: Wes Craven / Elenco: Suze Lanier-Bramlett, Robert Houston, John Steadman / Sinopse: Típica família norte-americana perde o caminho durante uma viagem pelo deserto. Acabam indo parar em um lugar desabitado (assim pensam eles), mas que na verdade é o lugar onde mora um grupo de psicopatas violentos e sanguinários.

Pablo Aluísio.

À Prova de Fogo

Tem até algumas boas cenas de ação, mas o roteiro não se preocupa em desenvolver isso, mas sim uma história de drama e redenção envolvendo um bombeiro. Ele trabalha salvando vidas, o que por si só já é uma grande fonte de stress. Isso tudo acaba se refletindo em seu casamento que vai de mal a pior a cada dia. Algo aliás que acontece muito. Uma vez casados a faísca da paixão se apaga, só sobrando mesmo o cotidiano nada agradável do dia a dia, os compromissos, as brigas, os desaforos, erc. Assim ele decide que vai tentar recuperar seu casamento prestes a falir, uma vez que se considera cristão e não quer se separar.

Guiado por um livro, ele tenta a recuperação de seu matrimônio por 40 dias! Pois é, o filme é de certa forma um guia para pessoas casadas que estão passando por esse tipo de situação. Nos intervalos surgem alguns incêndios e alguns momentos de tensão, mas nada muito relevante. É um filme interessante, porém dirigido mesmo para um público bem específico. Como puro cinema se torna apenas um filme mediano, que sente a necessidade de passar uma mensagem para o seu público alvo.

À Prova de Fogo (Fireproof, Estados Unidos, 2008) Direção: Alex Kendrick / Roteiro: Alex Kendrick / Elenco: Kirk Cameron, Erin Bethea, Ken Bevel / Sinopse: Bombeiro tenta sobreviver na perigosa profissão ao mesmo tempo em que embarca numa tentativa de recupração de seu casamento em crise durante 40 dias. Caso isso não dê certo só restará a ele mesmo o divórcio. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

O Clube dos Meninos Bilionários

Esse filme é baseado em fatos reais. A história se passa em 1983. Dois jovens, amigos da época da escola, decidem abrir uma empresa de investimentos chamada BBC. Eles prometem rendimentos de 50% de lucro em apenas 3 semanas - algo improvável, até impossível, para quem conhece mercado financeiro. Porém eles tinham lábia e começam a enganar um grupo de rapazes ricos e estúpidos que começam a jogar milhões em suas mãos. E como bem sabemos nesse tipo de enredo sempre tem um tubarão maior e mais esperto para passar a perna em todos esses patos que pensam ser predadores. O sujeito se chama Ron Levin (Kevin Spacey). Ele vê esse bando de moleques de vinte e poucos anos lidando com milhões de dólares e decide que vai passar todos eles para trás. É um homem experiente de Wall Street, sabe lidar com o mercado, tanto oficial como não, e logo percebe que pode faturar muito com aqueles garotos inexperientes.

Esse filme é considerado o maior fracasso comercial de 2018. Deu um prejuízo enorme para os produtores, tudo porque trouxe Kevin Spacey para o elenco. Ele virou um nome maldito depois de sofrer inúmeras acusações de assédio sexual em Hollywood. Spacey sempre foi um dos mais talentosos atores da indústria, mas como agora sabemos também sempre foi um crápula, um mau-caráter. Usava de sua posição de poder para assediar jovens atores em começo de carreira, ganhando favores sexuais em troca de escalação no elenco de seus filmes. Agora está pagando o alto preço por seu comportamento condenável.

O filme, tirando tudo isso do meio do caminho, me pareceu apenas OK. Não merecia muito sucesso de público e crítica, mas também não merecia ser o maior fracasso do ano. Tem um roteiro que procura desenvolver bem sua história e só derrapa mesmo na parte final quando tudo se transforma numa série de crimes cometidos pelos principais personagens. Aí nessa parte penso que o filme perde muito, pois as coisas vão acontecendo sem muito capricho. Pode ser o último filme de Spacey, por isso não deixo de indicar. Vá sem esperar grande coisa, apenas para conhecer uma história interessante, que não vai se arrepender.

O Clube dos Meninos Bilionários (Billionaire Boys Club, Estados Unidos, 2018) Direção: James Cox / Roteiro: James Cox, Captain Mauzner / Elenco: Ansel Elgort, Kevin Spacey, Taron Egerton, Emma Roberts / Sinopse: Dois amigos da escola, após sua formatura, decidem abrir uma empresa de investimentos. Eles não possuem a experiência necessária para lidar com algo assim, mas mesmo assim vão em frente. Várias pessoas resolvem investir neles, sem saber que estão prestes a perder tudo!

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Kings

O filme se passa durante aqueles tumultos que se espalharam em Los Angeles quando os policiais agressores de Rodney King foram inocentados pela justiça americana. Isso aconteceu no começo dos anos 90. Rodney era um taxista negro e foi violentamente espancado por policiais brancos. A tensão racial dentro da sociedade americana sempre foi latente e nesse dia tudo explodiu numa reação em cadeia da comunidade negra da cidade. Lojas e asas foram roubadas, prédios incendiados e pessoas baleadas a esmo pelas ruas. O caos urbano em sua mais nítida caracterização virou realidade. A personagem principal desse filme é interpretada pela atriz Halle Berry. Uma mulher negra de bom coração que acolhe todas as crianças perdidas e abandonadas de seu bairro, o que acaba dando à sua casa a impressão de ser um verdadeiro orfanato não oficial. Ela tem um vizinho branco, espalhafatoso e muitas vezes raivoso, interpretado pelo "James Bond" Daniel Craig. Apesar das diferenças ela tem uma quedinha por ele.

Quando a violência explode na cidade ela e seu vizinho vão para as ruas resgatar as crianças, que acabam se envolvendo em tudo, até mesmo nos saques das lojas. É um filme curto, com não muito mais do que 70 minutos de duração. O roteiro não tem grande profundidade, nunca entrando de vez na questão racial que deu origem a todos os tumultos. No máximo a TV ligada o tempo todo vai informando ao espectador o que estaria acontecendo (na realidade dando o contexto histórico dos acontecimentos). Acima da média mesmo apenas a primeira cena, do assassinato irracional de uma adolescente negra, que foi um fato real acontecido na época. Fora isso vale apenas para relembrar que uma simples faísca social pode colocar tudo a perder em uma sociedade em constante tensão racial.

Kings - Los Angeles em Chamas (Kings, Estados Unidos, 2017) Direção: Deniz Gamze Ergüven / Roteiro: Deniz Gamze Ergüven / Elenco: Halle Berry, Daniel Craig, Lamar Johnson / Sinopse: O filme mistura realidade e ficção ao mostrar um grupo de personagens fictícios que vivem em uma Los Angeles sob fogo cerrado e tensão causados por tumultos durante o caos que se instalou na cidade durante o começo dos anos 90, após a absolvição dos policiais brancos que agrediram o taxista negro Rodney King.

Pablo Aluísio.

O Refúgio Secreto

Filme baseado em fatos reais, na história da holandesa Corrie Ten Boom. Ela morava ao lado do pai e da irmã em uma pequena cidade holandesa quando o país foi invadido pelas tropas nazistas de Hitler. Assim que os alemães chegaram começaram as perseguições contra os judeus. Eles deveriam ser localizados e embarcados em trens que iam direto para os diversos campos de concentração espalhados por toda a Europa. Corrie Ten Boom era uma mulher religiosa, cristã, que não concordava com o que estava acontecendo. Assim ela decidiu que iria começar a esconder judeus em sua casa, localizada em cima do pequeno negócio da família, uma relojoaria. Aos poucos começam a chegar famílias e mais famílias para ela ajudar. Eles começam então a construir um esconderijo judeu no andar de cima, algo parecido com o que também aconteceu com Anne Frank.

No começo tudo ia dando certo, mas quando o cerco se fechou os nazistas finalmente descobriram que ela e sua família estava escondendo judeus. A punição foi severa. Corrie, sua irmã e seu idoso pai foram enviados para o campo de concentração de Ravensbruck. O filme a partir daí explora todas as atrocidades cometidas pelos nazistas, os guardas sádicos, a fome, as doenças e o trabalho escravo do qual nem as mulheres eram poupadas. Elas foram presas como prisioneiras políticas, pois sendo holandesas cristãs (não judias) não deveriam ser enviadas para campos de extermínio de judeus.

Tudo o que se vê na tela foi baseado no livro de memórias de Corrie Ten Boom. Depois da II Guerra Mundial ela virou uma missionária cristã que visitou dezenas de países para contar sua história. Seu livro obviamente se tornou um best-seller e ela um símbolo contra o holocausto. Inclusive a própria faz uma aparição muito tocante nos momentos finais do filme, já bem idosa, mas completamente lúcida sobre tudo o que viveu, sobre os crimes que sofreu ao longo de sua vida. Esse filme é um belo exemplo de vida de algo que historicamente jamais poderá voltar a acontecer.

O Refúgio Secreto (The Hiding Place, Estados Unidos, 1975) Direção: James F. Collier / Roteiro: Allan Sloane, Lawrence Holben, baseados no livro escrito por Corrie Ten Boom e John Sherrill / Elenco: Julie Harris, Jeannette Clift, Arthur O'Connell, Robert Rietty / Sinopse: Filme baseado na história pessoal da holandesa Corrie Ten Boom. Durante a ocupação nazista ao seu país durante a II Guerra Mundial, ela é acusada junto de sua família de esconder judeus. Presa, é enviada para um campo de concentração onde passa a sofrer todos os horrores do holocausto.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

A Descoberta

O ator Robert Redford anunciou recentemente que está se aposentando do cinema, que não fará mais filmes, se concentrando agora apenas na direção, quem sabe. Uma pena porque Redford foi um dos atores mais relevantes da história do cinema. Dupla pena também porque esse "A Descoberta" será sempre lembrado como um dos seus últimos filmes. Sinceramente ele não merecia estar aqui. Produzido pelo Netflix essa é outra decepção da empresa, um filme que tem uma boa premissa, mas que no final das contas não vai para lugar nenhum, enchendo nossa paciência com um roteiro capenga que mal consegue chegar ao final.

O único interesse vem justamente da presença de Robert Redford. Ele interpreta esse cientista que consegue provar que há vida após a morte (não se preocupe, o roteiro não vai lhe explicar nada, nem trazer nada muito profundo nesse aspecto). Pois bem, a reação à descoberta é a pior possível. O índice de suicídios aumenta em todo o mundo e o cientista precisa se mudar para uma região mais isolada, longe de tudo. Ele quer continuar suas pesquisas, mas sem o assédio da imprensa sobre si. Como eu escrevi o enredo parece interessante, mas tudo é pessimamente desenvolvido. É bem decepcionante saber que Redford se envolveu em algo assim... Afinal o que será que teria lhe atraído para esse projeto? Provavelmente apenas a curiosidade de atuar em um filme da plataforma Netflix. Apenas é lamentável que todo o resto não faça a menor diferença.

A Descoberta (The Discovery, Estados Unidos, 2017) Direção: Charlie McDowell / Roteiro: Justin Lader, Charlie McDowell / Elenco:Robert Redford, Mary Steenburgen, Brian McCarthy / Sinopse: Cientista renomado (Redford) consegue provar que a consciência sobrevive à morte, ou seja, que há ainda vida após a morte do corpo físico. A descoberta gera uma série de reações dentro da sociedade. O autor da façanha científica porém não se intimida, desejando ir além em suas descobertas sobre o tema.

Pablo Aluísio.

A Isca

Após cumprir pena tudo o que Alvin Sanders (Jamie Foxx) quer é desfrutar da liberdade recém reconquistada, mas seus planos vão por água abaixo quando ele descobre que está sendo usado como isca pelo FBI para pegar perigosos hackers internacionais. Ok, o diretor Antoine Fuqua tem bons filmes, alguns com roteiros bem acima da média. Esse filme aqui porém não faz parte de seus melhores momentos no cinema. Essa coisa toda de supervalorizar os poderes que um hacker bem treinado pode fazer, inclusive levando o mundo à beira do abismo, ainda fazia algum sentido nos primórdios da era da informática. Hoje em dia porém sabemos que tudo é fruto de muita fantasia e imaginação, apenas isso.

Jamie Foxx mantém o interesse. Sempre o achei muito talentoso e versátil, se dando bem tanto em dramas mais tensos, que exigem muito de seu lado mais dramático de ator, como igualmente em filmes de ação como esse, onde isso não é exigido. No máximo para se sair bem em filmes como esse aqui o ator tem que estar em boa forma física e basicamente é só. Se fosse classificar o filme de uma maneira bem taxativa e cabal, diria que é uma fita genérica de ação que usa o background dos criminosos digitais. Nada mais do que isso. É pouco? Sim, para ser memorável é bem pouco.

A Isca (Bait, Estados Unidos, 2000) Direção: Antoine Fuqua / Roteiro: Andrew Scheinman, Adam Scheinman / Elenco: Jamie Foxx, David Morse, Robert Pastorelli / Sinopse: Detento que cumpriu sua pena acaba se tornando uma isca humana para prender hackers internacionais perigosos. A ele só resta tentar sobreviver a esse intenso e perigoso jogo e gato e rato.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Max Steel

Max Steel é um brinquedo dos anos 90. Depois do sucesso de vendas nas lojas ele virou desenho animado e agora ganha sua primeira versão para o cinema. O enredo vai agradar toda a garotada. O protagonista é um garoto chamado Max McGrath (Ben Winchell). Adolescente normal como muitos outros de sua idade. A diferença é que ele vai percebendo que tem um poder surreal de manipular energias. Para complicar tudo surge ainda um pequeno robozinho cheio de personalidade chamado Steel. Juntos eles vão tentar enfrentar um vilão que ele pensava ser antes apenas um amigo da família.

O filme não tem um grande orçamento - custou apenas 10 milhões de dólares, um valor bem pequeno em termos de Hollywood - mas essa falta de recursos não atrapalha o resultado final. Em termos de elenco muitos atores desconhecidos, com exceção de Andy Garcia, que defende bem seu cachê. Como se trata de um filme feito para jovens, adolescentes ali na faixa entre 12 a 16 anos, não espere por algo nada muito fantástico ou maravilhoso. O personagem tem potencial para esse mundo audiovisual. Vamos ver se o estúdio segue em frente com essa nova franquia de filmes de ficção para o público jovem que apenas agora está descobrindo as maravilhas da sétima arte.

Max Steel (Estados Unidos, 2016) Estúdio: Mattel Entertainment / Direção: Stewart Hendler / Roteiro: Christopher Yost / Elenco: Ben Winchell, Andy Garcia, Josh Brener, Maria Bello / Sinopse: Adolescente descobre que tem poderes especiais. Isso pode estar ligado ao seu passado, envolvendo a figura de seu pai, desaparecido há muitos anos após se envolver em uma pesquisa secreta, top secret, envolvendo figurões da indústria e do governo.

Pablo Aluísio.

Os Maiorais

Esse filme tem uma proposta muito interessante para quem gosta da história do cinema e da música dos Estados Unidos. Ele tenta contar a história do "Rat Pack"! E o que diabos seria isso? Para quem não sabe esse era o nome dado para a turminha de artistas, atores e cantores que gravitavam em torno de Frank Sinatra quando ele estava em Las Vegas realizando suas turnês na cidade. Além do próprio Sinatra, o criador do grupo, a trupe ainda era formada por Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. Eram amigos e ao mesmo tempo usaram esse amizade para fazer filmes e shows durante os anos 60.

Claro que contar a história dessa trupe não seria tão fácil, ainda mais com o orçamento limitado dessa produção  - que foi exibida diretamente na TV a cabo no Brasil e nos Estados Unidos. O elenco traz até um grupo de atores talentosos, mas nenhum deles muito parecidos com os artistas originais do Rat Pack. Para se ter uma ideia quem interpreta Frank Sinatra é o ator Ray Liotta! Nada a ver, não é mesmo? Ainda assim temos que admitir que muitos deles incorporaram bem as personalidades e os trejeitos dos membros originais da turma. Só não diria que ficou perfeito porque alguns exageraram nos maneirismos, caindo na caricatura. De uma forma ou outra ainda recomendo o filme. É uma boa apresentação do que significou o bando de ratos dentro da cultura americana.

Os Maiorais (The Rat Pack, Estados Unidos, 1998) Direção: Rob Cohen / Roteiro: Kario Salem / Elenco: Ray Liotta, Joe Mantegna, Don Cheadle / Sinopse: Durante os anos 60 o cantor e ator Frank Sinatra decide juntar seus amigos mais próximos para uma série de projetos artísticos envolvendo shows em Las Vegas e filmes em Hollywood. O grupo acabaria sendo conhecido como The Rat Pack!

Pablo Aluísio.