Título no Brasil: A Revolta dos Sete Homens
Título Original: Guns of the Magnificent Seven
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: The Mirisch Production Company
Direção: Paul Wendkos
Roteiro: Herman Hoffman
Elenco: George Kennedy, James Whitmore, Fernando Rey, Michael Ansara, Monte Markham, Frank Silvera
Sinopse:
Uma pequena vila no México é oprimida pelas forças militares do violento Coronel Diego (Michael Ansara). Comandando a oposição a seu regime brutal surge o líder popular Quintero (Fernando Rey), porém sua atuação é logo reprimida. Ele é preso em uma igreja antiga e levado para uma prisão de segurança máxima no meio do deserto, um lugar fortemente protegido. Para tentar libertá-lo o povo decide contratar sete mercenários americanos liderados pelo pistoleiro Chris (George Kennedy). Ao lado de seus homens ele tentará libertar Quintero da prisão, dando início a uma grande revolta popular.
Comentários:
Está em cartaz atualmente nos cinemas brasileiros o remake do clássico "Sete Homens e um Destino" de 1960. Poucos sabem porém que esse faroeste inesquecível rendeu em sua própria época uma série de filmes que procuravam levar adiante seu sucesso. Um deles foi esse tardio "Guns of the Magnificent Seven". Como já foi comentado aqui no blog antes dele houve ainda o lançamento de um segundo filme chamado "A Volta dos Sete Homens" em 1966. Pois bem, esse aqui é a terceiro filme com a marca "The Magnificent Seven". Não esperava muito, até porque tudo levaria a crer que estaríamos diante de mais uma continuação ao estilo caça-níqueis. Afinal o segundo filme, que ainda contava com parte do elenco original, já era por si só meio decepcionante. O que esperar então dessa terceira parte sem nenhum ator do elenco do clássico? Absolutamente nada! Surpreendentemente essa terceira produção não é tão ruim como era de se pensar. O filme tem seus méritos. O roteiro obviamente segue a mesma linha básica de todos os outros filmes. Temos uma população mexicana oprimida e um grupo de mercenários americanos que os libertam. Nada muito diferente. O que se inova aqui são os personagens principais, que não possuem qualquer ligação com os filmes anteriores. O elenco é muito bom, com destaque para o ator veterano George Kennedy, aqui em raro papel principal em sua carreira. Outro bom destaque vem da presença de Fernando Rey. Para quem não se lembra ele foi o vilão refinado e violento do filme "Operação França". Aqui ele interpreta um político honesto que luta pela libertação de seu povo. Em termos gerais é um faroeste realmente bom, muito melhor do que eu esperava. Obviamente passa longe da qualidade do primeiro filme, mas isso seria esperar demais. De qualquer forma temos aqui também o inesquecível tema escrito por Elmer Bernstein. A música funciona como um verdadeiro atestado de legitimidade para a produção. Em suma, pode conferir sem receios. É definitivamente um bom western, até acima da média.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Para Lá da Estrada
Título no Brasil: Para Lá da Estrada
Título Original: The Trail Beyond
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Lindsley Parsons
Elenco: John Wayne, Noah Beery, Verna Hillie, Robert Frazer, James A. Marcus, Earl Dwire
Sinopse:
Com roteiro baseado no livro "The Wolf Hunters" de James Oliver Curwood, esse western conta a estória de Rod Drew (John Wayne), um cowboy e explorador que é enviado para minas distantes nas montanhas para localizar e encontrar um mineiro desaparecido e sua filha. Chegando lá ele descobre que o homem que procura provavelmente encontrou um importante veio de ouro e que por essa razão muito foi morto por aqueles que queriam a localização dessa fortuna em minerais. Caberá a Drew descobrir o que de fato se passou naquela região distante e esquecida.
Comentários:
Mais um faroeste dos primeiros anos da carreira do mito John Wayne. Aqui o roteiro não se contentava em apenas contar uma estória típica de bandidos e mocinhos, tiroteios e duelos, mas também em desvendar um segredo: quem teria matado o mineiro que o personagem de John Wayne teria ido resgatar? O roteiro, como era de supor, daria margem a uma boa história de detetive, assassinatos e suspense, porém como se trata de uma fita curtinha (meros 55 minutos de duração!) não havia mesmo como ir muito adiante. Assim tudo é resolvido de forma muito rápida, sem muita sofisticação ou mistério. Curiosamente o livro que deu origem ao filme, "The Wolf Hunters" (em tradução livre: "Caçadores de Lobos"), é bem mais rico nesse aspecto. Aliás esse roteiro poderia ter sido aproveitado por Wayne anos depois, quando nos anos 50 ele já estrelava filmes mais bem elaborados e bem produzidos. O ator inclusive adquiriou os direitos de adaptação dessa estória para filmar depois, mas curiosamente nunca o fez. Dizem algumas biografias que ele nunca chegou a gostar de nenhum roteiro adaptado do livro, fazendo com que uma nova versão jamais fosse feita. Uma pena.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Trail Beyond
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Lindsley Parsons
Elenco: John Wayne, Noah Beery, Verna Hillie, Robert Frazer, James A. Marcus, Earl Dwire
Sinopse:
Com roteiro baseado no livro "The Wolf Hunters" de James Oliver Curwood, esse western conta a estória de Rod Drew (John Wayne), um cowboy e explorador que é enviado para minas distantes nas montanhas para localizar e encontrar um mineiro desaparecido e sua filha. Chegando lá ele descobre que o homem que procura provavelmente encontrou um importante veio de ouro e que por essa razão muito foi morto por aqueles que queriam a localização dessa fortuna em minerais. Caberá a Drew descobrir o que de fato se passou naquela região distante e esquecida.
Comentários:
Mais um faroeste dos primeiros anos da carreira do mito John Wayne. Aqui o roteiro não se contentava em apenas contar uma estória típica de bandidos e mocinhos, tiroteios e duelos, mas também em desvendar um segredo: quem teria matado o mineiro que o personagem de John Wayne teria ido resgatar? O roteiro, como era de supor, daria margem a uma boa história de detetive, assassinatos e suspense, porém como se trata de uma fita curtinha (meros 55 minutos de duração!) não havia mesmo como ir muito adiante. Assim tudo é resolvido de forma muito rápida, sem muita sofisticação ou mistério. Curiosamente o livro que deu origem ao filme, "The Wolf Hunters" (em tradução livre: "Caçadores de Lobos"), é bem mais rico nesse aspecto. Aliás esse roteiro poderia ter sido aproveitado por Wayne anos depois, quando nos anos 50 ele já estrelava filmes mais bem elaborados e bem produzidos. O ator inclusive adquiriou os direitos de adaptação dessa estória para filmar depois, mas curiosamente nunca o fez. Dizem algumas biografias que ele nunca chegou a gostar de nenhum roteiro adaptado do livro, fazendo com que uma nova versão jamais fosse feita. Uma pena.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Killer Kid
Título no Brasil: Killer Kid
Título Original: Killer Kid
Ano de Produção: 1966
País: Itália
Estúdio: Elsio Mancuso Films
Direção: Leopoldo Savona
Roteiro: Sergio Garrone, Leopoldo Savona
Elenco: Anthony Steffen, Luisa Baratto, Fernando Sancho, Giovanni Cianfriglia, Howard Nelson Rubien, Virginia Darval
Sinopse:
Um capitão do exército, John Morrison (Anthony Steffen), é designado para combater revolucionários mexicanos que infestam as fronteiras entre México e Estados Unidos. Ele precisa localizar e matar um "Senhor da guerra", um sujeito que vive de vender armas contrabandeadas para os rebeldes. Perseguido pelos federais, ele é salvo da captura por um jovem rebelde que o leva para um acampamento de revolucionários onde o militar toma contato com a causa revolucionárias, aderindo a sua luta.
Comentários:
Western Spaghetti cujo roteiro foi obviamente escrito por um escritor de tendência esquerdista. É a velha estória: os revolucionários vermelhos, que tencionam iniciar uma revolução de cunho socialista, almejam tomar o poder através das armas. Os ocupantes do poder são geralmente retratados como corruptos, insanos e violentos, enquanto os revolucionários vermelhos são o suprassumo da bondade, da honradez e da pureza de intenções. Como bem sabemos isso tudo é bem maniqueísta. Deixando esse viés ideológico viciado de lado até que o filme é um bom faroeste italiano, valorizado por algumas cenas de combates realmente bem produzidas. O ator Anthony Steffen (1930 - 2004) que tinha pinta de americano (esse parecia ser um pré-requisito não escrito para se tornar um astro do western spaghetti) foi um veterano do cinema europeu, tendo atuado em diversas produções, de praticamente todos os gêneros cinematográficos. Curiosamente depois de alguns anos resolveu se mudar para o Rio de Janeiro, onde veio a falecer em 2004. Ele ficou encantado pela beleza natural da cidade maravilhosa e decidiu que iria curtir sua aposentadoria por lá. Quem poderia culpá-lo por isso?
Pablo Aluísio.
Título Original: Killer Kid
Ano de Produção: 1966
País: Itália
Estúdio: Elsio Mancuso Films
Direção: Leopoldo Savona
Roteiro: Sergio Garrone, Leopoldo Savona
Elenco: Anthony Steffen, Luisa Baratto, Fernando Sancho, Giovanni Cianfriglia, Howard Nelson Rubien, Virginia Darval
Sinopse:
Um capitão do exército, John Morrison (Anthony Steffen), é designado para combater revolucionários mexicanos que infestam as fronteiras entre México e Estados Unidos. Ele precisa localizar e matar um "Senhor da guerra", um sujeito que vive de vender armas contrabandeadas para os rebeldes. Perseguido pelos federais, ele é salvo da captura por um jovem rebelde que o leva para um acampamento de revolucionários onde o militar toma contato com a causa revolucionárias, aderindo a sua luta.
Comentários:
Western Spaghetti cujo roteiro foi obviamente escrito por um escritor de tendência esquerdista. É a velha estória: os revolucionários vermelhos, que tencionam iniciar uma revolução de cunho socialista, almejam tomar o poder através das armas. Os ocupantes do poder são geralmente retratados como corruptos, insanos e violentos, enquanto os revolucionários vermelhos são o suprassumo da bondade, da honradez e da pureza de intenções. Como bem sabemos isso tudo é bem maniqueísta. Deixando esse viés ideológico viciado de lado até que o filme é um bom faroeste italiano, valorizado por algumas cenas de combates realmente bem produzidas. O ator Anthony Steffen (1930 - 2004) que tinha pinta de americano (esse parecia ser um pré-requisito não escrito para se tornar um astro do western spaghetti) foi um veterano do cinema europeu, tendo atuado em diversas produções, de praticamente todos os gêneros cinematográficos. Curiosamente depois de alguns anos resolveu se mudar para o Rio de Janeiro, onde veio a falecer em 2004. Ele ficou encantado pela beleza natural da cidade maravilhosa e decidiu que iria curtir sua aposentadoria por lá. Quem poderia culpá-lo por isso?
Pablo Aluísio.
Wyatt Earp - O Retorno a Tombstone
Título no Brasil: Wyatt Earp - O Retorno a Tombstone
Título Original: Wyatt Earp - Return to Tombstone
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Broadcasting System (CBS)
Direção: Paul Landres, Frank McDonald
Roteiro: Daniel B. Ullman, Rob Word
Elenco: Hugh O'Brian, Harry Carey Jr, Bruce Boxleitner, Paul Brinegar, Bo Hopkins, Don Meredith
Sinopse:
Anos depois de ter ido embora da cidadezinha de Tombstone, o ex-xerife Wyatt Earp (Hugh O'Brian) retorna para o lugar que o tornou célebre dentro da mitologia do velho oeste americano. A região está diferente, a cidade cresceu e novos colonos se mudaram para lá em busca de uma vida melhor. Velhas rixas porém se negam a morrer e a volta de Earp a Tombstone revive velhas rivalidades que voltam à tona com sua presença. Um clima de duelo e acerto de contas começa então a pairar sobre as ruas empoeiradas de Tombstone.
Comentários:
A história do xerife Wyatt Earp (1858 - 1929) se recusa a morrer. De tempos em tempos novos filmes são feitos, tentando recontar a história desse homem da lei. Nesse telefilme americano exibido pelo canal CBS nos anos 90 temos algumas peculiaridades bem interessantes. Uma delas foi o uso de cenas antigas do seriado "The Life and Legend of Wyatt Earp" (1955) nos flashbacks da produção. Sempre que o xerife Earp lembra de algum evento de sua passado surgem essas sequências da série dos anos 50 como complemento de suas recordações. Como a série original foi exibida em preto e branco a CBS resolveu colorizar as partes que foram usadas nesse filme. É um tipo de homenagem e resgate de um dos programas americanos mais populares de sua época. O curioso é que mesmo tendo em vista esse recurso narrativo o fato é que "Wyatt Earp - Return to Tombstone" funciona também muito bem como um complemento a todos os filmes já feitos sobre esse personagem histórico. Isso se deve ao fato de que nas produções antigas (e também nas atuais) os roteiros terminam no duelo do OK Curral, não se importando muito em contar o que aconteceu depois disso (com a honrosa exceção do filme de Kevin Costner que foi além). Assim o roteiro desse filme avança muito a frente do que estamos acostumados a ver. É, em suma, um bom faroeste, valorizado pelas ótimas paisagens naturais do Arizona. Chegou a ser lançado no Brasil em DVD, mas hoje em dia é uma filme bem complicado de se achar. Se tiver a oportunidade de assistir não deixe passar em branco.
Pablo Aluísio.
Título Original: Wyatt Earp - Return to Tombstone
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Broadcasting System (CBS)
Direção: Paul Landres, Frank McDonald
Roteiro: Daniel B. Ullman, Rob Word
Elenco: Hugh O'Brian, Harry Carey Jr, Bruce Boxleitner, Paul Brinegar, Bo Hopkins, Don Meredith
Sinopse:
Anos depois de ter ido embora da cidadezinha de Tombstone, o ex-xerife Wyatt Earp (Hugh O'Brian) retorna para o lugar que o tornou célebre dentro da mitologia do velho oeste americano. A região está diferente, a cidade cresceu e novos colonos se mudaram para lá em busca de uma vida melhor. Velhas rixas porém se negam a morrer e a volta de Earp a Tombstone revive velhas rivalidades que voltam à tona com sua presença. Um clima de duelo e acerto de contas começa então a pairar sobre as ruas empoeiradas de Tombstone.
Comentários:
A história do xerife Wyatt Earp (1858 - 1929) se recusa a morrer. De tempos em tempos novos filmes são feitos, tentando recontar a história desse homem da lei. Nesse telefilme americano exibido pelo canal CBS nos anos 90 temos algumas peculiaridades bem interessantes. Uma delas foi o uso de cenas antigas do seriado "The Life and Legend of Wyatt Earp" (1955) nos flashbacks da produção. Sempre que o xerife Earp lembra de algum evento de sua passado surgem essas sequências da série dos anos 50 como complemento de suas recordações. Como a série original foi exibida em preto e branco a CBS resolveu colorizar as partes que foram usadas nesse filme. É um tipo de homenagem e resgate de um dos programas americanos mais populares de sua época. O curioso é que mesmo tendo em vista esse recurso narrativo o fato é que "Wyatt Earp - Return to Tombstone" funciona também muito bem como um complemento a todos os filmes já feitos sobre esse personagem histórico. Isso se deve ao fato de que nas produções antigas (e também nas atuais) os roteiros terminam no duelo do OK Curral, não se importando muito em contar o que aconteceu depois disso (com a honrosa exceção do filme de Kevin Costner que foi além). Assim o roteiro desse filme avança muito a frente do que estamos acostumados a ver. É, em suma, um bom faroeste, valorizado pelas ótimas paisagens naturais do Arizona. Chegou a ser lançado no Brasil em DVD, mas hoje em dia é uma filme bem complicado de se achar. Se tiver a oportunidade de assistir não deixe passar em branco.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
O Vale do Paraíso
Título no Brasil: O Vale do Paraíso
Título Original: Paradise Canyon
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Carl Pierson
Roteiro: Lindsley Parsons, Robert Emmett Tansey
Elenco: John Wayne, Marion Burns, Reed Howes, Earle Hodgins, Gino Corrado, Yakima Canutt
Sinopse:
John Wyatt (John Wayne) é um agente do governo americano, devidamente disfarçado de cowboy, que vai até uma pequena cidade da fronteira para investigar uma quadrilha de falsificadores, especializados em falsficações de dinheiro e documentos federais. O chefe do bando de bandidos atende pelo nome de Curly Joe Gale (Yakima Canutt), um ex-coronel confederado que almeja destruir o governo da União. Seu desejo de vingança porém terá que passar por cima dos planos de Wyatt.
Comentários:
Os filmes mais antigos da carreira de John Wayne nem sempre são muito lembrados. Os cinéfilos esquecem que John Wayne já era extremamente popular nos anos 30, quando começou a atuar em uma série infindável de filmes de western em estúdios como a Republic. De fato o ator foi se transformando em um astro justamente por essa época. A grande maioria dessas fitas eram produções simples, baratas, de orçamentos bem modestos e pequenos, que rendiam verdadeiras fortunas nas matinês de fim de semana. O público alvo era mesmo os mais jovens, a garotada. Por isso os filmes eram também de curta duração (esse aqui, "Paradise Canyon", por exemplo, só tinha 52 minutos de duração, incluindo os créditos!). John Wayne nessa época fazia uma linha que lembrava o maior ídolo do cinema de bang-bang: Tom Mix! Isso mesmo, o ator procurava seguir os passos de Mix, tanto na caracterização de seus personagens, como também nos figurinos. Wayne surgia em cena com enormes chapéus brancos que era uma das marcas registradas justamente do astro máximo Tom Mix. Curiosamente o tempo faria com que Mix fosse esquecido, enquanto John Wayne se transformaria no mito que todos conhecemos. O roteiro, como era de se esperar, era bem básico, o que não significava que fosse ruim, muito pelo contrário, era apenas característico daqueles tempos distantes e inocentes do cinema americano, onde a diversão era o mais importante de tudo em um filme. Sob esse ponto de vista conseguiram certamente chegar no que queriam."O Vale do Paraíso" é pura diversão pipoca!
Pablo Aluísio.
Título Original: Paradise Canyon
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Carl Pierson
Roteiro: Lindsley Parsons, Robert Emmett Tansey
Elenco: John Wayne, Marion Burns, Reed Howes, Earle Hodgins, Gino Corrado, Yakima Canutt
Sinopse:
John Wyatt (John Wayne) é um agente do governo americano, devidamente disfarçado de cowboy, que vai até uma pequena cidade da fronteira para investigar uma quadrilha de falsificadores, especializados em falsficações de dinheiro e documentos federais. O chefe do bando de bandidos atende pelo nome de Curly Joe Gale (Yakima Canutt), um ex-coronel confederado que almeja destruir o governo da União. Seu desejo de vingança porém terá que passar por cima dos planos de Wyatt.
Comentários:
Os filmes mais antigos da carreira de John Wayne nem sempre são muito lembrados. Os cinéfilos esquecem que John Wayne já era extremamente popular nos anos 30, quando começou a atuar em uma série infindável de filmes de western em estúdios como a Republic. De fato o ator foi se transformando em um astro justamente por essa época. A grande maioria dessas fitas eram produções simples, baratas, de orçamentos bem modestos e pequenos, que rendiam verdadeiras fortunas nas matinês de fim de semana. O público alvo era mesmo os mais jovens, a garotada. Por isso os filmes eram também de curta duração (esse aqui, "Paradise Canyon", por exemplo, só tinha 52 minutos de duração, incluindo os créditos!). John Wayne nessa época fazia uma linha que lembrava o maior ídolo do cinema de bang-bang: Tom Mix! Isso mesmo, o ator procurava seguir os passos de Mix, tanto na caracterização de seus personagens, como também nos figurinos. Wayne surgia em cena com enormes chapéus brancos que era uma das marcas registradas justamente do astro máximo Tom Mix. Curiosamente o tempo faria com que Mix fosse esquecido, enquanto John Wayne se transformaria no mito que todos conhecemos. O roteiro, como era de se esperar, era bem básico, o que não significava que fosse ruim, muito pelo contrário, era apenas característico daqueles tempos distantes e inocentes do cinema americano, onde a diversão era o mais importante de tudo em um filme. Sob esse ponto de vista conseguiram certamente chegar no que queriam."O Vale do Paraíso" é pura diversão pipoca!
Pablo Aluísio.
Na Pista do Traidor
Título no Brasil: Na Pista do Traidor
Título Original: Riders of Destiny
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Robert N. Bradbury
Elenco: John Wayne, Cecilia Parker, Forrest Taylor, George 'Gabby' Hayes, Yakima Canutt, Al St. John
Sinopse:
James Kincaid (Forrest Taylor) é um bandoleiro fora-da-lei que começa a dominar as fontes de água em uma região com muitos desertos no velho oeste americano. Ele planeja ter o controle de todas elas para extorquir os fazendeiros e criadores de gado. O governo americano então envia um agente disfarçado, Singin' Sandy Saunders (John Wayne), para garantir o acesso à água de todos os cidadãos e moradores do lugar, o que obviamente dá origem a um confronto entre ele o bandido, tudo culminando em um duelo mortal pelas areias escaldantes do deserto.
Comentários:
Mais um filme pioneiro de John Wayne nos estúdios da Republic. Durante muitas décadas pensou-se que essas primeiras fitas com o astro John Wayne tinham se perdido para sempre, pois os acervos de velhos estúdios, há muito fechados, como a Republic, tinham desaparecido. Para alguns tudo teria sido destruído em um grande incêndio nos anos 50. Assim se pensou até que nos anos 70 um antigo colecionador, fã de John Wayne, resolveu doar suas cópias (as únicas ainda existentes) para uma instituição de preservação de filmes antigos da Califórnia. Esse "Riders of Destiny" fazia parte dessa coleção. Nos anos 90 a maioria desses curtas e média-metragens - que tinham no máximo 60 minutos de duração - foram lançados em boxes nos Estados Unidos e Europa no formato de DVD. Uma excelente notícia pois dessa forma essas obras cinematográficas se tornam mais preservadas para a posteridade. De modo em geral o filme segue uma linha industrial que era bem comum na época. Os roteiros são bem simplificados, explorando o eterno duelo entre o bem e o mal. John Wayne, ainda bem jovem, já se destacava, com seus maneirismos típicos. A lenda ainda não estava completamente formada, mas já demonstrava sinais do que um dia iria se tornar.
Pablo Aluísio
Título Original: Riders of Destiny
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Robert N. Bradbury
Elenco: John Wayne, Cecilia Parker, Forrest Taylor, George 'Gabby' Hayes, Yakima Canutt, Al St. John
Sinopse:
James Kincaid (Forrest Taylor) é um bandoleiro fora-da-lei que começa a dominar as fontes de água em uma região com muitos desertos no velho oeste americano. Ele planeja ter o controle de todas elas para extorquir os fazendeiros e criadores de gado. O governo americano então envia um agente disfarçado, Singin' Sandy Saunders (John Wayne), para garantir o acesso à água de todos os cidadãos e moradores do lugar, o que obviamente dá origem a um confronto entre ele o bandido, tudo culminando em um duelo mortal pelas areias escaldantes do deserto.
Comentários:
Mais um filme pioneiro de John Wayne nos estúdios da Republic. Durante muitas décadas pensou-se que essas primeiras fitas com o astro John Wayne tinham se perdido para sempre, pois os acervos de velhos estúdios, há muito fechados, como a Republic, tinham desaparecido. Para alguns tudo teria sido destruído em um grande incêndio nos anos 50. Assim se pensou até que nos anos 70 um antigo colecionador, fã de John Wayne, resolveu doar suas cópias (as únicas ainda existentes) para uma instituição de preservação de filmes antigos da Califórnia. Esse "Riders of Destiny" fazia parte dessa coleção. Nos anos 90 a maioria desses curtas e média-metragens - que tinham no máximo 60 minutos de duração - foram lançados em boxes nos Estados Unidos e Europa no formato de DVD. Uma excelente notícia pois dessa forma essas obras cinematográficas se tornam mais preservadas para a posteridade. De modo em geral o filme segue uma linha industrial que era bem comum na época. Os roteiros são bem simplificados, explorando o eterno duelo entre o bem e o mal. John Wayne, ainda bem jovem, já se destacava, com seus maneirismos típicos. A lenda ainda não estava completamente formada, mas já demonstrava sinais do que um dia iria se tornar.
Pablo Aluísio
domingo, 17 de setembro de 2017
Homens em Revolta
Título no Brasil: Homens em Revolta
Título Original: Untamed Frontier
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Hugo Fregonese
Roteiro: Gerald Drayson Adams, John Bagni
Elenco: Joseph Cotten, Shelley Winters, Scott Brady, Lee Van Cleef, Suzan Ball, Minor Watson, José Torvay
Sinopse:
Após matar um homem desarmado, Glenn Denbow (Scott Brady) é acusado de assassinato. Sua única esperança de não ser enforcado é que a única testemunha do crime, a garçonete Jane Stevens (Shelley Winters), não testemunhe contra ele no tribunal. Como ela sempre teve uma quedinha por ele, Glenn decide se casar às pressas com a garota, pois assim Jane não poderia ir ao tribunal prestar testemunho contra seu próprio marido. Glenn é um sujeito rico, filho de um clã poderoso de criadores de gado, mas não se endireita na vida, sempre se envolvendo em problemas, o que aumenta ainda mais o desgosto de seu pai, o latifundiário Matt Denbow.
Comentários:
Esse é um faroeste da Universal que nem é muito conhecido, mas que vale a pena por ter uma boa estória e um bom roteiro. A trama gira em torno da família Denbow, um clã rico, dono de vastas terras na fronteira entre o Texas e o México. Com 40 mil cabeças de gado eles começam a ter problemas com invasores de sua propriedade, colonos que viajam rumo ao oeste. Isso acaba criando uma grande tensão na região. Para piorar o herdeiro Glenn é um sujeito pusilânime, mau caráter e criador de problemas. Ele se casa com uma garçonete (Winters) para fugir da lei, porém mesmo depois de casado não melhora em nada, continuando com as bebedeiras e as brigas nos saloons da cidade. Seu pai assim acaba elegendo seu sobrinho, o correto Kirk Denbow (interpretado pelo astro do filme, Joseph Cotten), como seu braço direito na condução da fazenda. Ele, por sua vez, acaba se apaixonando pela esposa do primo... Jane (Winters)! Nem é preciso ser muito perspicaz para entender que algo assim definitivamente não poderia acabar bem. O filme é muito interessante, bem fotografado e apesar da curta duração não decepciona em nenhum momento. A grande estrela desse western vem da presença de Shelley Winters. Ela tem a personagem mais bem desenvolvida e se formos pensar bem todo o enredo gira em torno justamente dela. É uma garota pobre que acaba entrando em uma rica família latifundiária, se destacando por causa de sua personalidade firme e cheia de boas opiniões. Até o velho patriarca acaba gostando dela, apesar das circunstâncias nada normais envolvendo seu casamento com o filho. No geral não posso negar, acabei gostando bastante. Sim, é um faroeste até simples, porém bem eficiente. Vale a sessão.
Pablo Aluísio.
Título Original: Untamed Frontier
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Hugo Fregonese
Roteiro: Gerald Drayson Adams, John Bagni
Elenco: Joseph Cotten, Shelley Winters, Scott Brady, Lee Van Cleef, Suzan Ball, Minor Watson, José Torvay
Sinopse:
Após matar um homem desarmado, Glenn Denbow (Scott Brady) é acusado de assassinato. Sua única esperança de não ser enforcado é que a única testemunha do crime, a garçonete Jane Stevens (Shelley Winters), não testemunhe contra ele no tribunal. Como ela sempre teve uma quedinha por ele, Glenn decide se casar às pressas com a garota, pois assim Jane não poderia ir ao tribunal prestar testemunho contra seu próprio marido. Glenn é um sujeito rico, filho de um clã poderoso de criadores de gado, mas não se endireita na vida, sempre se envolvendo em problemas, o que aumenta ainda mais o desgosto de seu pai, o latifundiário Matt Denbow.
Comentários:
Esse é um faroeste da Universal que nem é muito conhecido, mas que vale a pena por ter uma boa estória e um bom roteiro. A trama gira em torno da família Denbow, um clã rico, dono de vastas terras na fronteira entre o Texas e o México. Com 40 mil cabeças de gado eles começam a ter problemas com invasores de sua propriedade, colonos que viajam rumo ao oeste. Isso acaba criando uma grande tensão na região. Para piorar o herdeiro Glenn é um sujeito pusilânime, mau caráter e criador de problemas. Ele se casa com uma garçonete (Winters) para fugir da lei, porém mesmo depois de casado não melhora em nada, continuando com as bebedeiras e as brigas nos saloons da cidade. Seu pai assim acaba elegendo seu sobrinho, o correto Kirk Denbow (interpretado pelo astro do filme, Joseph Cotten), como seu braço direito na condução da fazenda. Ele, por sua vez, acaba se apaixonando pela esposa do primo... Jane (Winters)! Nem é preciso ser muito perspicaz para entender que algo assim definitivamente não poderia acabar bem. O filme é muito interessante, bem fotografado e apesar da curta duração não decepciona em nenhum momento. A grande estrela desse western vem da presença de Shelley Winters. Ela tem a personagem mais bem desenvolvida e se formos pensar bem todo o enredo gira em torno justamente dela. É uma garota pobre que acaba entrando em uma rica família latifundiária, se destacando por causa de sua personalidade firme e cheia de boas opiniões. Até o velho patriarca acaba gostando dela, apesar das circunstâncias nada normais envolvendo seu casamento com o filho. No geral não posso negar, acabei gostando bastante. Sim, é um faroeste até simples, porém bem eficiente. Vale a sessão.
Pablo Aluísio.
O Gaúcho
Título no Brasil: O Gaúcho
Título Original: Way of a Gaucho
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jacques Tourneur
Roteiro: Philip Dunne
Elenco: Rory Calhoun, Gene Tierney, Richard Boone, Hugh Marlowe, Everett Sloane, Enrique Chaico
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Herbert Childs, o filme narra a estória de Martin Penalosa (Rory Calhoun), um típico gaúcho dos Pampas argentinos. Durante uma festa na fazenda de seu patrão ele discute com outro empregado e ambos entram em uma feroz luta de punhais, onde ele acaba matando seu oponente. Preso e condenado, é levado para um distante grupamento do exército para servir como soldado (na época era comum penas serem cumpridas dessa forma). Depois de um ataque de nativos da região ele decide desertar. Foge e acaba se tornando líder de um grupo de bandoleiros na fronteira.
Comentários:
Um filme diferente onde sai de cena o cowboy dos Estados Unidos para entrar o Gaúcho argentino dos Pampas. Logo no começo do filme o espectador é informado que grande parte do que verá na tela foi realmente filmado na Argentina, o que no mínimo trouxe uma bonita fotografia para a produção. Como era de se esperar de um filme como esse, filmado nos anos 1950, o roteiro é dos mais simples. O ator Rory Calhoun interpreta um gaúcho da fronteira que se torna um bandoleiro perigoso, líder de um grupo de rebeldes. Adotando o nome revolucionário de Valverde ele espalha medo e pânico entre as opressivas autoridades da região. Até aí tudo bem, o problema é que ele tem um relacionamento muito próximo com um deputado, político influente de Buenos Aires, o filho de seu antigo padrão, que sempre o tratou como se fosse a um irmão. Esse faz de tudo para que ele abandone a vida do crime e se entregue para ser julgado. Além disso está apaixonado pela bela Teresa Chavez (Gene Tierney) que, a despeito de sua vida de fugitivo, resolve se casar com ele. O ator Rory Calhoun tinha pouco carisma, talvez por isso nunca tenha se tornado um astro de verdade. Seu personagem, o do gaúcho bandoleiro, tem problemas, pois em essência é um bandido, um fora-da-lei, que promove assaltos e roubos. Não na linha de um romântico Robin Hood argentino, mas sim como bandoleiro mesmo, capaz de atos completamente reprováveis. Como transformar alguém assim em mocinho? Complicado! Para contrabalancear isso resolveram destacar seu lado religioso, mas no geral a tentativa de transformá-lo em um verdadeiro herói vai por água abaixo. Por ser uma fita curta, que mal chega nos 80 minutos de duração, o filme se torna assistível, porém nunca chega a ser grandioso ou nada do tipo. Obviamente está muito datado em diversos aspectos (como o romance pouco convincente), mas até que apresenta algumas boas cenas de ação e combates. Em termos amplos é apenas uma diversão romântica ligeira de um passado nostálgico.
Pablo Aluísio.
Título Original: Way of a Gaucho
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jacques Tourneur
Roteiro: Philip Dunne
Elenco: Rory Calhoun, Gene Tierney, Richard Boone, Hugh Marlowe, Everett Sloane, Enrique Chaico
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Herbert Childs, o filme narra a estória de Martin Penalosa (Rory Calhoun), um típico gaúcho dos Pampas argentinos. Durante uma festa na fazenda de seu patrão ele discute com outro empregado e ambos entram em uma feroz luta de punhais, onde ele acaba matando seu oponente. Preso e condenado, é levado para um distante grupamento do exército para servir como soldado (na época era comum penas serem cumpridas dessa forma). Depois de um ataque de nativos da região ele decide desertar. Foge e acaba se tornando líder de um grupo de bandoleiros na fronteira.
Comentários:
Um filme diferente onde sai de cena o cowboy dos Estados Unidos para entrar o Gaúcho argentino dos Pampas. Logo no começo do filme o espectador é informado que grande parte do que verá na tela foi realmente filmado na Argentina, o que no mínimo trouxe uma bonita fotografia para a produção. Como era de se esperar de um filme como esse, filmado nos anos 1950, o roteiro é dos mais simples. O ator Rory Calhoun interpreta um gaúcho da fronteira que se torna um bandoleiro perigoso, líder de um grupo de rebeldes. Adotando o nome revolucionário de Valverde ele espalha medo e pânico entre as opressivas autoridades da região. Até aí tudo bem, o problema é que ele tem um relacionamento muito próximo com um deputado, político influente de Buenos Aires, o filho de seu antigo padrão, que sempre o tratou como se fosse a um irmão. Esse faz de tudo para que ele abandone a vida do crime e se entregue para ser julgado. Além disso está apaixonado pela bela Teresa Chavez (Gene Tierney) que, a despeito de sua vida de fugitivo, resolve se casar com ele. O ator Rory Calhoun tinha pouco carisma, talvez por isso nunca tenha se tornado um astro de verdade. Seu personagem, o do gaúcho bandoleiro, tem problemas, pois em essência é um bandido, um fora-da-lei, que promove assaltos e roubos. Não na linha de um romântico Robin Hood argentino, mas sim como bandoleiro mesmo, capaz de atos completamente reprováveis. Como transformar alguém assim em mocinho? Complicado! Para contrabalancear isso resolveram destacar seu lado religioso, mas no geral a tentativa de transformá-lo em um verdadeiro herói vai por água abaixo. Por ser uma fita curta, que mal chega nos 80 minutos de duração, o filme se torna assistível, porém nunca chega a ser grandioso ou nada do tipo. Obviamente está muito datado em diversos aspectos (como o romance pouco convincente), mas até que apresenta algumas boas cenas de ação e combates. Em termos amplos é apenas uma diversão romântica ligeira de um passado nostálgico.
Pablo Aluísio.
sábado, 16 de setembro de 2017
Duelo Sangrento
Título no Brasil: Duelo Sangrento
Título Original: The Kid from Texas
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Kurt Neumann
Roteiro: Robert Hardy Andrews
Elenco: Audie Murphy, Gale Storm, Albert Dekker, Shepperd Strudwick, William Talman, Martin Garralaga
Sinopse:
O jovem William Bonney (Audie Murphy) chega em uma nova cidade do condado de Lincoln em busca de trabalho. Ele acaba conhecendo um rancheiro que lhe oferece apoio e amizade, lhe arranjando emprego e moradia. Pouco tempo depois seu patrão é covardemente assassinado. Assim Bonney, agora conhecido como "Billy The Kid", resolve vingar sua morte.
Comentários:
A década de 1950 começou e finalmente Audie Murphy encontrou seu caminho em Hollywood. O filme se chamava "Duelo Sangrento" e era a produção ideal que Murphy tanto esperava. Nesse western que tinha o título original de "The Kid from Texas", Murphy interpretava nada mais, nada menos do que um dos personagens históricos mais famosos da mitologia do velho oeste, o pistoleiro William Bonney, mais conhecido como 'Billy the Kid'. É curioso que quando a Universal contratou o diretor Kurt Neumann para dirigir o faroeste esse indicou ao estúdio o próprio Audie Murphy com quem havia trabalhado no filme anterior. Não haveria ninguém melhor para atuar como Kid. A crítica de um modo geral gostou do filme. Para muitos seria um "bom pequeno filme". Outra atração é que ele foi lançado em cores, considerado ainda na época como um sinal de capricho, de que a produção era realmente boa e que o estúdio confiava no sucesso. Historicamente o filme não era muito preciso. Billy The Kid não nasceu no Texas, como fazia supor o roteiro, ele havia nascido em Nova Iorque. Porém de uma maneira em geral aspectos históricos reais da vida de Kid foram mantidos, como seu envolvimento na guerra do condado de Lincoln.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Kid from Texas
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Kurt Neumann
Roteiro: Robert Hardy Andrews
Elenco: Audie Murphy, Gale Storm, Albert Dekker, Shepperd Strudwick, William Talman, Martin Garralaga
Sinopse:
O jovem William Bonney (Audie Murphy) chega em uma nova cidade do condado de Lincoln em busca de trabalho. Ele acaba conhecendo um rancheiro que lhe oferece apoio e amizade, lhe arranjando emprego e moradia. Pouco tempo depois seu patrão é covardemente assassinado. Assim Bonney, agora conhecido como "Billy The Kid", resolve vingar sua morte.
Comentários:
A década de 1950 começou e finalmente Audie Murphy encontrou seu caminho em Hollywood. O filme se chamava "Duelo Sangrento" e era a produção ideal que Murphy tanto esperava. Nesse western que tinha o título original de "The Kid from Texas", Murphy interpretava nada mais, nada menos do que um dos personagens históricos mais famosos da mitologia do velho oeste, o pistoleiro William Bonney, mais conhecido como 'Billy the Kid'. É curioso que quando a Universal contratou o diretor Kurt Neumann para dirigir o faroeste esse indicou ao estúdio o próprio Audie Murphy com quem havia trabalhado no filme anterior. Não haveria ninguém melhor para atuar como Kid. A crítica de um modo geral gostou do filme. Para muitos seria um "bom pequeno filme". Outra atração é que ele foi lançado em cores, considerado ainda na época como um sinal de capricho, de que a produção era realmente boa e que o estúdio confiava no sucesso. Historicamente o filme não era muito preciso. Billy The Kid não nasceu no Texas, como fazia supor o roteiro, ele havia nascido em Nova Iorque. Porém de uma maneira em geral aspectos históricos reais da vida de Kid foram mantidos, como seu envolvimento na guerra do condado de Lincoln.
Pablo Aluísio.
Audácia Entre Adversários
Título no Brasil: Audácia Entre Adversários
Título Original: Wild Horse Mesa
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Zane Grey, Harold Shumate
Elenco: Randolph Scott, Sally Blane, Fred Kohler, Lucille La Verne, Charley Grapewin, James Bush
Sinopse:
O roteiro desse western é bem interessante, mostrando os conflitos e lutas de um rancheiro chamado Chane Weymer (Randolph Scott). Ele é um homem de bem, honesto, que apenas deseja tocar sua vida em uma região inóspita, bem no meio do deserto do Arizona, mas que para isso terá que enfrentar vilões e facínoras.
Comentários:
O diretor Henry Hathaway voltou a pedir ao estúdio que contratasse Randolph Scott para mais um faroeste. Ele havia assinado para trabalhar na direção da adaptação para as telas de cinema do romance de Zane Grey. Em sua visão apenas Scott tinha os atributos para interpretar o personagem principal, um cowboy chamado Chane Weymer. O filme iria se chamar "Wild Horse Mesa" (no Brasil recebeu o título de "Audácia Entre Adversários"). As filmagens foram feitas em locações desérticas, algo que exigiu muito do elenco e da equipe técnica. Scott ficou bem amigo da estrela do filme, Sally Blane. Essa aproximação (que não passava de simples amizade) acabou caindo nas revistas de fofocas, onde se dizia que os dois atores estavam tendo um caso no set de filmagens. "Pura mentira, mas que ajudava a promover o filme" - relembraria anos depois o próprio ator. "Wild Horse Mesa" foi sucesso de bilheteria. Ainda hoje é cultuado pelos fãs do gênero western. Um bom filme certamente, embora não fugisse muita da mitologia auto centrada que os estúdios de cinema tinham criado para os filmes de faroeste. Havia o mocinho, a mocinha que seria conquistada, os vilões malvados e, é claro, a exuberância dos cenários naturais. A diferença é que o filme foi dirigido pelo grande e talentoso cineasta Henry Hathaway que iria se notabilizar em Hollywood pela diversidade de filmes que dirigiu. Embora tenha feito também grandes filmes de western, inclusive ao lado de John Wayne, esse cineasta procurava ser o mais eclético possível, passeando por todos os tipos de filmes, sem ficar preso a nenhum gênero.
Pablo Aluísio.
Título Original: Wild Horse Mesa
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Zane Grey, Harold Shumate
Elenco: Randolph Scott, Sally Blane, Fred Kohler, Lucille La Verne, Charley Grapewin, James Bush
Sinopse:
O roteiro desse western é bem interessante, mostrando os conflitos e lutas de um rancheiro chamado Chane Weymer (Randolph Scott). Ele é um homem de bem, honesto, que apenas deseja tocar sua vida em uma região inóspita, bem no meio do deserto do Arizona, mas que para isso terá que enfrentar vilões e facínoras.
Comentários:
O diretor Henry Hathaway voltou a pedir ao estúdio que contratasse Randolph Scott para mais um faroeste. Ele havia assinado para trabalhar na direção da adaptação para as telas de cinema do romance de Zane Grey. Em sua visão apenas Scott tinha os atributos para interpretar o personagem principal, um cowboy chamado Chane Weymer. O filme iria se chamar "Wild Horse Mesa" (no Brasil recebeu o título de "Audácia Entre Adversários"). As filmagens foram feitas em locações desérticas, algo que exigiu muito do elenco e da equipe técnica. Scott ficou bem amigo da estrela do filme, Sally Blane. Essa aproximação (que não passava de simples amizade) acabou caindo nas revistas de fofocas, onde se dizia que os dois atores estavam tendo um caso no set de filmagens. "Pura mentira, mas que ajudava a promover o filme" - relembraria anos depois o próprio ator. "Wild Horse Mesa" foi sucesso de bilheteria. Ainda hoje é cultuado pelos fãs do gênero western. Um bom filme certamente, embora não fugisse muita da mitologia auto centrada que os estúdios de cinema tinham criado para os filmes de faroeste. Havia o mocinho, a mocinha que seria conquistada, os vilões malvados e, é claro, a exuberância dos cenários naturais. A diferença é que o filme foi dirigido pelo grande e talentoso cineasta Henry Hathaway que iria se notabilizar em Hollywood pela diversidade de filmes que dirigiu. Embora tenha feito também grandes filmes de western, inclusive ao lado de John Wayne, esse cineasta procurava ser o mais eclético possível, passeando por todos os tipos de filmes, sem ficar preso a nenhum gênero.
Pablo Aluísio.
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