Os Papas Assassinados
Durante séculos o posto de Papa foi extremamente poderoso no mundo ocidental e em razão disso também muito perigoso para seus ocupantes. A questão é que o Papado tinha poder e influência sobre os povos de reinos de todo o mundo conhecido. Muitos monarcas tinham que contar com o apoio dos Papas para sobreviverem no poder em suas próprias nações. Nem sempre isso era possível. Por essa razão muitos nobres na Idade Média promoveram complôs para matarem os Papas de sua época. Alguns deles realmente foram mortos enquanto estavam no trono de São Pedro, outros foram destituídos de seu poder e mortos logo depois. Vários Papas foram assassinados por ordens diretas de Reis e Rainhas. Outro ponto que fomentava esse tipo de crime infame era a própria luta pelo poder no Vaticano. Famílias nobres da Europa sonhavam em ter algum Papa proveniente de seu clã no posto mais alto da Igreja Católica. Assim era comum a disputa de membros de famílias influentes para subirem ao trono papal. Algumas dessas histórias nos lembram até mesmo em certos aspectos da própria história de Cristo e Judas. Muitos Papas foram traídos e mortos por complôs liderados por pessoas próximas, que eram considerados amigos e irmãos, mostrando que a vida de Jesus acabou se refletindo pelos corredores do Vaticano durante a era medieval. Esse período negro da história vitimou muitos Papas, vamos conhecer alguns deles:
Papa Estevão I (254 - 257)
Foi o primeiro Papa a ser assassinado no trono. Em uma época ainda primitiva da Igreja Católica, Estevão lutou pela união da doutrina religiosa dentro do catolicismo. Enfrentou opositores poderosos, principalmente de setores da Igreja na África e Ásia. Também precisou combater as ideias de Cipriano de Cartago, que defendia uma relativização dos dogmas católicos. Além de enfrentar oposição interna também teve que enfrentar a perseguição romana, tendo sido decapitado por ser cristão em 257 por ordens do Imperador Valeriano. Era o auge da perseguição do Império Romano contra aquela nova fé que crescia cada vez mais dentro da sociedade, o cristianismo.
Papa João VIII (872 - 882)
Passou dez anos no poder. No trono de Pedro evitou uma grande guerra entre os herdeiros do reino Franco. Assim colocou no trono do Reino Franco ocidental, Carlos, o Calvo e no trono do Reino Franco Oriental, Carlos III, o Gordo. Depois foi abandonado pelo dois monarcas quando Roma foi sitiada e pilhada por forças árabes muçulmanas. Para evitar um genocídio de cristãos o Papa João VIII abriu os cofres da Igreja Católica e pagou um tributo que quebrou as finanças da Igreja. Depois caiu vítima de um complô que contou inclusive com seus próprios familiares, sendo morto envenenado provavelmente por seu próprio sobrinho. Uma lenda antiga afirma que ele sobreviveu ao veneno, mas acabou sendo martirizada de forma cruel, com marteladas na cabeça!
Adriano III (884 - 885)
Adriano teve um papado breve e tumultuado. Logo que assumiu o poder aceitou o convite de Carlos III para visitar seu reino. Era uma armadilha. Carlos III queria colocar seu próprio candidato no trono de Pedro e por essa razão era preciso eliminar Adriano III. Oficialmente foi dado como morto durante a viagem por problemas de saúde, mas cronistas da época afirmam que sua carruagem foi cercada por mercenários contratados por Carlos. Colocado para fora do veículo foi morto sumariamente com golpes de espada. Foi enterrado no mosteiro de Nonantola, onde até hoje sua memória é cultuada e reverenciada por moradores da região.
Estevão VI (896 - 897)
Essa foi realmente uma época muito perigosa para se tornar um Papa. Pouco tempo depois dos assassinatos de João VIII e Adriano III, outro Papa foi morto por envenenamento, o terceiro em menos de vinte anos. A vítima foi Estevão VI, que também ocupou o trono por apenas um ano! Estevão foi o escolhido após a morte de Bonifácio VI, sendo indicado a dedo pela poderosa família Espoleto para subir ao poder com o objetivo de confirmar Lamberto de Espoleto como o novo Imperador. Pressionado por Ageltrudes Espoleto, a mãe do imperador, acabou tendo seu papado marcado pelo lamentável "Sínodo do Cadáver". Acontece que a família Espoleto queria que o falecido Papa Formoso fosse julgado e declarado culpado por inúmeros crimes supostamente cometidos durante seu reinado. Assim seu corpo foi retirado de sua cova, levado para um tribunal e lá considerado culpado de todos os crimes que lhe acusavam. Depois desse absurdo uma dose letal de veneno foi colocada na comida de Estevão, provavelmente sob ordens diretas da própria Ageltrudes Espoleto.
Leão V (903)
Outro Papa que morreu supostamente estrangulado. Veio de família humilde. Seu pai era um pobre homem que vivia do campo. Sua mãe valorizava imensamente a educação e deu a Leão a melhor base educacional que era possível naquela época. Logo se tornou um jovem muito culto e muito versado na história de Jesus. Sua sabedoria chamou a atenção do clero e em pouco tempo entrou para os quadros da Igreja Católica. Considerado um homem de valor e muito virtuoso em sua vida pessoal foi rapidamente subindo na hierarquia do catolicismo. Foi eleito Papa em 903, em uma eleição tumultuada, onde um candidato apoiado por nobres foi derrotado por ele, que tinha origem bem pobre e simples. O resultado enfureceu nobres de Roma que começaram a planejar um complô para seu fim. Assim acabou sendo preso após um tumulto, acusado de crimes que jamais cometeu, menos de dois meses após subir ao trono de Pedro. Segundo algumas fontes foi traído por um capelão chamado Cristóvão, que pensou de forma equivocada que seria o próximo Papa. Depois que Leão foi preso simplesmente desapareceu. Seu corpo nunca foi encontrado. Alguns historiadores afirmam que foi morto sob ordens diretas de Sérgio III, o Papa que o sucedeu.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
domingo, 14 de agosto de 2011
Os Santos Inocentes
Herodes, o Grande, Rei da Judéia, era um monarca completamente insano e brutal. Ditador perpétuo colocado no trono pelos romanos, ele não gozava da menor popularidade entre o seu povo que o via apenas como um traidor miserável que se mantinha no poder por causa do poder militar e econômico da Roma Imperial. Era um fantoche do imperador romano. Também era um herege que pouco se importava com assuntos religiosos. Seu governo de sangue e opressão era odiado pelos judeus da época. Por isso o maior medo de Herodes era ser deposto do trono pelo tão aguardado "messias" tal como estava previsto nos antigos textos escritos pelos profetas. Completamente paranóico e corroído pelo ganância de riquezas e poder, ele não pensou duas vezes antes de matar sua própria esposa, seu irmão, dois cunhados e vários tios e primos. Todos eles representavam perigo ao seu reinado segundo sua própria visão distorcida e imunda do mundo ao seu redor.
Assim quando começou a circular a história de que um messias estaria nascendo por causa do surgimento da estrela de Belém, Herodes ficou extremamente perturbado com o fato! Desesperado, mandou chamar seus magos para que consultassem as mensagens vindas das estrelas e dos corpos celestiais para que pudesse tomar alguma medida. Herodes então foi informado que as escrituras estavam sendo cumpridas, de que o Messias acabara de nascer em Belém como havia sido previsto. O futuro rei dos Judeus já estava entre nós! De forma astuta Herodes disse que queria saber a exata localização da criança pois queria lhe prestar homenagens. Uma mentira pois de fato ele queria saber onde se encontrava o messias recém-nascido para matá-lo imediatamente, pois acreditava que no futuro ele seria deposto de seus poderes justamente por essa criança abençoada.
Um anjo então foi enviado a Maria e José para lhes informar do perigo que corriam. Eles deveriam pegar o pequeno Jesus para seguirem viagem em segurança até o Egito onde estariam livres das perseguições de Herodes. O insano monarca judeu ficou furioso por não conseguir encontrar e localizar o menino Jesus. Em um ato de extrema brutalidade e insanidade mandou matar todos os meninos recém-nascidos de Belém e arredores. Não satisfeito ainda mandou assassinar todos os garotos de até dois anos de idade, como precaução caso seus magos estivessem enganados sobre a data certa do nascimento do messias. O horror do massacre e a devastação das mães e dos pais levou Mateus a citar Jeremias: “Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos e não quer ser consolada, pois não existem mais”. (Mateus 2:18).
A Igreja Católica relembra a morte dessas crianças nesse dia dos Santos Inocentes. Bebês indefesos que foram martirizados pela ira de um rei louco e sedento de poder. Estão todas glorificadas na glória de Deus, enquanto Herodes, o monstro, está beijando o mármore das fossas abissais do inferno. A justiça de Deus nunca falha.
Pablo Aluísio.
Assim quando começou a circular a história de que um messias estaria nascendo por causa do surgimento da estrela de Belém, Herodes ficou extremamente perturbado com o fato! Desesperado, mandou chamar seus magos para que consultassem as mensagens vindas das estrelas e dos corpos celestiais para que pudesse tomar alguma medida. Herodes então foi informado que as escrituras estavam sendo cumpridas, de que o Messias acabara de nascer em Belém como havia sido previsto. O futuro rei dos Judeus já estava entre nós! De forma astuta Herodes disse que queria saber a exata localização da criança pois queria lhe prestar homenagens. Uma mentira pois de fato ele queria saber onde se encontrava o messias recém-nascido para matá-lo imediatamente, pois acreditava que no futuro ele seria deposto de seus poderes justamente por essa criança abençoada.
Um anjo então foi enviado a Maria e José para lhes informar do perigo que corriam. Eles deveriam pegar o pequeno Jesus para seguirem viagem em segurança até o Egito onde estariam livres das perseguições de Herodes. O insano monarca judeu ficou furioso por não conseguir encontrar e localizar o menino Jesus. Em um ato de extrema brutalidade e insanidade mandou matar todos os meninos recém-nascidos de Belém e arredores. Não satisfeito ainda mandou assassinar todos os garotos de até dois anos de idade, como precaução caso seus magos estivessem enganados sobre a data certa do nascimento do messias. O horror do massacre e a devastação das mães e dos pais levou Mateus a citar Jeremias: “Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos e não quer ser consolada, pois não existem mais”. (Mateus 2:18).
A Igreja Católica relembra a morte dessas crianças nesse dia dos Santos Inocentes. Bebês indefesos que foram martirizados pela ira de um rei louco e sedento de poder. Estão todas glorificadas na glória de Deus, enquanto Herodes, o monstro, está beijando o mármore das fossas abissais do inferno. A justiça de Deus nunca falha.
Pablo Aluísio.
Papa Paulo I
O Papa Paulo I subiu ao trono de Pedro em maio de 757, em uma época particularmente complicada para Roma e a Igreja. Ele era irmão do Papa Estevão II, a quem sucedeu se tornando assim o 93.º papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Sua eleição se deu após uma intensa disputa entre os cardeais que desejavam a continuidade da política de Estado implantada por Estevão II e os reformistas liberais que desejavam eleger um Papa não italiano. Esse não foi o único caso na história em que dois irmãos se tornaram Papas. Bento VIII e João XIX também eram irmãos e se tornaram bispos de Roma. De qualquer maneira a eleição de Paulo I levantou a questão da sucessão Papal, onde ficou plenamente afastada a possibilidade de qualquer tipo de sucessão hereditária, como acontecia nas monarquias da época. Os defensores de Paulo I afirmavam que tudo não passava de uma mera casualidade histórica e não uma regra que deveria se seguir dali em diante.
Os Estados Papais sofriam o perigo da presença de Desidério, rei dos Lombardos, nos muros da cidade eterna. Dando sequência às políticas de destruição e conquista de cidades romanas, o monarca bárbaro queria colocar as mãos em Roma, a cidade mais cobiçada daqueles tempos brutais e hostis. Os exércitos do Papa não tinham poder bélico para controlar uma iminente invasão Lombarda e assim Paulo I precisou do apoio de um outro rei poderoso da época chamado Pepino, Rei dos Francos. Sabendo do risco que a cristandade poderia sofrer o rei Pepino jurou lealdade ao Papa, prometendo que iria defender Roma no caso de uma invasão dos Lombardos e o convidando para se tornar padrinho de sua pequena filha Gisela. A aliança entre Roma e os Francos assim se fortaleceu e continuaria por séculos, se intensificando com o reinado de Carlos Magno, futuro herdeiro do império Franco.
Se no campo diplomático Paulo I conseguiu uma certa estabilidade política para Roma, no plano interno resolveu adotar uma forma de governar a cidade de maneira misericordiosa e mais humana. Anistiou condenados à morte, promoveu a humanização das masmorras medievais da cidade e determinou o fim de sofrimentos degradantes aos prisioneiros. Todos deveriam ser tratados com misericórdia. Também determinou que a Igreja se empenhasse em arrecadar fundos para pagar as dívidas daqueles que estavam presos por insolvência pessoal. Para completar sua política de caridade e ajuda aos mais necessitados resolveu promover uma campanha de arrecadação de alimentos para os famintos da cidade. As famílias ricas deveriam criar um fundo de apoio aos mais pobres. Os membros do clero foram orientados a distribuírem a comida pela noite adentro, deixando cestas básicas nas portas das casas mais humildes. Para Paulo I era inadmissível que ainda houvesse fome entre a população romana.
Também empolgado pela vida dos monges mandou construir belas edificações para servirem de monastérios, escolas e hospitais, muitos deles administrados por grupos de religiosos que dedicavam sua vida ao próximo. Assim fundou o convento de São Silvestre no ano de 761. Depois com o apoio de monges gregos ergueu a capela de Santa Petronila, dedicada à filha de Pedro, o primeiro Papa. Usando como base sua política de alianças mandou ainda erguer uma bela igreja em honra à monarquia franca, que ficou conhecida como Igreja dos Reis Francos (onde muitos deles seriam enterrados no séculos seguintes). Também conseguiu selar um tratado de paz entre Francos e Lombardos, evitando um terrível derramamento de sangue, caso os dois reinos entrassem em guerra. Para seu desapontamento porém não conseguiu melhorar as relações com a Igreja Oriental, sediada em Constantinopla, mesmo tendo se empenhado pessoalmente para que isso acontecesse. Paulo I reinou em Roma por exatos dez anos, morrendo de causas naturais em 767. Foi sucedido por Estêvão III, um papa nascido na Sicília, mas sem parentesco com ele e Estevão II, que teve que enfrentar uma grave crise na Igreja Católica com o surgimento de dois anti-papas nos anos seguintes, Constantino e Filipe. A duras penas porém conseguiu manter a unidade dentro da Igreja, fazendo jus ao legado dos irmãos Estevão e Paulo.
Pablo Aluísio.
Os Estados Papais sofriam o perigo da presença de Desidério, rei dos Lombardos, nos muros da cidade eterna. Dando sequência às políticas de destruição e conquista de cidades romanas, o monarca bárbaro queria colocar as mãos em Roma, a cidade mais cobiçada daqueles tempos brutais e hostis. Os exércitos do Papa não tinham poder bélico para controlar uma iminente invasão Lombarda e assim Paulo I precisou do apoio de um outro rei poderoso da época chamado Pepino, Rei dos Francos. Sabendo do risco que a cristandade poderia sofrer o rei Pepino jurou lealdade ao Papa, prometendo que iria defender Roma no caso de uma invasão dos Lombardos e o convidando para se tornar padrinho de sua pequena filha Gisela. A aliança entre Roma e os Francos assim se fortaleceu e continuaria por séculos, se intensificando com o reinado de Carlos Magno, futuro herdeiro do império Franco.
Se no campo diplomático Paulo I conseguiu uma certa estabilidade política para Roma, no plano interno resolveu adotar uma forma de governar a cidade de maneira misericordiosa e mais humana. Anistiou condenados à morte, promoveu a humanização das masmorras medievais da cidade e determinou o fim de sofrimentos degradantes aos prisioneiros. Todos deveriam ser tratados com misericórdia. Também determinou que a Igreja se empenhasse em arrecadar fundos para pagar as dívidas daqueles que estavam presos por insolvência pessoal. Para completar sua política de caridade e ajuda aos mais necessitados resolveu promover uma campanha de arrecadação de alimentos para os famintos da cidade. As famílias ricas deveriam criar um fundo de apoio aos mais pobres. Os membros do clero foram orientados a distribuírem a comida pela noite adentro, deixando cestas básicas nas portas das casas mais humildes. Para Paulo I era inadmissível que ainda houvesse fome entre a população romana.
Também empolgado pela vida dos monges mandou construir belas edificações para servirem de monastérios, escolas e hospitais, muitos deles administrados por grupos de religiosos que dedicavam sua vida ao próximo. Assim fundou o convento de São Silvestre no ano de 761. Depois com o apoio de monges gregos ergueu a capela de Santa Petronila, dedicada à filha de Pedro, o primeiro Papa. Usando como base sua política de alianças mandou ainda erguer uma bela igreja em honra à monarquia franca, que ficou conhecida como Igreja dos Reis Francos (onde muitos deles seriam enterrados no séculos seguintes). Também conseguiu selar um tratado de paz entre Francos e Lombardos, evitando um terrível derramamento de sangue, caso os dois reinos entrassem em guerra. Para seu desapontamento porém não conseguiu melhorar as relações com a Igreja Oriental, sediada em Constantinopla, mesmo tendo se empenhado pessoalmente para que isso acontecesse. Paulo I reinou em Roma por exatos dez anos, morrendo de causas naturais em 767. Foi sucedido por Estêvão III, um papa nascido na Sicília, mas sem parentesco com ele e Estevão II, que teve que enfrentar uma grave crise na Igreja Católica com o surgimento de dois anti-papas nos anos seguintes, Constantino e Filipe. A duras penas porém conseguiu manter a unidade dentro da Igreja, fazendo jus ao legado dos irmãos Estevão e Paulo.
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de agosto de 2011
O Catolicismo e o espiritismo
Conforme prometi no mês passado pretendo ampliar os temas do blog de uma forma em geral. Já tratei sobre política recentemente em um artigo chamado "O Brasil precisa de uma Direita" e agora falarei um pouco sobre religião. Não é um tema fácil certamente. De antemão quero deixar claro que o texto não tem como objetivo a conversão de quem quer que seja. Como sou católico (isso é importante esclarecer) colocarei aqui as contradições existentes entre o espiritismo e o catolicismo. Como grande parte da doutrina católica se assemelha também ao protestantismo, creio que a comparação também será de interesse dos evangélicos. Pois bem, dito isso quero dizer que acho muito complicado alguém se auto denominar católico e espírita ou evangélico e espírita ao mesmo tempo. Isso porque são doutrinas divergentes e pregam aspectos religiosos diferentes. Não cabe a qualquer um julgar a fé das outras pessoas mas apenas mostrar que há diferenças enormes entre essas crenças. Conciliar algo assim que se separa logo nas premissas é muito contraditório. Vamos aos fatos.
O espiritismo advoga a existência da reencarnação. Isso é um ponto central dentro da doutrina dos que seguem os ensinamentos de Allan Kardec (1804 - 1869). A reencarnação não surgiu pela primeira vez dentro do espiritismo. Na verdade ela sempre foi pedra fundamental de certas religiões orientais. Qual é a finalidade da reencarnação? Segundo o espiritismo a reencarnação (a volta sucessivas vezes ao plano material) seria uma forma de purificação da alma. Através de inúmeras voltas ao mundo a alma seria purificada pelas experiências de vida de cada um. Nada semelhante a isso você encontrará na doutrina católica e nem evangélica. Para os seguidores do cristianismo a vida é única. O catolicismo, por exemplo, prega que todos somos seres espirituais e após a morte voltamos para a nossa verdadeira natureza espiritual. A eterna volta ao mundo material seria simplesmente um martírio sem fim. Além do mais a vida na Terra nada mais seria do que uma forma de revelarmos nossa verdadeira essência perante Deus. Aos que trilharem o caminho do mal a punição seria o envio para o inferno em danação eterna. Para os puros de coração haveria a glorificação eterna, dentro dos portões do paraíso. Não há volta, nem reencarnação, nem novas chances que poderiam levar a milhares de reencarnações até a purificação completa da alma.
Como católicos e evangélicos são cristãos não há espaço para crenças alternativas que não foram reveladas pela presença de Jesus em sua caminhada pela Terra. O católico não quer voltar ao mundo sucessivas vezes, ele almeja a plenitude de uma vida espiritual eterna. O curioso é que a promessa de reencarnações revela um materialismo por parte do espiritismo. Certamente pessoas materialistas ficarão muito contentes em saber que voltarão ao mundo não uma mas muitas vezes. O materialista não almeja vida espiritual mas sim material.
A questão é que se existisse realmente reencarnação Jesus teria sido claro em seus ensinamentos sobre isso. Inclusive a reencarnação por ser uma das bases de religiões antigas já era bem conhecida por Jesus e seus seguidores em seu tempo. Mas ao invés de pregar a reencarnação em sua pregação o que temos é o silêncio completo do Messias sobre o tema. Ele jamais falou sobre reencarnação. Jesus certamente tratou sobre a existência do inferno, do céu, demônios (anjos caídos), anjos celestiais, da punição dos maus e da vida eterna para os bons. Mas jamais falou em volta ao mundo material. Inclusive quando estava na cruz Jesus prometeu ao bom ladrão que esse estaria ao seu lado no paraíso. Nada de voltar para reencarnar e se purificar. O bom ladrão, segundo as próprias palavras de Jesus, adentraria o céu porque ele, Jesus, assim o quis.
Aqui entra a segunda contradição entre espiritismo e religiões cristãs. Jesus deixa claro a existência do paraíso e do inferno. Para os espíritas não existe inferno já que como os espíritos estão em eterna evolução eles jamais seriam levados para as profundezas do Hades. Ora, a existência do inferno (para onde foram enviados os anjos caídos liderados por Satã) é uma das premissas da religião não apenas cristã como judaica também. O inferno está reservado aos ladrões, assassinos, pedófilos e demais criminosos para que eles paguem por seus pecados. É simples assim. Não que fiquem evoluindo por milênios, obviamente voltando a cometer os mesmos crimes por vidas e vidas. Isso não soa para os cristãos como justiça divina. Além disso o mal existe, há pessoas que não prestam que devem pagar por seus pecados, por seus crimes. Para eles o inferno. Aliás dentro da crença católica temos a aparição de Nossa Senhora de Fátima que mostrou o inferno para as crianças em sua visão. Então não há como um católico acreditar em uma doutrina que negue a existência do inferno como o espiritismo.
Outro ponto de extrema contradição entre o catolicismo e o espiritismo vem da forma como é encarada a figura do Cristo. Dentro da Igreja Católica Jesus Cristo é o próprio Deus encarnado entre os homens. É o verbo que se fez carne. É Deus que veio ao mundo para ensinar a verdadeira mensagem divina. Para o espiritismo Jesus Cristo é apenas uma alma de luz, na mesma categoria em que estão outros espíritos iluminados como Buda, Maomé, etc. Basta entender isso para saber que o Cristo católico é bem diferente do Cristo espírita. Não possuem a mesma importância e nem estão no mesmo patamar de relevância. Em razão disso o Jesus católico que é o salvador, o redentor é apenas um guia dentro do espiritismo. Dentro da doutrina espírita cada alma se salvará por si mesma, no processo de evolução proporcionado pelas sucessivas reencarnações. Para o católico e o evangélico a salvação virá por Jesus Cristo necessariamente. A diferença é significativa. É impossível ao verdadeiro católico aceitar a diminuição da importância de Jesus dentro da doutrina fundada por ele.
Além da reencarnação o espiritismo se baseia bastante na comunicação com os mortos. Esse aspecto aliás foi a porta de entrada para os estudos de Allan Kardec. O problema é que o velho testamento condena de forma clara esse tipo de prática, chegando a afirmar que Deus virará o rosto para quem praticar tais atos. A contradição nesse ponto foi tão forte que Kardec não teve outra opção a não ser tirar o velho testamento da Bíblia da doutrina espírita. Ora, tanto católicos como evangélicos não ignoram os ensinamentos do velho testamento. É impossível para um cristão da linha tradicional tirar grande parte da Bíblia de seu caminho espiritual, de seu projeto de salvação. O espiritismo porém assim o fez.
A necromancia é condenada de forma veemente tanto pelos católicos como pelos protestantes. É o que é necromancia? É a evocação dos mortos, a tentativa de comunicação com o além, com as pessoas que partiram dessa vida material. Para alguns estudiosos das escrituras inclusive, as entidades que se apresentam como os mortos de familiares e parentes não seriam eles na verdade, mas sim anjos decaídos se fazendo passar por essas pessoas falecidas. Afinal Satã é dentro da doutrina cristã o pai da mentira. Por isso a proibição sempre presente dentro do catolicismo e do protestantismo de tal ato. Já para o espiritismo isso é base de sua doutrina, prática diária, sempre presente em suas reuniões.
O mundo dos mortos e dos vivos deve ser mantido separado, segundo a própria vontade de Deus, assim pensam católicos e evangélicos. Qualquer ato que vá nesse sentido é algo que vai contra a vontade divina e será punido como pecado grave. O espiritismo também crê em entidades que curam as pessoas de seus males físicos ou mentais. Pois bem, os cristãos tradicionais atribuem o poder de cura e milagre apenas a Deus. Não acreditam que espíritos (sejam de luz ou de trevas) possam curar alguém no mundo material. Isso vai contra tudo que está nas escrituras. Nem os santos católicos curam, apenas intercedem. Imaginem essas entidades espirituais que desconhecemos.
E existe um outro problema incontornável entre essas doutrinas. A lei da ação e reação dentro da reencarnação.
Os espíritas afirmam que os crimes cometidos em uma vida serão punidas em uma segunda volta ao plano material. É o karma das religiões orientais antigas, a lei da ação e da reação. Assim aquele que nascesse rico seria a manifestação da graça divina que fez em outra vida. O pobre estaria sendo punido por vidas passadas. O deficiente físico, idem. Tudo o que você é hoje é fruto de algo que fez em seu passado. Isso explicaria a morte de bebês com poucos dias de vida, por exemplo.
Pois bem, nada disso existe dentro do catolicismo. Não há ação e nem reação causada por reencarnações.
O catolicismo nunca fez uma ligação entre riqueza e espiritualidade. O fato de alguém nascer rico ou pobre não determina que Deus está premiando ou punindo alguém, afinal Jesus foi o mais pobre dos homens. Ele não nasceu em um palácio mas num lugar dos mais humildes, o que mostra a forma de pensar de Deus. Essa ligação entre riqueza e graça divina acabou dando origem à horrível teoria da prosperidade que está espalhada no meio do protestantismo. Riqueza material nada tem a ver com espiritualidade.
Em relação a crianças defeituosas ou doentes há explicação dentro das próprias escrituras cristãs. A partir do momento em que o homem rompeu sua aliança com Deus, a morte, a doença e outros infortúnios entraram na história da humanidade. Isso é parte inerente ao ser humano. Para os bebês que morrem com poucos minutos de vida certamente não haverá perda nenhuma do ponto de vista espiritual, pois a vida terrena é uma forma de existência grotesca. Elas ganham o céu imediatamente e vivem uma vida espiritual maravilhosa, como prometido por Jesus aos puros de coração.
Riqueza material nada tem a ver com graça divina. Lembremos as palavras de Jesus. Disse ele em Mateus 19:24: “...é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. Então como ficam falando que ricos são abençoados por Deus e pobres amaldiçoados? A teoria da prosperidade evangélica - que se disseminou em outras religiões como o espiritismo - é um dos maiores absurdos teológicos da história.
A doença, os males, a cruz, está dentro da humanidade. Aqueles que nascem com deficiência física não são assim por terem sido punidos por Deus. Pelo contrário. Muitas pessoas com deficiências são seres humanos maravilhosos que iluminam a todos que os conhecem. Não pode haver ligação entre deficiências com uma suposta punição por parte de Deus. Nem riqueza material com graça divina e nem pobreza material com punição divina. Pessoas pobres são geralmente mais maravilhosas como seres humanos do que ricos que tendem ao egoísmo e à soberba.
"Deus está entre os humildes, os deficientes, os puros de coração. Lembrem-se sempre disso!" - afirmam os católicos mais tradicionais.
Existe uma história muito cativante de Santa Rita de Cássia que mostra bem a diferença de pensamentos. Certa vez ela estava fazendo uma viagem em um burrito onde tudo parecida dar errado. A carga caía na água, o burrinho emperrava e não saia do lugar, a ponte que ela deveria atravessar caiu. E ela, coitada, sofrendo tudo isso, só queria fazer o bem! Então em um momento muito divertido ela olhou para cima e disse: "Uma forcinha cairia bem não é mesmo, meu Deus?". Naquela noite ela dormiu e sonhou com Jesus que lhe disse: "Querida Rita, eu queria ver você lutar, ir em frente, enfrentar os desafios em nome de Deus". Ser católico é isso. Não é promessa de ficar rico, nem de viver se mostrando para os outros mas sim enfrentar todos os desafios da vida com alegria e fé em Deus. Como o Papa Francisco disse recentemente de forma brilhante: "Deus dá os maiores desafios e batalhas para seus melhores soldados". Um pensamento puramente católico. Bem diferente do que vemos no espiritismo de Kardec.
A conclusão que tiramos de tudo isso é a de que existem diferenças fundamentais entre a crença seguida pelo espiritismo e as bases da doutrina cristã. Em minha forma de pensar é algo completamente contraditório seguir ambas as religiões ao mesmo tempo. A escolha entre ser católico, evangélico ou espírita é de cada um. Isso é óbvio, mas deve haver nessa escolha uma coerência de fundamentos, caso contrário a pessoa corre o risco de não ser mais coisa nenhuma.
Pablo Aluísio.
O espiritismo advoga a existência da reencarnação. Isso é um ponto central dentro da doutrina dos que seguem os ensinamentos de Allan Kardec (1804 - 1869). A reencarnação não surgiu pela primeira vez dentro do espiritismo. Na verdade ela sempre foi pedra fundamental de certas religiões orientais. Qual é a finalidade da reencarnação? Segundo o espiritismo a reencarnação (a volta sucessivas vezes ao plano material) seria uma forma de purificação da alma. Através de inúmeras voltas ao mundo a alma seria purificada pelas experiências de vida de cada um. Nada semelhante a isso você encontrará na doutrina católica e nem evangélica. Para os seguidores do cristianismo a vida é única. O catolicismo, por exemplo, prega que todos somos seres espirituais e após a morte voltamos para a nossa verdadeira natureza espiritual. A eterna volta ao mundo material seria simplesmente um martírio sem fim. Além do mais a vida na Terra nada mais seria do que uma forma de revelarmos nossa verdadeira essência perante Deus. Aos que trilharem o caminho do mal a punição seria o envio para o inferno em danação eterna. Para os puros de coração haveria a glorificação eterna, dentro dos portões do paraíso. Não há volta, nem reencarnação, nem novas chances que poderiam levar a milhares de reencarnações até a purificação completa da alma.
Como católicos e evangélicos são cristãos não há espaço para crenças alternativas que não foram reveladas pela presença de Jesus em sua caminhada pela Terra. O católico não quer voltar ao mundo sucessivas vezes, ele almeja a plenitude de uma vida espiritual eterna. O curioso é que a promessa de reencarnações revela um materialismo por parte do espiritismo. Certamente pessoas materialistas ficarão muito contentes em saber que voltarão ao mundo não uma mas muitas vezes. O materialista não almeja vida espiritual mas sim material.
A questão é que se existisse realmente reencarnação Jesus teria sido claro em seus ensinamentos sobre isso. Inclusive a reencarnação por ser uma das bases de religiões antigas já era bem conhecida por Jesus e seus seguidores em seu tempo. Mas ao invés de pregar a reencarnação em sua pregação o que temos é o silêncio completo do Messias sobre o tema. Ele jamais falou sobre reencarnação. Jesus certamente tratou sobre a existência do inferno, do céu, demônios (anjos caídos), anjos celestiais, da punição dos maus e da vida eterna para os bons. Mas jamais falou em volta ao mundo material. Inclusive quando estava na cruz Jesus prometeu ao bom ladrão que esse estaria ao seu lado no paraíso. Nada de voltar para reencarnar e se purificar. O bom ladrão, segundo as próprias palavras de Jesus, adentraria o céu porque ele, Jesus, assim o quis.
Aqui entra a segunda contradição entre espiritismo e religiões cristãs. Jesus deixa claro a existência do paraíso e do inferno. Para os espíritas não existe inferno já que como os espíritos estão em eterna evolução eles jamais seriam levados para as profundezas do Hades. Ora, a existência do inferno (para onde foram enviados os anjos caídos liderados por Satã) é uma das premissas da religião não apenas cristã como judaica também. O inferno está reservado aos ladrões, assassinos, pedófilos e demais criminosos para que eles paguem por seus pecados. É simples assim. Não que fiquem evoluindo por milênios, obviamente voltando a cometer os mesmos crimes por vidas e vidas. Isso não soa para os cristãos como justiça divina. Além disso o mal existe, há pessoas que não prestam que devem pagar por seus pecados, por seus crimes. Para eles o inferno. Aliás dentro da crença católica temos a aparição de Nossa Senhora de Fátima que mostrou o inferno para as crianças em sua visão. Então não há como um católico acreditar em uma doutrina que negue a existência do inferno como o espiritismo.
Outro ponto de extrema contradição entre o catolicismo e o espiritismo vem da forma como é encarada a figura do Cristo. Dentro da Igreja Católica Jesus Cristo é o próprio Deus encarnado entre os homens. É o verbo que se fez carne. É Deus que veio ao mundo para ensinar a verdadeira mensagem divina. Para o espiritismo Jesus Cristo é apenas uma alma de luz, na mesma categoria em que estão outros espíritos iluminados como Buda, Maomé, etc. Basta entender isso para saber que o Cristo católico é bem diferente do Cristo espírita. Não possuem a mesma importância e nem estão no mesmo patamar de relevância. Em razão disso o Jesus católico que é o salvador, o redentor é apenas um guia dentro do espiritismo. Dentro da doutrina espírita cada alma se salvará por si mesma, no processo de evolução proporcionado pelas sucessivas reencarnações. Para o católico e o evangélico a salvação virá por Jesus Cristo necessariamente. A diferença é significativa. É impossível ao verdadeiro católico aceitar a diminuição da importância de Jesus dentro da doutrina fundada por ele.
Além da reencarnação o espiritismo se baseia bastante na comunicação com os mortos. Esse aspecto aliás foi a porta de entrada para os estudos de Allan Kardec. O problema é que o velho testamento condena de forma clara esse tipo de prática, chegando a afirmar que Deus virará o rosto para quem praticar tais atos. A contradição nesse ponto foi tão forte que Kardec não teve outra opção a não ser tirar o velho testamento da Bíblia da doutrina espírita. Ora, tanto católicos como evangélicos não ignoram os ensinamentos do velho testamento. É impossível para um cristão da linha tradicional tirar grande parte da Bíblia de seu caminho espiritual, de seu projeto de salvação. O espiritismo porém assim o fez.
A necromancia é condenada de forma veemente tanto pelos católicos como pelos protestantes. É o que é necromancia? É a evocação dos mortos, a tentativa de comunicação com o além, com as pessoas que partiram dessa vida material. Para alguns estudiosos das escrituras inclusive, as entidades que se apresentam como os mortos de familiares e parentes não seriam eles na verdade, mas sim anjos decaídos se fazendo passar por essas pessoas falecidas. Afinal Satã é dentro da doutrina cristã o pai da mentira. Por isso a proibição sempre presente dentro do catolicismo e do protestantismo de tal ato. Já para o espiritismo isso é base de sua doutrina, prática diária, sempre presente em suas reuniões.
O mundo dos mortos e dos vivos deve ser mantido separado, segundo a própria vontade de Deus, assim pensam católicos e evangélicos. Qualquer ato que vá nesse sentido é algo que vai contra a vontade divina e será punido como pecado grave. O espiritismo também crê em entidades que curam as pessoas de seus males físicos ou mentais. Pois bem, os cristãos tradicionais atribuem o poder de cura e milagre apenas a Deus. Não acreditam que espíritos (sejam de luz ou de trevas) possam curar alguém no mundo material. Isso vai contra tudo que está nas escrituras. Nem os santos católicos curam, apenas intercedem. Imaginem essas entidades espirituais que desconhecemos.
E existe um outro problema incontornável entre essas doutrinas. A lei da ação e reação dentro da reencarnação.
Os espíritas afirmam que os crimes cometidos em uma vida serão punidas em uma segunda volta ao plano material. É o karma das religiões orientais antigas, a lei da ação e da reação. Assim aquele que nascesse rico seria a manifestação da graça divina que fez em outra vida. O pobre estaria sendo punido por vidas passadas. O deficiente físico, idem. Tudo o que você é hoje é fruto de algo que fez em seu passado. Isso explicaria a morte de bebês com poucos dias de vida, por exemplo.
Pois bem, nada disso existe dentro do catolicismo. Não há ação e nem reação causada por reencarnações.
O catolicismo nunca fez uma ligação entre riqueza e espiritualidade. O fato de alguém nascer rico ou pobre não determina que Deus está premiando ou punindo alguém, afinal Jesus foi o mais pobre dos homens. Ele não nasceu em um palácio mas num lugar dos mais humildes, o que mostra a forma de pensar de Deus. Essa ligação entre riqueza e graça divina acabou dando origem à horrível teoria da prosperidade que está espalhada no meio do protestantismo. Riqueza material nada tem a ver com espiritualidade.
Em relação a crianças defeituosas ou doentes há explicação dentro das próprias escrituras cristãs. A partir do momento em que o homem rompeu sua aliança com Deus, a morte, a doença e outros infortúnios entraram na história da humanidade. Isso é parte inerente ao ser humano. Para os bebês que morrem com poucos minutos de vida certamente não haverá perda nenhuma do ponto de vista espiritual, pois a vida terrena é uma forma de existência grotesca. Elas ganham o céu imediatamente e vivem uma vida espiritual maravilhosa, como prometido por Jesus aos puros de coração.
Riqueza material nada tem a ver com graça divina. Lembremos as palavras de Jesus. Disse ele em Mateus 19:24: “...é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”. Então como ficam falando que ricos são abençoados por Deus e pobres amaldiçoados? A teoria da prosperidade evangélica - que se disseminou em outras religiões como o espiritismo - é um dos maiores absurdos teológicos da história.
A doença, os males, a cruz, está dentro da humanidade. Aqueles que nascem com deficiência física não são assim por terem sido punidos por Deus. Pelo contrário. Muitas pessoas com deficiências são seres humanos maravilhosos que iluminam a todos que os conhecem. Não pode haver ligação entre deficiências com uma suposta punição por parte de Deus. Nem riqueza material com graça divina e nem pobreza material com punição divina. Pessoas pobres são geralmente mais maravilhosas como seres humanos do que ricos que tendem ao egoísmo e à soberba.
"Deus está entre os humildes, os deficientes, os puros de coração. Lembrem-se sempre disso!" - afirmam os católicos mais tradicionais.
Existe uma história muito cativante de Santa Rita de Cássia que mostra bem a diferença de pensamentos. Certa vez ela estava fazendo uma viagem em um burrito onde tudo parecida dar errado. A carga caía na água, o burrinho emperrava e não saia do lugar, a ponte que ela deveria atravessar caiu. E ela, coitada, sofrendo tudo isso, só queria fazer o bem! Então em um momento muito divertido ela olhou para cima e disse: "Uma forcinha cairia bem não é mesmo, meu Deus?". Naquela noite ela dormiu e sonhou com Jesus que lhe disse: "Querida Rita, eu queria ver você lutar, ir em frente, enfrentar os desafios em nome de Deus". Ser católico é isso. Não é promessa de ficar rico, nem de viver se mostrando para os outros mas sim enfrentar todos os desafios da vida com alegria e fé em Deus. Como o Papa Francisco disse recentemente de forma brilhante: "Deus dá os maiores desafios e batalhas para seus melhores soldados". Um pensamento puramente católico. Bem diferente do que vemos no espiritismo de Kardec.
A conclusão que tiramos de tudo isso é a de que existem diferenças fundamentais entre a crença seguida pelo espiritismo e as bases da doutrina cristã. Em minha forma de pensar é algo completamente contraditório seguir ambas as religiões ao mesmo tempo. A escolha entre ser católico, evangélico ou espírita é de cada um. Isso é óbvio, mas deve haver nessa escolha uma coerência de fundamentos, caso contrário a pessoa corre o risco de não ser mais coisa nenhuma.
Pablo Aluísio.
Maria, Mãe de Jesus
Os maiores momentos na vida de Maria estão devidamente registrados nas escrituras. A concepção imaculada de seu filho Jesus Cristo, sua visita ao lado do filho ao templo, seu sofrimento ao pé da cruz, entre outros acontecimentos importantes. Maria é uma das pessoas mais importantes na história do novo testamento, disso não restam dúvidas. Apesar disso ainda existem muitas dúvidas cruciais sobre sua biografia histórica. Por exemplo, quando Maria chegou ao fim de sua existência na Terra? Quantos anos tinha? Como passou o resto de sua vida? Onde viveu seus últimos anos? São questionamentos que a Igreja Católica, através de inúmeras pesquisas históricas e arqueológicas, tem feito ao longo dos séculos.
Infelizmente os grandes historiadores, os oficiais, geralmente focam sua atenção nos reis, imperadores e líderes políticos por mais infames e assassinos que eles tenham sido. Maria era uma mulher do povo. Claro que ela fez parte da maior história de todos os tempos, a do seu filho Jesus, mas a consciência sobre isso só ocorreu séculos depois de sua morte. Helena, mãe do Imperador Constantino, tentou recriar os passos de Maria através da tradição oral da região onde vivia mas claro que registros assim não primam pela realidade histórica pois foram realizados séculos depois da história ter acontecido.
Também é controvertida a idade exata em que Maria teria dado luz ao seu filho Jesus. Uma tese afirma que ela teria em média algo como 16 anos ou um pouco mais. Na antiguidade as mulheres tinham seu primeiro filho com pouca idade. Era algo normal. Outro aspecto curioso (mas não comprovado) afirma que muito provavelmente Maria tenha sido a segunda esposa de José, o que explique talvez a existência de outros irmãos de Jesus (outro ponto bastante discutido pois não se sabe se eram irmãos de fato de Jesus ou primos pois algo se perdeu na tradução original). Chamo a atenção para a aparição de Maria em Lourdes. A vidente Bernardete Soubirous teria explicado para as autoridades da Igreja Católica que na visão Maria teria a aparência de uma mulher bem jovem, na faixa de 15 a 16 anos - justamente a suposta idade em que teria sido mãe de Jesus.
Se fatos da vida de Maria são complicados de precisar ainda mais difícil é saber o que aconteceu com José, seu esposo. Conhecido pela tradição como o "santo silencioso" por causa de seu ato de manter o silêncio ao longo de todo o texto bíblico, não se sabe onde morreu e nem quando. A José, Deus deu a missão de criar o filho Jesus durante sua infância e adolescência, lhe ensinando os primeiros valores e também uma profissão, a de carpinteiro na pequena cidade onde moravam. Mas voltemos à história de Nossa Senhora.
Através de tradições o que sabemos é que Maria teria passado seus últimos dias ou em Jerusalém ou em Éfeso, cidade greco-romana da antiguidade situada na costa ocidental da Ásia Menor. Provavelmente ela tenha morado algum tempo nas duas localidades, por isso as duas informações chegaram até nós. Quantos anos teria vivido ainda Maria? Aqui também temos duas fontes de informações. Uma que revela que Maria teria subido aos céus com pouco mais de 55 anos de idade. Uma informação mais recente - datada da idade média - afirma que ela teria chegado aos 70 anos, uma faixa etária excepcional para a antiguidade onde a imensa maioria da população mal chegava aos 40 anos por causa das dificuldades próprias da época.
De uma forma ou outra Maria passou seus últimos dias de forma exemplar, o que lhe valeu o título de santíssima entre os primeiros cristãos. Aliás é bom salientar que Maria se tornou um exemplo, um ícone, desde os primeiros anos. Sítios arqueológicos na Terra Santa datados do século I trazem registros de cultos realizados em honra à Maria. Após a morte do filho teria se encontrado com os doze apóstolos de Jesus, no último encontro entre eles, ainda nos primórdios do movimento cristão. Isso mostra que também era uma figura extremamente importante e influente entre os fundadores do cristianismo primitivo.
A Igreja Católica manteve com muita sabedoria, bem viva essa tradição de louvar a Virgem Maria. O chamado Marianismo é um dos fundamentos da fé católica. Assim a santidade de Maria foi por quinze séculos intocada até o protestantismo diminuir de certo modo a importância de Maria dentro da doutrina cristã. Alegaram que não existe nada nas escrituras que justifique seu status religioso dentro da Igreja Católica, algo complicado de explicar, uma vez que Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus na Terra! Haveria algo mais santo e importante do que isso? Obviamente não.
Certamente nunca foi uma mulher comum ou qualquer como querem crer alguns escritores
protestantes já que a importância de Maria é vital dentro da história de Cristo e isso está devidamente registrado no Novo Testamento. O próprio Lutero não concordava com essa visão radical em relação a Nossa Senhora, tanto que escreveu textos procurando reverter essa postura mas foi em vão. É enfim uma visão teológica bastante equivocada e sem fundamento. Trataremos muito ainda sobre Maria em nosso blog, afinal ele também é dedicado a ela, em toda sua santidade imaculada.
Pablo Aluísio.
Infelizmente os grandes historiadores, os oficiais, geralmente focam sua atenção nos reis, imperadores e líderes políticos por mais infames e assassinos que eles tenham sido. Maria era uma mulher do povo. Claro que ela fez parte da maior história de todos os tempos, a do seu filho Jesus, mas a consciência sobre isso só ocorreu séculos depois de sua morte. Helena, mãe do Imperador Constantino, tentou recriar os passos de Maria através da tradição oral da região onde vivia mas claro que registros assim não primam pela realidade histórica pois foram realizados séculos depois da história ter acontecido.
Também é controvertida a idade exata em que Maria teria dado luz ao seu filho Jesus. Uma tese afirma que ela teria em média algo como 16 anos ou um pouco mais. Na antiguidade as mulheres tinham seu primeiro filho com pouca idade. Era algo normal. Outro aspecto curioso (mas não comprovado) afirma que muito provavelmente Maria tenha sido a segunda esposa de José, o que explique talvez a existência de outros irmãos de Jesus (outro ponto bastante discutido pois não se sabe se eram irmãos de fato de Jesus ou primos pois algo se perdeu na tradução original). Chamo a atenção para a aparição de Maria em Lourdes. A vidente Bernardete Soubirous teria explicado para as autoridades da Igreja Católica que na visão Maria teria a aparência de uma mulher bem jovem, na faixa de 15 a 16 anos - justamente a suposta idade em que teria sido mãe de Jesus.
Se fatos da vida de Maria são complicados de precisar ainda mais difícil é saber o que aconteceu com José, seu esposo. Conhecido pela tradição como o "santo silencioso" por causa de seu ato de manter o silêncio ao longo de todo o texto bíblico, não se sabe onde morreu e nem quando. A José, Deus deu a missão de criar o filho Jesus durante sua infância e adolescência, lhe ensinando os primeiros valores e também uma profissão, a de carpinteiro na pequena cidade onde moravam. Mas voltemos à história de Nossa Senhora.
Através de tradições o que sabemos é que Maria teria passado seus últimos dias ou em Jerusalém ou em Éfeso, cidade greco-romana da antiguidade situada na costa ocidental da Ásia Menor. Provavelmente ela tenha morado algum tempo nas duas localidades, por isso as duas informações chegaram até nós. Quantos anos teria vivido ainda Maria? Aqui também temos duas fontes de informações. Uma que revela que Maria teria subido aos céus com pouco mais de 55 anos de idade. Uma informação mais recente - datada da idade média - afirma que ela teria chegado aos 70 anos, uma faixa etária excepcional para a antiguidade onde a imensa maioria da população mal chegava aos 40 anos por causa das dificuldades próprias da época.
De uma forma ou outra Maria passou seus últimos dias de forma exemplar, o que lhe valeu o título de santíssima entre os primeiros cristãos. Aliás é bom salientar que Maria se tornou um exemplo, um ícone, desde os primeiros anos. Sítios arqueológicos na Terra Santa datados do século I trazem registros de cultos realizados em honra à Maria. Após a morte do filho teria se encontrado com os doze apóstolos de Jesus, no último encontro entre eles, ainda nos primórdios do movimento cristão. Isso mostra que também era uma figura extremamente importante e influente entre os fundadores do cristianismo primitivo.
A Igreja Católica manteve com muita sabedoria, bem viva essa tradição de louvar a Virgem Maria. O chamado Marianismo é um dos fundamentos da fé católica. Assim a santidade de Maria foi por quinze séculos intocada até o protestantismo diminuir de certo modo a importância de Maria dentro da doutrina cristã. Alegaram que não existe nada nas escrituras que justifique seu status religioso dentro da Igreja Católica, algo complicado de explicar, uma vez que Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus na Terra! Haveria algo mais santo e importante do que isso? Obviamente não.
Certamente nunca foi uma mulher comum ou qualquer como querem crer alguns escritores
protestantes já que a importância de Maria é vital dentro da história de Cristo e isso está devidamente registrado no Novo Testamento. O próprio Lutero não concordava com essa visão radical em relação a Nossa Senhora, tanto que escreveu textos procurando reverter essa postura mas foi em vão. É enfim uma visão teológica bastante equivocada e sem fundamento. Trataremos muito ainda sobre Maria em nosso blog, afinal ele também é dedicado a ela, em toda sua santidade imaculada.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Nossa Senhora de Lourdes
Hoje os católicos em todo mundo celebram o dia de aparição de Nossa Senhora de Lourdes. Foi em 1858 que Nossa Senhora apareceu para a jovem francesa Marie-Bernard Soubirous em Lourdes, na França. O local de sua aparição se deu na gruta conhecida como Massabielle (que em português significa literalmente "rocha velha"). Era 11 de fevereiro. Marie seria canonizada pela Igreja Católica, se tornando Santa Bernadete por causa dessa experiência divina que viveu ao lado da Virgem Santíssima. Ela inclusive deixou um relato maravilhoso do acontecimento, ao qual reproduzimos a seguir: “Eu tinha ido com duas outras meninas na margem do rio Gave quando eu ouvi um som de sussurro. Olhei para as árvores e elas estavam paradas e o ruído não era delas. Então eu olhei e vi uma caverna e uma senhora vestindo um lindo vestido branco com um cinto brilhante. No topo de cada pé havia uma rosa pálida da mesma cor das contas do rosário que ela segurava. Eu queria fazer o sinal da cruz, mas eu não conseguia e minha mão ficava para baixo. Aí a senhora fez o sinal da cruz ela mesma e na segunda tentativa eu consegui fazer o sinal da cruz embora minhas mãos tremessem. Então eu comecei a dizer o rosário enquanto ela movia as contas com os dedos sem mover os lábios. Quando eu terminei a Ave-Maria, ela desapareceu."
Depois ela continua com suas lembranças: "Eu perguntei às minhas duas companheiras se elas haviam notado algo e elas responderam que não haviam visto nada. Naturalmente elas queriam saber o que eu estava fazendo e eu disse a elas que tinha visto uma senhora com um lindo vestido branco, embora eu não soubesse quem era. Disse a elas para não dizer nada sobre o assunto porque iriam dizer que era coisa de criança. Voltei no domingo ao mesmo lugar sentindo que era chamada ali. Na terceira vez que fui, a senhora reapareceu e falou comigo e me pediu para retornar todos os próximos 15 dias. Eu disse que viria e então ela disse para dizer aos padres para fazerem uma capela ali. Ela me disse também para tomar a água da fonte. Eu fui ao rio que era a única água que podia ver. Ela me fez realizar que não falava do rio Gave e sim de um pequeno fio d’água perto da caverna. Eu coloquei minhas mãos em concha e tentei pegar um pouco do líquido sem sucesso. Aí comecei a cavar com as mãos o chão para encontrar mais água e na quarta tentativa encontrei água suficiente para beber. A senhora desapareceu e fui para casa. Voltei todos os dias durante 15 dias e cada vez, exceto em uma Segunda e uma Sexta, a Senhora apareceu e disse-me para olhar para a fonte e lavar-me nela e ver se os padres poderiam fazer uma capela ali. Disse ainda que eu deveria orar pela conversão dos pecadores. Perguntei a ela, várias vezes, o que queria dizer com isto, mas ela somente sorria. Uma vez finalmente, com os braços para frente, ela olhou para o céu e disse-me que era a Imaculada Conceição. Durante 15 dias ela me disse três segredos que não era para revelar a ninguém e até hoje não os revelei”.
Importante lembrar que o Dogma da Imaculada Conceição havia sido confirmado pelo Papa, apenas quatro anos antes. Em sua mensagem Maria, mãe de Jesus, pediu pela conversão dos pecadores, pela oração dos cristãos para que todos eles se encontrassem com Deus. Também realizou milagres ao fazer brotar uma fonte de águas puras que se revelaria nos anos seguintes milagrosa. Maria foi descrita por Santa Bernadete como uma mulher delicada e luminosa, vestindo uma túnica branca, com uma faixa azul celeste na cintura. Ela também manteria uma posição de perene oração, com as mãos juntas ou cruzadas sobre seu peito. Inicialmente as autoridades da Igreja, como era de se esperar, agiram com cautela em relação às aparições. Ao longo dos séculos a Igreja Católica sempre prezou pelo cuidado antes de tornar oficial ou reconhecer qualquer tipo de aparição de Nossa Senhora. Dez anos após Maria surgir perante Marie-Bernard Soubirous a Igreja finalmente reconheceu como legítima a aparição de Nossa Senhora de Lourdes.
A partir desse ponto milhões de pessoas durante esses 160 anos foram até Lourdes em busca de graças e milagres atribuídos a Maria Santíssima. Os relatos e as curas foram documentadas e estão por toda parte. Um santuário lindo foi erguido no local das aparições e até hoje atrai milhares de pessoas todos os anos à região. E o que aconteceu com Bernadette Soubirous após todos esses eventos santos? Sua origem foi muito humilde. Seu pai era um trabalhador comum que viu sua família passar por severas privações financeiras. Bernadette nasceu e viveu em extrema pobreza. Sua família morava em um lugar insalubre e miserável. Além das privações ela também enfrentou vários problemas de saúde em sua infância como cólera e asma. A pobreza extrema atrapalhou seus estudos e ela encontrou muitas dificuldades em ter uma educação formal. Em 11 de fevereiro de 1858 sua vida mudou para sempre ao ter a primeira visão de Nossa Senhora. Entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858 ela teve ao todo dezoito visões da Virgem Maria.
Depois das aparições ela foi interrogada e investigada não apenas por membros do clero, mas também por autoridades locais. Jamais entrou em contradição ou mentiu sobre o que teria presenciado. Sua postura sempre firme e autêntica acabaram convencendo seus interrogadores. Em 1860 ela entrou para o convento das Irmãs da Caridade de Nevers. Sete anos depois iniciou seu noviciado. Trabalhou como enfermeira do hospital da congregação de freiras do qual fazia parte. Aos 35 anos ficou muito doente, vindo a falecer em 16 de abril de 1879 na cidade de Nevers. Amada e respeitada pelo povo local seu enterro atraiu centenas de milhares de pessoas, todas determinadas a dar o último adeus para aquela bondosa freira que tinha tido o privilégio em vida de testemunhar uma das mais famosas aparições de Nossa Senhora.
Depois de seu falecimento milagres começaram a ser atribuídos a Bernadette Soubirous. Uma jovem deficiente das mãos se curou milagrosamente. A cura de uma criança com tuberculose (uma doença incurável na época) foi também creditada à intercessão dela. Por fim a cura de um aleijado veio coroar finalmente sua santidade. Em 8 de Dezembro de 1933 o Papa Pio XI canonizou Marie-Bernard Soubirous como Santa Bernadette de Lourdes. Em relação a essa santa há um outro fator importante a se destacar. Em 1909 seu corpo foi exumado pois autoridades da Igreja Católica queriam transportar seus restos mortais para um anexo no Santuário de Lourdes. Quando abriram seu caixão veio o choque para todos os presentes: o corpo de Bernadette estava incorrupto, com a aparência tal como foi enterrada no século anterior. Ela estava em perfeito estado de conservação, sem o menor sinal de decomposição como era de se esperar. Hoje o corpo da Santa (foto acima) encontra-se em visitação pública, na Igreja de Saint Gildard, em Nevers, França, onde todos os fiéis de Nossa Senhora de Lourdes podem ver com seus próprios olhos mais um dos milagres atribuídos à Virgem Maria, em todo o seu esplendor. Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!
Pablo Aluísio.
Depois ela continua com suas lembranças: "Eu perguntei às minhas duas companheiras se elas haviam notado algo e elas responderam que não haviam visto nada. Naturalmente elas queriam saber o que eu estava fazendo e eu disse a elas que tinha visto uma senhora com um lindo vestido branco, embora eu não soubesse quem era. Disse a elas para não dizer nada sobre o assunto porque iriam dizer que era coisa de criança. Voltei no domingo ao mesmo lugar sentindo que era chamada ali. Na terceira vez que fui, a senhora reapareceu e falou comigo e me pediu para retornar todos os próximos 15 dias. Eu disse que viria e então ela disse para dizer aos padres para fazerem uma capela ali. Ela me disse também para tomar a água da fonte. Eu fui ao rio que era a única água que podia ver. Ela me fez realizar que não falava do rio Gave e sim de um pequeno fio d’água perto da caverna. Eu coloquei minhas mãos em concha e tentei pegar um pouco do líquido sem sucesso. Aí comecei a cavar com as mãos o chão para encontrar mais água e na quarta tentativa encontrei água suficiente para beber. A senhora desapareceu e fui para casa. Voltei todos os dias durante 15 dias e cada vez, exceto em uma Segunda e uma Sexta, a Senhora apareceu e disse-me para olhar para a fonte e lavar-me nela e ver se os padres poderiam fazer uma capela ali. Disse ainda que eu deveria orar pela conversão dos pecadores. Perguntei a ela, várias vezes, o que queria dizer com isto, mas ela somente sorria. Uma vez finalmente, com os braços para frente, ela olhou para o céu e disse-me que era a Imaculada Conceição. Durante 15 dias ela me disse três segredos que não era para revelar a ninguém e até hoje não os revelei”.
Importante lembrar que o Dogma da Imaculada Conceição havia sido confirmado pelo Papa, apenas quatro anos antes. Em sua mensagem Maria, mãe de Jesus, pediu pela conversão dos pecadores, pela oração dos cristãos para que todos eles se encontrassem com Deus. Também realizou milagres ao fazer brotar uma fonte de águas puras que se revelaria nos anos seguintes milagrosa. Maria foi descrita por Santa Bernadete como uma mulher delicada e luminosa, vestindo uma túnica branca, com uma faixa azul celeste na cintura. Ela também manteria uma posição de perene oração, com as mãos juntas ou cruzadas sobre seu peito. Inicialmente as autoridades da Igreja, como era de se esperar, agiram com cautela em relação às aparições. Ao longo dos séculos a Igreja Católica sempre prezou pelo cuidado antes de tornar oficial ou reconhecer qualquer tipo de aparição de Nossa Senhora. Dez anos após Maria surgir perante Marie-Bernard Soubirous a Igreja finalmente reconheceu como legítima a aparição de Nossa Senhora de Lourdes.
A partir desse ponto milhões de pessoas durante esses 160 anos foram até Lourdes em busca de graças e milagres atribuídos a Maria Santíssima. Os relatos e as curas foram documentadas e estão por toda parte. Um santuário lindo foi erguido no local das aparições e até hoje atrai milhares de pessoas todos os anos à região. E o que aconteceu com Bernadette Soubirous após todos esses eventos santos? Sua origem foi muito humilde. Seu pai era um trabalhador comum que viu sua família passar por severas privações financeiras. Bernadette nasceu e viveu em extrema pobreza. Sua família morava em um lugar insalubre e miserável. Além das privações ela também enfrentou vários problemas de saúde em sua infância como cólera e asma. A pobreza extrema atrapalhou seus estudos e ela encontrou muitas dificuldades em ter uma educação formal. Em 11 de fevereiro de 1858 sua vida mudou para sempre ao ter a primeira visão de Nossa Senhora. Entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858 ela teve ao todo dezoito visões da Virgem Maria.
Depois das aparições ela foi interrogada e investigada não apenas por membros do clero, mas também por autoridades locais. Jamais entrou em contradição ou mentiu sobre o que teria presenciado. Sua postura sempre firme e autêntica acabaram convencendo seus interrogadores. Em 1860 ela entrou para o convento das Irmãs da Caridade de Nevers. Sete anos depois iniciou seu noviciado. Trabalhou como enfermeira do hospital da congregação de freiras do qual fazia parte. Aos 35 anos ficou muito doente, vindo a falecer em 16 de abril de 1879 na cidade de Nevers. Amada e respeitada pelo povo local seu enterro atraiu centenas de milhares de pessoas, todas determinadas a dar o último adeus para aquela bondosa freira que tinha tido o privilégio em vida de testemunhar uma das mais famosas aparições de Nossa Senhora.
Depois de seu falecimento milagres começaram a ser atribuídos a Bernadette Soubirous. Uma jovem deficiente das mãos se curou milagrosamente. A cura de uma criança com tuberculose (uma doença incurável na época) foi também creditada à intercessão dela. Por fim a cura de um aleijado veio coroar finalmente sua santidade. Em 8 de Dezembro de 1933 o Papa Pio XI canonizou Marie-Bernard Soubirous como Santa Bernadette de Lourdes. Em relação a essa santa há um outro fator importante a se destacar. Em 1909 seu corpo foi exumado pois autoridades da Igreja Católica queriam transportar seus restos mortais para um anexo no Santuário de Lourdes. Quando abriram seu caixão veio o choque para todos os presentes: o corpo de Bernadette estava incorrupto, com a aparência tal como foi enterrada no século anterior. Ela estava em perfeito estado de conservação, sem o menor sinal de decomposição como era de se esperar. Hoje o corpo da Santa (foto acima) encontra-se em visitação pública, na Igreja de Saint Gildard, em Nevers, França, onde todos os fiéis de Nossa Senhora de Lourdes podem ver com seus próprios olhos mais um dos milagres atribuídos à Virgem Maria, em todo o seu esplendor. Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!
Pablo Aluísio.
10 Erros Históricos Sobre a Igreja Católica
1. Católicos adoram imagens e santos?
Não. Cátólicos não adoram imagens e nem santos. Os santos católicos são apenas símbolos, exemplos de vida cristã. Os santos católicos nada mais são do que exemplos de vida, de bondade, de vivência do evangelho. Sua base teológica está na própria bíblia em diversos versículos, sendo um dos mais representativos o seguinte: "Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor". (Hebreus 12:14). Esse é um erro histórico e teológico que vem sendo repetido há séculos e não importa o quanto a Igreja tenha explicado, sempre retorna, muito por causa da ideologia protestante, sempre direcionada a ganhar mais e mais adeptos.
2. O Papa Bento XVI era nazista?
Pobre Bento XVI - Todo jovem era obrigado a entrar na juventude hitlerista na época. A recusa era encarada como traição à pátria e a punição era o fuzilamento. Quem não entrasse era morto. Joseph Aloisius Ratzinger era apenas um garoto quando entrou para as fileiras da juventude nazista. Assim que teve a oportunidade porém entrou para um seminário que era o seu sonho desde a tenra idade. Lá começou sua longa e produtiva vida religiosa. As acusações de que Bento XVI era nazista ignoram propositalmente o contexto histórico com o claro objetivo de atacar a Igreja Católica como instituição.
3. Pio XII e a Igreja Católica ajudaram os nazistas?
Outra calúnia sempre repetida contra a Igreja Católica. Na verdade Pio XII salvou mais judeus do que você possa imaginar. Ele hoje é reverenciado inclusive no jardim dos justos em Israel por ter dado a ordem para a Igreja abrir suas portas para judeus perseguidos. Recentemente foi publicado um livro chamado "Espiões no Vaticano. Os Papas na mira dos serviços secretos" de autoria de Werner Kaltefleiter e Hans Peter Oschwald que revelam os planos do alto comando alemão em mandar sequestrar e matar o Papa Pio XII. O próprio Hitler teria ficado furioso com a ordem que Pio XII teria dado para que todas as igrejas, seminários, escolas, hospitais e conventos católicos espalhados pelo mundo dessem apoio irrestrito a refugiados judeus da perseguição nazista. Isso desmitifica uma das grandes calúnias da história recente.
4. Qual é o significado das imagens católicas? São instrumentos de idolatria?
Claro que não. As imagens católicas apenas representam as pessoas que foram exemplo de vida e virtude. Em um exemplo bem fácil de entender elas equivalem a fotografias. Como na antiguidade não existiam fotografias se usavam as estátuas, as imagens. O que a Bíblia condena é o uso de uma imagem como se fosse uma divindade. Os antigos acreditavam que a própria imagem era um Deus. Os católicos sabem muito bem que é apenas uma estátua de gesso. O símbolo vem do exemplo e não da imagem em si. É apenas uma ferramenta de fé e não um objeto de adoração em si mesmo.
5. Se não é idolatria porque os católicos ficaram ofendidos quando um pastor chutou uma imagem de Nossa Senhora? Deve-se haver respeito mútuo entre religiões. O chute da imagem é um ato de violência contra a fé alheia. Aquele não foi apenas um chute em uma estátua de gesso, mas um chute na fé católica. Chutar uma imagem como aquela equivale a, por exemplo, uma pessoa cuspir na imagem de um ente querido seu, cuspir na foto de sua mãe, só para citar uma analogia adequada. Isso é uma ofensa. Mas repito: nenhuma imagem católica é adorada. Está no catecismo. Essa é uma velha falácia protestante. Uma jogada de puro marketing para angariar fieis e dízimos. Nada mais do que isso.
6. Quem afinal de contas é Aparecida? O que ela significa?
Aparecida é Nossa Senhora. Maria, mãe de Jesus. Aparecida é uma pequena estátua que foi encontrada por pescadores. Vários milagres foram atribuídos a Maria e depois disso ela virou a padroeira do Brasil. Algumas representações mostram Aparecida como uma Nossa Senhora negra, o que também representa a diversidade étnica do nosso povo. Por essa razão em muitas reproduções temos uma Nossa Senhora de cor afro. A própria estátua de Aparecida foi confeccionada em material escuro, por isso a associação.
7. O catolicismo foi criado pelo Imperador Constantino?
Um velho erro histórico muito repetido pelas ideologias protestantes nos últimos cinco séculos. É outra falácia sem base na história real. O catolicismo não foi criado pelo imperador Constantino. O Imperador romano na realidade se curvou perante a proliferação da fé católica que havia se difundido tanto em Roma que não havia mais como parar seus avanços. Como era um político logo entendeu que não conseguiria se manter no poder sem o apoio dos cristãos. Assim não só oficializou a nova religião, como também ele próprio se converteu ao cristianismo, sendo o primeiro imperador romano da história a ser cristão. Definitivamente Constantino não criou o catolicismo, apenas foi convertido por ele.
8. E de onde vem o catolicismo?
De Pedro, apóstolo de Jesus. O momento de criação da Igreja Católica está no próprio evangelho. Nele Jesus se dirige a Pedro e diz: ""Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mt 16,18). Depois afirmou que os portões do inferno jamais iriam prevalecer sobre a sua Igreja, algo que se revelou verdadeiro pois há dois mil anos a Igreja Católica está de pé, firme e forte. A Igreja Católica também foi a única por quinze séculos. Durante mil e quinhentos anos havia apenas a Igreja Católica até que um um monge agostiniano católico chamado Lutero resolveu expor toda as suas críticas contra a doutrina católica. Inicialmente Lutero queria apenas reformar a Igreja por dentro, mas depois que entendeu ser isso impossível resolveu fundar sua própria Igreja que em sua opinião também deveria ser una! Quando as igrejas protestantes começaram a proliferar, sem unidade alguma, inclusive com visões antagônicas entre si, Lutero se arrependeu do que fez. Alguns historiadores afirmam que cometeu suicídio após uma noite de bebedeiras numa taverna local, muito conhecido por ser um ponto de prostituição em sua cidade.
9. Historicamente o que são os protestantes?
Historicamente protestantes são apenas dissidentes católicos. E como todos os dissidentes odeiam de onde vieram. Depois que Lutero deu a ideia as igrejas protestantes se multiplicarem, também se multiplicaram as brigas entre os próprios protestantes. Dando razão ao ditado "cada cabeça uma sentença" as seitas protestantes começaram a divergir não apenas da Igreja Católica de onde vieram, mas entre si também. Com visões teológicas bem diferentes entre si eles logo entraram em conflitos, muitas vezes sangrentos, na história. Como bem observou um analista político da Idade Média, "Pouco do "Ame ao próximo como a si mesmo" será encontrado no meio evangélico, isso porque eles são fruto da discórdia e da briga e continuarão brigando até o fim dos tempos." Como se vê a centralização religiosa e a hierarquia clerical possui muito mais vantagens em termos de organização do que desvantagens.
10. A Inquisição foi puramente católica ou existiu uma inquisição protestante também?
Vários historiadores renomados afirmam que a Inquisição protestante foi mais brutal do que a inquisição católica ao longo dos séculos. Havia requintes de tortura e fanatismo extremos. O próprio Calvino, um dos criadores da doutrina protestante, foi acusado por homens de sua época de ser um sádico que adorava torturar seus opositores. Ficou bastante conhecida a história de que teria mando derramar chumbo derretido na cabeça de pensadores católicos que eram contrários às suas ideias. A inquisição protestante inclusive atravessou os mares, indo parar na América do Norte. Na colônia britânica que mais tarde se tornaria os Estados Unidos houve inúmeros casos de queima de bruxas e de hereges. Um dos casos mais conhecidos foi das bruxas de Salem, quando um pastor local da cidade de Salem enviou dezenas de pessoas inocentes para a fogueira. Do lado católico o Papa João Paulo II pediu perdão pelos erros históricos cometidos. Do lado evangélico até hoje não se conhece nenhum pedido de perdão oficial.
Pablo Aluísio.
Não. Cátólicos não adoram imagens e nem santos. Os santos católicos são apenas símbolos, exemplos de vida cristã. Os santos católicos nada mais são do que exemplos de vida, de bondade, de vivência do evangelho. Sua base teológica está na própria bíblia em diversos versículos, sendo um dos mais representativos o seguinte: "Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor". (Hebreus 12:14). Esse é um erro histórico e teológico que vem sendo repetido há séculos e não importa o quanto a Igreja tenha explicado, sempre retorna, muito por causa da ideologia protestante, sempre direcionada a ganhar mais e mais adeptos.
2. O Papa Bento XVI era nazista?
Pobre Bento XVI - Todo jovem era obrigado a entrar na juventude hitlerista na época. A recusa era encarada como traição à pátria e a punição era o fuzilamento. Quem não entrasse era morto. Joseph Aloisius Ratzinger era apenas um garoto quando entrou para as fileiras da juventude nazista. Assim que teve a oportunidade porém entrou para um seminário que era o seu sonho desde a tenra idade. Lá começou sua longa e produtiva vida religiosa. As acusações de que Bento XVI era nazista ignoram propositalmente o contexto histórico com o claro objetivo de atacar a Igreja Católica como instituição.
3. Pio XII e a Igreja Católica ajudaram os nazistas?
Outra calúnia sempre repetida contra a Igreja Católica. Na verdade Pio XII salvou mais judeus do que você possa imaginar. Ele hoje é reverenciado inclusive no jardim dos justos em Israel por ter dado a ordem para a Igreja abrir suas portas para judeus perseguidos. Recentemente foi publicado um livro chamado "Espiões no Vaticano. Os Papas na mira dos serviços secretos" de autoria de Werner Kaltefleiter e Hans Peter Oschwald que revelam os planos do alto comando alemão em mandar sequestrar e matar o Papa Pio XII. O próprio Hitler teria ficado furioso com a ordem que Pio XII teria dado para que todas as igrejas, seminários, escolas, hospitais e conventos católicos espalhados pelo mundo dessem apoio irrestrito a refugiados judeus da perseguição nazista. Isso desmitifica uma das grandes calúnias da história recente.
4. Qual é o significado das imagens católicas? São instrumentos de idolatria?
Claro que não. As imagens católicas apenas representam as pessoas que foram exemplo de vida e virtude. Em um exemplo bem fácil de entender elas equivalem a fotografias. Como na antiguidade não existiam fotografias se usavam as estátuas, as imagens. O que a Bíblia condena é o uso de uma imagem como se fosse uma divindade. Os antigos acreditavam que a própria imagem era um Deus. Os católicos sabem muito bem que é apenas uma estátua de gesso. O símbolo vem do exemplo e não da imagem em si. É apenas uma ferramenta de fé e não um objeto de adoração em si mesmo.
5. Se não é idolatria porque os católicos ficaram ofendidos quando um pastor chutou uma imagem de Nossa Senhora? Deve-se haver respeito mútuo entre religiões. O chute da imagem é um ato de violência contra a fé alheia. Aquele não foi apenas um chute em uma estátua de gesso, mas um chute na fé católica. Chutar uma imagem como aquela equivale a, por exemplo, uma pessoa cuspir na imagem de um ente querido seu, cuspir na foto de sua mãe, só para citar uma analogia adequada. Isso é uma ofensa. Mas repito: nenhuma imagem católica é adorada. Está no catecismo. Essa é uma velha falácia protestante. Uma jogada de puro marketing para angariar fieis e dízimos. Nada mais do que isso.
6. Quem afinal de contas é Aparecida? O que ela significa?
Aparecida é Nossa Senhora. Maria, mãe de Jesus. Aparecida é uma pequena estátua que foi encontrada por pescadores. Vários milagres foram atribuídos a Maria e depois disso ela virou a padroeira do Brasil. Algumas representações mostram Aparecida como uma Nossa Senhora negra, o que também representa a diversidade étnica do nosso povo. Por essa razão em muitas reproduções temos uma Nossa Senhora de cor afro. A própria estátua de Aparecida foi confeccionada em material escuro, por isso a associação.
7. O catolicismo foi criado pelo Imperador Constantino?
Um velho erro histórico muito repetido pelas ideologias protestantes nos últimos cinco séculos. É outra falácia sem base na história real. O catolicismo não foi criado pelo imperador Constantino. O Imperador romano na realidade se curvou perante a proliferação da fé católica que havia se difundido tanto em Roma que não havia mais como parar seus avanços. Como era um político logo entendeu que não conseguiria se manter no poder sem o apoio dos cristãos. Assim não só oficializou a nova religião, como também ele próprio se converteu ao cristianismo, sendo o primeiro imperador romano da história a ser cristão. Definitivamente Constantino não criou o catolicismo, apenas foi convertido por ele.
8. E de onde vem o catolicismo?
De Pedro, apóstolo de Jesus. O momento de criação da Igreja Católica está no próprio evangelho. Nele Jesus se dirige a Pedro e diz: ""Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja" (Mt 16,18). Depois afirmou que os portões do inferno jamais iriam prevalecer sobre a sua Igreja, algo que se revelou verdadeiro pois há dois mil anos a Igreja Católica está de pé, firme e forte. A Igreja Católica também foi a única por quinze séculos. Durante mil e quinhentos anos havia apenas a Igreja Católica até que um um monge agostiniano católico chamado Lutero resolveu expor toda as suas críticas contra a doutrina católica. Inicialmente Lutero queria apenas reformar a Igreja por dentro, mas depois que entendeu ser isso impossível resolveu fundar sua própria Igreja que em sua opinião também deveria ser una! Quando as igrejas protestantes começaram a proliferar, sem unidade alguma, inclusive com visões antagônicas entre si, Lutero se arrependeu do que fez. Alguns historiadores afirmam que cometeu suicídio após uma noite de bebedeiras numa taverna local, muito conhecido por ser um ponto de prostituição em sua cidade.
9. Historicamente o que são os protestantes?
Historicamente protestantes são apenas dissidentes católicos. E como todos os dissidentes odeiam de onde vieram. Depois que Lutero deu a ideia as igrejas protestantes se multiplicarem, também se multiplicaram as brigas entre os próprios protestantes. Dando razão ao ditado "cada cabeça uma sentença" as seitas protestantes começaram a divergir não apenas da Igreja Católica de onde vieram, mas entre si também. Com visões teológicas bem diferentes entre si eles logo entraram em conflitos, muitas vezes sangrentos, na história. Como bem observou um analista político da Idade Média, "Pouco do "Ame ao próximo como a si mesmo" será encontrado no meio evangélico, isso porque eles são fruto da discórdia e da briga e continuarão brigando até o fim dos tempos." Como se vê a centralização religiosa e a hierarquia clerical possui muito mais vantagens em termos de organização do que desvantagens.
10. A Inquisição foi puramente católica ou existiu uma inquisição protestante também?
Vários historiadores renomados afirmam que a Inquisição protestante foi mais brutal do que a inquisição católica ao longo dos séculos. Havia requintes de tortura e fanatismo extremos. O próprio Calvino, um dos criadores da doutrina protestante, foi acusado por homens de sua época de ser um sádico que adorava torturar seus opositores. Ficou bastante conhecida a história de que teria mando derramar chumbo derretido na cabeça de pensadores católicos que eram contrários às suas ideias. A inquisição protestante inclusive atravessou os mares, indo parar na América do Norte. Na colônia britânica que mais tarde se tornaria os Estados Unidos houve inúmeros casos de queima de bruxas e de hereges. Um dos casos mais conhecidos foi das bruxas de Salem, quando um pastor local da cidade de Salem enviou dezenas de pessoas inocentes para a fogueira. Do lado católico o Papa João Paulo II pediu perdão pelos erros históricos cometidos. Do lado evangélico até hoje não se conhece nenhum pedido de perdão oficial.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Papa Pio IX
Foi um dos grandes Papas da história. Giovanni Maria Mastai-Ferretti nasceu em um berço liberal na cidade de Senigália, na Itália, em 13 de maio de 1792 (reparem que na mesma data em que séculos depois ocorreria a aparição de Nossa Senhora em Fátima). Sua família era conhecida por sempre abraçar as ideologias mais progressistas, mais modernas. Na juventude foi impedido de seguir carreira militar, como muitos jovens de sua época, por causa de um sério problema de saúde: Giovanni tinha ataques de epilepsia frequentes. Muito religioso, desde cedo demonstrou ter vocação para os assuntos de Deus. Resolveu então dedicar-se ao estudo da teologia. Em poucos anos se tornou sacerdote católico, se tornando padre em 1819, com a idade um pouco acima da média da de outros membros do clero ao iniciarem sua carreira religiosa. Foi enviado então para servir na América do Sul, no Chile, onde ficou por longos anos. Foi uma grande experiência de vida pois deu a Giovanni a oportunidade de conhecer outros povos, outras culturas, outras manifestações religiosas do catolicismo. Em 1825 retornou para a Itália onde começou a alcançar postos mais importantes dentro da hierarquia da Igreja católica. Dois anos depois foi nomeado arcebispo na cidade de Spoleto e em 1840 se tornou cardeal na diocese de Imola.
Muito por causa de sua linhagem familiar, Giovanni foi por décadas considerado um representante da ala mais liberal e progressista da Igreja, abrindo diálogo com todos os setores da sociedade, inclusive com a maçonaria. Esse rótulo o acompanhou e quando seu nome surgiu com força no conclave para escolher o sucessor de Gregório XVI, ele foi apoiado justamente por esses setores mais reformistas. Eleito Papa em 1846, Giovanni resolveu adotar o nome Papal de Pio IX em homenagem a Pio VIII, a quem tinha uma admiração muito especial. Queria se espelhar nele como novo Papa da Igreja. Todos esperavam que Pio IX promovesse profundas reformas estruturais e de liturgia dentro da Igreja. No começo de seu pontificado ele foi visto como a grande esperança dos liberais por toda a Europa. Afirmava-se que a maçonaria havia celebrado sua eleição. De fato no começo de seu reinado no trono de Pedro, Pio IX realmente nutriu grandes esperanças em se aliar com esses tipos de movimentos sociais, mas um fato mudou seu modo de ver a questão.
Agentes da Igreja Católica interceptaram mensagens maçônicas que em códigos secretos traziam planos para literalmente destruir a Igreja. Nas mensagens líderes maçônicos influentes planejavam infiltrar membros ligados a eles dentro do próprio clero católico. Era uma forma de desestabilizar as bases de fundação da Igreja por dentro de sua própria estrutura. Pio IX ficou profundamente abalado com as revelações. A partir desse ponto ele entendeu que aqueles que se diziam seus aliados e amigos na verdade estavam planejando sua queda. Pio IX resolveu reagir e começou a tomar uma série de medidas para reforçar os dogmas e os princípios católicos mais importantes. Abraçando o conservadorismo dentro de seu estilo de governar Pio IX começou a surpreender todos os que diziam que ele iria adotar uma linha extremamente liberal. No documento Syllabus Errorum condenou diversas ideologias que começavam a dominar corações e mentes por todo o mundo naquela época. Condenou em especial o comunismo, o socialismo, o racionalismo e a maçonaria. Foi um choque para seus antigos admiradores liberais.
Pio IX também entendeu que a única forma de combater os setores anti-católicos era se tornar extremamente católico. Reforçar o Papado, a crença nos santos e na virgem Maria, pontos sempre atacados por setores protestantes. Começou uma série de canonizações em série, algo inédito dentro da história da Igreja. Assim determinou que os processos de canonização fossem mais céleres e rápidos (alguns levavam séculos para se chegar numa conclusão definitiva). Na visão de Pio IX a Igreja precisava de mais exemplos positivos, de mais santos consagrados em sua história. Em 1854 proclamou o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria, algo que causou forte reação dos protestantes europeus que defendiam que Maria era apenas uma mulher comum, como todas as outras. Isso porém não deveria ser considerado por católicos e Maria deveria ser sempre valorizada, algo que ficou muito claro na encíclica Ineffabilis Deus.
Dando continuidade em sua valorização do catolicismo o Papa Pio IX convocou o Concílio Vaticano I com a presença de mais de 700 bispos de todo o mundo. Nessa ocasião, procurando valorizar a figura do Papa, foi confirmado o dogma da infalibilidade papal. Os protestantes arrancaram os cabelos de tanta indignação. Os católicos celebraram. Era mais um ato de valorização da religião católica por parte de Pio IX, como sempre valorizando a Virgem Maria, os Santos e o Papa. Outra preocupação do Papa foi reforçar a presença católica em países onde havia ocorrido problemas políticos envolvendo a Igreja no passado. Na Inglaterra, onde a Igreja Católica havia sido praticamente banida por ordens do Rei Henrique VIII, a Igreja voltou a organizar seus quadros. A hierarquia foi restabelecida e muitas propriedades que tinham sido roubadas pelo antigo monarca foram devolvidas para a Igreja Romana. Em países onde havia ocorrido uma verdadeira guerra de intolerância religiosa contra católicos por parte de setores protestantes, Pio IX conseguiu das autoridades locais a garantia de proteção dos templos católicos, seus sacerdotes e os fiéis. Com isso o catolicismo começou a crescer novamente após ter sido banido por décadas por governos protestantes, principalmente nos países nórdicos da Europa.
Pio IX governou por mais de três décadas (seu papado durou 31 anos e sete meses) e foi o mais longo da história, atrás apenas de Pedro, apóstolo de Jesus e considerado o primeiro Papa. Ele enfrentou problemas sérios como a perda dos territórios papais e chegou a sofrer risco real de ser assassinado por seus inimigos. Em determinada ocasião precisou fugir de Roma, disfarçado de padre, para não ser morto por assassinos contratados. Enfrentou com coragem a ferrenha oposição de maçons, protestantes, judeus e comunistas. Sua decisão de reforçar o catolicismo foi seu maior legado. Pio IX mostrou grande inteligência e inspiração ao conduzir a Igreja Católica em um dos períodos mais duros da história, quando a fé católica estava sendo atingida por todos os lados e por setores poderosos da sociedade. Sua firmeza de caráter e perseverança em defender a Igreja é um exemplo que deve ser seguido por todos os católicos. Ele morreu aos 85 anos de idade em 7 de fevereiro de 1878. Em setembro de 2000 o Papa João Paulo II o beatificou. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 7 de fevereiro. Um merecido reconhecimento por um homem que lutou bravamente por sua fé e suas crenças católicas.
Pablo Aluísio.
Muito por causa de sua linhagem familiar, Giovanni foi por décadas considerado um representante da ala mais liberal e progressista da Igreja, abrindo diálogo com todos os setores da sociedade, inclusive com a maçonaria. Esse rótulo o acompanhou e quando seu nome surgiu com força no conclave para escolher o sucessor de Gregório XVI, ele foi apoiado justamente por esses setores mais reformistas. Eleito Papa em 1846, Giovanni resolveu adotar o nome Papal de Pio IX em homenagem a Pio VIII, a quem tinha uma admiração muito especial. Queria se espelhar nele como novo Papa da Igreja. Todos esperavam que Pio IX promovesse profundas reformas estruturais e de liturgia dentro da Igreja. No começo de seu pontificado ele foi visto como a grande esperança dos liberais por toda a Europa. Afirmava-se que a maçonaria havia celebrado sua eleição. De fato no começo de seu reinado no trono de Pedro, Pio IX realmente nutriu grandes esperanças em se aliar com esses tipos de movimentos sociais, mas um fato mudou seu modo de ver a questão.
Agentes da Igreja Católica interceptaram mensagens maçônicas que em códigos secretos traziam planos para literalmente destruir a Igreja. Nas mensagens líderes maçônicos influentes planejavam infiltrar membros ligados a eles dentro do próprio clero católico. Era uma forma de desestabilizar as bases de fundação da Igreja por dentro de sua própria estrutura. Pio IX ficou profundamente abalado com as revelações. A partir desse ponto ele entendeu que aqueles que se diziam seus aliados e amigos na verdade estavam planejando sua queda. Pio IX resolveu reagir e começou a tomar uma série de medidas para reforçar os dogmas e os princípios católicos mais importantes. Abraçando o conservadorismo dentro de seu estilo de governar Pio IX começou a surpreender todos os que diziam que ele iria adotar uma linha extremamente liberal. No documento Syllabus Errorum condenou diversas ideologias que começavam a dominar corações e mentes por todo o mundo naquela época. Condenou em especial o comunismo, o socialismo, o racionalismo e a maçonaria. Foi um choque para seus antigos admiradores liberais.
Pio IX também entendeu que a única forma de combater os setores anti-católicos era se tornar extremamente católico. Reforçar o Papado, a crença nos santos e na virgem Maria, pontos sempre atacados por setores protestantes. Começou uma série de canonizações em série, algo inédito dentro da história da Igreja. Assim determinou que os processos de canonização fossem mais céleres e rápidos (alguns levavam séculos para se chegar numa conclusão definitiva). Na visão de Pio IX a Igreja precisava de mais exemplos positivos, de mais santos consagrados em sua história. Em 1854 proclamou o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria, algo que causou forte reação dos protestantes europeus que defendiam que Maria era apenas uma mulher comum, como todas as outras. Isso porém não deveria ser considerado por católicos e Maria deveria ser sempre valorizada, algo que ficou muito claro na encíclica Ineffabilis Deus.
Dando continuidade em sua valorização do catolicismo o Papa Pio IX convocou o Concílio Vaticano I com a presença de mais de 700 bispos de todo o mundo. Nessa ocasião, procurando valorizar a figura do Papa, foi confirmado o dogma da infalibilidade papal. Os protestantes arrancaram os cabelos de tanta indignação. Os católicos celebraram. Era mais um ato de valorização da religião católica por parte de Pio IX, como sempre valorizando a Virgem Maria, os Santos e o Papa. Outra preocupação do Papa foi reforçar a presença católica em países onde havia ocorrido problemas políticos envolvendo a Igreja no passado. Na Inglaterra, onde a Igreja Católica havia sido praticamente banida por ordens do Rei Henrique VIII, a Igreja voltou a organizar seus quadros. A hierarquia foi restabelecida e muitas propriedades que tinham sido roubadas pelo antigo monarca foram devolvidas para a Igreja Romana. Em países onde havia ocorrido uma verdadeira guerra de intolerância religiosa contra católicos por parte de setores protestantes, Pio IX conseguiu das autoridades locais a garantia de proteção dos templos católicos, seus sacerdotes e os fiéis. Com isso o catolicismo começou a crescer novamente após ter sido banido por décadas por governos protestantes, principalmente nos países nórdicos da Europa.
Pio IX governou por mais de três décadas (seu papado durou 31 anos e sete meses) e foi o mais longo da história, atrás apenas de Pedro, apóstolo de Jesus e considerado o primeiro Papa. Ele enfrentou problemas sérios como a perda dos territórios papais e chegou a sofrer risco real de ser assassinado por seus inimigos. Em determinada ocasião precisou fugir de Roma, disfarçado de padre, para não ser morto por assassinos contratados. Enfrentou com coragem a ferrenha oposição de maçons, protestantes, judeus e comunistas. Sua decisão de reforçar o catolicismo foi seu maior legado. Pio IX mostrou grande inteligência e inspiração ao conduzir a Igreja Católica em um dos períodos mais duros da história, quando a fé católica estava sendo atingida por todos os lados e por setores poderosos da sociedade. Sua firmeza de caráter e perseverança em defender a Igreja é um exemplo que deve ser seguido por todos os católicos. Ele morreu aos 85 anos de idade em 7 de fevereiro de 1878. Em setembro de 2000 o Papa João Paulo II o beatificou. Sua festa litúrgica é celebrada no dia 7 de fevereiro. Um merecido reconhecimento por um homem que lutou bravamente por sua fé e suas crenças católicas.
Pablo Aluísio.
Santidade e sua Fundamentação Biblica
É curioso que dentro da doutrinação evangélica se recuse de forma veemente a figura do santo. Muitos evangélicos inclusive afirmam que os católicos estão errados ao reconhecerem santos - pessoas que por sua vida dedicada ao evangelho se tornam objetos de admiração entre os cristãos da Igreja Católica. É um ponto de vista bem equivocado, só entendido sob uma ótica de puro desconhecimento das escrituras sagradas. Não é verdade que apenas teria havido um santo ao longo da história e esse seria Jesus. Na verdade a santidade é desejada por Deus para todas as suas criaturas. O homem nasce para a santidade, apenas os desvios de uma vida repleta de pecados e iniquidades poderia justificar seu desvirtuamento do caminho. Duvida? Vamos aos pontos expressos na própria Bíblia. Veja esse trecho escrito por Pedro, um dos apóstolos mais próximos de Jesus Cristo: "Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem" (1 Pedro 1:15). Pedro, fundador do catolicismo sob orientação direta de Jesus, deixa bem claro que o seu mestre certamente era santo, mas que desejava de coração que todos aqueles que seguissem sua palavra também se tornassem santos, levando uma vida de santidade.
Outro trecho bíblico que não abre margens para dúvidas: "Diga o seguinte a toda comunidade de Israel: Sejam santos porque eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo." (Levítico 19:2). Aqui temos exatamente o que escrevi na primeira parte de meu texto. Deus chama todos para a santidade. Sejam santos, povo de Deus, pois Deus já é santo e esse é o seu desejo, expresso em vários versículos da Bíblia. Não haveria razão para a existência das escrituras se o próprio Deus não quisesse que todos os homens também trilhassem o caminho da santidade. A salvação virá como premiação de uma vida honesta, íntegra e justa. Assim todos os que seguirem essa trilha também serão santos e terão uma vida plena ao lado de Deus após nossa existência terrena. A santidade não é em absoluto privilégio apenas de Deus. É vontade Dele que todos caminhem pela estrada que leva à salvação. Tudo muito simples e de fácil entendimento. Se você ainda não se convenceu dessa fundamentação que tal ler esse outro trecho extremamente relevante da Bíblia: "Pois eu sou o Senhor, o Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo. Não se tornem impuros com qualquer animal que se move rente ao chão." (Levítico 11:44). Mais uma vez a ordem, o desejo de Deus: Sejam santos também!
Um dos problemas focais da ideologia protestante é que ela tenciona convencer o cristão de que haveria um certo paganismo no reconhecimento de santos dentro da Igreja Católica. Os santos seriam a nova versão para a galeria de deuses das religiões romanas e gregas antigas. Esse argumento é uma bobagem. Santos católicos não são deuses do paganismo. Quando a igreja Católica canoniza um cristão ela apenas está reconhecendo de forma oficial que aquela pessoa foi virtuosa em sua vida, que não se dobrou às tentações do mundo e que andou fiel aos ensinamentos de Cristo ao longo de sua existência. Um modelo a ser seguido pelas fileiras católicas ao redor do mundo. Isso encaixa perfeitamente com o texto bíblico, com o pensamento dos antigos religiosos que a escreveram. Essas pessoas consideradas santas pela Igreja nada mais fizeram do que viver de acordo com o desejo de Deus.
Para reforçar ainda mais a verdade de fé que estamos defendendo aqui vão mais alguns trechos bíblicos que são claros como as águas da glória eterna, leia com atenção: "Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade." (Tessalonicenses 4:7). "Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor." (Hebreus 12:14). São apenas mais dois exemplos que demonstram que sim, as escrituras confirmam sem sombra de dúvidas a santidade de pessoas comuns, como eu e você. Basta querer e caminhar no lado bom e justo da vida, na palavra de Jesus. Igualmente Deus quer que todos sejamos santos. Ao se afirmar que apenas Jesus seria santo o próprio crente está se colocando fora da possibilidade de também almejar sua própria santidade. Ao agir assim também está perdendo a oportunidade de ir ao encontro dos desejos de Deus. De forma indireta renega até mesmo aos próprios anseios de Deus para nossa existência.
Pablo Aluísio.
Outro trecho bíblico que não abre margens para dúvidas: "Diga o seguinte a toda comunidade de Israel: Sejam santos porque eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo." (Levítico 19:2). Aqui temos exatamente o que escrevi na primeira parte de meu texto. Deus chama todos para a santidade. Sejam santos, povo de Deus, pois Deus já é santo e esse é o seu desejo, expresso em vários versículos da Bíblia. Não haveria razão para a existência das escrituras se o próprio Deus não quisesse que todos os homens também trilhassem o caminho da santidade. A salvação virá como premiação de uma vida honesta, íntegra e justa. Assim todos os que seguirem essa trilha também serão santos e terão uma vida plena ao lado de Deus após nossa existência terrena. A santidade não é em absoluto privilégio apenas de Deus. É vontade Dele que todos caminhem pela estrada que leva à salvação. Tudo muito simples e de fácil entendimento. Se você ainda não se convenceu dessa fundamentação que tal ler esse outro trecho extremamente relevante da Bíblia: "Pois eu sou o Senhor, o Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo. Não se tornem impuros com qualquer animal que se move rente ao chão." (Levítico 11:44). Mais uma vez a ordem, o desejo de Deus: Sejam santos também!
Um dos problemas focais da ideologia protestante é que ela tenciona convencer o cristão de que haveria um certo paganismo no reconhecimento de santos dentro da Igreja Católica. Os santos seriam a nova versão para a galeria de deuses das religiões romanas e gregas antigas. Esse argumento é uma bobagem. Santos católicos não são deuses do paganismo. Quando a igreja Católica canoniza um cristão ela apenas está reconhecendo de forma oficial que aquela pessoa foi virtuosa em sua vida, que não se dobrou às tentações do mundo e que andou fiel aos ensinamentos de Cristo ao longo de sua existência. Um modelo a ser seguido pelas fileiras católicas ao redor do mundo. Isso encaixa perfeitamente com o texto bíblico, com o pensamento dos antigos religiosos que a escreveram. Essas pessoas consideradas santas pela Igreja nada mais fizeram do que viver de acordo com o desejo de Deus.
Para reforçar ainda mais a verdade de fé que estamos defendendo aqui vão mais alguns trechos bíblicos que são claros como as águas da glória eterna, leia com atenção: "Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade." (Tessalonicenses 4:7). "Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor." (Hebreus 12:14). São apenas mais dois exemplos que demonstram que sim, as escrituras confirmam sem sombra de dúvidas a santidade de pessoas comuns, como eu e você. Basta querer e caminhar no lado bom e justo da vida, na palavra de Jesus. Igualmente Deus quer que todos sejamos santos. Ao se afirmar que apenas Jesus seria santo o próprio crente está se colocando fora da possibilidade de também almejar sua própria santidade. Ao agir assim também está perdendo a oportunidade de ir ao encontro dos desejos de Deus. De forma indireta renega até mesmo aos próprios anseios de Deus para nossa existência.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Maria nos Evangelhos - Parte 1
Aqui nessa série de textos vamos mostrar as citações sobre Maria nos evangelhos, começando pelo Evangelho Segundo Lucas. A intenção é resgatar a importância de Maria dentro das escrituras. A primeira citação de Maria em Lucas vem no capítulo 1, versículos 26 e 27 que diz: "26 Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria.". Estamos no contexto do nascimento de Jesus e Maria surge pela primeira vez nos evangelhos. Deus envia o anjo Gabriel a uma pequenina e inexpressiva cidade da Galiléia chamada Nazaré. O povo judeu estava sob domínio da Roma Imperial e aquele lugar não tinha maior importância sob o ponto de vista militar ou econômico por parte de Roma. Embora a Judéia fosse considerada agora província romana, o fato é que não poderia haver lugar mais periférico e humilde do que aquele naquele período histórico.
Maria é apresentada como a virgem prometida em casamento a José, da casa de Davi. Infelizmente não há maiores detalhes, como por exemplo, a idade de Maria nesse momento tão crucial de sua vida ou a maneira como conheceu José. Alguns autores defendem que José seria muito mais velho do que Maria e talvez ela fosse sua segunda esposa, o que explicaria os "irmãos de Jesus" citados em determinados trechos do novo testamento. Eles seriam filhos de José em seu primeiro casamento. São meras suposições pois nada confirma esse tipo de tese. Segundo a tradição provavelmente José fosse mais velho do que Maria porém a diferença de idade entre eles se perdeu nas areias do tempo. É impossível afirmar qualquer coisa com certeza nesse sentido. Outro fato que chama a atenção é a valorização da virgindade da mulher, algo que é colocado na apresentação de Maria, confirmando sua pureza como mulher. Muito provavelmente Maria tivesse entre 16 a 17 anos, ou seja, era uma adolescente, já que essa era a faixa etária tradicional para casamento das mulheres de sua época.
Outro aspecto que parece confirmar a Maria em sua adolescência vem de suas aparições de Fátima e Lourdes, pois ela surge aos seus interlocutores como uma mulher bem jovem - mais jovem até do que vemos em imagens mais tradicionais. Deus envia então para falar com essa jovem mulher um anjo, Gabriel. Aqui ele cumpre uma das funções tradicionais dos seres angelicais, a de mensageiro, aquele enviado diretamente por Deus para passar uma mensagem extremamente importante para a humanidade. Lucas prossegue: "28 O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegrate, cheia de graça!- O Senhor está contigo”. 29 Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.". Agora imagine essa jovem adolescente, que está prestes a se casar com José ter em sua presença algo tão magnifico como um anjo do Senhor. Como ele se apresentou a Maria? Também não sabemos, porém pela reação de Maria perante sua presença somos levados a considerar que o anjo Gabriel se apresentou em forma humana, não tão fora do comum. Na verdade Maria fica surpresa não com sua aparência, mas com suas palavras. O anjo lhe designa como "Cheia de graça", graça de Deus, obviamente.
Gabriel então lhe passa uma mensagem espetacular como deixa claro o Evangelho de Lucas: "30 O anjo, então, disse: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. 31 Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. 33 Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Maria fica completamente atordoada já que ela era virgem e não poderia estar grávida. Diante de sua perplexidade ela se dirige a Gabriel perguntando: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?”. O anjo então lhe explica: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, 37 pois para Deus nada é impossível” Depois dessa revelação espantosa temos a primeira amostra da delicada e devota personalidade de Maria ao se resignar dizendo: "“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Um exemplo perfeito e maravilhoso do amor a Deus e sua vontade.
Pablo Aluísio.
Maria é apresentada como a virgem prometida em casamento a José, da casa de Davi. Infelizmente não há maiores detalhes, como por exemplo, a idade de Maria nesse momento tão crucial de sua vida ou a maneira como conheceu José. Alguns autores defendem que José seria muito mais velho do que Maria e talvez ela fosse sua segunda esposa, o que explicaria os "irmãos de Jesus" citados em determinados trechos do novo testamento. Eles seriam filhos de José em seu primeiro casamento. São meras suposições pois nada confirma esse tipo de tese. Segundo a tradição provavelmente José fosse mais velho do que Maria porém a diferença de idade entre eles se perdeu nas areias do tempo. É impossível afirmar qualquer coisa com certeza nesse sentido. Outro fato que chama a atenção é a valorização da virgindade da mulher, algo que é colocado na apresentação de Maria, confirmando sua pureza como mulher. Muito provavelmente Maria tivesse entre 16 a 17 anos, ou seja, era uma adolescente, já que essa era a faixa etária tradicional para casamento das mulheres de sua época.
Outro aspecto que parece confirmar a Maria em sua adolescência vem de suas aparições de Fátima e Lourdes, pois ela surge aos seus interlocutores como uma mulher bem jovem - mais jovem até do que vemos em imagens mais tradicionais. Deus envia então para falar com essa jovem mulher um anjo, Gabriel. Aqui ele cumpre uma das funções tradicionais dos seres angelicais, a de mensageiro, aquele enviado diretamente por Deus para passar uma mensagem extremamente importante para a humanidade. Lucas prossegue: "28 O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegrate, cheia de graça!- O Senhor está contigo”. 29 Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.". Agora imagine essa jovem adolescente, que está prestes a se casar com José ter em sua presença algo tão magnifico como um anjo do Senhor. Como ele se apresentou a Maria? Também não sabemos, porém pela reação de Maria perante sua presença somos levados a considerar que o anjo Gabriel se apresentou em forma humana, não tão fora do comum. Na verdade Maria fica surpresa não com sua aparência, mas com suas palavras. O anjo lhe designa como "Cheia de graça", graça de Deus, obviamente.
Gabriel então lhe passa uma mensagem espetacular como deixa claro o Evangelho de Lucas: "30 O anjo, então, disse: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus. 31 Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. 33 Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Maria fica completamente atordoada já que ela era virgem e não poderia estar grávida. Diante de sua perplexidade ela se dirige a Gabriel perguntando: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?”. O anjo então lhe explica: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, 37 pois para Deus nada é impossível” Depois dessa revelação espantosa temos a primeira amostra da delicada e devota personalidade de Maria ao se resignar dizendo: "“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Um exemplo perfeito e maravilhoso do amor a Deus e sua vontade.
Pablo Aluísio.
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