segunda-feira, 16 de abril de 2007

Exodus

Título no Brasil: Exodus
Título Original: Exodus
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Otto Preminger
Roteiro: Dalton Trumbo
Elenco: Paul Newman, Eva Marie Saint, Ralph Richardson, Peter Lawford, Lee J. Cobb, Sal Mineo

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Leon Uris, o filme "Exodus" conta a história de formação do Estado de Israel. Ari Ben Canaan (Paul Newman) é um jovem judeu que ajuda outros de sua nação a emigrarem para a Palestina, nas vésperas da criação de Israel pela ONU. Roteiro parcialmente baseado em fatos históricos reais.

Comentários:
"Exodus" foi produzido para ser um filme grandioso, uma super produção de Hollywood. O tema era polêmico, mostrando uma série de personagens que ajudaram na criação do Estado de Israel. O problema dessa criação é que já existia na mesma região um país chamado Palestina. Isso criou um conflito armado entre judeus e palestinos que dura até os dias de hoje. Como se aprende nas aulas de ciência política não há como haver paz se duas nações habitam um mesmo território. A guerra se torna iminente. Deixando de lado essa questão o fato é que o diretor Otto Preminger optou por um corte excessivamente longo. O filme tem mais de 3 horas de duração, o que de certa forma o prejudicou muito comercialmente na época em que foi lançado nos cinemas. Com a história dividida em três grandes atos há uma inegável lentidão na edição, o que pode tornar o filme cansativo para muitos espectadores. De qualquer forma, pelo importante tema que trata, "Exodus" ainda é uma peça importante para se entender a questão palestina naquela região de conflitos políticos, econômicos e religiosos.

Pablo Aluísio.

Como Agarrar um Milionário

Título no Brasil: Como Agarrar um Milionário
Título Original: How to Marry a Millionaire
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jean Negulesco
Roteiro: Nunnally Johnson, Zoe Akins
Elenco: Betty Grable, Lauren Bacall, Marilyn Monroe, David Wayne, Rory Calhoun, Cameron Mitchell

Sinopse:
Três mulheres, bonitas, charmosas, mas sem nenhum dinheiro, decidem arranjar homens milionários para se casarem, só que nessa busca acabam encontrando o verdadeiro amor. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Charles Le Maire, Travilla). Também indicado ao BAFTA Awards.

Comentários:
Nos dias atuais o filme é mais lembrado pela presença de Marilyn Monroe. Entretanto naquela época Marilyn Monroe ainda não havia atingido o statua de estrela. Ela era a terceira do elenco, logo atrás de Betty Grable e Lauren Bacall, que eram bem mais populares e conhecidas do que ela. Algo que iria mudar com os anos, mas que em 1953 ainda era a ordem natural das coisas. Esse filme surpreende pelo roteiro, que inicialmente tem um tom bem cínico e mordaz. Claro que com o desenvolver do enredo ele se rende a um certo romantismo bobo, típico dos anos 1950, mas até isso acontecer, lá pela parte final do filme, o texto e o argumento surpreendem pela ousadia, mostrando mulheres modernas, que no fundo só estão interessadas mesmo em resolver seus problemas de dinheiro. Marilyn Monroe interpreta a "Loira burra" que seria seu passaporte para a fama. Ela inclusive se destaca dentro do trio principal de atrizes, pelo ótimo talento para comédias. Sua personagem é uma loira linda, mas com problemas de visão, o que rende ótimas sequências de puro humor. Enfim, um clássico da década de 1950, com 3 atrizes excelentes, no auge de suas carreiras.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de abril de 2007

Vitória Amarga

Esse clássico filme dramático do cinema americano concorreu ao Oscar de melhor filme do ano, mas acabou sendo vencido pelo supremo "...E O Vento Levou". Realmente não havia como superar aquela obra-prima. De qualquer maneira temos aqui um maravilhoso filme estrelado pela sempre ótima Bette Davis. Ela interpreta Judith Traherne (Bette Davis), uma mulher bem sucedida, independente, uma socialite querida no meio social. Um dia ela descobre que tem uma séria doença, um tumor cerebral que sequer pode ser operado. Ao descobrir seu diagnóstico ela também recebe basicamente uma sentença de morte.

Sabendo que vai morrer em breve, ela tenta assim recolocar as coisas no eixo em sua vida pessoal e profissional. Muitos médicos quando informam aos seus pacientes que seus dias estão contados geralmente dão esse tipo de conselho, usando frases como "Se eu fosse você colocaria a partir de agora as coisas em ordem!". Então Judith faz exatamente isso, tenta acertar tudo para que consiga viver seus últimos dias com a dignidade pessoal que merece. O roteiro é tocante e humano, sendo que além da indicação ao melhor filme do ano, "Vitória Amarga" ainda concorreu ao Oscar nas categorias de melhor atriz (para Bette Davis, justíssimo) e melhor música (Max Steiner). Grande drama, grande filme, merece todos os aplausos.

Vitória Amarga (Dark Victory, Estados Unidos,1939) Direção: Edmund Goulding / Roteiro: Casey Robinson, baseado na peça teatral escrita por George Emerson Brewer Jr / Elenco: Bette Davis, Humphrey Bogart, George Brent / Sinopse: O filme conta a história de uma dama da sociedade que descobre que está com um câncer incurável. Ao saber disso ela começa então a aparar e reparar as arestas de sua vida.

Pablo Aluísio.

Nossa Cidade

Esse clássico filme é uma maravilhosa crônica da sociedade americana na primeira metade do século XX, onde um dos moradores de uma cidadezinha de interior, o farmacêutico local Mr. Morgan (Frank Craven), sai contando sobre a vida das boas pessoas que convive, seu pequenos dramas cotidianos, os romances adolescentes, os pais preocupados, as crises familiares, etc. É, como já escrevi, uma crônica social mesmo, bem criativa, original, leve e divertida, fazendo um panorama geral desse microcosmo que no fundo representa de certa forma toda a sociedade dos Estados Unidos daquela época.

Baseado em uma peça teatral, o filme não nega suas origens de palco. É um filme de diálogos, pensamentos e atuação. Curioso que o filme tenha sido estrelado pelo galã William Holden, naquele momento ainda em uma fase inicial da carreira. Ele que sempre interpretou personagens mais urbanos, das grandes cidades, sofisticados e elegantes, aqui surge mais interiorano, mais condizente com o meio social em que seu personagem vive. O filme, que foi bem recebido pela crítica, também fez bonito no Oscar, sendo indicado em categorias importantes, entre elas a de melhor filme do ano (perdeu para "Rebecca") e melhor atriz (Martha Scott, que penso merecia ter sido premiada).

Nossa Cidade (Our Town, Estados Unidos, 1940) Direção: Sam Wood / Roteiro: Thornton Wilder / Elenco: William Holden, Martha Scott, Fay Bainter, Frank Craven / Sinopse: A vida cotidiana dos moradores de uma pequena cidade do interior do estado americano de  New Hampshire, no começo do século XX. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Martha Scott), melhor som (Thomas T. Moulton), melhor música (Aaron Copland) e melhor trilha sonora (Aaron Copland).

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de abril de 2007

A Força do Coração

Título no Brasil: A Força do Coração
Título Original: Lassie Come Home
Ano de Produção: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Fred M. Wilcox
Roteiro: Hugo Butler, Eric Knight
Elenco: Roddy McDowall, Donald Crisp, Elizabeth Taylor, Dame May Whitty

Sinopse:
A vida não está fácil para a família Carraclough. Para diminuir as despesas e ganhar algum dinheiro eles resolvem vender Lassie para um rico duque da região. Isso deixa o pequeno Joe Carraclough (Roddy McDowall) muito entristecido mas para sua alegria Lessie não está disposta a abandonar sua antiga família! Assim uma jornada de volta ao lar começa com muitas aventuras e perigos para a sua fiel amiga.

Comentários:
Os filmes de Lassie fizeram muito sucesso nas décadas de 1940 e 1950. Até os anos 70 seus filmes eram reprisados constantemente nas TVs abertas brasileiras, em especial na Sessão da Tarde da Rede Globo. Esse "Lassie Come Home" tem um atrativo muito especial para cinéfilos de plantão. Em seu elenco surge a futura estrela Elizabeth Taylor. Na época em que o filme foi realizado ela era apenas uma garotinha simpática, com apenas onze anos de idade. Por essa razão entendemos bem porque Liz foi desde muito jovem uma autêntica movie star. O interessante é que ela conseguiu não apenas fazer a transição de atriz mirim para grande estrela do cinema americano como também o fez com raro talento, mostrando sua evolução ao longo dos anos em seus filmes. De fato foi uma artista que cresceu ao lado de seu público. "A Força do Coração" foi o segundo filme de Elizabeth Taylor. Um ano antes ela já tinha aparecido em "There's One Born Every Minute" de Harold Young, onde apesar de ser tão jovem já se destacava dentro do elenco. Em suma, eis uma excelente oportunidade não apenas de ver a pequena Elizabeth Taylor como também de matar as saudades dos nostálgicos filmes de Lassie.

Pablo Aluísio.

Até os Fortes Vacilam

Título no Brasil: Até os Fortes Vacilam
Título Original: Tall Story
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joshua Logan
Roteiro: Julius J. Epstein, Howard Lindsay
Elenco: Anthony Perkins, Jane Fonda, Ray Walston, Marc Connelly, Anne Jackson, Murray Hamilton

Sinopse:
Ray Blent (Anthony Perkins) é um desportista da liga universitária que só tem um desejo em sua vida: se formar e se tornar um bom jogador de basquete. Seus planos mudam quando entra em cena June Ryder (Jane Fonda), também estudante como ele. Esperta e manipuladora, ela acaba se envolvendo numa maneira peculiar de ganhar uma bela bolada de forma rápido e fácil, levando Ray a entrar num esquema de subornos envolvendo manipulação de jogos em casas de apostas. Sua escolha porém trará consequências imprevisíveis para todos os envolvidos.

Comentários:
Um curioso filme dirigido pelo veterano cineasta Joshua Logan que contou em seu elenco com um bom time de atores liderados pela casal Anthony Perkins e Jane Fonda. Curiosamente "Tall Story" foi lançado no mesmo ano do grande filme da carreira de Perkins, o clássico absoluto do mestre do suspense Alfred Hitchcock, "Psicose". Os personagens são até levemente parecidos; claro que o universitário interpretado por Perkins aqui não é um psicopata mas ele surge tão tímido e inseguro como o clássico Norman Bates. Ao contrário do título nacional o Ray Blent de Anthony Perkins não é um forte mas sim um fraco, um sujeito que sucumbe à beleza de uma bonita garota, entrando em um esquema enrolado de corrupção esportiva. Já Jane Fonda está linda em cena, bem jovem e esbanjando carisma. Esse foi seu primeiro filme, arranjado pelo pai, Henry Fonda, que inicialmente não queria que ela seguisse a carreira de atriz mas que depois viu que nada poderia fazer contra sua vontade. Já que não tinha como mudar seu ponto de vista o jeito foi ajudar. Sua estréia é das mais simpáticas, embora o enredo seja levemente bobinho.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Anjos da Broadway

Título no Brasil: Anjos da Broadway
Título Original: Angels Over Broadway
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ben Hecht, Lee Garmes
Roteiro: Ben Hecht
Elenco: Douglas Fairbanks Jr, Rita Hayworth, John Qualen

Sinopse:
Bill O'Brien (Douglas Fairbanks Jr) é um vigarista de Nova York que sempre está atento em busca de alguma pessoa ingênua para ele aplicar novos golpes. Por um mero acaso acaba esbarrando em Charles Engle (John Qualen), um homem desesperado, à beira do suícidio, desde que perdeu todo seu dinheiro com uma esposa perdulária! Usando Nina Barona (Rita Hayworth) como isca, uma dançarina bonita e sensual, Bill acaba atraindo Charles para sua nova trapaça! Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Ben Hecht).

Comentários:
Bom filme valorizado pela presença de Rita Hayworth, então no auge de sua beleza. Olhando para a história do cinema podemos perceber que Rita já está com o visual arrebatador que iria conquistar corações e mentes em seu futuro sucesso, "Gilda". Os personagens até mesmo apresentam certas semelhanças, muito embora a dançarina Nina Barona seja menos fatal do que a mitológica Gilda Farrell. Outra presença ilustre do elenco é Douglas Fairbanks Jr (1909 - 2000), ídolo do cinema mudo que fez mais de cem filmes ao longo de sua carreira. Nesse filme ele já surge com um papel mais complexo, o do pilantra Bill O'Brien. Embora nunca tenha sido um ator dramático acaba se saindo muito bem em cena. O roteiro escrito por Ben Hecht acabou sendo indicado merecidamente ao Oscar. Curiosamente ele também dirigiu o filme, mas o copião original não agradou aos executivos da Columbia. Para salvar a película a diretoria do estúdio convocou o diretor de fotografia, Lee Garmes, para filmar algumas cenas adicionais e inserir pequenas mudanças no enredo. O resultado é muito bom, embora não possa ser considerado um clássico inesquecível por apresentar alguns problemas no ritmo e desenvolvimento da trama.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Causa Perdida

Título no Brasil: Causa Perdida
Título Original: Che!
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Fleischer
Roteiro: Sy Bartlett, David Karp
Elenco: Omar Sharif, Jack Palance, Cesare Danova

Sinopse:
Cinebiografia do médico e líder da revolução cubana Ernesto Guevara de la Serna ou como ficou conhecido na história, Che Guevara (1928 - 1967). Fazendo parte de um grupo de guerrilheiros entrincheirados na Sierra Madre, sob comando de Fidel Castro (Jack Palance), o jovem médico Che (Omar Sharif) acaba se destacando como figura de proa entre os rebeldes revolucionários. Mesmo sofrendo de asma e com diversos problemas de saúde, consegue ganhar a confiança de seus homens e do líder Fidel Castro. Filme baseado em fatos reais.

Comentários:
Interessante filme realizado no final dos anos 1960 mostrando as partes mais relevantes da vida do revolucionário argentino Che Guevara. Inicialmente o roteiro o mostra como um simples médico que segue o exército rebelde liderado por Fidel Castro (aqui sendo interpretado por um caricato Jack Palance, que não pára de morder seu charuto o tempo todo). Por uma dessas ironias do destino porém Fidel acaba simpatizando com o jovem Che e lhe dá o comando de algumas colunas de suas tropas. Após a vitória da revolução cubana logo começam os atritos entre os dois líderes. Che era visceral, radical e desejava expandir a revolução comunista para todos os países da América Latina. Fidel Castro, por sua vez, era muito mais pragmático e desejava apenas criar uma nova Cuba. Com a entrada dos russos na ilha e a clara antipatia entre Che e os soviéticos (a quem acusava de serem imperialistas tais como os americanos, que odiava) acaba se consolidando seu rompimento definitivo com o regime de Cuba.

Muito idealista, resolve levar a revolução comunista para outros países, mas encontra seu fim na desastrosa tentativa de começar um levante socialista na Bolívia. O retrato que o filme faz de Che fica claro. Ele é mostrado como um idealista radical, um homem que passava por cima de suas próprias convicções pessoais para levar adiante uma revolução que só existia mesmo dentro de sua cabeça. Além das execuções sumárias que promoveu - mandando matar milhares de prisioneiros políticos em Cuba, sem julgamento e de forma fria - ainda promoveu uma série de saques e invasões brutais em pequenas comunidades da Bolívia por onde passou. Pensando que o povo o iria seguir cegamente, só encontrou indiferença e medo. Sem voluntários para suas fileiras começou a barbarizar com os pobres da região, muitas vezes apelando para ameaças e muita violência. Morreu derrotado, sem glórias, após uma emboscada. Um retrato muito bem realizado de um homem que, no final das contas, só existe dentro da ideologia fora de realidade de alguns poucos comunistas verdadeiros que ainda restam ao redor do mundo.

Pablo Aluísio.

Um Gato em Minha Vida

Título no Brasil: Um Gato em Minha Vida
Título Original: Rhubarb
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Arthur Lubin
Roteiro: Dorothy Davenport, Francis M. Cockrell
Elenco: Ray Milland, Jan Sterling, Gene Lockhart

Sinopse:
Thaddeus J. Banner (Gene Lockhart) é um milionário excêntrico e solitário que certo dia esbarra em um gato de rua e simpatiza imediatamente com ele. O felino está em apuros, sendo perseguido por um cão feroz. Banner resolve ajudar e o leva para casa, dando-lhe o nome de Rhubarb! O que começa com uma simples amizade entre um homem e seu gato de estimação logo se transforma em algo mais, na única felicidade sincera da vida do ricaço que, ao morrer, acaba deixando toda a sua fortuna para o gatinho! E agora, o que será feito de sua riqueza e de todo o time de beisebol profissional que era de Banner antes de morrer?

Comentários:
Simpática comédia clássica que, por mais incrível que isso possa parecer, foi baseada em um fato real acontecido em Nova Iorque na década de 1920. Ray Milland interpreta um sujeito que trabalha para o milionário falecido e acaba sendo nomeado guardião do agora afortunado gato - já que ele herdara toda a fortuna do ricaço. Imagine a situação! No pano de fundo o roteiro explora os problemas que isso causa ao clube de beisebol profissional que pertencia a Thaddeus J. Banner e que agora pertence juridicamente ao felino sortudo! O roteiro é bem irônico e cheio de boas piadas - inclusive de puro humor negro. Há ainda uma fina ironia que transcorre por toda a trama e que acaba deixando sempre um sorrisinho maroto no rosto do espectador, sempre pronto a morrer de rir com a próxima reviravolta. Como não poderia deixar de ser, o filme certamente vai agradar bastante aos admiradores de gatos em geral. Por falar neles, Orangey que interpreta Rhubarb dá um show de simpatia, inteligência e talento, colocando muito ator humano no chinelo. Assista e se divirta o máximo que puder!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Sua Alteza, a Secretária

Título no Brasil: Sua Alteza, a Secretária
Título Original: The Shocking Miss Pilgrim
Ano de Produção: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: George Seaton, Edmund Goulding
Roteiro: George Seaton, Ernest Maas
Elenco: Betty Grable, Dick Haymes, Anne Revere, Marilyn Monroe, Gene Lockhart, Elizabeth Patterson

Sinopse:
No século XIX, Cynthia Pilgrim (Betty Grable) se torna a primeira funcionária de uma grande empresa de transporte em Boston. Em uma época em que poucas mulheres trabalhavam fora ela acaba se tornando um símbolo da nova posição feminina dentro do mercado de trabalho.

Comentários:
Esse filme foi o primeiro com Marilyn Monroe. Na época ela era apenas uma modelo que aspirava a ter uma carreira de atriz em Hollywood. Era um sonho que parecia muito, muito distante! Seu papel era tão insignificante que sequer tinha nome. De fato o personagem de Marilyn era apenas identificado como a "operadora de telefone". Na verdade ela sequer surgia em cena, pois os espectadores praticamente apenas ouviram sua voz. Também não foi creditada no elenco, o que demonstra como foi mesmo apenas um pequeno teste para ela na Fox (e pensar que em um futuro não tão distante ela se tornaria a maior estrela da história do estúdio). Já o filme em si, é um misto de drama socialmente consciente, explorando as conquistas da mulher no começo do século e também uma comédia romântica com muitos figurinos bonitos para impressionar no Technicolor berrante da época. Betty Grable era considerada a miss simpatia do plantel da Fox, conquistando boas bilheterias com seus filmes levemente açucarados.

Pablo Aluísio.