terça-feira, 13 de junho de 2006

A Amazona de Tucson

Título no Brasil: A Amazona de Tucson
Título Original: Arizona
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wesley Ruggles
Roteiro: Claude Binyon, Clarence Budington
Elenco: Jean Arthur, William Holden, Warren William. Porter Hall, Edgar Buchanan, Paul Harvey  

Sinopse:
Durante a década de 1860 em Tucson, uma mulher pioneira luta para ter sucesso no negócio de carga e gado enquanto corre risco nas mãos de homens de negócios locais corruptos e violentos e índios furiosos.

Comentários:
Filme bem interessante, colocando uma protagonista mulher em um faroeste, provavelmente o gênero cinematográfico mais masculino de todos os tempos. E a atriz Jean Arthur brilha no filme, muito carismática e talentosa. Na época em que o filme foi lançado se comentou muito que o astro Gary Cooper havia sido convidado para atuar no filme, mas pulou fora do barco ao perceber que o roteiro iria dar muito mais espaço para a personagem de Jean Arthur. Ele não queria ficar na sombra dela. Sobrou para William Holden atuar no filme, nesse que foi seu primeiro filme de faroeste. Na época ele era contratado pela Columbia e não podia dizer não. Acabou que se saiu muito bem em cena desse bom faroeste feminista dos anos 1940.

Pablo Aluísio.

Exército de 5 Homens

Título no Brasil: Exército de 5 Homens
Título Original: Un Esercito di 5 Uomini
Ano de Produção: 1969
País: Itália
Estúdio: Tiger Film
Direção: Don Taylor, Italo Zingarelli
Roteiro: Marc Richards
Elenco: Bud Spencer, Peter Graves, James Daly, Nino Castelnuovo. Tetsurô Tanba, Claudio Gora

Sinopse:
A pedido de revolucionários e rebeldes do México, no século XVIII, um mercenário alista quatro especialistas em vários estilos de combate para ajudá-lo a roubar um trem do Exército mexicano carregando a fortuna de 500.000 dólares em ouro.

Comentários:
Bud Spencer ficou famoso pelos filmes que fez ao lado de Terence Hill. So que aqui ele surge como astro solo de um bom faroeste spaghetti, uma produção italiana que certamente agradou bastante aos fãs desse estilo europeu de fazer cinema. O grupo dos mercenários é bem interessante. Há um holandês que planeja o roubo, fica com o lado mais intelectual dos crimes, um italiano bruto e bom de briga chamado Mesito (Bud Spencer), um oriental que se comporta como um lutador medieval conhecido como Samurai (Tetsuro Tamba), um especialista em dinamite e explosivos e finalmente Luis Dominguez (Nino Castelnuovo), um acrobata de circo, capaz de entrar em qualquer lugar sem ser visto. Há um bom roteiro e curiosamente até mesmo a produção se destaca, algo que nem sempre era tão comum em faroestes italianos daquela época. Enfim, quem curte esse tipo de aventura certamente não terá do que reclamar.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Com Caipira Não se Brinca

Título no Brasil: Com Caipira Não se Brinca
Título Original: Kissin' Cousins
Ano de Produção: 1964
País: Estados Unidos
Estúdio: Four Leaf Productions
Direção: Gene Nelson
Roteiro: Gerald Drayson Adams, Gene Nelson
Elenco: Elvis Presley, Arthur O'Connell, Glenda Farrell, Jack Albertson, Pamela Austin, Cynthia Pepper

Sinopse:
Um oficial da força aérea dos Estados Unidos retorna às Smoky Mountains e tenta convencer seus parentes a permitirem que as forças armadas construam um local para mísseis em suas terras. Ao chegar lá, ele descobre que tem um primo parecido demais com ele mesmo!

Comentários:
Elvis Presley interpreta dois personagens nesse filme que misturava elementos de western com musical. O primeiro era um oficial da força aérea. O segundo um caipira das montanhas. Para diferenciar os dois personagens Elvis usava uma peruca loira quando interpretava o primo caipira. Claro, o filme foi massacrado em seu lançamento pela crítica, mas vamos dar um desconto. A trilha sonora era muito boa, com músicas alegres e divertidas, afinal Elvis era Elvis, e o clima descontraído e inocente dos anos 60 hoje soa plenamente aceitável. As cenas de dança e coreografia nem são tão boas, o que é um pecado pois o filme contou com a colaboração de Gene Nelson que era especializado nesse tipo de musical. Enfim, aqui parece que ele não deu tudo de si. Uma pena. Mesmo assim o filme diverte, principalmente aos fãs de Elvis Presley. Um musical menor na carreira do Rei do Rock, mas não menos nostálgico. Elvis era um artista incrível realmente. Eu ainda curto assistir, mesmo nos dias atuais.

Pablo Aluísio.

Os Conquistadores do Oeste

Título no Brasil: Os Conquistadores do Oeste
Título Original: Winners of the West
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ford Beebe, Ray Taylor
Roteiro: George H. Plympton, Basil Dickey
Elenco: Dick Foran, Anne Nagel, Tom Fadden, James Craig, Harry Woods, Charles Stevens

Sinopse:
Enquanto a estrada de ferro segue rumo em direção ao velho oeste, um vilão inescrupuloso e seus capangas contratam guerreiros nativos para atacar a construção. Ninguém deve ser poupado, ninguém deve sobreviver.

Comentários:
Esse filme na verdade é uma fusão de três episódios de uma série de faroeste que foi exibido na época. O personagem que chamava mais atenção era a de um pistoleiro todo de preto que trazia justiça para os rincões mais abandonados do velho oeste. Ecos do bom e velho Zorro? Claro que sim, algo que beira mesmo o plágio. Muitos dos demais episódios dessa mesma série se perderam para sempre depois de um incêndio nos estúdios Universal. Como esses foram compilados em forma de longa-metragem acabaram sobrevivendo ao tempo, chegando até os dias de hoje.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de junho de 2006

Legião do Zorro

Título no Brasil: Legião do Zorro
Título Original: Zorro's Fighting Legion
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: John English, William Witney
Roteiro: Ronald Davidson, Franklin Adreon
Elenco: Reed Hadley, Sheila Darcy, William Corson, Leander De Cordova, Edmund Cobb, John Merton

Sinopse:
O herói mascarado lidera uma força de combate para lutar contra um vilão que planeja a conquista da República do México. Filme considerado por historiadores como uma das primeiras adaptações para o cinema do lendário cavaleiro negro e mascarado, que tenta levar justiça a um mundo sem lei.

Comentários:
Outra série de matinê que depois foi compilada, dando origem a um longa-metragem. Pode ser considerada uma das primeiras adaptações do personagem Zorro para o cinema, pois o filme é datada da década de 1930, ou seja, daqui alguns anos se completará seu centenário. A imagem das cópias que chegaram até os nossos dias não é boa, deve-se dizer isso para quem se aventurar a assistir esse filme. Entretanto o valor histórico de assistir a esse Zorro de quase cem anos atrás compensa tudo. É história da sétima arte, em cima de um dos personagens mais famosos que temos notícia. Vale muito a pena conhecer.

Pablo Aluísio.

Bandido Apaixonado

Um pistoleiro decide ir para a Califórnia. A região passa por um momento histórico que seria conhecido como a "corrida do ouro". O valioso metal foi encontrado nas montanhas, o que levou milhares de pessoas a imigrarem até lá em busca da tão esperada fortuna. Entretanto muitos só encontram problemas, crimes e morte. O velho fora-da-lei decide tentar a sorte e faz a viagem ao lado de dois amigos de longa data. Na Califórnia encontram uma linda mulher, dançarina em um saloon.

A atriz Yvonne De Carlo foi uma dessas mulheres de presença e personalidade fortes. Não admitia ser contrariada e tinha o controle de sua carreira em suas mãos. Sua imagem até hoje impressiona, com seu rosto bem característico, com longas sobrancelhas que ela usava como arma, instrumento de cena, em suas atuações. Esse filme assim acabou sendo protagonizado por ela. Imagine, um faroeste estrelado por uma mulher em plena década de 1940. Mais feminista do que isso, impossível!

Bandido Apaixonado (Black Bart, Estados Unidos, 1948) Direção: George Sherman / Roteiro: Luci Ward / Elenco: Yvonne De Carlo, Dan Duryea, Jeffrey Lynn, Percy Kilbride / Sinopse: O filme conta as aventuras e problemas enfrentados por um fora-de-lei que vai para a Califórnia durante a corrida do ouro. Lá acaba conhecendo uma bela e decidida bailarina de um saloon, que acaba roubando seu coração.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de junho de 2006

O Rei do Deserto

Você já ouviu falar no ator William S. Hart? Provavelmente não, já que ele foi um astro de faroeste há mais de cem anos! Isso mesmo Hart foi um dos primeiros ídolos do cinema nesse estilo de personagem cowboy. É tão antigo que faleceu em 1945. Hoje em dia ele está praticamente esquecido, infelizmente. É algo fácil de entender porque são muitas décadas de diferença. Seus filmes se tornaram objeto de estudo e pesquisa por estudantes de cinema nos Estados Unidos. É a passagem do tempo marcando sua presença sobre filmes e arte em geral. Infelizmente grande parte de sua filmografia já não existe mais. Incêndios em arquivos de estúdios do passado destruíram para sempre grande parte de seu trabalho, de seus antigos filmes.

Eu me recordo que uma edição da revista Cinemin, já extinta, trouxe certa vez uma ótima pesquisa sobre sua carreira no cinema americano. Esse "O Rei do Deserto" foi um de seus últimos trabalhos e também um filme que sobreviveu ao tempo, já que vários de seus faroestes simplesmente foram levados pelas areias do tempo. É uma fita ágil, cheio de boas cenas de ação e uma curiosidade interessante: todas as cenas de perigo foram rodadas pelo próprio Hart. Pelo visto ele era durão também na vida real.

O Rei do Deserto (Tumbleweeds, Estados Unidos, 1925) Direção: King Baggot / Roteiro: Hal G. Evarts / Elenco: William S. Hart, Barbara Bedford, Lucien Littlefield / Sinopse: O governo dos Estados Unidos decide doar terras na costa oeste do país. Todos os que desejam participar precisam chegar nessas terras distantes para tomar posse. E eles devem partir de um único ponto de largada, dando origem a uma verdadeira corrida em direção ao velho oeste selvagem.

Pablo Aluísio.

Os Cowboys

Esse filme não foi o maior sucesso cinematográfica da carreira de John Wayne, mas certamente é um dos mais lembrados. E o curioso de tudo é saber que é um filme da fase final do ator, já nos anos 70, quando ele realizou seus últimos filmes. O roteiro foi muito feliz em apostar no choque de gerações, com John Wayne interpretando o velho cowboy que precisa ensinar um grupo de garotos a se tornarem também cowboys, na prática, na luta diária de levar um rebanho de gado entre diferentes regiões. E nesse processo o velho homem também vai ensinando aos meninos lições de vida que eles vão levar para sempre em suas lembranças.

É interessante salientar também que apesar de ter sido provavelmente o nome mais famoso da história do western americano, John Wayne nunca deixou de trazer um certo humor, uma certa suavidade em seus filmes. Talvez por essa razão ele tenha se tornado tão popular. Não era apenas um sujeito armado e durão enfrentando malfeitores no velho oeste, mas também um gigante gentil, sendo que a maioria de seus personagens tinha mesmo esse lado carismático. No fundo eram homens de bom coração como bem podemos notar nesse pequeno grande clássico de sua filmografia. É um filme, sem dúvida, muito especial.

Os Cowboys (The Cowboys, Estados Unidos, 1972) Direção: Mark Rydell / Roteiro: William Dale Jennings / Elenco: John Wayne, Roscoe Lee Browne, Bruce Dern / Sinopse: Wil Andersen (John Wayne) é um velho cowboy que decide ensinar a um grupo de garotos os segredos de sua profissão e os grandes valores morais de sua vida.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Quadrilha Maldita

Título no Brasil: Quadrilha Maldita
Título Original: Day of the Outlaw
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Security Pictures
Direção: André De Toth
Roteiro: Philip Yordan
Elenco: Robert Ryan, Burl Ives, Tina Louise, Alan Marshal, Venetia Stevenson, David Nelson

Sinopse:
O filme "Quadrilha Maldita" conta a história de um fazendeiro que só quer tocar sua propriedade rural ao lado de sua família. Sua paz é rompida quando surge uma violenta quadrilha na região. Eles estão dispostos a tudo para salvar a vida do líder do bando, agora severamente ferido numa perseguição de homens da lei.

Comentários:
Baseado no romance de faroeste escrito por Lee E. Wells, esse filme B dos anos 50 inova ao trazer para primeiro plano uma violência mais crua do que era comum naqueles anos. Longe das amarras dos grandes estúdios de Hollywood como a Warner, Columbia e Fox, o diretor André De Toth conseguiu antecipar em alguns anos a violência estilizada que iria imperar no western a partir dos anos 60. Ele foi um veterano do gênero e críticos de cinema afirmam que ele sempre foi mais talentoso quando trabalhava em pequenos estúdios de cinema ou companhias cinematográficas independentes como foi o caso desse filme. Pena que também por não ser produzido por uma das majors de Hollywood, pouco foi visto em seu lançamento original.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Sete Noivas para Sete Irmãos

Eu me lembro bastante de ver esse filme sendo reprisado, até com uma certa frequência, nas tardes da Rede Globo. Era figurinha fácil na Sessão da Tarde dos anos 70 e 80. E o mais interessante de tudo é que embora sua história se passasse no velho oeste (no território do Oregon, em 1850), o filme na verdade não era um western tradicional, diria convencional. Sim,poderia ser considerado um faroeste, mas um faroeste diferente. A melhor definição para esse filme seria então o de ser um "Western musical". Isso mesmo, apesar de soar um pouco estranho para os dias atuais.

Confesso que mesmo na época já achava algumas coisas estranhas. Por exemplo, o que dizer de um bando de homens rústicos do meio rural, homens fortes e bem masculinizados, lenhadores, que saiam por aí dando passos de balé? Meio fora do normal não é mesmo? Porém temos que ver que filmes musicais podem tomar esse tipo de liberdade sem soarem absurdos ou ridículos. Faz parte do gênero mesmo. E esse filme, mesmo com tudo isso, não deixava de ser delicioso de assistir. Um programa de pura nostalgia para quem o viu na TV naquelas tardes saudosas de antigamente.

Sete Noivas para Sete Irmãos (Seven Brides for Seven Brothers, Estados Unidos, 1954) Direção: Stanley Donen / Roteiro: Albert Hackett / Elenco: Howard Keel, Jeff Richards, Russ Tamblyn, Tommy Rall / Sinopse: Esse divertido musical clássico de Hollywood se passa no velho oeste. São sete irmãos que vivem nas montanhas. São solteirões. Até que um deles se casa e decide ajudar os demais irmãos a arranjaram também suas próprias noivas.

Pablo Aluísio.