Você já ouviu falar no ator William S. Hart? Provavelmente não, já que ele foi um astro de faroeste há mais de cem anos! Isso mesmo Hart foi um dos primeiros ídolos do cinema nesse estilo de personagem cowboy. É tão antigo que faleceu em 1945. Hoje em dia ele está praticamente esquecido, infelizmente. É algo fácil de entender porque são muitas décadas de diferença. Seus filmes se tornaram objeto de estudo e pesquisa por estudantes de cinema nos Estados Unidos. É a passagem do tempo marcando sua presença sobre filmes e arte em geral. Infelizmente grande parte de sua filmografia já não existe mais. Incêndios em arquivos de estúdios do passado destruíram para sempre grande parte de seu trabalho, de seus antigos filmes.
Eu me recordo que uma edição da revista Cinemin, já extinta, trouxe certa vez uma ótima pesquisa sobre sua carreira no cinema americano. Esse "O Rei do Deserto" foi um de seus últimos trabalhos e também um filme que sobreviveu ao tempo, já que vários de seus faroestes simplesmente foram levados pelas areias do tempo. É uma fita ágil, cheio de boas cenas de ação e uma curiosidade interessante: todas as cenas de perigo foram rodadas pelo próprio Hart. Pelo visto ele era durão também na vida real.
O Rei do Deserto (Tumbleweeds, Estados Unidos, 1925) Direção: King Baggot / Roteiro: Hal G. Evarts / Elenco: William S. Hart, Barbara Bedford, Lucien Littlefield / Sinopse: O governo dos Estados Unidos decide doar terras na costa oeste do país. Todos os que desejam participar precisam chegar nessas terras distantes para tomar posse. E eles devem partir de um único ponto de largada, dando origem a uma verdadeira corrida em direção ao velho oeste selvagem.
Pablo Aluísio.