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domingo, 10 de janeiro de 2021

A História de Little Richard

Título no Brasil: A História de Little Richard
Título Original: The Little Richard Story
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: STX Pictures
Direção: William Klein
Roteiro: William Klein
Elenco: Little Richard, Karel Dirka, Andrew Carter, Jeremy Stone. William Rabbit, Ane Smith

Sinopse:
Richard Wayne Penniman é um jovem negro, talentoso pianista, que vai até Nashville em busca do sucesso. Ele percebe que há uma nova sonoridade no ar, um novo gênero musical, uma variação dançante do Rhythm and blues, Ele então começa a compor novas músicas para esse novo estilo musical que iria ser conhecido como rock and roll.

Comentários:
Little Richard morreu em 2020, mas antes de sua morte ele teve a oportunidade de assistir a esse bom filme que contou sua história. Ele foi um dos principais nomes do rock americano em seus primórdios. Colecionou sucessos e suas músicas foram gravadas por Elvis Presley e The Beatles. No auge de seu sucesso, ele teve uma crise de fervor religioso e decidiu abandonar tudo, dinheiro, fama e riqueza para se tornar pastor protestante. Esse filme mostra este e outros fatos interessantes de sua vida. Um filme que resgata a vida de um dos grandes pioneiros do rock. A produção é um pouco modesta, mas bem realizada. O próprio cantor e compositor ajudou em certos aspectos. O resultado ficou muito bom. Para quem gosta da história do rock é uma boa opção para se conhecer um capítulo importante do surgimento desse gênero musical.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

The Beatles: Eight Days a Week - The Touring Years

"The Beatles: Eight Days a Week - The Touring Years", esse é o nome desse novo documentário sobre os Beatles. É a tal coisa, se você gosta da fase da Beatlemania, não há nada mais recomendado para assistir. Claro que tudo já foi visto e revisto, inclusive em outros documentários, mas aqui pelo menos temos uma edição mais ágil, mais moderna. Nos documentários anteriores (incluindo aí o Anthology) não havia um trabalho de edição tão bem feito como esse. Além disso a direção de Ron Howard é muito boa, colocando e situando o espectador dentro da história do grupo, mostrando as datas em que os discos foram lançados e os shows realizados. Como se trata de um documentário que procura mostrar a vida na estrada dos Beatles, tudo é mais centrado mesmo nos concertos. Por essa razão quando os Beatles lançam o disco Sgt Peppers e param de fazer shows o documentário dá uma pausa enorme na história do grupo, só voltando a focar neles novamente no "concerto" improvisado que eles fizeram no alto do edifício da Apple.

E por falar em Apple, como se trata de um lançamento oficial dessa companhia, que até hoje gerencia os direitos do quarteto, em certos momentos tudo vai parecer um pouco chapa branca demais. As coisas negativas envolvendo os Beatles, as brigas, os processos judiciais, são ignorados. Nem tudo porém é negativo. Esse selo de coisa oficial tem outro ponto bem positivo: o uso sem restrições das músicas dos Beatles, algo que em um documentário sobre o conjunto se torna essencial. Eu me recordo que alguns documentários sobre a banda que foram lançados no Brasil em VHS, ainda nos anos 80, não tinham esse tipo de licença. Assim o espectador tinha que encarar um filme sobre o grupo sem suas músicas. Dureza! Agora não, toda a maravilhosa obra musical deles é fartamente usada para deleite dos fãs da boa música, até porque os Beatles se tornaram eternos por sua música e nada mais.

The Beatles - Eight Days a Week (Eight Days a Week, Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Ron Howard / Roteiro: Mark Monroe, P.G. Morgan / Estúdio: Apple Corps / Elenco: Paul McCartney, Ringo Starr, John Lennon, George Harrison, George Martin, Larry Kane / Sinopse: Documentário que resgata o auge da Beatlemania, quando John, Paul, George e Ringo, os Beatles, chegaram nos Estados Unidos para suas primeiras turnês internacionais. Fotos, imagens raras e toda a histeria dos fãs para os que curtem o grupo musical de rock mais popular de todos os tempos. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Documentário.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Elvis Presley - O Prisioneiro do Rock

Esse foi o grande sucesso de Elvis nos anos 50. Foi seu terceiro filme e o primeiro totalmente escrito e produzido para ele estrelar. Nos anteriores Elvis ainda era uma dúvida. Mesmo sendo o cantor mais popular do mundo na época não se sabia ainda se ele daria certo no cinema. Não tinha muita experiência como ator e não sabia atuar direito mas seus filmes eram estouros de bilheteria. Para muitos Jailhouse Rock é o melhor filme de Elvis, talvez só perdendo para Balada Sangrenta, de Michael Curtiz, o mesmo diretor de Casablanca. Tem bom roteiro e músicas famosas. O cantor vestido de prisioneiro acabou marcando tanto a cultura pop que até hoje a imagem é explorada em produtos como action figures, posters e brinquedos. O filme tem a famosa cena da dança dos prisioneiros que alguns consideram o primeiro videoclip da história e uma canção tema que vendeu milhões de cópias ao redor do mundo. Pena que em poucos meses Elvis seria convocado pelo exército americano o que iria interromper sua carreira por dois longos anos enquanto servia na Alemanha ocupada. Quando voltou aos EUA Elvis estrelou vários musicais água com açúcar que não chegavam nem perto da qualidade de seus primeiros filmes. Os roteiros fracos acabaram decepcionando o cantor que abandonou Hollywood definitivamente em 1969 para se dedicar novamente apenas à sua carreira de cantor de sucesso em Las Vegas e em turnês pelos EUA.

Realmente a questão chave sobre Elvis no cinema era que ele não era um ator, era um cantor que usava o cinema para vender discos. Cada um nasce com seu talento, Elvis Presley jamais poderia ser comparado a James Dean ou Marlon Brando, do mesmo modo que nenhum deles poderiam sequer tentar cantar igual a Elvis. No fundo Tom Parker, o empresário de Elvis, usava o cinema como um tremendo meio promocional para a música de Elvis e nesse aspecto o objetivo foi alcançado pois Elvis alcançou uma popularidade que nenhum outro cantor de sua época conseguiu chegar. Pois é, os filmes de Elvis mostraram que era possível arrecadar boas bilheterias com um astro do mundo da música estrelando filmes. Depois de Elvis vários astros foram para o cinema como os Beatles, Rolling Stones e até Michael Jackson (inclusive postumamente). No Brasil Roberto Carlos estrelou diversos filmes nos anos 60 só para citar um exemplo mais próximo de nós. Nenhum desses filmes eram "obras de arte" do cinema, longe disso, eram meios promocionais para os artistas e como tais devem ser encarados.

O Prisioneiro do Rock (Jailhouse Rock, EUA, 1957) Direção: Richard Thorpe / Roteiro: Guy Trosper / Elenco: Elvis Presley, Judy Tyler e Mickey Shaugnessey / Sinopse: Vince Everett (Elvis Presley é um jovem que acaba cometendo um crime sem intenção. Preso e condenado é enviado para a penitenciária do Estado. Lá conhece Hunk Houghton (Mickey Shaugnessy) que o apresenta ao mundo da música. Após ser libertado Vince decide tentar uma carreira artística. Com a ajuda da bela Peggy Van Aldern (Judy Tyler) ele tenta subir os degraus da fama e do sucesso.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Os Homens Preferem as Loiras

Certa vez Billy Wilder disse que alguns filmes só dariam certos se Marilyn Monroe estivesse neles. Penso que é o caso de "Os Homens Preferem as Loiras", um excelente musical com ótima trilha sonora que diverte, encanta e emociona. Assistir Marilyn Monroe cantando tão bem sua mais famosa canção no cinema "Diamonds Are a Girl´s Best Friend" balança com qualquer cinéfilo que se preze. E como Marilyn estava linda no filme! Ela no auge da beleza e juventude esbanja sex appeal em todas as cenas, sem exceção. Seu jeito de falar sussurrando era extremamente sensual. Sua personagem, a corista e dançarina Lorelai Lee, se parece muito com a que interpretou em "Como Agarrar um Milionário" mas isso realmente não importa. O que fica mesmo é a ótima coreografia, figurinos e roteiro de uma produção que nasceu para ser leve e bem humorada. Outro dia mesmo reclamei da falta de canções de Marilyn em um outro filme. Pois bem, aqui em "Os Homens Preferem as Loiras" temos a oportunidade de assisti-la cantando quatro músicas, todas ótimas é bom dizer.

Sempre achei Marilyn Monroe uma cantora subestimada. Eu pessoalmente acho seu timbre vocal lindo (além de ser excepcionalmente sensual). Não consigo entender também pessoas que a criticam afirmando que era apenas um mito sexual e não uma grande atriz! Bobagem, Marilyn Monroe tinha um talento nato para comédias e basta assistir filmes como esse para entender bem esse aspecto de sua carreira. Ela era divertida e não fazia esforço para parecer engraçada em cena (que em suma é o grande segredo dos grandes comediantes). Além disso sua voz sempre me soou relaxante e agradável. Tem que ser muito ranzinza para não gostar de musicais maravilhosos como esse. Mais um ponto positivo na grande carreira do diretor Howard Hawks que sempre foi um dos meus cineastas preferidos. Enfim, não precisa dizer mais nada. Quem ainda não assistiu e não consegue entender a longevidade do mito Marilyn Monroe não perca mais tempo. "Os Homens Preferem as Loiras" está lhe esperando. Assista e se divirta.

Os Homens Preferem as Loiras (Gentlemen Prefer Blondes, EUA, 1953) / Direção: Howard Hawks / Roteiro: Charles Lederer / Com Jane Russell, Marilyn Monroe e Charles Coburn / Sinopse: Duas coristas, Lorelei e Dorothy (Marilyn Monroe e Jane Russel), viajam até Paris para conhecer o pai do noivo de Lorelei. Durante a viagem são espionadas por um detetive que tem a missão de provar que ambas são apenas mulheres interesseiras em busca de dotes milionários de homens ricos.

Pablo Aluísio.