sábado, 26 de outubro de 2019

007 Contra Goldfinger

Terceiro filme de Sean Connery no papel de James Bond. Na trama o famoso agente inglês é enviado para investigar as atividades do magnata do ouro Auric Goldfinger (Gert Fröbe). Embora mantenha uma fachada de homem de negócios honesto e sério, que age dentro da lei, há fortes suspeitas de que ele na realidade comande uma rede internacional de contrabando de ouro. Aos poucos Bond descobre muito mais, inclusive um ousado plano envolvendo o roubo da maior reserva de ouro dos Estados Unidos. De posse dela Goldfinger poderia colocar a economia global de joelhos. De volta ao papel de 007, Sean Connery esbanja charme e elegância no papel. Esse filme tem algumas particularidades que até hoje são lembradas pelos fãs do agente inglês. Uma delas é o fato de ser o primeiro filme em que Bond surge com seu carro Aston Martin DB5. O automóvel iria virar um dos maiores símbolos do modo de vida de Bond, uma marca registrada. Aliás já nessa sua primeira aparição nos filmes de 007 o carro mostra sua importância em várias cenas de ação que marcaram bastante, como a perseguição a uma assassina profissional nos alpes suíços. As inovações tecnológicas chamam a atenção, como as rodas especiais e o assento de passageiro ejetável.

Assim o estúdio descobriu uma nova forma de faturar em cima do personagem, uma vez que essa produção foi uma porta de entrada para que a franquia de filmes servisse como uma espécie de instrumento de publicidade para marcas luxuosas e de grife. Ao longo dos anos que viriam a produtora iria explorar ainda mais esse aspecto, com James Bond sempre surgindo com novas roupas, relógios e todo tipo de produto que poderia ser sutilmente divulgado nas cenas do filme. Afinal o glamour também era um aspecto essencial na vida desse agente secreto. Outro destaque a se chamar a atenção é a beleza das Bond Girls. Uma delas, Shirley Eaton, acabou virando uma modelo famosa. Aliás a cena em que uma bela mulher surge toda pintada de ouro virou sensação na época. A sensualidade do elenco feminino começava a ganhar cada vez mais espaço nos filmes. E Bond, claro, surgia como uma conquistador incorrigível para todas elas. Por fim destaco os bem humorados diálogos do roteiro. Em um deles James Bond brinca com os Beatles (em plena Beatlemania) ao dizer ironicamente: "Isso é tão perigoso quanto ouvir os Beatles sem proteção de ouvidos!". Tudo muito divertido. Enfim, "Goldfinger" é sem dúvida um dos melhores filmes de Bond com Sean Connery. Doses exatas de aventura, mistério e ação para fã nenhum colocar defeito.

007 Contra Goldfinger (Goldfinger, Estados Unidos, Inglaterra, 1964) Estúdio: United Artists, Eon Productions / Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Richard Maibaum, baseado na obra de Ian Fleming   / Elenco: Sean Connery, Gert Fröbe, Honor Blackman, Shirley Eaton / Sinopse: O agente secreto inglês James Bond (Connery) é designado para investigar um estranho milionário, um sujeito que parece esconder um plano maquiávelico. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Sonoros (Norman Wanstall).

Pablo Aluísio.

6 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Os primeiros filmes de James Bond
    Pablo Aluísio.

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  2. Hoje é necessário assistir a série da Netflix, O Espião, com o Sasha Baron Cohen, pra se entender a necessidade de um assassino profissional se vestir tão bem, ser tão refinado, culto e charmoso. As roupas que o 007 usa são totalmente inadequadas para um sujeito que de uma hora pra outra vai sair no braço com alguém, ou em desabalada carreira, porém, absolutamente correta para quem quer ser passar por um sujeito rico e inofensivo Bon Vivant.
    A violência da série James Bond nos fez perder a capacidade de perceber essa sutileza, mas em O Espião, da Netflix, isso é ressaltado ao máximo.

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  3. Esse é o ponto de vista válido, só que no mundo real os agentes secretos não podem ser como James Bond. Os maiores espiões da história tinham aparência completamente comum. A maior espiã russa nos Estados Unidos era uma velhinha, com óculos e jeito de vovozinha. Melhor disfarce do que esse, não existe. James Bond é bom na ficção, mas não funcionaria no mundo real.

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  4. Realmente, eu só citei o espião da Netflix, porque é uma história real e o espião respectivo foi descoberto, preso e executado por enforcamento em praça pública, isso já na década de "70.

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  5. Claro, entendi o que você quis dizer. Aliás foi atrás dessa série que você citou. Ainda não assisti.

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