Marilyn Monroe tinha uma personalidade muito volátil. Para muitos especialistas que leram suas biografias e relatos da época, de pessoas que viveram ao lado da atriz, ela no mínimo seria bipolar, com tendência a ser limítrofe, o que talvez explique muitos de seus atos ao longo da vida. Definitivamente não era fácil viver ou trabalhar ao seu lado. Era exigência primária ter muita paciência ou então muita compreensão pelos atos e decisões que ela tomava.Marilyn poderia ser doce e amável, ser terna e carinhosa ao máximo e poucos segundo depois virar o avesso disso. Ela tinha uma personalidade que poderia ser considerada medrosa ao extremo em determinados momentos e depois ser ousada, corajosa e desafiadora. Isso se reflete com seu complicado comportamento nos sets de filmagens onde ela poderia morrer de medo de entrar no trabalho, para filmar sua próxima cena e ao mesmo tempo poderia também demonstrar muita coragem de enfrentar os executivos mais poderosos da Fox face a face, impondo exigências absurdas em seus contratos.
Medo de ser aceita e exigências descabidas para essa mesma aceitação. Essa era a Marilyn. Um produtor que conviveu muito com a triz em seus anos na Fox chegou a declarar: "Marilyn Monroe era o médico e o monstro. Isso mesmo. Ela poderia ser a melhor profissional do mundo em um dia e a pior de todos os tempos no dia seguinte! Muitos diretores se recusaram a trabalhar ao seu lado por causa disso. Não havia segurança nenhuma que ela terminaria um filme! Era roleta russa!"
Em seus casamentos a mesma coisa. Seus maridos sentiram na pele o que era tentar manter um relacionamento estável com uma estrela de cinema loira, linda e... neurótica! Marilyn se casava muitas vezes por impulso, para logo depois, em poucas semanas, perder o interesse pelo marido. Quando ignorada, ela tentava de todas as maneiras conquistar um homem, mas logo que ele se revelava apaixonado, ela perdia o interesse por ele. Caso se tornasse submisso, como aconteceu com seu último marido, o escritor e dramaturgo Arthur Miller, a coisa toda desandava para a pura humilhação. No final desse casamento Marilyn passou a ter desprezo pelo marido. Ela odiava homens fracos, sem personalidades fortes. Ao mesmo tempo não conseguia se ver como submissa dentro de nenhum casamento. Uma equação que levou todos os seus casamentos para o fracasso completo.
Pablo Aluísio.
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