quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Memórias de Marilyn Monroe - Parte 1

Memórias de Marilyn Monroe
Certa vez me perguntaram se cinquenta por cento dos críticos em Hollywood me dissessem que eu não tinha talento, o que eu faria? Eu respondi que mesmo que cem por cento falassem isso eu não desistiria dos meus sonhos e saberia do fundo do meu coração que todos eles estavam errados. Eu sempre investi em mim mesma. Quando era modelo eu via todos aqueles vestidos deslumbrantes, aquelas roupas maravilhosas e pensava que eu precisava urgentemente de todas elas em meu quarta roupas. O problema é que eu era pobre e não tinha dinheiro para comprar todas aquelas roupas e elas eram importantes para a minha carreira. Isso porque os agentes e as agências sempre pagavam mais a quem se vestia melhor, quem aparecia com as melhores roupas, os melhores figurinos. Além disso se percebessem que alguma modelo estava em dificuldades financeiras logo corriam para se aproveitarem dela.

Eu amadureci muito cedo em minha vida. Estar casada tão jovem como eu fui me ajudou a ficar madura mais cedo do que outras garotas da minha idade. Estar casada com meu primeiro marido era a mesma coisa que estar presa em um zoológico. Uma vez fomos a um restaurante e era uma noite de baile com conga (uma dança exótica popular na época). Eu acho que naquela noite me animei e fui lá dançar com as pessoas, até me misturei com os bailarinos profissionais. Quando voltei para a mesa meu marido havia fechado a cara para mim! Com raiva ele me disse que eu estava ridícula e havia me comportado como um macaco no Zoo. Meu casamento era tão infeliz que acho que ele tinha razão. Minha felicidade era apenas da porta para fora, dentro de mim eu não me sentia feliz.

Eu nunca fui uma boa aluna. Na verdade estava sempre na classe C que era o mais baixo nível na escola. As únicas matérias em que me saía bem eram inglês e matemática, embora eu não tivesse o menor sentido de dinheiro ou tempo. Eu também gostava muito de escrever e fazer poemas. Gostava de refletir usando um pedaço de papel e uma caneta. Certa vez acabei sendo premiada por uma redação que fiz e isso me encheu de orgulho. Era uma dissertação e eu me saí muito bem, saiba disso.

Na época eu estava morando com tia Ana. Ela foi a pessoa mais gentil que conheci. Ela foi a primeira pessoa do mundo de que gostei verdadeiramente. E isso era bom porque ela também gostava muito de mim. Uma vez escrevi um poema para ela que chamei de "Eu a Adoro". Quando mostrei a alguém essa pessoa chorou porque havia muito sentimento no que eu havia escrito. Eu havia escrito o poema quando tia Ana morreu. Mostrava tudo o que eu sentia quando ela partiu. Era muito emocional e triste. Até aquele momento de minha vida ela era a única pessoa que me amava e me compreendia completamente. Ela me mostrou e ajudou a compreender as coisas importantes da vida e me fez ter confiança em mim mesma. Nunca, jamais me magoou e não podia pois era toda amor e delicadeza. Foi muito boa para mim em um tempo em que passei por grandes dificuldades em minha vida.

Marilyn Monroe.

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