O Adeus de Marilyn Monroe - A atriz Marilyn Monroe morreu no dia 4 de agosto de 1962, em sua casa, no elegante bairro de Brentwood, localizado na cidade de Los Angeles, Califórnia. Ela foi encontrada por sua empregada que, durante a madrugada, estranhou o fato de que a luz de seu quarto ainda estava acessa, com um disco de vinil de Frank Sinatra rodando na vitrola que ficava ao lado de sua cama. Aquilo era bem incomum. Essa empregada primeiro bateu na porta do quarto, chamando por seu nome. Não obteve nenhuma resposta por parte da atriz. Depois ela foi até o corredor, do lado de fora da casa, que dava acesso à janela do quarto de Marilyn, onde viu a atriz deitada imóvel. de bruços em sua cama, segurando o gancho de um telefone. Aquilo era muito estranho e ela então decidiu pedir socorro. Quando a equipe de paramédicos chegou já encontrou a atriz em rigor mortis, um sinal claro que ela já estava morta há algumas horas.
Ela então foi levado até o hospital, mesmo sabendo os paramédicos que já estava morta, sem sinais vitais. Dentro do hospital Marilyn Monroe ou Norma Jean (seu nome real) foi declarada morta por dois médicos de plantão, o que era uma exigência legal. Seu corpo então foi levado para o setor de autópsias do hospital onde se procurou pela causa, a razão de sua morte. Um fato triste aconteceu quando um funcionário do hospital foi subornado por dois jornalistas que tiraram duas fotos de Marilyn falecida. Uma foto foi tirada dela de frente, outra de lado. Uma clara falta de ética por parte da imprensa que já estava alucinada em busca de informações sobre a morte da atriz. Enquanto tudo isso acontecia os principais jornais do mundo noticiavam que Marilyn havia morrido de uma overdose acidental de pílulas para dormir, algo que depois seria confirmado pelos exames colhidos na autópsia. Ela morreu de uma combinação fatal de Nembutal (pentobarbital sódico) com Hidrato de cloral.
Após sua morte o corpo de Marilyn Monroe ficou por algumas horas à espera de algum familiar que cuidasse de seus documentos e funeral. Ninguém apareceu. Não era de se admirar. Marilyn praticamente não tinha mais parentes vivos e sua mãe estava internada em uma instituição para doentes mentais. Quando soube que ninguém havia reivindicado o corpo para o funeral, seu ex-marido Joe DiMaggio pegou o primeiro avião para Los Angeles. Ele assumiria os preparativos e o funeral de sua querida ex-esposa.
A primeira providência foi levar a equipe de maquiagem de Marilyn para a casa funerária. A autópsia pela qual havia passado tinha desfigurado a beleza de uma das mulheres mais belas da história do cinema. Seu cabelo estava queimado nas raízes e seu busto desaparecera após os procedimentos de necropsia. Marilyn havia pedido ao seu maquiador e amigo pessoal que quando morresse ele cuidaria de sua aparência. Whitey Snyder e sua esposa então começaram os trabalhos para trazer de volta à Marilyn Monroe que todos lembravam. Um peruca loira foi providenciada, a mesma que ela usara no filme "Os Desajustados", pois não havia mais como fazer nada em relação ao seu cabelo. Duas pequenas almofadas foram utilizadas para recriar o busto de que Marilyn tinha tanto orgulho. Marilyn então foi vestida com um modelo Pucci muito simples, que ela adorava em vida. Como toque final o maquiador enrolou em seu pescoço uma bonita echarpe de Chiffon.
Lá fora a confusão era enorme. A imprensa tentava tirar declarações de Joe DiMaggio mas esse se recusou a falar. Ao contrário disso providenciou uma cripta no cemitério Westwood Memorial Park, que tinha um sistema de urnas funerárias, ao contrário de covas. Marilyn tinha pavor de ser enterrada debaixo do chão e havia comentado com DiMaggio que gostaria de repousar após sua morte em uma urna como a de Westwood. Era um cemitério moderno para os anos 60, ao lado de uma avenida movimentada e uma loja de carros usados. Não se parecia em nada com um cemitério comum, pois tudo lembrava um lugar muito calmo, com amplas galerias, jardins e bancos brancos para os visitantes ficarem à vontade. Era uma cripta de parede de mármore, tudo com muito bom gosto. Ao lado havia um pequeno nicho para colocar flores. Enquanto esteve vivo Joe DiMaggio pagou a uma jovem senhora para levar flores todos os dias na urna da ex-esposa. Joe DiMaggio também soltou uma pequena nota para a imprensa que dizia: "O funeral de Marilyn Monroe será muito simples, de forma que ela possa ir para seu descanso final na paz que sempre procurou". Depois mandou avisar que qualquer doação deveria ser revertida para instituições de caridade de amparo a crianças carentes e órfãs, como a própria Marilyn Monroe havia sido em vida.
Todos os grandes figurões de Hollywood queriam comparecer ao funeral de Marilyn, mas Joe DiMaggio fez uma lista de apenas 24 convidados. Qualquer outra pessoa seria barrada. Frank Sinatra ficou de fora e sentiu-se ofendido. Rumou ao cemitério e forçou sua entrada, mas foi barrado aos safanões por grandalhões italianos contratados por DiMaggio. Ele considerava Sinatra um cretino, um calhorda, que havia explorado Marilyn Monroe. Além disso o fato de Sinatra ter sido amigo dos Kennedy o deixava imediatamente na lista negra de DiMaggio. Sobre a família Kennedy o ex-marido de Marilyn foi firme e incisivo: "Certifiquem-se de que nenhum maldito membro da família Kennedy esteja por aqui no funeral!". Sammy Davis Jr e a cantora Ella Fitzgerald também foram barrados nos portões do cemitério. Dean Martin, que conhecia muito mais o temperamento de DiMaggio se limitou a enviar uma pequena coroa de flores, gesto que foi imitado por Marlon Brando.
A cerimônia foi breve. Ao som de "Over The Rainbow" o corpo de Marilyn foi encomendado. Ela era fã de Judy Garland e por isso DiMaggio pediu que a canção fosse tocada. Depois disso seu caixão foi aberto por alguns minutos. O último a se despedir foi o próprio DiMaggio que em prantos beijou a ex-esposa pela última vez declarando: "Eu te amo!". Marilyn tinha um pequeno buquê de flores nas mãos. Depois disso um pequeno cortejo levou Marilyn até seu local de descanso eterno. Na lápide ao invés de "Norma Jean", DiMaggio preferiu colocar o nome pelo qual ela sempre será lembrada com a singela inscrição "Marilyn Monroe - 1926 - 1962". Tudo muito simples, mas elegante.
O local de descanso eterno de Marilyn rapidamente virou ponto turístico em Los Angeles. Todos os dias havia muita gente indo até lá para fazer uma oração ou prestar as últimas homenagens à memória da atriz. Com os anos outros astros famosos também foram sepultados perto de Marilyn, como por exemplo Natalie Wood que jaz a poucos metros da cripta da colega e Dean Martin que comprou sua urna após visitar pela primeira vez o lugar onde sua amiga havia sido sepultada.
Em 2009 foi realizado um leilão para venda da cripta acima da Marilyn Monroe. O maior lance de 4,6 milhões de dólares foi o vencedor. O local estava ocupado por um homem morto em 1981, chamado Richard Poncher. A viúva do sujeito então resolveu exumar o marido para ganhar essa pequena fortuna com a venda de sua urna funerária. Isso demonstrou bem bem que apesar de todos os anos passados, o mito de Marilyn Monroe ainda sobrevive, tão forte como na época de sua morte, afinal o sol nunca se põe sobre os grandes mitos do cinema.
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
ResponderExcluirA Morte de Marilyn Monroe
Pablo Aluísio.
Especulação sobre a Marilyn ter sido assassinada não é tão absurda se levarmos em consideração o tipo de gente perigosíssima que orbitava no seu círculo mais íntimo de amigos.
ResponderExcluirPobrezinha... muito triste a morte dela. Morreu sozinha. Acredito que pegou o telefone para pedir socorro, mas não deu tempo. Triste demais.
ResponderExcluirMarilyn Monroe morreu exatamente como Judy Garland e Elvis Presley. Todos eles morreram de overdose de drogas prescritas. Nos anos 60 nem os médicos tinham noção de como algumas dessas drogas eram perigosas e por isso receitavam elas sem muito controle. E esses artistas, pressionados como eram, queriam cada vez mais pílulas para dormir. Acabou que muitos morreram assim, de forma acidental, de forma absurda.
ResponderExcluirSerge, nossa, isso é material para muitos textos. Não custa lembrar que livros e mais livros foram escritos com teorias sobre a morte de Marilyn Monroe. Material vasto demais.
ResponderExcluirThaís, também acredito que ela havia pego o telefone para pedir ajuda. Acho que ela sentiu que algo muito sério estava acontecendo naquele momento... só que não houve tempo suficiente para isso. Ela morreu antes.
ResponderExcluirErick, esse foi um problema muito sério que aconteceu naquela época. Concordo com você. As drogas chegaram no mercado e prometiam muitas coisas, como curar a insônia,por exemplo. Só que aí começaram as mortes. Hoje em dia a maioria dessas drogas inclusive não são mais receitadas, pois além do risco causavam dependência química em quem usava. Foi o caso de Elvis e Marilyn.
ResponderExcluirEsses artistas não aguentaram a pressão e o stress que veio junto da fama deles. Ficou insuportável. Eles foram famosos demais, até mais famosos que os artistas atuais. Acabaram sucumbindo.
ResponderExcluirPoucos conseguiram lidar com esse tipo de situação. E temos que lembrar que eles viveram por anos nessa situação de stress máximo.
ResponderExcluirÉ isso!
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