Mais um filme da franquia "Cloverfield", só que dessa vez produzido por uma parceria entre a Paramount e a Netflix. A marca "Cloverfield" pertence hoje ao diretor J. J. Abrams que tem se esforçado para colocar pelo menos um filme novo por ano no mercado. Ele não dirige, mas na maioria das vezes produz e dá sugestões nos roteiros. Aqui temos uma equipe de astronautas que orbitam a Terra em uma estação espacial internacional. O objetivo da missão é colocar para funcionar um sistema de produção de energia, já que o planeta vive justamente uma crise de fontes de energias renováveis. No começo as tentativas falham, até que o sistema finalmente se estabiliza, isso até literalmente entrar em colapso. A explosão que se segue acaba causando uma espécie de fenda no espaço tempo dimensional, fazendo com que os membros da tripulação sejam transportados para uma dimensão paralela, onde nem tudo faz muito sentido.
Pois é, o roteiro é bem pretensioso. Usando das teorias de multi dimensões ele tenta criar sua trama. Funciona apenas em termos. Há situações bem interessantes, como aquela em que o braço de um membro da equipe é devorado pelas paredes da nave, ou então da surreal situação de viver agora em uma dimensão onde os mortos estão vivos e etc. Mesmo assim a intenção de soar científico demais vai cansando o espectador, ao mesmo tempo em que o roteiro parece cair nas suas próprias armadilhas. Quando tudo ameaça ficar confuso demais para o espectador médio há uma saída pela lateral, apelando para os bons e velhos monstros (sim, como todo filme "Cloverfield" há monstros que você só vai ver mesmo na última cena!). No geral achei um filme com um roteiro promissor que nunca cumpre suas promessas. O filme vai avançando, avançando e nada de muito interessante acontece, causando uma certa frustração no espectador. A produção é boa, a estação espacial é bem feita, porém o lado físico alternativo realmente cansa. É um "Cloverfield" menor dentro da franquia.
O Paradoxo Cloverfield (The Cloverfield Paradox, Estados Unidos, 2018) Direção: Julius Onah / Roteiro: Oren Uziel / Elenco: Gugu Mbatha-Raw, David Oyelowo, Daniel Brühl / Sinopse: A Tripulação de uma estação orbital tenta colocar em funcionamento um sistema de produção de energia, mas a experiência dá errado, criando uma fenda dimensional dentro do espaço, fazendo com que todos eles sejam transportados para uma estranha e bizarra realidade alternativa.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★
Elenco: ★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★
Cotação Geral: ★★
Nota Geral: 6.5
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
Esse negocio de falar de universo paralelo em filme pipoca é coisa pra Star Trek, fora isso tem que ser doumentário; e olha lá!
ResponderExcluirUniverso paralelo em filme pipoca é coisa pra Star Trek, fora isso tem que ser documentário; e olha lá!
ResponderExcluirPois é, esse filme aqui fica entre as categorias "Olhe lá" e "Nada a ver" rsrsrss
ResponderExcluirApós ver The Cloverfield Paradox, a questão que fica é se o seu lançamento surpresa foi, de facto, uma manobra de génio, ou um controlo de danos após visualizações com público de teste. Amei ver no elenco a Elizabeth Debicki, ela é uma atriz preciosa que geralmente triunfa nos seus filmes. Recém a vi em O Conto, um dos melhores filmes de terror, sendo sincera eu acho que a sua atuação é extraordinário, em minha opinião é a atriz mais completa da sua geração, mas infelizmente não é reconhecida como se deve.
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