Supostamente deveria ser um filme policial comum, com todos aqueles clichês que conhecemos bem, como a dupla de patrulheiros que não se dão bem, tentando colocar alguma lei e ordem nas ruas infestadas de criminalidade de Los Angeles. Até aí tudo bem, nada de novidade. A questão é que o roteiro desse filme foge do lugar comum ao colocar um policial humano (interpretado por Will Smith) ao lado de um Orc! Isso mesmo, aquela raça de seres grotescos que todos conhecem das páginas dos livros de J.R.R. Tolkien. E as coisas não param por aí. Existem também Elfos e Fadas, todos vivendo na realidade do nosso tempo. E como não poderia faltar em um roteiro de universo de fantasia há também uma varinha mágica, muito poderosa, que não pode cair nas mãos de criminosos que estão tentando trazer uma divindade das sombras para conquistar o mundo.
É a tal coisa, não gostei muito dessa ideia de misturar universos tão distintos. Esse negócio de misturar um universo de fantasia ao estilo "O Senhor dos Anéis" com filmes policiais não funcionou muito bem. Claro que o roteiro tenta ainda tirar algum proveito disso, fazendo com que o Orc que é parceiro de patrulha de Will Smith sofra todo tipo de preconceito (uma analogia com o preconceito racial vivido pelos negros americanos). Ainda assim o resultado final é esquisito. Há cenas que tentam ser divertidas, como aquela em que Will Smith tenta dar cabo de uma fada que fica perturbando a tranquilidade de seu lar, mas nem esses momentos que deveriam ser engraçados funcionam direito. Como se trata de uma produção Netflix, que não foi lançada nos cinemas, a produção também não é lá grande coisa. Não é mal feita, longe disso, mas tem menos efeitos especiais do que se fosse um filme normal, a ser lançado nos cinemas. A trama funciona mais ou menos bem somente até os 40, 50 minutos de duração. Depois disso vira lugar comum, com muitos clichês, onde todos os personagens tentam colocar as mãos na tal varinha mágica. No final não gostei muito realmente, nem a crítica em geral que achou o resultado bem mais ou menos, o que talvez não faça muita diferença, já que a Netflix já anunciou a produção do segundo filme, também com Will Smith. Provavelmente vá virar uma série nos próximos anos. Haja paciência!
Bright (Bright, Estados Unidos, 2017) Direção: David Ayer / Roteiro: Max Landis / Elenco: Will Smith, Joel Edgerton, Noomi Rapace / Sinopse: Daryl Ward (Will Smith) é um policial de patrulha de Los Angeles que é designado pelo departamento de polícia para ser o parceiro de Nick Jakoby (Joel Edgerton). Ward não gosta muito dessa ideia pois não simpatiza com Jakoby. Tudo seria algo até normal se Jakoby não fosse um Orc! Uma raça detestada pelos seres humanos em geral por causa de seu passado violento de guerras contra a humanidade.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★
Elenco: ★★
Produção: ★★
Roteiro: ★★
Cotação Geral: ★★
Nota Geral: 5.5
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
Ah Pablo! O som não conseguiu acabar com o cinema; as cores não conseguiram acabar com o cinema; a televisão não conseguiu acabar com o cinema; o VHS não coseguiu acabar com o cinema; o DVD não conseguiu acabar com o cinema, etc., mas eu te garanto, sem medo de errar, a Netflix vai acabar com o cinema.
ResponderExcluirPS.: mais um pitaco em Elvis Reconsider Baby.
ExcluirAté agora não assisti a um grande filme produzido pela Netflix. Não será o Will Smith e esse orc que vão acabar com o cinema. rsrs. Falando sério agora... bom tudo é possível. Os hábitos mudam e as pessoas estão preferindo cada vez mais assistir aos filmes pelo computador.
ResponderExcluirÉ exatamente isso.
ResponderExcluirAlias, assitir filmes pelo computador foi o verdadeiro culpado pelo fim das locadoras de filmes. Eu sou a prova, ainda, viva disso.
ResponderExcluirO PC acabou com muitas coisas:
ResponderExcluirDiscos de vinil
Máquinas de escrever
Locadoras de vídeo, etc, etc...
No meu caso anda acabando até mesmo com os livros pois agora prefiro os Ebooks. Melhor do que sair carregando livros de papel pesados de lá pra cá...
É isso aí.
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