segunda-feira, 30 de junho de 2008

Oscar 2023


Melhor Filme 
Nada de Novo no Front ★★★★
Avatar: O Caminho da Água
Os Banshees de Inisherin ★★★
Elvis ★★★
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo 
Os Fabelmans ★★★★
Tár ★★★★
Top Gun: Maverick ★★★★
Triângulo de Tristeza
Entre Mulheres ★★★

Melhor Ator
Austin Butler (Elvis)
Colin Farrell (Os Banshees de Inisherin)
Brendan Fraser (A Baleia)
Paul Mescal (Aftersun)
Bill Nighy (Living)

Melhor Atriz
Cate Blanchett (Tár)
Ana de Armas (Blonde)
Andrea Riseborough (To Leslie)
Michelle Williams (Os Fabelmans)
Michelle Yeoh (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo) 

Melhor Atriz Coadjuvante
Angela Bassett (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)
Hong Chau (A Baleia)
Kerry Condon (Os Banshees de Inisherin)
Jamie Lee Curtis (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo) 
Stephanie Hsu (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)

Melhor Ator Coadjuvante
Brendan Gleeson (Os Banshees de Inisherin)
Brian Tyree Henry (Causeway)
Judd Hirsch (Os Fabelmans)
Barry Keoghan (Os Banshees de Inisherin)
Ke Huy Quan (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo) 

Melhor Direção
Martin McDonagh (Os Banshees de Inisherin)
Daniel Kwan e Daniel Scheinert (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo) 
Steven Spielberg (Os Fabelmans)
Todd Reid (Tár)
Ruben Ostlund (Triângulo de Tristeza)

Melhor Animação
Pinóquio por Guillermo del Toro 
Marcel the Shell with Shoes On
Gato de Botas 2
A Fera do Mar
Red: Crescer é uma Fera

Melhor Curta Animado
The Boy, The Mole, The Fox and the Horse 
The Flying Sailor
Ice Merchants
My Year of Dicks
An Ostrich Told Me The World is Fake and I Think I Believed It

Melhor Roteiro Original
Os Banshees de Inisherin
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo 
Os Fabelmans
Tár
Triângulo de Tristeza

Melhor Roteiro Adaptado
Nada de Novo no Front
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Living
Top Gun: Maverick
Women Talking 

Melhor Curta em Live-Action
An Irish Goodbye 
Ivalu
Le Pupille
Night Ride
The Red Suitcase

Melhor Design de Produção
Nada de Novo no Front 
Avatar: O Caminho da Água
Babilônia
Elvis
Os Fabelmans

Melhor Figurino
Babilônia
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre 
Elvis
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Sra. Harris vai a Paris

Melhor Documentário
All That Breathes
All the Beauty and the Bloodshed
Fire of Love
A House Made of Splinters
Navalny 

Melhor Documentário em Curta-Metragem
The Elephant Whisperers 
Haulout
How Do You Measure a Year?
The Martha Mitchell Effect
Stranger at the Gate

Melhor Som
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
Batman
Elvis
Top Gun: Maverick 

Melhor Direção de Fotografia
Nada de Novo no Front 
Bardo
Elvis
Empire of Light
Tár

Melhor Edição
Os Banshees de Inisherin
Elvis
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo 
Tár
Top Gun: Maverick

Melhores Efeitos Visuais
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água 
Batman
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Top Gun: Maverick

Melhor Maquiagem
Nada de Novo no Front
Batman
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Elvis
A Baleia 

Melhor Filme Internacional
Nada de Novo no Front (Alemanha) 
Argentina, 1985 (Argentina)
Close (Bélgica)
EO (Polônia)
The Quiet Girl (Irlanda)

Melhor Trilha Sonora Original
Nada de Novo no Front 
Babilônia
Os Banshees de Inisherin
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Os Fabelmans

Melhor Canção Original
Diane Warren – “Applause” (Tell It Like a Woman)
Lady Gaga – “Hold My Hand” (Top Gun: Maverick)
Rihanna – “Lift Me Up” (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)
M.M. Keeravaani e Chadrabose – “Naatu Naatu” (RRR) 
Ryan Lott, David Byrne, Mitski – “This Is a Life” (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)

Obs: Em negrito, os vencedores!

Minha visão dos quadrinhos

Minha visão dos quadrinhos
Eu nunca fui colecionador de quadrinhos. Tirando um breve período nos anos 90 em que eu comprei alguns exemplares do Homem-Aranha e do Batman, ainda em estilo formatinho da abril, com papel jornal, eu nunca fui de comprar gibis. E acredito que isso tenha sido causado pelo meu amor ao cinema. Os filmes eram muito mais interessantes e diversificados. 

Essa coisa de super-herói me parecia muito infantil, pois tudo era pretexto para personagens com roupas colantes e coloridas saírem na mão, quebrando o pau. Eu já tinha uma certa idade para ir atrás desse tipo de coisa. 

Eu me recordo de ir na casa de um amigo, ainda nos tempos colegiais e ver ele com uma boa quantidade de quadrinhos em seu quarto. Achava legal porque gostava de cultura pop, mas eu realmente nunca senti necessidade de comprar esse tipo de publicação. na época eu colecionava revistas de cinema e isso me bastava. Quadrinhos podiam até ter seu charme, mas falando sinceramente, nunca foi a minha praia. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 29 de junho de 2008

Diga Não ao Nazismo!

Diga Não ao Nazismo!
Eu nem ia escrever sobre isso porque faz algum tempo que decidi dedicar esse blog apenas para falar de cinema, mas diante da gravidade da situação devo deixar algumas palavras fortes escritas por aqui no blog, para fortalecer minha posição sobre o tema. Nesses últimos dias vimos pessoas e grupos com relevância na internet defenderem posições absurdas sobre o Nazismo! Um conhecido dono de podcast no Youtube defendeu a existência de um Partido Nazista Brasileiro. Outro, membro do MBL, falou que não deveria existir criminalização na existência do Partido Nazista na Alemanha! O defensor da existência do Partido Nazista no Brasil se chama Monark. Quem defendeu a existência legal de um Partido Nazista na Alemanha foi um parlamentar brasileiro (olha o absurdo!) chamado Kim Kataguiri do MBL (Movimento Brasil Livre). Em nome da liberdade de expressão valeria tudo na opinião desse sujeitos. Esqueceram que apologia ao nazismo é crime? Devem ser denunciados, processados e punidos de forma exemplar.

Temos aqui um completo desconhecimento da questão por parte dessas pessoas (isso se não foi algo realmente doloso, para falar a verdade). Considerar a possibilidade de existência de um Partido Nazista no Brasil não é apenas uma estupidez, uma ignorância, mas também uma completo desconhecimento da história. Nazistas não participam de debates políticos. Eles matam os opositores. Nazistas não querem viver no meio democrático. Eles querem destruir a democracia. Nazistas não sentam à mesa para discutir suas ideias com ninguém, mas sim apontam uma arma para sua cabeça e puxam o gatilho. Nazismo não é ideologia política em minha opinião. Nazismo é psicopatia, perversão, crueldade, ódio, ressentimento e cinismo que se traveste de ideologia política. A base de tudo é a morte de quem não se enquadra na sua louca definição de "Raça Ariana"!

E como é absurda a figura de um suposto Nazista Brasileiro! O sujeito, fruto de um povo miscigenado, um povo latino, acredita mesmo que seria acolhido por nazistas? Esse sujeito é completamente tosco do ponto de vista intelectual. Hitler chegou a escrever em seu livro "Minha Luta" que povos miscigenados eram "Meio-Macacos" (foi exatamente essa expressão que ele usou no livro, não estou exagerando). E os negros? Eram "macacos" para Hitler. O povo brasileiro, em sua maioria miscigenado e negro, era abaixo da sub-raça para Hitler. Ele não considerava um brasileiro um ser humano. Era um mero animal em sua visão. Essas pessoas acham que seriam o quê exatamente em um regime nazista? Se ficassem vivas (o que acho improvável) seriam meros escravos. E o branco brasileiro não escaparia, mesmo tendo olhos azuis. Brasileiro na ideologia nazista é Latino, sub-raça na visão deles. Seria escravo ou então seria enviado para a câmera de gás caso não tivesse capacidade para trabalhar. Quem ousaria defender um conjunto de pensamentos como esse?

E com esse tipo "ideologia" que o MBL quer debater? Quer sentar na mesa para debater com Nazista? Para o tal de Monark está tudo bem com desfiles nazistas nas ruas das principais cidades brasileiras? Com os nazistas vestidos com suas roupas SS? Ele acha normal isso? Ele quer ver bandeiras vermelhas com a suástica desfilando pelas ruas do Brasil? É isso que ele acha liberdade de expressão? Um partido existe para tomar o poder. Se você acha que a existência do Partido Nazista não tem problema, então você também acha que não tem problema esse mesmo partido um dia tomar o poder. Acha normal que um regime Nazista seja implantado no Brasil? E quando os campos de concentração forem construídos para matar os brasileiros, seus  pais, mães, avós, avôs, as crianças pequenas, vocês vão sentar com eles para debater suas ideias? Pelo amor de Deus...

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de junho de 2008

Alien: Romulus

Novo fillme da Franquia Aliens estreia com sucesso
Mais um filme da franquia Aliens chegou aos cinemas mundiais nesse fim de semana e chegou com muito sucesso comercial, liderando a lista das maiores bilheterias dessa semana. Alien: Romulus desbancou o sucesso mundial Deadpool & Wolverine e assumiu o topo dos filmes mais assistidos desses últimos dias. Para quem achava que Aliens estava esgotado, está aí uma notícia para confirmar justamente o contrário. 

Em poucos dias o filme já rompeu a marca de 140 milhões de dólares arrecadados em todo o mundo. Uma marca muito significativa, ainda mais nos dias atuais quando a indústria luta para levar mais pessoas aos cinemas. Pois é, a retomada após a pandemia ainda segue e os estúdios respiram aliviados quando um filme como esse alcança um bom resultado comercial. 

Esse novo filme foi dirigido pelo cineasta Fede Alvarez. É uma das primeiras investidas do diretor nesse gênero Sci-Fi. Ele era mais conhecido do público que curte filmes de terror e suspense. Entre seus créditos anteriores estão fitas como O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface, A Morte do Demônio e as fitas da franquia Homem das Trevas. Em todos eles trabalhou como roteirista. 

Dessa forma Alien: Romulus é o seu primeiro grande filme como diretor e o resultado, pelo menos do ponto de vista comercial, foi muito satisfatório. E Ridley Scott? O grande diretor dessa franquia poelo menos por enquanto decidiu que não iria mais dirigir filmes. Ficando apenas como consultor e produtor executivo. Pelo visto ele ficou realmente magoado pelas críticas negativas que sofreu nos últimos filmes. Esperamos que ele mude de ideia e volte nos próximos filmes que certamente serão produzidos nos próximos anos. 

Pablo Aluísio. 

Hellboy e o Homem Torto

Hellboy
Vem aí um novo filme do personagem de quadrinhos Hellboy (o garoto do inferno). Essa é a quarta adaptação para os cinemas de suas histórias. O novo filme ganhou o estranho nome de "Hellboy e o Homem Torto", um título que vai soar familiar para os leitores de gibis, já para o resto do público sem dúvida ficou meio esquisito. Eu me incluo no grupo de pessoas que não gostaram mesmo desse título nacional do original "Hellboy: The Crooked Man". 

A história se passa na década de 1950. Hellboy é enviado para os Apalaches, no oeste dos Estados Unidos, para descobrir e desvendar os mistérios de uma estranha comunidade envolvida com ocultismo, bruxarias e coisas do tipo. A produção promete aventura e excelentes efeitos especiais. O ator Jack Kesy, debaixo de forte maquiagem, interpreta Hellboy nesse novo filme. 

A direção desse novo filme foi do cineasta Brian Taylor (não é o cara do Queen!). Ele dirigiu dois filmes da franquia Adrenalina, além de Gamer, um filme até razoável de ação com o Gerard Butler. É uma nova chance para ele, uma vez que sua adaptação de outro peonagem, o Jonah Hex, não deu certo, se tornando um fracasso de público e crítica. Vamos ver se agora com esse novo filme do Hellboy ele finalmente acerta a mão e atinge o sucesso. 

Hellboy e o Homem Torto
Estreia no Brasil: 26 de setembro
Direção; Brian Taylor
Elenco: Jack Kesy Jefferson White
Estúdio: Dark Horse Entertainment

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Entrevista: Renée Zellweger

Entrevista: Renée Zellweger

Entrevista com a atriz durante o lançamento da cinebiografia da cantora e atriz Judy Garland, onde interpretou a protagonista. 

Sra. Zellweger, como atriz, o que você faz para manter os pés no chão?

Renée Zellweger - Passo muito tempo sozinha. Eu corro muito, então há uma espécie de expulsão física de tudo que é estranho. Tenho responsabilidades e desafios como todo mundo: amigos doentes, amigos com bebês… E essas são as coisas que eu aproveito, são os tesouros da minha vida. Mais do que o trabalho ou o que as pessoas pensam do seu trabalho, essas coisas são definidoras. Não há muita consideração por coisas que não são projeções; Tento não perder tempo com coisas que não importam.

Muitas vezes é mais fácil falar do que fazer.

Renée Zellweger - Claro – há tantas coisas que você não pode controlar; especialmente coisas intangíveis. Mas há certas coisas que você pode controlar, e é nessas coisas que me concentro. As coisas que não consigo controlar, simplesmente deixo em paz. Quando estou trabalhando, por exemplo, procuro sempre me concentrar em algo que seja verdadeiro, algo que me comova no contexto da história que estamos tentando contar através do filme, e apenas confio nisso.

Você pode me dar um exemplo?

Renée Zellweger - Bem, cantando em Judy, tentei negociar uma saída! (Risos) Sempre achei que esse tipo de atuação não era para alguém como eu, que não tinha feito disso uma vida. Mas foi algo que pareceu muito importante para Rupert Goold, o diretor. Ele teve relacionamentos muito próximos com os artistas durante toda a sua vida como diretor teatral e, por isso, queria que fosse uma representação autêntica do que acontece entre o público e o artista quando filmamos. E eu agradeço isso. Na verdade, estou feliz que ele quis fazer isso e entendo agora. E você não pode contar uma história sobre um dos maiores artistas de todos os tempos sem encapsular adequadamente uma troca genuína.

Então, como você assumiu o controle de uma situação na qual talvez não se sentisse totalmente confortável?

Renée Zellweger - Trabalho em equipe. Foi fantástico tentar coisas todos os dias com os diferentes departamentos. Trabalhei com o compositor do filme e ele é extraordinário. É uma equipe enorme de pessoas, então eu tinha um monte de mães de palco, que ficavam me chutando nas calças para tentar, apenas insistindo para que eu apenas trabalhasse. Havia exercícios todos os dias, tentando fazer aquelas notas saírem da minha boca pela primeira vez, secretamente, silenciosamente isolada no meu carro, longe de um treinador vocal, porque eu não queria que ele desistisse de mim. (risos)

Muitas vezes atuar é visto como uma habilidade natural, é fácil esquecer o trabalho que envolve isso.

Renée Zellweger - Para mim, não quero decepcionar meus parceiros, é um meio colaborativo, somos centenas de pessoas nos reunindo para fazer esta obra de arte, e não funciona a menos que todos apareçam e façam a sua parte. E não quero decepcionar as pessoas, trabalhando tanto quanto elas; é importante para todos lá. É um trabalho, é trabalho, mas é importante, você quer que tenha sucesso. Você quer que seja bom, por razões que às vezes são muito pessoais. E neste caso, cooperativamente, isso era importante para nós porque ela era importante. Atuar é realmente a identidade de Judy Garland, ela não conhece a vida onde não é valorizada por seu dom extraordinário. E provavelmente seu valor e sua autoestima giram muito em torno disso.

Você diria que as coisas são mais flexíveis para artistas e atores hoje em dia?

Renée Zellweger - Eles têm mais agência, isso é certo. Eles participam mais nas decisões tomadas e esperamos que tenham defensores. Então certamente é diferente, é quase injusto comparar a situação e o tempo, porque você dificilmente imagina o que significava o cinema naquela época porque aquele era o apogeu, não era? Quer dizer, moldou não apenas uma conversa, mas uma história: quem idolatrávamos, quem queríamos ser, como você aspira que sua vida se torne - tudo isso foi moldado pelo cinema. E ser uma jovem que participa disso, quer dizer, imagine o poder e o equilíbrio aí… É bem diferente.

No entanto, também é um pouco de pressão.

Renée Zellweger - Claro. Quer dizer, ninguém espera que eu seja a maior cantora que já existiu quando subo no palco. As pessoas realmente esperavam isso de Judy Garland, mesmo quando ela não dormia, estava com jetlag, provavelmente não tinha comido… Então todas essas coisas resultam na incapacidade de acessar totalmente o seu instrumento. Quero dizer, você ouve histórias sobre como Celine Dion não fala porque está interessada em proteger seu instrumento. Esta não era a prerrogativa de Judy, que tinha de ganhar a vida e cuidar de si mesma, o que é extraordinário de imaginar tendo em conta que ela trabalhava ao mais alto nível desde criança. É realmente incrível. Não acho que teria sido capaz de sentir empatia pela situação dela da mesma forma há 15 ou 20 anos.

Por quê?

Renée Zellweger - Eu realmente não tinha experimentado o caos que pode resultar do esquecimento de se priorizar, do esquecimento de cuidar de si mesmo ou de não sentir que é capaz de fazê-lo. Eu não teria entendido o cansaço da agenda de viver longe de casa durante anos, não sendo capaz de estabelecer uma casa mesmo que a tivesse. Essas são coisas que você precisa estar na profissão há algum tempo para entender adequadamente. Vai muito além da empolgação que as pessoas que não compartilham a experiência podem perceber. É bastante complicado e pode ser desumano. Não sei se desde cedo eu teria sido capaz de reconhecê-lo além de sua peculiaridade! Não é natural viver nesta profissão e ter uma personalidade pública, é muito bizarro.

Você diria que está em um bom lugar agora?

Renée Zellweger - Sempre pensei que estava em um bom lugar. Pode não ter sido certo, mas não foi ruim. Sempre me senti uma pessoa feliz, mas não percebi que o caos estava cobrando seu preço - é preciso estar longe dele para reconhecê-lo.

Nos Tempos do VHS - Jean-Claude Van Damme

Nos Tempos do VHS - Jean-Claude Van Damme
Para falar a verdade eu nunca gostei muito dos filmes do belga Jean-Claude Van Damme. Nos tempos do VHS seus filmes eram considerados, entre os que gostavam de fitas de ação, como produções de terceira ou quarta categoria. Eram bem ruins, principalmente os primeiros que chegaram nas locadoras. Isso não significa que não tinha admiradores. No Brasil, por exemplo, seus filmes eram bem comercializados, faziam sucesso nas locadoras de vídeo VHS. E ele soube bem aproveitar esse mercado. Afinal nem sempre havia lançamentos com Stallone ou Arnold Schwarzenegger, então suas produções baratas cobriam um certo vácuo do mercado. 

Esse filão de filmes de artes marciais sempre existiu. Sempre reinou no Oriente em produções feitas em Hong Kong. Nos anos 60 até mesmo virou modinha nos Estados Unidos, principalmente com os filmes de Bruce Lee. Depois de sua morte o subgênero afundou novamente, só ressurgindo de novo nos anos 80 com filmes lançados em VHS, com muita coisa de Ninjas, Samurais e coisas do tipo. O Jean-Claude Van Damme veio nessa onda. 

Puxando pela memória penso que seus primeiros filmes foram lançados por aqui pela Paris Filmes, que começou pequena e depois foi ganhando mais robustez. Eram grandes fitas VHS com embalagens até bem trabalhadas. Isso ajudou a vender o Van Damme em nosso pais. Depois ele fez também filmes que foram lançados pela América Vídeo com suas capinhas de papelão que imitavam a bandeira dos Estados Unidos. Esse selo ganhou fama por lançar as tranqueiras da produtora Cannon em nosso país. 

Só bem mais tarde, já nos anos 90, é que o belga começou a fazer filmes melhores, com bons diretores em produções mais bem caprichadas. Os dias dos filmes podreiras ficariam para trás por um tempo. Ele estava pronto para ir para o primeiro escalão dos action heroes. Só que é aquela coisa, acabou tropeçando nas próprias pernas. Ele se envolveu com drogas e aí sua carreira foi afundando cada vez mais. Acabou voltando para o ponto onde começou, fazendo pequenos filmes B, sem qualquer relevância. Hoje, já bem envelhecido, o ator e lutador segue na luta. Só que seus filmes só circulam mesmo entre seus veteranos admiradores. Para o público em geral ele não tem mais qualquer relevância. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Elvis Presley - Harum Scarum

Ttulo do Álbum: Harum Scarum
Artista: Elvis Presley
Ano de Lançamento: 1965
País: Estados Unidos
Selo: RCA Victor
Produção: Fred Karger, Gene Nelson
Local de Gravação: RCA Studio B, Nashville
Músicos: Elvis Presley, Gene Nelson, Scotty Moore, Grady Martin, Charlie McCoy, Henry Strzelecki, D.J. Fontana, Kenneth Buttrey, Floyd Cramer, The Jordanaires.

Músicas:
Harem Holiday, My Desert Serenade, Go East - Young Man, Mirage, Kismet, Shake That Tambourine, Hey Little Girl, Golden Coins, So Close, Yet So Far (From Paradise), Animal Instinct, Wisdom Of The Ages.

Comentários:
Em relação a esse trabalho musical de Elvis eu costumo resumir tudo em uma frase simples: O filme é ruim, mas a trilha sonora é boa! Eu gosto da sonoridade dessas músicas, elas possuem uma classe e uma elegância que poucas vezes se ouviu nas trilhas de Elvis pós 65 em Hollywood. O filme, claro, é sem salvação bem ruim mesmo, mas o conjunto de repertório desse álbum sempre me soou muito agradável, muito digno. Se o filme não tinha boa direção e nem bom roteiro, pode apostar na trilha sonora que é um item que merecia ser mais valorizada pelos fãs do cantor Elvis. 

Pablo Aluísio.

Kim Novak


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Elvis Presley - Com Caipira não se Brinca

Elvis Presley - Com Caipira não se Brinca
Foto promocional tirada no ano de 1964 nos estúdios da MGM em Hollywood. Nesse filme Elvis interpretava dois personagens. Uma era um caipira loiro das montanhas. O outro seu primo distante, oficial da força aérea. Ambos primos, ambos iguaizinhos, tirando a cor do cabelo obviamente! 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Aeronaves de Elvis Presley

Elvis Presley 
Foto tirada provavelmente no ano de 1970, com Elvis dentro de um jatinho particular alugado do cantor Frank Sinatra. Ele ainda não  havia comprado seus próprios aviões para ir para Las Vegas. Outro aspecto é que Elvis tinha medo de viajar de avião. Pois é, o cantor não gostava de andar de avião, por essa razão, muitas vezes ele acabava tomando alguma pílula para desligar ou algo do gênero.  

De qualquer forma ele iria comprar seu primeiro jatinho primeira metade dos anos 70. Era um modelo Jet Star, Esse avião, de coloração vermelha se encontra atualmente abandonado em um deserto de Nevada. Para quem não sabe o deserto é o melhor lugar para se jogar os aviões velhos, é um verdadeiro cemitério de aeronaves e a razão é simples de explicar já que o clima seco e sem umidade acaba conservando a fuselagem e todos os equipamentos internos caso se precise deles algum dia. 

Já o seu melhor momento na aviação foi quando comprou um grande avião que havia pertencido à Delta Airlanes. Era um Convair que Elvis chamou de Lisa Marie em homenagem à sua filha, algo que foi inspirado no presidente dos Estados Unidos que havia feito a mesma coisa. Era um avião maior que cabia muita gente, todos os que iriam partir em viagem em lado de Elvis pelos Estados Unidos em turnê, uma vez que ele não viajava para o exterior. O Coronel Parker sempre colocava abaixo seus planos de viajar para outros países pois era um imigrante ielgal na América. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Thor O Deus do Trovão #4

Thor O Deus do Trovão #4 
Dando prosseguimento a essa saga de Thor, considerada por muitas desde já uma das melhores HQs do herói, temos logo no começo da edição uma pequena sinopse para situar o leitor ocasional. Como se sabe essa saga mostra Thor em três momentos diferentes de sua vida, na juventude, na fase adulta e na velhice. Quando jovem, o Deus Thor acabou se deparando com um estranho ser, conhecido apenas como carniceiro dos deuses, já que ele destruía qualquer divindade que encontrava pela frente. Após um breve confronto o ente desapareceu por longos anos. Na fase adulta de Thor ele retorna. Ao lado do Homem de Ferro ele encontra não o carniceiro, mas sim um deus insano, completamente louco, após ter sido torturado por ele pela eternidade. Finalmente na última linha narrativa encontramos o velho Thor, reinando em Asgard. O problema é que tudo o que sobrou foram ruínas de um antes esplendoroso lar de deuses nórdicos. 

Nessa quarta edição temos o Thor do futuro. Um velho Deus vendo a hora de sua morte chegar. Asgard está destruída, em ruínas. Ele agora sobe as escadas do trono de seu pai, mas está carregado por seres das trevas. Em off lemos seus últimos pensamentos de pesar. Para sua surpresa porém as criaturas o levam até o trono e o deixam lá. Thor fica furioso pois deseja uma morte digna de um Deus. Ele quer terminar sua existência lutando! Depois novo flashback. Thor, no mundo atual encontra um deus chamado Shadrack que sobreviveu após ver a face de Gorr. Finalmente, voltando ainda mais no passado encontramos Thor pendurado e amarrado, servindo de diversão para Gorr em uma caverna sinistra e isolada do mundo. A sessão de tortura começará. O que dizer dessa saga? Jason Aaron continua dando show! Ele conseguiu extrair o melhor do personagem Thor, usando passado, presente e futuro de maneira brilhante. Realmente imperdível. 

Título Original: Thor O Deus do Trovão #4 
Nome da Estória: O Último Deus em Asgard
Coleção: Marvel Now
Ano de Produção: 2014
Editora: Marvel
Personagens: Thor, Gorr, Shadrack
Autores: Jason Aaron, 
Arte: Esad Ribic, Ive Svorcina

Pablo Aluísio.

Thor O Deus do Trovão #2

Thor O Deus do Trovão #2 
Segunda parte de cinco da saga "O Carniceiro dos Deuses". Conforme já foi explicado no review anterior temos aqui três linhas narrativas que mostram momentos de Thor em sua juventude, fase adulta e velhice. Em todas elas ele encontra pela frente um estranho ser que parece ter obsessão em massacrar e destruir deuses. O enredo começa com Thor no grande salão de armas de Asgard. O seu famoso Martelo está lá, pronto para ser erguido por um deus digno de o possuir. Thor porém é apenas uma jovem divindade, ainda sem o preparo suficiente para usar tão poderosa arma. Seus esforços assim se mostram inúteis. Após muitas tentativas finalmente desiste e sai em mais uma aventura ao lado de seus companheiros nórdicos. A intenção é encontrar alguma vila saxã na costa para guerrear e pilhar. Nesse momento o leitor pode ficar meio surpreso ao ver um super-herói da Marvel promovendo pilhagens contra populações inocentes, mas o fato é que o roteirista Jason Aaron se espelhou nos próprios povos nórdicos originais que cultuavam Thor como um Deus em tempos imemoriais. Se eles agiam dessa forma era de se esperar que o próprio deus Thor também fizesse o mesmo! Afinal o Thor retratado nessa primeira linha narrativa é apenas um jovem, tão orgulhoso de si como tolo também!

A invasão começa, mas para desapontamento de Thor não há nenhum deus desses povos à vista para lutar contra ele. Ao invés disso o Deus do Trovão é surpreendido pela presença de um ser alado, capaz de modificar suas próprias estruturas corporais, as transformando em armas mortais. Sim, é o próprio Carniceiro dos Deuses que está em sua presença! A luta que é travada é feroz. Chamo a atenção para o design criado pelo artista Esad Ribic para esse ser; ele aparente ter a mesma aparência dos demônios alados da religião judaico-cristã, o que acaba criando um belo impacto visual no leitor. Direção de arte mais do que inspirada. Thor, ainda sem seu martelo, é ferido gravemente e desaba dos céus rumo à Terra. Mais uma edição muito boa retratando as lutas do Deus do Trovão nórdico contra um inimigo brutal. Nessa edição em si o roteirista se concentrou bem mais na fase jovem de Thor, o que nos leva a concluir que na seguinte teremos mais um duelo, porém com um Thor já possuído de sua arma mais poderosa. 

Título Original: Thor O Deus do Trovão #2 
Nome da Estória: Sangue nas Nuvens
Coleção: Marvel Now
Ano de Produção: 2013
Editora: Marvel
Personagens: Thor, 
Autores: Jason Aaron, 
Arte: Esad Ribic, Ive Svorcina

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Thor O Deus do Trovão 1

Thor O Deus do Trovão 1
O enredo começa na costa oeste da Islândia. Uma pequena vila nórdica clama pela vinda de Thor pois suas coleitas e criações de animais estão sendo dizimadas por um gigante do gelo. Atendendo suas súplicas o Deus do Trovão vai até a região e aniquila com a criatura. Depois há o momento da celebração, com muito vinho, música e mulheres. Thor ainda é um jovem deus, impetuoso, orgulhoso e ciente de seus poderes. A festança porém é interrompida pelo achado de um corpo boiando nas águas geladas de um lago próximo. Thor vai até lá para conferir e fica surpreso ao constatar que se trata não de um homem mortal comum, mas sim de um deus como ele! Que criatura teria poder e força para decapitar uma divindade como aquela? Os anos passam e Thor agora está mais maduro e confiante. No mundo de Indigar a seca está destruindo povoados e a civilização definha a passos largos. Uma menininha ora por salvação a Thor. Ele prontamente responde suas preces, mas para sua total surpresa descobre que aquele é um povo que não cultua deuses há séculos.

Intrigado, Thor resolve descobrir o que terá havido com o panteão de deuses daquela civilização. Sua descoberta o deixa chocado ao ver diante de si dezenas de divindades trucidadas por um força que ele desconhece completamente. Por fim, no último saldo narrativo temporal da estória o leitor se vê diante de um Thor envelhecido e cabisbaixo, sentado no trono de Odin no grande salão de Asgard. A era dos deuses parece ter chegado ao fim e Thor parece ser o último representante de uma constelação de divindades que reinaram no universo em um passado distante. Velho, enfraquecido e cercado de bestas ferozes por todos os lados ele não parece disposto a se render sem luta! Brilhante saga do deus Thor escrita pelos geniais Jason Aaron e Esad Ribic. O enredo lida com brilhantismo três momentos distintos da vida de Thor onde ele descobre haver uma força maior a dos deuses no universo. Passado, presente e futuro confirmam seu grande temor. Ele não entende completamente essa situação, mas está disposto a lutar até o fim de sua existência contra ela. A arte mescla desenho tradicional com computação gráfica de muito bom gosto, resultando em um trabalho digno dos melhores elogios! Uma ótima edição que fará a alegria dos fãs desse que é um dos mais importantes personagens da constelação Marvel. 

Título Original: Thor O Deus do Trovão 1
Nome da Estória: Thor O Deus do Trovão
Coleção: Marvel Now
Ano de Produção: 2013
Editora: Marvel 
Personagens: Thor, Gorr 
Autores: Jason Aaron, Esad Ribic, Dean White
Arte: Esad Ribic, Dean White

Pablo Aluísio.

Aranha Escarlate #2

Aranha Escarlate #2
O enredo começa com Kaine lembrando-se de suas origens. Ele foi criado pelo Duente Verde e desde o começo considerado um lixo genético que deveria ser descartado. Algo dentro dele porém dizia para lutar, sobreviver! Enquanto isso seus feitos e sua presença em Houston se torna manchete em praticamente todos os jornais da cidade. Ele está decidido a se mandar de lá, mas a garota que salvou exerce sobre ele um estranho domínio. Já indo embora mais uma vez ele descobre que estão atrás dela, de Aracely, a garota que ele salvou ao encontrar um contêiner cheio de imigrantes ilegais. Ao chegar no hospital se depara com a presença de uma estranha criatura que se auto intitula herdeiro da serpente de Xiuhcoatl. Um vilão poderoso que consegue manipular o fogo ao seu bel prazer. Ele quer colocar suas mãos de fogo na indefesa garota!

A luta logo se torna feroz, com o Aranha Escarlate tendo de se defender das enormes labaredas de chamas, algumas tomando a forma inclusive de dragões! Após ser atingido por uma rajada de fogo o monstro comenta de forma irônica que o Aranha se queima com fogo também e que por essa razão ele será fácil de eliminar! Mas o Aranha Escarlate também tem várias cartas na manga, uma delas o poder de se auto proteger com as suas próprias teias. Em relação ao modo de agir de Kaine Parker o que mais me chamou a atenção nessa edição foi que ele deixou seu egoísmo de lado para salvar a pobre imigrante ilegal Aracely. Além disso ele começa a se sentir ao mesmo tempo surpreso e lisonjeado quando os próprios tiras de Houston pedem para que ele fique na cidade, pois como vigilante ele pode fazer coisas que os policiais não podem. Está lançado o convite para quem o Aranha Escarlate se torne o herói da cidade. 

Título Original: Aranha Escarlate #2
Nome da Estória: Aranha Escarlate
Coleção: Marvel Knights
Ano de Produção: 2012
Editora: Marvel
Personagens: Kaine Parker, Aracely, Xiuhcoatl
Autores: Ryan Stegman, Marte Gracia
Arte: Ryan Stegman

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Homem-Aranha

Homem-Aranha
Peter Parker, sem grana e com um monte de contas a pagar resolve aceitar mais um "trabalho degradante", em suas próprias palavras. O fato é que embora seja um super-herói e ficar pendurado voando pelos ares seja muito legal ele está completamente quebrado financeiramente. Como é um fotógrafo free-lancer ele precisa se virar da melhor forma possível (ou da pior, dependendo do ponto de vista). Assim ele aceita o convite de fazer um serviço numa velha casa que por fora mais parece uma mansão mal-assombrada daqueles filmes de terror antigos. Uma vez lá dentro vem a primeira surpresa - a presença da Madame Teia. Como o próprio Parker explica em seus pensamentos ela não é necessariamente uma vilã, mas sim uma vidente, ocasionamente sua amiga. 

Não leva muito tempo e Peter Parker finalmente compreende que caiu numa cilada. Vários vilões vão surgindo em sua frente e ele começa lentamente a perder o senso de realidade. Quando Halloween surge em sua frente as coisas ficam mais claras. O herói acabou de aspirar o gás tóxico do vilão e isso o faz ter inúmeras alucinações. Bom, temos aqui a primeira edição do cabeça de teia na série Marvel Knights. A proposta é trazer as melhores estórias, os melhores artistas e os roteiros mais ousados para essa coleção. Essa aqui já diz a que veio com uma proposta de arte inovadora que tenta recriar no papel as alucinações pelas quais passa Peter Parker. Grande trabalho visual que deixa o leitor plenamente satisfeito com o resultado final. 

Título Original: Homem-Aranha #1
Nome da Estória: 99 Problemas...
Coleção: Marvel Knights
Ano de Produção: 2013
Editora: Marvel
Personagens: Homem-Aranha, Madame Teia, Halloween, Morbius, Arcade
Autores: Matt Kindt
Arte: Marco Rudy, Val Staple

Pablo Aluísio.

Aranha Escarlate

Aranha Escarlate 
O enredo começa com Kaine lembrando-se de suas origens. Ele foi criado pelo Duente Verde e desde o começo considerado um lixo genético que deveria ser descartado. Algo dentro dele porém dizia para lutar, sobreviver! Enquanto isso seus feitos e sua presença em Houston se torna manchete em praticamente todos os jornais da cidade. Ele está decidido a se mandar de lá, mas a garota que salvou exerce sobre ele um estranho domínio. Já indo embora mais uma vez ele descobre que estão atrás dela, de Aracely, a garota que ele salvou ao encontrar um contêiner cheio de imigrantes ilegais. Ao chegar no hospital se depara com a presença de uma estranha criatura que se auto intitula herdeiro da serpente de Xiuhcoatl. Um vilão poderoso que consegue manipular o fogo ao seu bel prazer. Ele quer colocar suas mãos de fogo na indefesa garota!

A luta logo se torna feroz, com o Aranha Escarlate tendo de se defender das enormes labaredas de chamas, algumas tomando a forma inclusive de dragões! Após ser atingido por uma rajada de fogo o monstro comenta de forma irônica que o Aranha se queima com fogo também e que por essa razão ele será fácil de eliminar! Mas o Aranha Escarlate também tem várias cartas na manga, uma delas o poder de se auto proteger com as suas próprias teias. Em relação ao modo de agir de Kaine Parker o que mais me chamou a atenção nessa edição foi que ele deixou seu egoísmo de lado para salvar a pobre imigrante ilegal Aracely. Além disso ele começa a se sentir ao mesmo tempo surpreso e lisonjeado quando os próprios tiras de Houston pedem para que ele fique na cidade, pois como vigilante ele pode fazer coisas que os policiais não podem. Está lançado o convite para quem o Aranha Escarlate se torne o herói da cidade. 

Título Original: Aranha Escarlate #2
Nome da Estória: Aranha Escarlate
Coleção: Marvel Knights
Ano de Produção: 2012
Editora: Marvel
Personagens: Kaine Parker, Aracely, Xiuhcoatl
Autores: Ryan Stegman, Marte Gracia
Arte: Ryan Stegman

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de junho de 2008

Gavião Arqueiro

Bem, se a DC Comics tem o Arqueiro Verde a Marvel tem o Gavião Arqueiro. São personagens bem parecidos entre si, embora haja diferenças significativas em suas cronologias e origens. Em relação a essa edição a Marvel realmente inovou. A técnica é completamente vintage, imitando o estilo e a arte dos quadrinhos dos anos 1960 e 1970. O enfoque também muda bastante, ao invés de mostrar o personagem agindo como um verdadeiro super-herói o roteirista Matt Fraction optou por mostrá-lo como um nova iorquino comum que tem que enfrentar problemas comuns, do dia a dia, como trânsito, poluição e gente folgada e mau-educada na sua vizinhança. Isso se torna muito claro logo no começo da HQ quando se lê o texto que diz: "Isso é o que ele faz quando não está sendo um vingador".

Por falar nisso o próprio Gavião Arqueiro tira sarro de si mesmo ao se comparar com os demais vingadores. Afinal de contas ele não tem a força do Capitão América e nem o dinheiro do Homem de Ferro. Na verdade é um duro, que vai vivendo um dia de cada vez, muitas vezes com dificuldades. Há uma frase que ele diz que resume tudo: "Eu sou um órfão criado por artistas de circo lutando com um graveto e uma corda da era paleolítica!". Pois é, o Gavião Arqueiro, quem diria, tira onda com sua própria arma, comparando sua flecha com um "graveto" e seu instrumento com um pedaço de madeira da pré-história (o que de certa forma não deixa de ser verdade!). Em termos de enredo ele aqui tenta lidar com um grupo de mafiosos russos que extorquem um grupo de pobres moradores do bairro onde mora, tudo feito de forma bem humana e sem heroísmos, o que torna o gibi ainda mais delicioso e interessante. 

Título Original: Gavião Arqueiro #1
Nome da Estória: Gavião Arqueiro
Coleção: Marvel Knights
Ano de Produção: 2012
Editora: Marvel
Personagens: Gavião Arqueiro
Autores: Matt Fraction
Arte: David Aja

Pablo Aluísio.

Homem de Ferro

Homem de Ferro
Uma nova modificação de DNA deu origem a um poderoso vírus denominado Extremis. Com alto poder de mortalidade ele logo virou alvo de interesse de grupos criminosos que o desejam adquirir no mercado negro. A criadora dessa nova arma biológica, Maya Hansen, foi assassinada. Agora bandidos e terroristas do mundo inteiro querem lucrar com a mais nova ameaça. Diante do perigo, Tony Stark resolve começar uma busca por todas mutações do vírus mortal, usando como proteção uma nova armadura modular que possui a capacidade de se modificar diante das várias mudanças que o DNA pode implantar em sua carga viral. Nessa edição o enredo volta no tempo, exatamente um ano antes, na Rússia. Alex foi um brilhante membro da Academia, mas agora ganha a vida pilotando empilhadeiras mecânicas em uma empresa qualquer de Moscou. Seu talento foi desperdiçado mas ele acaba sendo reconhecido por Arthur, um criminoso que deseja que ele entre em uma irmandade que entre outros objetivos deseja destruir o Homem de Ferro. 

Em Nova Iorque Tony Stark acaba recebendo um bizarro convite de um grupo auto denominado "O Círculo" o convidando para ir até Nova Avalon! Uma vez lá acaba conhecendo um estranho sujeito que está confiante que a Extremis dará origem a uma nova era de cavaleiros de armadura (pois mais estranho que isso possa parecer). Apelando para o ego de Stark o sujeito consegue convencer a ele ficar por lá. E quem poderá estar por trás de tudo? Meredith, uma pesquisadora de armas, acabou sendo humilhada por Stark anos antes durante um teste, algo que ela jamais esqueceu. O grande desafio das armaduras de alta tecnologia está prestes a começar. 

Título Original: Homem de Ferro #2
Nome da Estória: Uma Aposta de Cavaleiro
Coleção: Marvel Now!
Ano de Produção: 2012
Editora: Marvel
Personagens: Tony Stark (Homem de Ferro), Arthur, Alex, Meredith
Autores: Kieron Gillen
Arte: Greg Land, Jay Leisten

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de junho de 2008

Capitão América

O Capitão América segue na dimensão Z. As coisas não andam bem, porém poderiam estar bem piores. Ele finalmente conseguiu uma certa estabilidade para a garotinha que o acompanha. O povo Phrox é inimigo de Zola e como Steve Rogers também o é, vale a máxima que diz: "O inimigo do meu inimigo também é meu amigo". Assim ele acaba sendo recebido por um grupo do lugar. Enquanto isso os roteiristas da edição disponibilizam ao leitor dois flashbacks: o primeiro mostrando as primeiras experiências de Zola. Ainda sob a sombra de seu pai, um militar linha dura e intransigente, ele resolve compensar sua pouca força física com a ciência que ama. Realizando experiências macabras ele cria suas primeiras criaturas, entre elas, uma mulher fundida a um cão (bem esquisito). No outro flashback Steve Rogers relembra seus anos de infância. Filho de uma família humilde ele ajuda nas obrigações de casa vendendo jornais pela vizinhança.

O problema é que o bairro é também cheio de valentões que se aproveitam dele por ser pequeno e fraco. Quando um jovem garoto judeu é espancado, Rogers não consegue mais ficar neutro e omisso. Mesmo sabendo que apanhará bastante parte para defender o pobre indefeso. De volta à Dimensão Z a saúde do Capitão América não vai nada bem. Ele sofre pelas duras condições daquele mundo cheio de predadores e animais selvagens desconhecidos, isso sem contar os mutantes de Zola, seres sanguinários e sedentos de sangue. Se há algo que poderia elogiar nessa edição é a boa arte. John Romita Jr é um talento que dispensa maiores elogios, muito embora haja alguns que não gostam muito de seu traço. Eu, de minha parte, só tenho elogios a tecer a ele. Acho tudo de muito bom gosto.

Título Original: Capitão América #3
Nome da Estória: Capitão América 3
Coleção: Marvel Now!
Ano de Produção: 2012
Editora: Marvel
Personagens: Capitão América, Zola
Autores: Rick Remender
Arte: John Romita Jr, Klaus Janson

Pablo Aluísio. 

Capitão América

Na primeira edição desse arco o Capitão América acabou sendo enviado para uma dimensão paralela criada por um antigo inimigo, o Dr. Arnin Zola, especialista em engenharia genética, louco e fanático, com ideias nada convencionais sobre a evolução das plantas e animais. Uma vez lá o Capitão acaba encontrando uma garotinha perdida e resolve assumir a responsabilidade de cuidar dela! E se você estiver pensando que sua "estadia" nessa dimensão foi algo temporário, fique sabendo que ele acaba passando mais de 1 ano por lá, vivendo de lugar em lugar, tentando sobreviver ao ataque de perigosos predadores desconhecidos da natureza pois foram criados artificialmente pelo Dr. Zola. O lugar é completamente desolado, com pouca comida e muitos perigos. Nessa altura do campeonato Steve Rogers sente o peso de sua luta. 

Cabeludo, barba por fazer e roupas em frangalhos, ele está exausto e quase desistindo de continuar a sobreviver. logo ele que estava para se comprometer com sua bela namorada, ser jogado assim no meio de uma realidade que ele mal conhece, sinceramente não é uma tarefa fácil de se lidar. Rick Remender utiliza das memórias de Steve Rogers para levar o leitor até seu passado, onde ele relembra das intimidações que sofria de um bando de valentões na vizinhança onde morava. Como seu pai abandonou o lar ele era alvo das zombarias dos outros garotos de sua idade. Apenas as lembranças de seu avô o mantém firme, seguindo em frente. Em suas palavras "um homem não deve perder suas esperanças, pois nesse dia perderá tudo!". Muito boa essa edição do Capitão América, com espaço para desenvolvimento do personagem, ação e lutas, inclusive com enormes monstros que vivem sob as areias da dimensão Z. 

Título Original: Capitão América #2
Nome da Estória: Capitão América 2
Coleção: Marvel Now
Ano de Produção: 2013
Editora: Marvel
Personagens: Capitão América, Zola
Autores: Rick Remender
Arte: John Romita Jr, Dean White

Pablo Aluísio. 

Capitão América

Já que vem novo filme do Capitão América por aí, nada melhor do que dar uma conferida no que anda acontencendo com o herói em seu habitat natural dos quadrinhos. De tempos em tempos as aventuras de Steve Rogers passam por reboots na Marvel, já que ele anda sendo melhor explorado mesmo ao lado de outros personagens no grupo dos Vingadores. Aqui temos uma edição dedicada apenas ao soldado perfeito. Como sempre a Marvel procura focar em questões mais centradas na dura realidade das pessoas. O enredo começa logo dentro de um apartamento pequeno em Nova Iorque. Um pai de família irlandês briga sua esposa bem na frente do filho. Ele está desempregado e não consegue trabalho para sustentar todos. O clima é de tensão e em pouco tempo ele a agride! Está surpreso por ler sobre violência doméstica em uma edição do Capitão América? Pois é, isso é Marvel!

Depois dessa introdução finalmente o herói entra em cena, tentando desesperadamente evitar um ataque de armas biológicas em uma cidade americana. E como nem só de salvar o mundo vivem os heróis ele logo se recompõe e vai se encontrar com sua namorada Sharon (pois é, o Capitão apesar de seus 90 anos de idade, ainda deseja ser feliz ao lado da mulher amada). O problema é que ele adora o romance ao velho estilo, mas ela acaba colocando a carroça na frente dos bois e de forma impulsiva lhe pede em casamento! Algo que não passava pela cabeça de Rogers, até porque como ele é um homem dos anos 1940 sempre pensou que deveria seguir a tradição, ou seja, o homem é que deveria pedir a mulher em casamento e não o contrário! Enquanto pensa ele acaba caindo em uma armadilha que lhe joga em um universo paralelo, a dimensão Z! Fica assim provado que namorar um super-herói é mais complicado do que muitas mulheres pensam! 

Título Original: Capitão América 1
Nome da Estória: Náufrago na Dimensão Z
Coleção: Marvel Now
Ano de Produção: 2013
Editora: Marvel
Personagens: Capitão América
Autores: Rick Remender, John Romita, Klaus Janson
Arte: John Romita

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Morbius, O Vampiro Vivo

Você conhece o Morbius das histórias do Homem-Aranha. Lá ele é um vilão, aqui nessas novas edições dedicadas apenas a ele o vampiro virou o protagonista. Na boa, vampiros estão na moda, no cinema, nos seriados de TV e como não poderia deixar de ser nos quadrinhos também. A Marvel que não é boba, nem nada, resolveu aproveitar o momento. Vasculhando em sua extensa galeria de personagens viu que poderia explorar melhor o Morbius, não o deixando apenas como um vilão de conveniência para outros super-heróis, mas ao contrário disso, dar um título próprio a ele. Nessa primeira edição já notamos bem a intenção da editora. O Morbius vaga pela noite de Nova Iorque sem rumo. Como ele próprio explica em uma narração em off há anos já não consegue dormir mais. 

Depois ele vai passando ao leitor as vantagens e desvantagens de ser uma criatura da noite. Assim descobrimos que Morbius não tem problemas com crucifixos e nem com tiros e balas, já que possuiu um poder de auto cura incrível. Alhos também não fazem mal a ele, pelo contrário, o próprio Morbius avisa que gosta bastante de Alho em seu Menu de molhos. Seu maior problema vem da imensa sede de sangue que o deixa completamente louco em tempos de privações. Ele se considera um "vampiro vivo" - e se apóia em muitas lembranças do passado que vão sendo exploradas em vários flashbacks para seguir em frente com sua existência. Ainda é cedo para dizer se um dia o Morbius vai ser comercialmente forte o bastante para ter sua própria revista, mas de qualquer maneira é sempre muito bem-vinda a iniciativa da Marvel em abrir o mercado para os personagens mais secundários, vilões até, tentando mostrar o ponto de vista desses seres de uma forma inteligente e inovadora. 

Título Original: Morbius, O Vampiro Vivo #1
Nome da Estória: Filho da Meia-Noite
Coleção: Marvel Now
Ano de Produção: 2012
Editora: Marvel
Autores: Joe Keatinge
Arte: Richard Elson

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Coleção Superman

Lois Lane começa a ter problemas com sua irmã, Lucy Lane. Mal chega em seu apartamento e Clark Kent já vira o alvo da conversa. O que elas nem desconfiam é que Clark, ou melhor, Superman, luta por sua vida ao enfrentar um grupo de combate vindo do espaço sideral. Após ser finalmente capturado na estratosfera ele descobre que... tudo não havia passado de um pesadelo! Clark estava mesmo dormindo em sua mesa de trabalho no Planeta Diário! Depois de um sonho dentro de outro sonho finalmente Superman descobre estar com um parasita dentro de seu organismo, um ser que mexe com sua mente, implantando pesadelos. Tudo fruto de Helspont, que agora o leva até sua presença em seu quartel general. Ele quer, acima de tudo, iniciar uma boa relação de amizade com o homem de aço e lhe colocar a par de seus planos para o universo.

Helspont vai direto ao ponto. Para ele o planeta Terra tem uma civilização atrasada, corrupta e imoral, onde não existe igualdade e nem justiça. Humanos assim devem ser varridos do universo, mas ele está disposto a negociar. Superman o ajudaria em sua sede de vingança contra aqueles que o baniram de seu mundo e em troca Helspont pouparia a Terra - e mais do que isso deixaria o planeta sob domínio do Superman. Obviament o herói Kryptoniano não quer ser um despóta mundial, um ditador de nações. Ele respeite os seres humanos, foi criado por um casal deles e em muitos aspectos sente como eles. Helspont fica horrorizado com esse tipo de pensamento. Como um ser superior poderia sentir identidade com seres humanos? Uma raça considerada inferiro por ele? A conversa não acaba bem, com ambos testando seus próprios poderes. O pior é que Clark precisa colocar não apenas o mundo fora de ameaça, como também consertar algumas coisinhas em sua vida pessoal. Pois é, ser um super-herói não é uma coisa fácil. 

Título Original: Superman 8
Nome da Estória: A Opção do Forasteiro
Coleção: Os Novos 52
Ano de Produção: 2013 
Editora: DC Comics
Autores: Keith Giffen
Arte: Dan Jurgens

Pablo Aluísio. 

Coleção Superman

Mal se recuperou das lutas das edições anteriores Superman tem um novo desafio pela frente. Bem no centro de Metrópolis surge um gigante, obviamente extraterrestre, que começa a destruir toda a cidade. Logo o herói percebe que sua intenção é justamente chamar o famoso Superman para um combate frente a frente. Mas que criatura estranha seria aquela? Logo ele descobre que não se trata de um organismo vivo, mas sim uma máquina de uma tecnologia ainda desconhecida pela humanidade. Basta um potente soco do homem de aço para que a máquina de destruição venha abaixo, em pedaços, após colidir com um arranha-céu! Na verdade o estranho ser era apenas um batedor espacial de Helspont, um colecionador de espécimes raras do universo - e o Superman, um kryptoniano, um tipo bem raro no universo, já que seu planeta natal foi destruído, logo se torna alvo de seus desejos. 

Além disso Helspont tem uma sede imensa de vingança contra todos aqueles que o aprisionaram a vagar pelo universo pela eternidade. Superman como servo seria uma bela aquisição para seus planos de destruição pelos confins da galáxia. Após retaliar outro ataque o herói é levado para os domínios de Helspont. Um lugar desolado no alto de uma montanha gelada. Lá ele tenta convencer Superman a unir forças a ele, para que juntos escravizem planetas e civilizações. Obviamente nada disso interessa ao Superman, um super-herói ético e que respeita a liberdade da humanidade. Com diferentes visões entre si o confronto logo se torna inevitável. Sétima edição do personagem Superman nessa nova coleção "Os Novos 52" da DC Comics. Nas edições anteriores Superman enfrentou uma série de enviados espaciais desse ser Helspont. Essas edições andam bem criticadas nos EUA porque afirma-se que, sendo um dos heróis mais famosos do universo DC, era de se esperar que algo melhor fosse feito em seu título mensal. Por enquanto nada disso ainda aconteceu. Os enredos são rotineiros e sem maiores surpresas. Só resta esperar por melhoras daqui em diante. 

Título Original: Superman #7
Nome da Estória: O Surgimento de Helspont
Coleção: Os Novos 52
Ano de Produção: 2012
Editora: DC Comics
Autores: Keith Given
Arte: Dan Jurgens, Ivan Reis, Joe Prado 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Coleção Superman

A chamada de capa que foi traduzida ficou horrível: "Quando ele se torna Mau... Corra!". Que bobagem hein? Lamentável. Voltemos ao enredo. Se você vem acompanhando as estórias já sabe que o Superman está "possuído" por criaturas desconhecidas vindas de outros planetas. A situação parece fora de controle, com o olhar vidrado o herói começou a tomar atitudes que não condizem com seu passado impecável. Para deter tamanho poder apenas outro super-herói ou heroína e eis que surge nos céus a Supergirl para defender Metrópolis do perigo de ter um Superman voando pela cidade. Após um breve e confuso diálogo na língua kriptoniana o tempo fecha novamente. Superman acaba atacando a Supergil de forma violenta. Feministas em polvorosa, afinal o Superman não pensa duas vezes antes de trocar socos com sua conterrânea - um tremendo quebra-pau pelos céus de Metrópolis. 

Quando Lois Lane implora para que ele pare de surrar Supergirl algo finalmente acontece com ele. O super-herói se contorce, como se tentasse se libertar de alguma opressão interna, dentro de sua própria mente. O interessante é que a mesma energia que controla os pensamentos e o cérebro do Superman abrem uma porta em que ele também começa a sondar, descobrindo a origem das criaturas que atacaram Metrópolis há pouco tempo. Assim abre-se uma luta feroz dentro de sua mente, onde opressor e oprimido lutando violentamente pelo controle do herói Kriptoniano. Quando está dominado ele parte para cima da Supergirl, numa pancadaria transmitida ao vivo pela TV. Obviamente que as autoridades resolvem agir, chamando a guarda nacional para evacuar o povo da cidade, agora sendo destruída por Superman em sua fúria contra a Supergirl. E como se as coisas não fossem estranhas o suficiente acaba surgindo nos céus outro Superman!!! Dois heróis, completamente idênticos, trocam socos e golpes em pleno ar! Algo realmente impressionante!

Título Original: Superman #6
Nome da Estória: A Medida de um Superman
Coleção: Os Novos 52
Ano de Produção: 2012
Editora: DC Comics
Personagens: Superman (Clark Kent), Supergirl (Kara Zor-El), Lois Lane
Autores: George Perez
Arte: Nicola Scott

Pablo Aluísio. 

Coleção Superman

No final da edição 4 o Superman tinha que enfrentar um ataque coletivo de vários alienas ao mesmo tempo. Nessa nova edição todos se dirigem ao local do confronto. Ao chegarem lá descobrem uma grande tempestade de gelo e fogo e bem no meio do olho do furacão está o Superman. Aos poucos ele parece dominar a tempestade até o ponto em que ela é finalmente controlada completamente. O alívio é geral, mas há algo errado com o Superman. Ele está visivelmente paralisado, falando a língua dos aliens com quem lutou. Em uma primeira impressão poderíamos pensar que estaria "possuído" pelos seres que combatia há poucos minutos. Os acontecimentos que viriam parecem confirmar essa ideia. 

Da noite para o dia o Superman começa a agir de forma muito diferente do que sempre fez. Ele começa a adotar uma postura de justiceiro, sendo juiz, júri e carrasco ao mesmo tempo. Começa a aniquilar tudo e todos que saem da linha, não respeitando mais as leis e nem se importando com as determinações das autoridades. Uma mudança e tanto em sua personalidade, uma vez que o Superman sempre foi o mais ético e correto de todos os super-heróis. Agora ele age como um verdadeiro fascista, matando friamente todos os que o contrariam. Lois Lane está chocada com suas novas atitudes. Certamente o super-herói de Metropolis não está agindo de acordo com seus valores e ideais. O que poderia estar errado? Essa nova edição das aventuras do Superman estão sendo criticadas lá fora nos EUA, mas ao que parece há bons sinais de mudanças após cinco edições. Afinal das contas o Superman é, ao lado do Batman, a maior estrela da DC. 

Título Original: Superman 5
Nome da Estória: Ataque dos Super-poderes
Coleção: Os Novos 52
Ano de Produção: 2012
Editora: DC Comics
Personagens: Superman, Lois Lane
Autores: George Peréz
Arte: George Peréz, Trevor Scott, Brett Smith, Brian Buccellato

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 10 de junho de 2008

Coleção Superman

Quarta edição do Superman nessa nova série da DC, Os Novos 52. A estória recomeça com Metropolis tentando entender os ataques sofridos nos últimos meses. Há toda uma tensão no ar e não sobram críticas para o Superman, apesar dele ter salvado a cidade em todas as ocasiões. Como os monstros parecem ter vindo do espaço, alguns acusam a presença do super herói de ter atraído todos eles até a Terra. A imprensa (que ironicamente Clark Kent também faz parte) não poupa o homem de aço de acusações. O pior é que o próprio Superman não parece entender o que de fato está acontecendo. Não tardará e ele se verá na situação de enfrentar todos os seus inimigos de uma só vez! Além da luta contra os inimigos o Superman ainda terá que zelar por sua imagem pública que começa a ser arranhada cada vez mais.

Nessa edição temos muitos mais diálogos do que ação. Nas três edições anteriores tivemos um roteiro que de certa forma se repetia, com algum desenvolvimento do personagem Clark Kent, aspectos de sua vida pessoal e no final o ataque de algum monstro vindo de algum lugar do universo desconhecido. Aqui tudo segue basicamente igual, embora o espaço para o desenvolvimento dos personagens seja bem maior. O mistério da origem dos monstros porém permanece e a ação é cortada ao meio, justamente quando Superman enfrenta os vilões, criando um gancho para a quinta edição. Boa direção de arte, mas sem maiores novidades. Está começando a dar a impressão de enrolação dos autores.

Título Original: Superman 4
Coleção: Os Novos 52
Nome da estória: Confusão Mental
Editora: DC Comics
Ano de Lançamento: 2013
Personagem: Superman
Autores: George Pérez, Jesus Merino

Pablo Aluísio. 

Superman Made in USA

De tempos em tempos surge essa verdadeira "acusação" contra o Superman! Afinal ele não seria apenas uma versão em quadrinhos da bandeirona americana? Seu próprio uniforme tem as cores da bandeira norte-americana, além disso vamos convir que ele encarna na perfeição todos os ideais mais conhecidos do chamado American Way of Life. Na verdade isso tudo não passa de bobagem esquerdista, um tanto de preconceito que existe em relação a tudo dentro da cultura pop americana. Os vermelhos (não estou me referindo à capa do Superman) sempre estão atrás de algo para acusar ainda mais os americanos de quererem dominar o mundo - inclusive no mundo das artes.

Na verdade o Superman é quadrado não por ser, digamos assim, "americano demais", mas justamente por ser um homem de seu tempo. Veja, o super-herói Superman encarna os valores morais, sociais, éticos e de comportamento do tempo, da década em que foi criado. Nada de ideologia capitalista ou comunista, mas sim o retrato de uma sociedade em que ele surgiu. Assim podemos notar bem nas primeiras edições do Superman o desenvolvimento de um homem sério, de chapéu e comportamento exemplar, que lutava pela justiça, honra e respeito entre todas as pessoas. Bom, se isso for ser careta então podemos dizer que Clark Kent é um careta, mas no mundo de relativismo social em que vivemos isso seria uma ideia muito simplista e por que não, boba!

O Superman é correto porque ele é em essência um homem bom, íntegro e equilibrado. O Batman muitas vezes passa por intensas crises existenciais e isso o deixa à mercê de colocar na berlinda até mesmo os mais importantes valores que dominam nossa sociedade. O Superman não! Embora ele seja em última instância um alienígena, ele jamais tem dúvidas do que fazer ou de como atuar. Batman é um outsider, um atormentado por seu passado de tragédias familiares - Superman é um caipirão do campo, correto até o último fio de cabelo de seu penteado cheio de brilhantina. 

Assim chegamos na conclusão de que acusações de que o Superman seja um reacionário prestes a gritar a plenos pulmões sobre a vitória do capitalismo sobre o socialismo não passa de delírios de esquerdistas mal resolvidos, essa é a verdade. Superman é antes de ser capitalista ou comunista um homem bom, honesto e disposto a lutar contra o crime e a perda dos grandes valores morais dentro de uma sociedade que tanto ama. Ele certamente não iria dar um abraço em Stálin, um genocida feroz, mas seu ato seria fruto apenas de decisão entre o bem e o mal e não sobre sistemas ou modos de produção. Superman é um herói e heróis estão acima desse tipo de discussão.

Pablo Aluísio.  

quarta-feira, 4 de junho de 2008

10 Filmes Trash Para Pura Diversão!

Horrors of Spider Island
Sinopse: Sobreviventes de um acidente de avião em uma ilha remota são ameaçadas por estranhas aranhas presentes no local. / Com: Harald Maresh, Temple Foster, Hekga Franck, Barbara Valentin. / Dir: Fritz Böttger, 1960 / Comentários: Atente-se para a genialidade desta trama: grupo de dançarinas e um cara sofrem acidente de avião e caem numa ilha misteriosa. Sem ter o que fazer, todas as garotas vivem passeando com pouca roupa e disputando a atenção do tal "macho alfa". O terror surge com a presença de estranhas aranhas-vampiras, que mordem o rapaz e o transformam numa espécie de "lobisomem-aranha" (sejá lá o que isso for)!!! Sim, estamos diante de um filme que poderia até ser capaz de causar certo constrangimento em Ed Wood (ou seria aplaudido por ele?). "Horror of Spider Island" (que pode ser encontrado lá por diversos outros títulos) era na verdade um filme alemão de sexplotation, mas foi reeditado nos EUA e tornou-se um filme de terror mais convencional, sem as cenas de nudez (originalmente se chamava " Hot in Paradise"). O que importa é que o filme é uma das coisas mais bagaceiras já feitas. "Atuações" hilárias, falta de sentido, erros absurdos de continuidade e diálogos inacreditáveis levarão ao delírio os amantes "profissionais" do cinema trash. As aranhas (de plástico) tem poucas aparições, mas são inesquecíveis e o "lobisaranha" atrás das moçoilas com hilário teor erótico é algo para se admirar.

O Biscoito Assassino
Sinopse: O Biscoito Assassino é a história de um biscoito que é possuído pela alma de um assassino que foi morto na cadeira elétrica. Decidido a se vingar da mulher responsável por sua morte, o biscoito sai à procura de vingança. / Com: Gary Busey; Robin Sydney; Ryan Locke; Alexia Aleman; Jonathan Chase. / Dir: Charles Band, 2005 / Comentários: Claro que ninguém vai ver um filme de "biscoito assassino" esperando algo "bom", mas é no seu próprio "meio" que o filme decepciona bastante, já que a ideia é bem mais divertida que o resultado final. A trama parece um derivado do "Brinquedo Assassino" (embora nem a "magia" que transporta o assassino para o biscoito seja explicada direito). Embora divirta ocasionalmente pelo ridículo e pelas atuações toscas (ninguém nem consegue esboçar reações diante das mortes), o filme é fraco no gore e tem dificuldade de engrenar, por falta de ritmo, é mais bobo que trash. Mas as aparições do biscoito matando os personagens-clichês tem seus momentos que valem uma conferida.

Redneck Zombies
Sinopse: No interior das florestas da América vive um povo muito especial. Amigos, decentes, bons agricultores. Quando eles acidentalmente acham um barril de resíduos nucleares e transformam numa bebida os portões do inferno serão abertos. Entretanto, sete sofisticados turistas da cidade se perdem na floresta em encontram esse pesadelo: analfabetos, e insensíveis mortos-vivos. Enquanto os turistas usam todo o seu juízo e coragem para se manterem vivos, mais e mais moradores começam a provar a nova bebida até que os zumbis estejam em toda parte. O que começou com um agradável passeio se transforma em um banho de sangue de desmembramento e canibalismo. / Com: Steve Sooy, Anthony M. Carr, Ken Davis, Stan Morrow, Brent Thurston-Rogers, Lisa M. DeHaven. / Dir: Pericles Lewnes, 1989 / Comentários: Um Troma autêntico, trash até o talo, sem medo de ser ruim e feliz por isso. O filme começa com um depoimento de um caipira-zumbi reclamando do preconceito com a imagem que os filmes fazem dos "rednecks". Pelo visto o apelo não adiantou muito, estão lá os caipiras retardados, tarados, sujos, o carniceiro, o "Pá" e Má" e o bizarro  Mr. Tobacco Man, vendedor de tabacos que cobre a cara como o Homem-Elefante. Como de costume, a Troma investe na falta de noção, muita tripa falsa e mortes (onde nem crianças escapam) e frases muito bem trabalhadas, como "Eu gosto de maminha" ou "É como meu pai costumava me dizer, antes de ser atropelado por um trator".

Casei-me Com um Monstro de Outro Espaço
Sinopse: Desde a noite chuvosa em que se casaram, o marido de Marge Farrell vem agindo de maneira estranha. Bill, que antes era carinhoso, agora parece não ter emoções e passa a maior parte de seu tempo livre em um bar - sem beber uma gota de álcool. Até que Marge percebe que não somente o marido, mas também outros homens da cidade foram substituídos por uma raça de alienígenas que deseja dominar a Terra. / Com: Tom Tryon, Gloria Talbott, Peter Baldwin, Robert Ivers, Chuck Wassil. / Dir: Gene Fowler Jr, 1958 / Comentários: Apesar do título irônico e do ar despojado, este é um bom exemplar das sessões B de Drive-ins adolescentes e longe de ser algo trash ou desleixado (há até bons nomes na parte técnica), é até bem conduzido e fez relativo sucesso fora do circuito B, virando cult com o tempo. É quase uma versão mais descompromissada de "Os Invasores de Corpos", com toda a paranoia da época e elementos de ficções cinquentistas. Bem divertido.

Língua Assassina
Sinopse: A personagem principal aqui é uma mulher escondida em um convento com seus poodles, enquanto seu namorado cumpre pena em uma prisão bastante esquisita. Mas um meteorito cai na Terra e transforma a garota em uma criatura esquisita com uma Língua Voraz... Mas este é só o começo. / Com: Melinda Clarke, Doug Bradley, Robert Englund / Dir: Alberto Sciamma, 1996. / Comentários: Obviamente, o filme não se leva a sério em nenhum momento. É tudo bem tolo (e ruim) e nem sempre engraçado, mas alguns absurdos compensam. Começa arrastado, mas melhora quando a tal "língua" finalmente começa a dominar o filme e ganhar importância. Pior que a danada ainda "conversa" com sua dona e chega a ter...relações com ela. Freiras abusadinhas e poodles drag queens (!) completam a bagaça. O filme parece uma estúpida mistura de Almodóvar com trash. Slogan da capa nacional: "Caia de boca e morra...". Vale pela presença de Melinda Clarke, a zumbi sexy de "A Volta dos Mortos-Vivos 3".

Alien vs Ninja
Sinopse:  Era uma vez no Japão um grupo de grandes guerreiros ninja liderados por Yamata, chamados Iga Ninja. Um dia, eles testemunham um lampejo no céu e uma enorme bola de fogo, que cai numa floresta distante. Os guerreiros correm para identificar o misterioso objeto. Ali, ao invés de encarar inimigos previsíveis, encontram criaturas com garras e presas jamais vistas. / Com: Shuji Kashiwabara, Mika Hijii, Ben Hiura, Kôji Inagaki, Hajime Inoue / Dir: Seiji Chiba, 2010 / Comentários: O título já diz tudo, não? Mais uma bagaceira japonesa com orgulho de ser trash e feita com o intuito de divertir. Mas falta algum estofo para que o filme funcione melhor, sendo tudo jogado ou largado numa trama que apenas põe pretextos para várias cenas de lutas entre os ninjas e os aliens que parece aquele alien famoso mas com cabeça de golfinho. Sendo disperso, acaba não agradando tanto, mas ainda diverte em várias sequências devido ao exagero e a inegável cara de pau dos envolvidos (em certo momento, o alien até pega uma espada e vira ninja mortal também). É um pouco na linha "Power Rangers", com monstros de borracha e atuações e diálogos sofríveis, só que com sangue e tripas (mas um gore bem tosco também). Muitos efeitos digitais precários, coisas sem noção, nojeiras e pancadaria completam o cardápio para quem tiver disposição de encarar!

The Abomination
Sinopse: Uma mulher de meia-idade adoece e vomita o que ela acredita ser um tumor. O "tumor" acaba por ser uma estranha espécie de esporos que podem se transformar em uma criatura carnívora. Este esporo entra no corpo do filho dela e faz agora ele brutalmente matar pessoas para alimentar os outros esporos, que se transformam em criaturas estranhas./ Com: Scott Davis, Jude Johnson, Blue Thompson, Brad McCormick, Suzy Meyer, Rex Morton. / Dir: Bret McCormick, 1986 / Comentários: Quando penso que já vi de tudo...está aqui mais uma "produção" que só dará prazer aos fãs ferrenhos do "quanto pior, melhor", filme grotesco não só nos baldes de sangue e tripas, mas em todo o seu conjunto (atuações, edição, etc). A história, obviamente, é sem pé nem cabeça, mostrando um "tumor demoníaco" (é, isso mesmo que você leu) que afeta a vida de um rapaz filho de uma moça viciada num programa religioso da tv. Seguindo a falta de nexo, o tumor "se reproduz" em várias criaturas cheias de dentes espalhadas pela casa do cara, e o "domina" mentalmente, fazendo com que ela traga vítimas para alimentá-las. A virada de personalidade do cara para um "Bad Guy" é um dos pontos altos do filme, hilariante em sua "atuação". Daí para lá, é aquilo que tanto amamos: mortes a rodo, muito ketchup e cenas nonsense num filme só mesmo indicado aos trasheiros de plantão. As mortes são hilárias de tão toscas, e estranhamente o filme abre com uma sequência de pesadelo que já mostra várias das cenas de gore que estão por vir, o que pode estragar um pouco as surpresas. Uma diversão absurda de ruim, por isso mesmo tão engraçada.

Cannibal Girls
Sinopse: Um jovem casal vai passar a noite em um restaurante, apenas para descobrir que ele é assombrado por três garotas que têm fome de carne humana. / Com: Eugene Levy, Andrea Martin, Ronald Ulrich, Randall Carpenter. / Dir: Ivan Reitman, 1973 / Comentários: Antes de criar algumas comédias conhecidas do cinema (como "Os Caça-Fantasmas"), Ivan Reitman, como deveria ser obrigação no currículo de todo bom diretor, teve no início de carreira a realização de um legítimo trash bagaceiro. Fora que o mocinho do filme é Eugene Levy (o "pai" do American Pie") com hilário visual "hipongo". Feito com uns trocados e com um roteiro que é só um pretexto, a idéia básica é fazer uma sátira aos filmes de terror, com muito humor negro. Claro que a precariedade do filme e toda a tosqueira dão mais graça que as piadas intencionais. O filme divulgava de forma sensacionalista que um "sino" iria tocar avisando os espectadores que desejassem virar o rosto antes do surgimento de alguma cena grotesca, mas o filme não é lá muito pesado no gore, mas compensa no sexplotation soft, com as belas garotas mostrando seus, hã..talentos. Um filme extremamente tosco, portanto, se você é daqueles que exige um mínimo de qualidade, fuja dele, para o resto, divirtam-se sem culpa.

Lua Sangrenta
Sinopse: Jovem desajustado fica em casa tomando conta de sua irmãzinha. Na ausência dos pais ele se injeta drogas e conta para a irmã duas histórias de terror. A primeira sobre um louco que escapa da manicômio e extermina a família de uma garota. A segunda sobre um padre que, depois de violentar uma jovem, sofre com delírios e visões de torturas no inferno / Com: Andrea Arbter, Ellen Fischer, Ronald Fuhrmann / Dir: Olaf Ittenbach / Comentários: Quando a gente pensa que já viu de tudo, continua se surpreendendo. Olaf Ittenbach é um diretor alemão de filmes sanguinolentos que tem seus fãs (há até um filme elogiado dele, chamado "Premutos".). O que posso dizer é que "Lua Sangrenta" é tão tosco e absurdo que torna-se uma experiência bizarra de se assistir, e, com o devido clima, muito divertido.Impossível enumerar o tanto de coisas ridículas num filme onde cada segundo consegue ser mais constrangedor que o anterior. O próprio diretor faz o marginal (e que brinco é esse que ele usa??) responsável por contar as duas histórias do filme. Após sair de uma briga de gangues tosca com visual mais cafona que no clip "beat it" do Michael Jackson, ele é obrigado a contar historinhas pra sua irmãzinha dormir. A primeira é simplesmente um psicopata exterminando uma família, um por um (uma família de surdos, pelo visto, já que NINGUÉM escuta as mortes escandalosas de cada um deles). O filme inteiro não tem nenhuma meta a não ser a de mostrar mortes violentíssimas feitas com o padrão trash de qualidade. É tudo gratuito mesmo, com intenção de chocar (como na cena em que a moça é obrigada a engolir um olho, kkk)...Na segunda estória, um padre barbariza geral e um inocente paga o pato. No clímax, uma "visão do inferno" é mostrada, em quase 10 minutos de torturas, tripas, olhos arrancados com saca-rolhas e coisas singelas do tipo. Alguns efeitos, como do cara sendo literalmente rasgado ao meio até são interessantes, mas a falta de habilidade põe tudo a perder.Totalmente amador, feito com câmera de vídeo caseira (o que aliada à péssima fotografia faz lembrar imagem de novela de fundo-de-quintal) é filme horroroso para poucos, mais ou menos na linha do infame "Cradle of Filth: Nascidos do Inferno". Assista de preferência bêbado e prepare-se para rir como nunca.

O Vingador Tóxico
Sinopse: O jovem Melvin, um faxineiro paspalhão, é constantemente desprezado e humilhado pelos freqüentadores de uma academia de ginástica até o dia em que cai num tanque de lixo químico e torna-se o Vingador Tóxico, passando a perseguir gangues e corruptos da cidade. / Com: Mitchell Cohen, Andree Maranda, Jennifer Baptist. / Dir: Michael Herz, Lloyd Kaufman, Samuel Weil, 1985 / Comentários: Este é o mais famoso filme da produtora Troma, realizadora de filmes B em geral infames e ultrajantes. "O Vingador Tóxico" arrebatou alguns fãs e teve até continuações (com boatos de um remake vindo aí, é claro..) É obviamente humor negro puro, e dos mais pesados. Apesar da tosqueira da produção, algumas cenas são bem impressionantes devido o nível de brutalidade apresentada (cabeças esmagadas, amputações, tripas e nem crianças e bichos escapam, hehe)...sem falar que apesar de "ensaiar algumas lições de moral", o politicamente incorreto impera, rs... Por isso, não é um filme para todos: humor doentio, cenas pesadas (o moleque atropelado e a chacina na academia são clássicas), frases hilárias, atuações e lutas toscas, e muita, muita podreira! Um clássico do trash. PS: Descobri que "escondida" no elenco está Marisa Tomei kkkkk..

Ricardo Martins e Pablo Aluísio.