sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Meu Ano em Oxford

Meu Ano em Oxford
Espere um momento! Tem coisa errada por aqui! Não faz muito tempo assisti a um filme chamado "Encontrando o Amor em Oxford" que tinha basicamente a mesma história desse filme! Uma jovem americana entra na prestigiada universidade de Oxford e lá se apaixona por um inglês, vivendo uma bela história de amor! Claro, há algumas diferenças de detalhes entre os dois filmes, mas a premissa básica é a mesma! O outro filme foi produzido em 2023 e esse aqui em 2025, então se formos levar em conta apenas o aspecto cronológico, esse aqui pode ser considerado quase um plágio do anterior! O pior de tudo é que eu acabei gostando dos dois filmes (mais do primeiro, confesso)! Então, só posso concluir que ideias originais andam em falta mesmo no cinema atual. 

De qualquer maneira vamos em frente. Esse outro romance (semelhante, mas tentando ser diferente!) até que tem algumas ideias interessantes (que não encontramos no primeiro filme). Por exemplo, a protagonista acaba se apaixonando pelo jovem professor bonitão que vem substituir a professora titular do curso. Ela fica decepcionada em um primeiro momento, mas como vai ter um romance com o teacher, esse desapontamento logo passa. Para que o filme não ficasse apenas no puro namoro dos dois, os roteiristas foram no passado pegar pequenas pitadas de um grande sucesso do cinema, "Love Story". Sim, o bonitão inglês está com câncer e vai morrer em breve... Oh, mundo cruel! E assim corre a história. Bonitinha, com ótima fotografia! Não faz mal a ninguém. Podem dizer o que quiserem, mas não tem cenário mais bonito para um filme romântico do que o tradicional campus da universidade de Oxford. Deve por isso que temos agora essa onda de filmes que se passam por lá! 

Meu Ano em Oxford (My Oxford Year, Estados Unidos, Reino Unido, 2025) Direção: Iain Morris / Roteiro: Julia Whelan, Allison Burnett, Melissa Osborne / Elenco: Sofia Carson, Corey Mylchreest, Dougray Scott / Sinopse: Uma jovem norte-americana vai estudar na prestigiada e tradicional universidade de Oxford e lá se apaixona por seu professor bonitão. Infelizmente, essa história de amor também terá seus dramas pessoais envolvendo o casal de apaixonados românticos. 

Pablo Aluísio. 

Sequestrando Chaplin

Sequestrando Chaplin
Esse filme conta a história de dois vigaristas ingleses que decidem roubar o corpo de Charles Chaplin que estaria enterrado em Las Vegas! A intenção seria pegar o resgate dos familiares que certamente iriam pagar para ter os restos mortais do gênio do cinema de volta! E como eles estariam atolados em dívidas com criminosos da cidade, nada poderia ser mais urgente. Então colocam o plano idiota em ação! Ok, parem tudo... está tudo errado! Realmente roubaram o corpo de Chaplin, naquele que foi um dos crimes mais nefastos na história de Hollywood. Só que isso foi em 1977, pouco tempo após seu sepultamento que se deu na Suíça e não em Las Vegas! É isso, esse filme, que claramente se propõe a ser uma comédia de humor negro, não tem praticamente nada a ver com o que aconteceu. Fico pensando porque não fizeram um filme contando o crime real... Teria sido muito melhor. Eu mesmo estaria muito mais interessado do que no fraco humor desse filme!

E mesmo se limitando apenas nas pretensões dessa produção, devo dizer que nem tudo é tão divertido assim. O filme até que começa bem, gerando algum tipo de interesse. Infelizmente depois desse começo promissor as coisas ficam chatas... e a história se arrasta, se arrasta... causando tédio em quem assiste. Essa coisa de gângster que cobra dívidas (no caso da dupla de idiotas da história) só funciona em bons filmes do gênero. Aqui eles se tornaram meros vilões de histórias em quadrinhos (das ruins, não das boas!). Então é isso. Deveriam ter contado o que aconteceu mesmo, não fazer mais uma comédia sem graça! E assim temos outra boa ideia para fazer um filme totalmente desperdiçada...

Sequestrando Chaplin (Stealing Chaplin, Reino Unido,  2020) Direção: Paul Tanter / Roteiro: Doug Phillips, Simon Phillips / Elenco: Wayne Newton, Al Sapienza, Peter Woodward / Sinopse: Dois vigaristas decidem colocar em prática um plano ousado (e completamente maluco) de roubar o corpo de Charles Chaplin do cemitério para pedir um resgate milionário por ele! E acabam se dando muito mal depois disso...

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Superman (2025)

Superman (2025) 
Quando terminei de assistir a esse novo filme do Superman cheguei na conclusão de que nem havia assistido a um filme, mas sim lido uma edição de quadrinhos do personagem nos anos 80. Isso mesmo, esse filme é exatamente isso, uma revista de quadrinhos daquela época, quando as histórias do Homem de Aço estavam voltadas mais para um público bem juvenil. A intenção era conquistar novos leitores entre os jovens. A década agora é outra, mas a intenção é exatamente essa. A DC e a Warner miraram com esse filme os mais jovens, adolescentes e crianças. 

Nada de muito sério você encontrará aqui. Nem o próprio filme se leva à sério. É diversão pela diversão! E não tem nada de errado nisso. Os últimos filmes do Superman estavam indo mesmo pelo caminho errado. Tinham colocado ele numa vibe sombria, até meio depressiva. Ei, isso não é o Superman, mas sim o Batman! Então os realizadores desse filme de forma acertada romperam com essa imagem errada. O Superman é na verdade um herói cheio de bondade a ponto de ser até ingênuo e até mesmo meio boboca. Então acertaram o foco aqui finalmente. 

Algumas coisas até me surpreenderam. É o filme em que o Superman mais apanha de todos eles. Cheguei até mesmo a desconfiar que ele seria derrotado! Imagine você! O clima de enfrentamento com robôs e monstros gigantes espaciais é pura cultura pop vintage. Ponto positivo. Também descartaram fazer mais um filme sobre origens, algo que ninguém iria aguentar mais. Quando o filme começa a carruagem já está na estrada. Eu achei isso o ideal. Não queria mais ver tudo o que já havia sido explorado nos filmes anteriores e de maneira muito melhor. Enfim, gostei do filme! No quadro geral não tenho outra avaliação. O Superman de 2025 é exatamente o que eu disse, uma revista em quadrinhos dos anos 80 que resolveram transformar em filme. Deu bem certo! Parabéns aos envolvidos. O caminho é por aí mesmo. 

Superman (Superman, Estados Unidos, 2025) Direção: James Gunn / Roteiro: James Gunn, baseado nos personagens criados por Jerry Siegel e Joe Shuster / Elenco: David Corenswet, Rachel Brosnahan, Nicholas Hoult / Sinopse: O Superman precisa enfrentar um novo desafio: Enfrentar um clone dele mesmo que foi criado pelo vilão Lex Luthor! 

Pablo Aluísio. 

Inteligência Artificial: A Ascensão das Máquinas

Inteligência Artificial: A Ascensão das Máquinas 
Não vá confundir com o filme de Steven Spielberg. Esse é outro filme, bem mais recente e bem mais modesto em suas pretensões cinematográficas. A história se passa no futuro. Um astronauta começa uma longa viagem rumo a um astro distante. Para não ficar sozinho e não morrer ou sofrer dos efeitos da solidão, embarca com ele uma andróide. Ela tem forma feminina de uma bela mulher e eventualmente, se assim desejar o astronauta, também poderá ser usada para finalidades sexuais. 

A viagem começa e o astronauta nem perde muito tempo sobre isso. Nesse momento o filme quase vira um Soft Porn, afinal a atriz que interpreta esse ser robótico, tem belas formas e surge, muitas vezes em momentos de nudez. Só que o filme não avança muito nisso e em nenhum outro aspecto da história. Parece que o diretor confundiu tédio com reflexão filosófica! Bom, como todos sabemos, não é bem por aí. São duas coisas bem distintas para falar a verdade. Com isso o filme, no final de tudo, se revela apenas levemente curioso e interessante e nada muito além disso. 

Inteligência Artificial: A Ascensão das Máquinas (A.I. Rising, Sérvia, 2018) Direção: Lazar Bodroza / Roteiro: Zoran Neskovic, Dimitrije Vojnov / Elenco: Sebastian Cavazza, Stoya, Marusa Majer / Sinopse: Astronauta e uma andróide em forma feminina viajam pelo cosmos enquanto entram em um grande conflito emocional. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Nosferatu

Título no Brasil: Nosferatu
Título Original: Nosferatu
Ano de Lançamento: 1922
País: Alemanha
Estúdio: Jofa-Atelier Berlin-Johannisthal
Direção: F.W. Murnau
Roteiro: Henrik Galeen
Elenco: Max Schreck, Alexander Granach, Gustav von Wangenheim

Sinopse:
Jovem advogado é contratado para ir até uma região remota da Europa para vender uma propriedade para um velho nobre que vive recluso em seu castelo em ruínas. O Conde Graf Orlok (Max Schreck) não tarda a se revelar ser na verdade uma criatura da noite, um vampiro sedento por sangue humano. Baseado na obra "Drácula" escrito por Bram Stoker. 

Comentários:
Esse filme é um clássico absoluto do terror! É incrível assistir a ele hoje em dia, mais de 100 anos depois de seu lançamento original e perceber como as escolhas estéticas desse filme se perpetuaram depois em centenas de outras produções que jamais deixaram de seguir seus passos. É o filme de terror mais influente da história do cinema! E pensar que ele quase não chegou até nós! Foi salvo por acaso quando se encontrou uma única cópia dele nos velhos porões de um cinema francês. Todas as demais tinham sido destruídas por causa de um processo movido pela família do autor de "Drácula". Sim, a história é um plágio, não há como negar, mas esse filme é completamente inovador na questão de simbolismos e estética. O cineasta F.W. Murnau foi um gênio precoce do cinema e o ator Max Schreck fez um trabalho tão marcante que criou uma lenda sobre si mesmo. Dizia-se que ele não era um ator interpretando um vampiro, mas sim um vampiro real que achou um trabalho extra como ator! Lendas maravilhosas para quem aprecia terror. Enfim, eis aqui a origem de um todo um gênero cinematográfico. Uma obra-prima da sétima arte em seus primórdios! Simplesmente arrebatador!

Pablo Aluísio.

O Vampiro

Título no Brasil: O Vampiro
Título Original: Vampyr
Ano de Lançamento: 1932
País: Alemanha, França
Estúdio: Tobis Filmkunst
Direção: Carl Theodor Dreyer
Roteiro: Sheridan Le Fanu, Christen Jul
Elenco: Julian West, Maurice Schutz, Rena Mandel

Sinopse:
Pesquisador, particularmente interessado em estudar ocultismo e bruxarias, vai parar em uma estranha e isolada vila, onde acontecimentos estranhos não param de ocorrer. E vasculhando aquela região descobre um velho castelo onde lendas locais afirmam existir um antigo vampiro ancestral. 

Comentários:
Esse é considerado um dos mais antigos filmes sobre vampiros, talvez só superado pela versão original de Nosferatu. Ainda era cinema mudo, mas tempos depois fizeram uma dublagem em francês quando os atores surgiam em cena. Ficou bem satisfatório. O principal mérito foi que esse roteiro procurou fugir da influência avassaladora de Drácula, assim o filme se sustenta por si mesmo, embora deva confessar que a figura do vampiro propriamente dita é meio decepcionante. Ainda assim há boas ideias como o fato de que os serviçais parecem viver em uma realidade paralela onde as coisas acontecem ao contrário. Foi uma bem bolada criação desse antigo filme sobre vampirismo naquele velha Europa ainda cheia de mitologias e lendas. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Pat Garrett & Billy The Kid

Pat Garrett & Billy The Kid
Curiosamente há poucos dias assisti "Os Jovens Pistoleiros", western dos anos 80, que contava justamente a primeira parte dessa história (e que depois faria parte do roteiro de "Jovens Demais Para Morrer", sua continuação). Todos esses filmes no filme se completam. Em "Pat Garrett & Billy The Kid" não há todo o contexto que contribuiu para o surgimento do mito Billy The Kid. Apenas pequenas citações são feitas em relação à guerra do condado de Lincoln (conflito que deu origem a tudo no inóspito Novo México). Quando o filme começa Billy já é um pistoleiro famoso e procurado pelo xerife Garrett. Ficamos sabendo que ambos tem uma história anterior, que são inclusive amigos, mas em nenhum momento o roteiro procura explicar tudo o que aconteceu. De certa forma isso não é em si um problema, mas uma opção do diretor. Claro que para pessoas que não conhecem a história pode soar um pouco confuso, mas como não é o meu caso, não senti maiores problemas sobre isso.

Historicamente o filme procura ser bem correto. Tirando o personagem de Bob Dylan, que é totalmente fictício, todos os demais personagens são reais e fazem parte da mitologia. Em termos de elenco gostei de praticamente todos, principalmente de James Coburn como o xerife Garrett. Velho conhecido dos filmes de western, Coburn está muito adequado ao papel. Eu nunca considerei Kris Kristofferson um ótimo ator e por isso não vou condenar sua interpretação, digamos, contida. Ele não brilha, porém se torna eficiente apesar de suas limitações. E não posso esquecer também de citar a idade de Kris Kristofferson. Quando fez o filme já não era mais Kid (garoto), então interpretar um personagem chamado Billy The Kid soa mais do que estranho. O Billy real era um jovem quando tudo aconteceu. Kris Kristofferson é um homem feito, maduro, no filme. Ele tinha passado da idade ideal. No mais, o filme tem uma trilha sonora ótima (que concorreu ao Grammy) e uma direção com todas as características que fizeram a fama de Sam Peckinpah; Assim, apesar de alguns problemas, vale muito a pena assistir a mais essa versão da história do mito Billy The Kid.

Pat Garret & Billy The Kid (Pat Garrett and Billy The Kid, EUA, 1973) Direção: Sam Peckinpah / Roteiro: Rudy Wurlitzer / Elenco: James Coburn, Kris Kristofferson, Richard Jaeckel, Katy Jurado, Chill Wills Lemuel, Jason Roberts, Bob Dylan / Sinopse: Pat Garrett (James Coburn) sai no encalço do famoso pistoleiro e fora da lei Billy The Kid (Kris Kristofferson). Curiosamente ambos já se conheciam de tempos passados o que acaba tornando a caçada de Kid uma questão mais pessoal do que nunca.

Pablo Aluísio.

Redenção - Uma Milha do Inferno

Título no Brasil: Redenção - Uma Milha do Inferno
Título Original: Redemption - A Mile from Hell
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio:  Cas-Mor Productions, Gallery Films
Direção: Robert Conway
Roteiro: Robert Conway
Elenco: Dustin Leighton, Tom Noga, Clint James, Sanford Gibbons, Peter Sherayko, Grady Hill

Sinopse:
Dois pistoleiros, movidos por razões diferentes, caçam um grupo de bandoleiros e bandidos no velho oeste. Eles mataram uma família e raptaram a jovem filha do casal. A intenção passa a ser agora fazer justiça pelas próprias mãos.

Comentários:
Alguns filmes mais recentes de western nem ganham as telas de cinema. São lançados logo em venda direta ao consumidor, em tiragens limitadas de DVDs. Esse aqui é um exemplo típico dessa situação. E por mais interessante e atraente que seja sua capa, não caia nessa. O filme é realmente muito ruim. Eu sempre procuro ter boa vontade com novos filmes de faroeste, mas esse aqui é sem salvação, sem redenção. Tudo é mal feito. O roteiro não sabe que caminho tomar, o elenco é todo formado por atores ruins e os figurinos são bem mal feitos. Diria até que é um filme quase amador, filmado por um orçamento minúsculo (custou menos de 60 mil dólares!), um caça-níqueis da pior qualidade. Nunca chegou a ser lançado oficialmente no Brasil, também pudera, um produto de qualidade tão baixa realmente não encotraria interesse em nenhuma distribuidora nacional. Enfim, dispense sem cerimônia, sem olhar para trás, não vá perder seu tempo tentando assistir a essa bomba.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

O Jovem Frankenstein

Título no Brasil: O Jovem Frankenstein
Título Original: Young Frankenstein
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Mel Brooks
Roteiro: Gene Wilder, Mel Brooks
Elenco: Gene Wilder, Madeline Kahn, Marty Feldman, Madeline Kahn, Cloris Leachman, Kenneth Mars

Sinopse:
Um neto americano do infame cientista Dr. Viktor Frankenstein, lutando para provar que seu avô não era tão louco quanto as pessoas pensavam, é convidado para visitar a Transilvânia, onde descobre que o antigo processo de reanimação de um cadáver ainda seria possível. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som.

Comentários:
Eu costumo dizer que Mel Brooks foi um diretor que procurou ir ao passado para reviver o antigo jeito de se fazer comédia. Algo que muitas vezes beirava o retorno aos tempos do cinema mudo. Com o tempo ele foi se aperfeiçoando e chegou em um momento da sua carreira que encontrou o nicho cinematográfico perfeito para ele, que era o mundo da sátira. Assim ele pegou os antigos clássicos do cinema e fez uma série de sátiras em cima deles. E a lenda do monstro criado pelo Dr. Frankenstein não poderia ficar de fora. Um dos personagens mais consagrados da literatura de terror e do cinema em seus primórdios, ganhou uma nova versão, bem mais amalucada e muito mais divertida. E a ousadia de Mel Brooks foi além porque ele decidiu filmar tudo em preto e branco, usando velhas câmeras de cinema. O resultado ficou muito engraçado. O elenco, perfeito, contava não apenas com o genial Gene Wilder, que também assinou o roteiro, mas também com o ator que foi símbolo máximo desse filme em minha opinião, o estranho Marty Feldman como Igor, o ajudante corcunda. Sinceramente, esse nem precisava se esforçar muito pois era naturalmente muito talentoso. É a tal coisa, por essa nem Mary Shelley esperava!

Pablo Aluísio.

Mil Séculos Antes de Cristo

Título no Brasil: Mil Séculos Antes de Cristo
Título Original: One Million Years B.C.
Ano de Produção: 1966
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Associated British-Pathé, Hammer Films
Direção: Don Chaffey
Roteiro: Michael Carreras, Mickell Novack
Elenco: Raquel Welch, John Richardson, Percy Herbert, Robert Brown, Martine Beswick, Jean Wladon

Sinopse:
Um homem pré-histórico é expulso de sua tribo. Ele então passa a vagar pelas perigosas terras de um passado distante, onde encontra monstros e dinossauros dos mais variados tipos. Depois de muito andar finalmente encontra uma nova comunidade, onde volta a encontrar paz e segurança, pelo menos por um período de tempo.

Comentários:

Tem que gostar bastante da história do cinema para apreciar um filme como esse. Foi uma das primeiras tentativas de se fazer algo realmente diferente, feito para um público juvenil. Claro, o filme é cheio de absurdos históricos como por exemplo homens primitivos lutando com lanças contra dinossauros. Porém o fato é que esse tipo de filme não foi mesmo feito para ser historicamente preciso nem nada do tipo. É puro entretenimento, pulp fiction na tela grande. A produção é da inglesa Hammer que aqui deu um tempo nos seus famosos filmes de terror com Drácula para investir em algo bem diferenciado do que sempre produziu. Revisto hoje em dia soa nostálgico e bastante carismático, ainda mais com as criaturas feitas pelo mestre Ray Harryhausen que seguramente criou os efeitos especiais mais charmosos da história do cinema. Curiosamente o elenco é a pior parte do filme. Os atores não tinham linhas de diálogos para falar, mas apenas grunhidos e gritos. Um grupo nada interessante de trogloditas mal interpretados. E as moças, como a bela Raquel Welch, soam totalmente falsas como mulheres da idade da pedra. Com penteados típicos dos anos 60, com mechas cheias de laquê, fica completamente impossível acreditar nelas como seres humanos da pré-história. Se bem que isso também entra no pacote de nostalgia dessa produção que obviamente ficou datada, mas que não perdeu seu charme mesmo após tantos anos.

Pablo Aluísio.