quinta-feira, 22 de maio de 2025

A Perseguição

Caçador e minerador (Liam Neeson) sofre acidente de avião em região inóspita do Alaska. Ao seu lado se forma um pequeno grupo de sobreviventes que tentam encontrar algum povoado ou região habitada. No caminho são atacados por uma matilha de lobos selvagens. "A Perseguição" tem todos os elementos que esperamos encontrar em filmes assim, de luta pela sobrevivência: bela fotografia (a região onde a produção foi realizada é muito bonita), bons atores, situações de risco e perigo mas faltou aquele "algo a mais". Talvez o assunto já esteja um pouco saturado no cinema ou então o problema seja com o personagem de Liam Neeson - sempre sorumbático, deprimido por causa da morte da mulher. Sem ser particularmente heróico o papel se perde no meio da nevasca não conseguindo criar vínculo com o espectador. Outro problema é a forma como o roteiro lida com os lobos - aqui muito próximos de predadores mitológicos, quase lobisomens. São malvados e cruéis, se tornando forçada sua presença em cena. O pior acontece no desfecho, quando finalmente acontece o clímax o filme termina abruptamente, sem desfecho. É aquele tipo de "final aberto" que tem se tornado modinha em Hollywood - para aborrecimento de quem quer saber o que acontece na conclusão do filme.

O diretor de "A Perseguição" é o cineasta Joe Carnahan. Seu maior êxito comercial é o terrível "Esquadrão Classe A" (também com Neeson). Aqui pelo menos ele se conteve mais e procura disponibilizar um argumento mais pé no chão, sem os arroubos de besteirol que encontramos no seu filme anterior. Pelo menos o bom senso aqui prevaleceu. Em resumo é isso. "The Grey" tinha tudo para ser muito bom mas faltou alguma coisa. Não empolga, não cativa mas pode até vir a funcionar em casa numa noite sem nada para fazer. Entretenimento regular mas esquecível.

A Perseguição (The Grey, Estados Unidos, 2012) Direção: Joe Carnahan / Roteiro: Joe Carnahan, Ian Mackenzie Jeffers / Elenco: Liam Neeson, Dermot Mulroney, Frank Grillo / Sinopse: Um avião cai no meio das paisagens mais hostis do Alasca. Os sobreviventes então tentam sobreviver em meio ao frio, ao tempo impiedoso e ao ataque de um grupo de lobos famintos e selvagens.

Pablo Aluísio.

A Odisséia

Título no Brasil: A Odisséia
Título Original: The Odyssey
Ano de Lançamento: 1997
País: Reino Unido
Estúdio: Halmark
Direção: Andrei Konchalovsky
Roteiro: Andrei Konchalovsky
Elenco: Armand Assante, Greta Scacchi, Geraldine Chaplin, Christopher Lee, Eric Roberts, Isabella Rossellini

Sinopse:
O rei guerreiro Odisseu deixa sua vida idílica no reino de Ítaca para lutar na Guerra de Troia. Depois de vencer a guerra, ele agora precisa enfrentar uma longa jornada de dez anos para retornar. Minissérie baseada na obra clássica de Homero. Vencedora de três prêmios Emmy. 

Comentários:
Minissérie muito boa, com excelente elenco, só que na época em que asssiti não gostei. E isso é fácil de explicar. No Brasil, durante os anos 90, ainda não existia televisão a cabo. Minisséries como essa, se chegassem ao nosso mercado, era através de fitas VHS. Só que uma fita não cabia tudo. No caso aqui eram seis episódios. Então eles faziam uma edição compilada e a trama ficava completamente truncada, ruim de assistir e acompanhar. Você, como rato de locadora, tinha toda a boa vontade para conhecer esses programas que não chegavam ao grande público no Brasil, mas acabava levando mesmo um produto mutilado pela edição. Uma pena! Assim, no final de tudo, só sobrava a decepção mesmo. No meu caso nunca tive a oportunidade de assistir a série na íntegra. Fiquei apenas na vontade. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

A Noite dos Lobisomens

A Noite dos Lobisomens 
Uma super Lua cheia atinge nosso planeta. O que sai disso é uma massa de lobisomens ferozes que invadem as ruas das grandes cidades. Ninguém está a salvo. Uma empresa de alta tecnologia biológica até desenvolve uma espécie de soro que pode deixar as pessoas imunes a essa transformação em larga escala, só que as pesquisas ainda estão no começo e enquanto não são concluídas esses lobisomens surgem em massa para fazer novas vítimas. 

OK, mais um filme de lobisomens. Esses monstros clássicos são os que mais sofrem na sétima arte. São centenas e centenas de filmes péssimos com essas criaturas do folclore. O Lobisomem, coitado, é o Rei dos filmes B e Z do terror atualmente! Esse filme aqui pelo menos não é um desastre cinematográfico completo. Não chega a ser colocado entre os melhores já feitos sobre o tema, mas fica ali no meio termo. É sim um filme mediano, que dá para assistir sem maiores problemas, desde que você não espere por grande coisa. 

Agora, para finalizar, devo deixar alguns elogios aqui para o design das criaturas. São poucas cenas digitais. Os bichanos são mostrados de forma analógica mesmo (ponto muito positivo!). São máscaras, faces movidas por animatronics e coisas do tipo. Isso me deixou com uma certa nostalgia dos anos 80 porque naqueles tempos não havia efeitos digitais por computação gráfica. Um acerto por parte dos produtores desse filme. Nesse aspecto o filme certamente acertou no alvo. O caminho é esse aí. 

A Noite dos Lobisomens (Werewolves, Estados Unidos, 2024) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Matthew Kennedy / Elenco: Frank Grillo, Katrina Law. Ilfenesh Hadera / Sinopse: Durante um evento lunar raro, que cria uma super Lua cheia, milhares de seres humanos se transformam em lobisomens. Enquanto isso, em um laboratório de alta tecnologia, se tenta criar ums soro para reverter esse processo de transformação de homens normais em monstros. 

Pablo Aluísio. 

O Clube dos Monstros

O Clube dos Monstros 
Mais um filme em que Vincent Price parece se divertir como nunca! Ele interpreta um sujeito "boa praça" que leva um amigo humano para um clube frequentado apenas por monstros! Uma vez lá decide lhe contar três histórias que vão dar origem aos três contos de terror mostrados ao longo do filme. No primeiro encontramos um sujeito solitário que vive de seu antiquário. A namorada de um criminoso decide arranjar um emprego por lá e o misterioso homem acaba se apaixonando por ela que no fundo só quer roubar os artefatos de valor. Obviamente ela vai acabar se dando mal pois o solitário dono na verdade é um descendente de vampiros!

Na segunda história temos uma estranha família. O filho sofre humilhações na escola. Ele é zombado por ser fraco, magro e feio. Só que na realidade o menino é filho de um vampiro! Nada mais, nada menos, do que o próprio Conde Drácula. Quando um padre decide ir em sua casa para colocar uma estaca no coração do velho vampiro as coisas saem imediatamente do controle. Um conto levado na base do bom humor, tal como se fosse uma sitcom dos nossos tempos. Na terceira e última história temos um diretor de cinema. Ele vai dirigir um filme de terror e procura pelas locações ideais. Acaba encontrando um vila isolada, onde vivem estranhos moradores. O lugar parece o certo pois é sombrio e estranho, mas não vai demorar muito para ele entender que ir até lá foi o maior erro de sua vida! 

Enfim, curti esse filme que mistura velhos monstros clássicos com um certo humor negro. Lançado no começo dos anos 80, quando o cinema clássico de terror já tinha passado por seu auge e estava em pleno declínio, essa produção tentou resgatar tudo de um ponto de vista de bom humor, mas também respeito com o passado. E de quebra ainda trazia números musicais, animações bem boladas (como a da stripper de esqueleto!) e um bom uso de ilustrações de alta categoria do mundo dos quadrinhos. Assim, em termos de cultura pop, por aqui há de tudo um pouco. Bem legal de assistir (ou rever) nos dias de hoje. 

O Clube dos Monstros (The Monster Club, Reino Unido, 1981) Direção: Roy Ward Baker / Roteiro: R. Chetwynd Hayes, Edward Abraham / Elenco: Vincent Price, John Carradine, Anthony Steel / Sinopse: Três histórias de terror contadas de um amigo para o outro em um estranho clube frequentado apenas por criaturas monstruosas! Trilha sonora de John Williams. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 20 de maio de 2025

A Noite dos Pistoleiros

Título no Brasil: A Noite dos Pistoleiros
Título Original: Rough Night in Jericho
Ano de Lançamento: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Arnold Laven
Roteiro: Sydney Boehm, Marvin H. Albert
Elenco: Dean Martin, Jean Simmons, George Peppard, John McIntire, Slim Pickens, Don Galloway

Sinopse:
Max Flood (Dean Martin) é um vilão e criminoso. Usando de uma quadrilha de homens violentos ele domina a pequena cidade de Jericho. Todos devem pagar sua parte, em um grande esquema de extorsão. Só que a chegada de um forasteiro e de um velho xerife, que agora trabalha em uma diligência que atravessa o deserto, pode mudar muito bem essa situação de dominação e terror. Esses homens definitivamente não vão se deixar dominar assim tão facilmente. 

Comentários:
De certa maneira esse faroeste é até bem convencional, bem de acordo com o que se produzia naquela época, segunda metade dos anos 1960. O que há de diferente é ver o cantor e ator Dean Martin interpretando um vilão na história. Desde que havia se tornado famoso, ao lado do colega Jerry Lewis, Martin sempre interpretou bons homens, personagem carismáticos. Assim ver ele aqui interpretando um sujeito bem asqueroso, vai deixar muita gente surpresa. E ao que tudo indica o próprio Dean Martin não gostou muito da experiência. Aconselhado por Frank Sinatra, ele deixou esse tipo de personagem de lado. Não caía bem para quem também tinha uma bem sucedida carreira de cantor. Afinal ele precisava vender discos. Assim podemos dizer que foi uma experiência bem singular em sua filmografia. Não demorou muito e ele retornou para sua tão conhecida e amada persona de Mr. Cool que o havia levado para a fama e o sucesso. 

Pablo Aluísio.

Wyatt Earp

Título no Brasil: Wyatt Earp
Título Original: The Life and Legend of Wyatt Earp
Ano de Produção: 1955 - 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: American Broadcasting Company (ABC)
Direção: Frank McDonald, Roy Rowland, Paul Landres
Roteiro: Frederick Hazlitt Brennan, John Dunkel
Elenco: Hugh O'Brian, Jimmy Noel, Ethan Laidlaw

Sinopse:
Wyatt Earp (Hugh O'Brian) se torna xerife de uma série de cidadezinhas no velho oeste. Durão, austero, honesto e íntegro, impõe respeito à lei por onde passa. Ao lado de seus irmãos e do amigo Doc Holliday (Douglas Fowley), enfrenta todo e qualquer tipo de fora-da-lei que cruza seu caminho. Ao chegar em Tombstone precisa enfrentar uma família de malfeitores, os Clantons, pistoleiros e bandoleiros perigosos e temidos. 

Comentários:
Essa foi a  mais longa série produzida sobre o xerife Wyatt Earp. No total foram 227 episódios, em seis temporadas exibidas com grande sucesso pelo canal americano ABC entre os anos de 1955 a 1961. Eram tempos de ouro para os fãs de faroestes, principalmente jovens e adolescentes, que tinham uma programação de qualidade para assistir após chegarem em casa, depois da escola, já que "Wyatt Earp" era exibido no horário vespertino. Nesse seriado muito popular nos Estados Unidos quem interpretava o famoso xerife de Tombstone era o ator Hugh O'Brian, um veterano que logo se tornou ídolo nos anos 50. E ser astro de TV naqueles anos não significava apenas gravar suas cenas para os episódios, mas sim também viajar para promover a série, ir em escolas e programas, sempre divulgando seu personagem e dando bons conselhos para a garotada em geral. Depois de tanto sucesso na pele do mais famoso xerife da história do oeste americano ele ainda emplacaria outros êxitos na TV como nas séries "O Homem de Virgínia" e "Perry Mason". Como era de se esperar não se deve procurar de uma série de western dos anos 50 a tão valorizada veracidade histórica. Os episódios estão mais para a literatura de bolso da época do que qualquer outra coisa. O Earp é um poço de virtude e bom mocismo que tem que enfrentar todos os dias os mais terríveis e indigestos vilões. Claro que justamente por seguir essa fórmula determinada a série tenha alcançado tanto sucesso. A lamentar apenas o fato da TV brasileira ainda ser muito primitiva nos anos 50, o que privou nossa juventude de acompanhar tudo na época. De qualquer maneira para quem deseja conhecer nunca é tarde demais pois a série tem sido lançada periodicamente em DVDs nos EUA e o objetivo final da produtora é colocar no mercado todas as seis temporadas, para deleite de todos os colecionadores do gênero.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Duas Vidas

Michel Marnet (Charles Boyer) é um playboy francês que decide, após longos anos, finalmente se casar. Obviamente que isso logo se torna uma notícia e ele decide viajar até os Estados Unidos para lá se casar com sua futura esposa americana. Na viagem acaba conhecendo casualmente Terry McKay (Irene Dunne) que embora esteja comprometida acaba jogando seu charme para seduzi-lo. O que começa como um flerte casual acaba se tornando algo mais profundo a ponto de ambos combinarem de se encontrarem em seis meses no topo do Empire State em Nova Iorque, caso seus relacionamento amorosos não criem bons frutos nesse tempo."Duas Vidas" é o filme original que deu origem a dois remakes que se tornaram bem conhecidos do público cinéfilo. O primeiro foi o clássico absoluto "Tarde Demais para Esquecer" de 1957 com Cary Grant e Deborah Kerr protagonizando essa bonita história de amor. Depois nos anos 1990 tivemos uma nova refilmagem chamada "Segredos do Coração" com Warren Beatty e Annette Bening como o casal apaixonado. Esse segundo remake contou com a preciosa participação da diva do cinema Katharine Hepburn que curiosamente quase estrelou o filme original.

Cada um desses filmes tem seus pontos fortes. "Tarde Demais para Esquecer" contava com uma maravilhosa trilha sonora e uma fotografia inspirada. "Segredos do Coração" trouxe um trabalho melhor em termos de roteiro, onde os dois personagens principais eram bem mais trabalhados do ponto de vista psicológico. Já o original "Duas Vidas" se destaca pelo elenco. Charles Boyer tinha uma finesse e elegância pessoal que casou muito bem com seu personagem. De fala suave e gestos diplomaticamente ensaiados, ele convence plenamente como um conquistador irresistível para as mulheres. Já Irene Dunne passa a impressão de ser uma mulher decidida, dona de si, que sabe muito bem que seu casamento não terá muito futuro pois está apaixonada por Michel Marnet (Boyer). Esse tipo de atitude pode até ser vista como algo comum nos dias de hoje, mas lembre-se que esse filme foi rodado na década de 1930 e naquela época uma mulher prestes a se casar com outro tinha que manter uma certa postura pessoal, caso contrário causaria um verdadeiro escândalo, criando um estigma social ruim para si.

Ouvindo seu coração, ela prefere partir para os braços de Marnet, ao invés de continuar em um relacionamento sem amor, vazio por dentro. E justamente por ter essa coragem o filme se tornou logo um sucesso de público e crítica, sendo indicado a seis Oscars, entre eles Melhor Filme, Melhor Atriz (Irene Dunne), Melhor Atriz Coadjuvante (Maria Ouspenskaya), Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora Original. Sem dúvida um marco do cinema romântico de Hollywood e um grande avanço em termos de emancipação da mulher dentro daquele contexto histórico e social.

Duas Vidas (Love Affair, Estados Unidos, 1939) Estúdio: RKO Radio Pictures / Direção: Leo McCarey / Roteiro: Delmer Daves, Donald Ogden Stewart / Elenco: Irene Dunne, Charles Boyer, Maria Ouspenskaya / Sinopse: Um casal se apaixona e decide fazer uma espécie de pacto. Caso não sejam felizes em seus relacionamentos atuais devem se encontrar no alto do Empire State em Nova Iorque.

Pablo Aluísio.

Meus Braços Te Esperam

A família Winfield se muda para uma nova casa em uma pequena cidade em Indiana. Então a jovem Marjorie Winfield (Doris Day) começa um romance com William Sherman (Gordon MacRae), seu novo vizinho que vive do outro lado da rua. Marjorie tem de aprender a dançar e agir como uma jovem e respeitada dama da sociedade. Infelizmente, William Sherman tem ideias não convencionais para a época (o enredo se passa na Primeira Guerra Mundial, embora o conflito não desempenhe nenhum papel importante para a maior parte do filme). Suas ideias diferentes, por exemplo, não incluem acreditar no casamento ou no valor do dinheiro, o que provoca um atrito imediato com o pai de Marjorie, que é o vice-presidente do banco local. Em determinado momento de sua carreira a atriz Doris Day foi apelidada de "A Virgem Profissional", isso porque interpretava geralmente mocinhas doces e ingênuas nas telas. Esse tipo de rótulo porém era pura bobagem. O que importava mesmo é que Doris Day tinha um grande talento. Ela não era apenas a jovem loira e virgem em busca do príncipe encantado em romances açucarados de seus filmes, mas também uma cantora maravilhosa, dona de uma das vozes mais bonitas da música americana. Talento puro!

Esse simpático e muito charmoso "On Moonlight Bay" traz um pouco do melhor de Day. Certamente sua personagem é mais uma no estilo "virgem intocada", mas a despeito disso o filme é um ótimo musical, com excelente repertório, onde Doris Day dá uma amostra de seu grande talento vocal. A estorinha é leve, com pitadas de comédia e romance, o que ajuda ainda mais a passar o tempo. Em tempos cínicos e violentos como os que vivemos, assistir algo assim tão bem intencionado pode soar como inocente e bobinho, mas deixe esse tipo de opinião ranzinza e preconceituosa de lado e curta mais esse belo momento da carreira da primeira e única Doris Day no cinema.

Meus Braços Te Esperam (On Moonlight Bay, Estados Unidos, 1951) Estúdio: Warner Bros / Direção: Roy Del Ruth / Roteiro: Jack Rose, Melville Shavelson / Elenco: Doris Day, Gordon MacRae, Jack Smith / Sinopse: O filme conta a história de um romance envolvendo dois jovens e os problemas que podem surgir quando o namorado tem uma visão bem diferente do mundo do pai da garota pelo qual ele está apaixonado.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de maio de 2025

Sonhos Rebeldes

Sonhos Rebeldes
Esse foi um dos primeiros filmes do Nicolas Cage! Não deixa de ser muito divertido ver ele aqui, bem jovem, com muito cabelo, tentando dar uma de descolado, embora já naqueles tempos fosse um tremendo de um esquisitão! A história do filme não tem nada de muito especial. É uma produção feita nos anos 80 para o público adolescente. Uma espécie de Romeu e Julieta para os jovens daquela época, com muitos cabelos armados, letreiros de neon e bandas com músicas de sintetizadores. 

Cage interpreta esse carinha que vive do outro lado da cidade, onde mora a classe trabalhadora, onde os jovens frequentam clubes punks! Ele se apaixona pela loirinha da parte rica da cidade. Ela é uma patricinha de alto a baixo. Imagine o tamanho do preconceito social que vai ter que enfrentar para ficar com seu novo namorado, aquele punk de butique pobretão! Olha só, realmente nada de muito especial encontrará nessa fita, mas hoje em dia, ela tem seu charme, principalmente para quem curte Nicolas Cage. Seu papel é muito divertido, ainda mais revisto hoje em dia, após tantos anos! 

Sonhos Rebeldes (Valley Girl, Estados Unidos, 1983) Direção: Martha Coolidge / Roteiro: Andrew Lane, Wayne Crawford / Elenco: Nicolas Cage, Deborah Foreman, Elizabeth Daily / Sinopse: Garota rica e mimada, cai de amores por um sujeito pobretão, que gosta de boates punks, no outro lado da cidade, onde vive a classe trabalhadora e pobre da região. 

Pablo Aluísio.

Uma Escola Muito Especial, para Garotas

Uma Escola Muito Especial, para Garotas
A década de 1980 foi o auge daquelas comédias adolescentes picantes sobre sexo entre os jovens. Não era nada muito vulgar, embora não tivesse a sofisticação dos velhos filmes do passado que ousassem juntar sexo e humor no mesmo roteiro. Esse filme aqui foi um dos primeiros exemplares desse tipo de cinema. É tão antigo, para falar a verdade, que mal me lembro dele, embora tenha assistido em uma dessas sessões madrugada adentro, ainda no tempo da TV aberta onde só existia alguns poucos canais para ver filmes. 

A história é meio banal. Garota que estuda em colégio só para meninas se apaixona por carinha que estuda em colégio só para rapazes. Isso era comum na época. Geralmente eram escolas católicas tradicionais e toda aquela baboseira que conhecemos bem. Enfim, uma comédia adolescente dos anos 80. Nada demais, mas temos que admitir que abriu a porta para um verdadeiro subgênero do cinema americano, para o bem e também para o mal porque vieram muitas porcarias no rastro dele. 

Uma Escola Muito Especial, para Garotas (Private School, Estados Unidos, 1983) Direção: Noel Black / Roteiro: Dan Greenburg, Suzanne O'Malley / Elenco: Phoebe Cates, Betsy Russell, Matthew Modine / Sinopse: Jovens loucos pelas garotas entram em escola feminina vestidos de estudantes femininas. É para piorar aquelas são escolas católicas tradicionais. O escândalo assim se torna uma questão de tempo!

Pablo Aluísio.