domingo, 24 de novembro de 2024

The Beach Boys - Surfin' U.S.A.

The Beach Boys - Surfin' U.S.A.
Eu sou da opinião de que certos artistas são agradáveis de se ouvir porque são simples. A ideia que deu origem a eles são simples. As músicas possuem 3 ou 4 acordes. Esse é o segredo. E poucos grupos musiciais da história da música foram tão exemplificativos disso como os Beach Boys. Eles eram, no começo da carreira, apenas jovens californianos que faziam música para jovens californianos que curtiam surf e praia. Nada mais. Simples como uma prancha de surf. E é dessa fase inicial do grupo que eu gosto mais. Eu sei que eles depois tentaram evoluir como banda, fazendo projetos ousados como Pet Sounds e tudo mais. Porém nada disso me deixou muito satisfeito ao ouvir. Em se tratando de Beach Boys eu prefiro a simplicidade de sua carreira. E seus álbuns dessa primeira fase são irresistivelmente saborosos!

Esse foi o segundo disco do grupo. E seguia basicamente a sonoridade do primeiro. Uma delícia de se ouvir. E para não deixar dúvidas sosbre o que eles queriam, colocaram logo na capa um surfista surfando um grande tubo, em uma grande onda das praias da Califórnia. Assim não tinha do que se reclamar. Era puro Surf Music e nada além disso. Nada intelectual, nada pretensioso, não queriam mudar o mundo com suas músicas, não queriam passar uma mensagem política... não, nada disso. Só queriam curtir um som num dia na praia. Esse sempre foi o melhor que o Beach Boys tinha a oferecer. Uma maravilhosa de se ouvir. 

The Beach Boys - Surfin' U.S.A. (1963)
Surfin' U.S.A.
Farmer's Daughter
Misirlou
Stoked
Lonely Sea
Shut Down
Noble Surfer
Honky Tonk
Lana
Surf Jam
Let's Go Trippin'
Finders Keepers

Pablo Aluísio. 

sábado, 23 de novembro de 2024

Madonna - Erotica

Madonna - Erotica
Esse foi o álbum que mudou a carreira de Madonna para sempre! Também marcou de forma definitiva o final de sua primeira fase na carreira tanto do ponto de vista musical como também de imagem pública. Madonna deixava praticamente tudo para trás para navegar por novos mares musicais. Foi o primeiro disco conceitual da cantora. As músicas tinham como base a luxúria, a sedução e o sexo. Algumas letras também tratavam da liberdade feminina de viver sua própria sexualidade. O problema da AIDS também não ficou de fora. Foi um disco que levou Madonna definitivamente para o lado progressista, pois a cantora abraçou diversas bandeiras do movimento como o ferminíssimo e a luta pelos direitos da comunidade internacional LGBT. Depois desse disco Madonna virou mesmo a musa definitiva dos homossexuais pelo mundo.

Musicalmente falando é um disco muito ousado. Madonna deixou aquela sonoridade pop dos anos 80 no passado e abraçou outros estilos como a Dance, o House e até mesmo o Hip-hop, que tanto sucesso faziam nas boates e clubs mundo afora. O disco também foi lançado ao lado de um álbum de fotografias quase pornográficas chamado Sex. Foi o começo de uma nova maneira de colocar dois produtos no mercado, uma verdadeira manobra de marketing de mídia. Tanto o livro como o CD fizeram bastante sucesso comercial, sendo que esse último passou a marca dos seis milhões de cópias vendidas. Madonna havia mudado e o seu público havia recebido muito bem todas essas mudanças. Uma nova artista nasceu com esse álbum.

Madonna - Erotica (1992)
Erotica
Fever
Bye Bye Baby
Deeper and Deeper
Where Life Begins
Bad Girl
Waiting
Thief of Hearts
Words
Rain
Why's It So Hard?
In This Life
Did You Do It?
Secret Garden 

Pablo Aluísio. 

George Michael - Older

George Michael - Older
Depois das inúmeras brigas judiciais com a Sony, George Michael ficou longos anos sem lançar nenhum álbum. Estava farto das gravadoras e tudo mais. Queria se distanciar. Depois de coneguir romper seu contrato com a gravadora japonesa na justiça ele finalmente se viu livre para ir para onde bem entendesse. Acabou aceitando o convite do selo norte-americano Virgin. O que o fez ir para essa nova gravadora foi a possibilidade de ter maior liberdade artística. Ele assim decidiu que iria produzir seu próprio material, sem interferências absurdas como havia acontecido no disco anterior. E embora fosse o produtor principal desse trabalho acabou chamando o produtor Jon Douglas para lhe ajudar nessa nova tarefa. 

Como havia passado por muitas coisas e como se sentia mais velho, o cantor decidiu chamar seu novo disco de "Older". Era também uma referência ao fato de que ele iria deixar aquele pop mais dançante dos anos 80 para trás. Queria abraçar novas sonoridades, novos ritmos. Igualmente abraçou uma linha de trabalho mais adulta, com letras falando de temas mais adequados para a sua idade. O resultado ficou realmente muito bom e recebeu elogios da crítica internacional. Não fez o sucesso de seus discos anteriores que tinham vendido milhões de cópias ao redor do mundo, mas também não foi um fracasso comercial conseguindo atingir a sexta posição da parada Billboard, a mais prestigiada do mundo. 

George Michael - Older (1996)
Jesus to a Child
Fastlove
Older
Spinning the Wheel
It Doesn't Really Matter
The Strangest Thing
To Be Forgiven
Move On
Star People
You Have Been Loved
Free

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você

Título no Brasil: Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você 
Título Original: Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você 
Ano de Lançamento: 2022
País: Brasil, Estados Unidos
Estúdio: Rio Filme
Direção: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay
Roteiro: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay
Elenco: Elis Reina, Tom Jobim, César Camargo Mariano

Sinopse:
Documentário sobre a gravação de um dos álbuns mais importantes da história da Música Popular Brasileira (MPB), quando a cantora Elis Regina se uniu ao maestro e compositor Tom Jobim para a gravação desse disco que se tornaria um dos mais célebres e elogiados da nossa música.  

Comentários:
Esse documentário é muito bom. Resgataram algumas imagens raras da gravação desse disco que foi realizada nos Estados Unidos. São imagens, em sua maioria, filmadas por Super-8, que muitos pensavam estar perdidas para sempre. Só que as acharam e isso se tornou a base desse resgate histórico musical. Um dos fatos mais curiosos desse filme é que ele mostra que no começo Elis Regina queria apenas gravar algumas poucas músicas com Tom Jobim para aquele que seria seu novo disco. Ele faria apenas uma participação especial. Só que Tom era um tipo de profissional perfeccionista, que queria o controle de tudo, então não demorou muito para ele assumir todo o controle do novo disco. Quem acabou virando a participação especial foi a Elis! Enfim, entre problemas ocorridos na gravação, por causa desse estilo controlador do Tom, até algumas dificuldades adicionais por causa da personalidade da Elis, o que resultou de tudo isso foi sem dúvida um disco simplesmente magistral da MPB. E esse filme é sem dúvida o definitivo sobre toda essa história. 

Pablo Aluísio.

Roberto Carlos - Roberto Carlos (1974)

Esse era o único disco de Roberto Carlos que havia em minha casa paterna, o que não deixa de ser curioso pois sempre gostamos muito de música. Assim o Rei deveria ter tido mais representatividade em nossa discoteca familiar. Só que não aconteceu. De qualquer forma os discos do Roberto Carlos sempre tinham uma ou duas faixas que faziam sucesso absurdo nas rádios e todos acabavam conhecendo seu repertório, não havia para onde fugir, era um cantor presente na vida de todos os brasileiros, quer você gostasse dele ou não! O Roberto Carlos era realmente um cantor de música popular, que atingia em cheio o povão brasileiro. 

E nesse álbum em particular a faixa "O Portão" se tornou extremamente popular. É uma daquelas músicas do Roberto que nunca saíram da programação das rádios, até os dias de hoje. Duvida? Ligue em alguma estação AM que garanto que mais cedo ou mais tarde ela vai tocar, seja qual for o dia da semana. Infelizmente, o Roberto Carlos ou a gravador CBS, não dava nome aos seus LPs. Assim a única foram de identificar todos eles era pelo ano de lançamento. De qualquer maneira deixo a dica desse álbum do cantor. Muito bom, bonito e repleto de músicas românticas. 

Roberto Carlos - Roberto Carlos (1974)
Despedida
Quero Ver Você De Perto
O Portão
Ternura Antiga
Você
É Preciso Saber Viver
Eu Quero Apenas
Jogo De Damas
Resumo
Deusa Da Minha Rua
A Estação
Eu Me Recordo (Yo Te Recuerdo)

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Jornada para o Inferno

Título no Brasil: Jornada para o Inferno
Título Original: Butcher's Crossing
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Saban Films
Direção: Gabe Polsky
Roteiro: Gabe Polsky
Elenco: Nicolas Cage, Fred Hechinger, Jeremy Bobb

Sinopse: 
No século XIX um jovem decide abandonar a prestigiada universidade de Harvard. Ele vai parar no oeste selvagem e se alia a um veterano caçador de peles de búfalo. O plano seria subir a montanha para ir numa região isolada, onde um grande rebanho de búfalos está pronto para ser caçado. Uma verdadeira fortuna em peles. 

Comentários:
Mais uma boa notícia para quem gosta do trabalho do ator Nicolas Cage. Aqui está mais um bom filme da recente safra de bons filmes desse ator que sempre foi muito querido no Brasil. E quando elogio esse filme não estou fazendo favor a ninguém. O filme é realmente bom! Um western com aquele estilo dos velhos faroestes. Há todo um público que adora esse tipo de filme nos dias atuais, então o filme é mais do que bem-vindo. Cage, perfeito em sua caracterização, interpreta esse caçador de peles de búfalo. Careca, com barba cheia e uma mente obcecada pela fortuna, ele leva esse pequeno grupo de homens para regiões inóspitas. E essa caçada não será menos do que trágica. Por fim, para coroar um filme tão bom e interessante, o espectador é informado que as filmagens ocorreram em uma reserva nativa no coração dos Estados Unidos, onde vive um dos últimos rebanhos selvagens de búfalos da América. Nos tempos do velho oeste existiam milhões de cabeças desse animal, mas a caça foi tão intensa que hoje em dia existem alguns poucos milhares da espécie. Assim, com teor de conscientização ecológica, o filme desce as cortinas com a mensagem certa. Enfim, está mais do que recomendado para os cinéfilos. 

Pablo Aluísio.

A Praia

Título no Brasil: A Praia
Título Original: The Beach
Ano de Lançamento: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge, Alex Garland
Elenco: Leonardo DiCaprio, Tilda Swinton, Daniel York

Sinopse:
Um jovem norte-americano, em férias pela Ásia, ouve falar de uma praia maravilhosa, realmente paradisíaca, ainda inexplorada por turistas. Instigado pela lenda ele decide fazer uma viagem até lá e realmente a encontra. Um lugar muito bonito, mas também perigoso, que colocará sua vida em risco. 

Comentários:
Ainda colhendo os frutos do grande sucesso de Titanic, que havia se tornado o filme de maior bilheteria da história, o ator Leonardo DiCaprio poderia escolher qualquer filme, qualquer super produção de Hollywood naquela época. Só que para surpresa de todo mundo ele acabou optando por esse filme menor, sem grande expressividade. Não foi uma boa escolha. O filme realmente apresentava muitos problemas de roteiro e foi arrasado pela crítica em seu lançamento. Havia mesmo uma enorme pressão sobre o Leo e ao que tudo indica ele preferiu mesmo apostar em algo mais modesto. O filme até que não é tão ruim como os críticos falaram, mas temos que reconhecer que de fato é bem esquecível e nada marcante. Tem uma história simples, que até se torna interessante em alguns momentos, mas no geral realmente se torna algo decepcionante para um ator que vinha de um sucesso tão grandioso como Titanic. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Conquista Sangrenta

Título no Brasil: Conquista Sangrenta 
Título Original: Flesh+Blood
Ano de Lançamento: 1985
País: Holanda
Estúdio: Riverside Films
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Paul Verhoeven
Elenco: Rutger Hauer, Jennifer Jason Leigh, Tom Burlinson, Jack Thompson, Susan Tyrrell, Fernando Hilbeck

Sinopse:
Um grupo de mercenários ajuda um velho nobre militar a conquistar uma cidade. E não demora muito para que todos eles sejam traídos. Expulsos da localidade, eles ganham o campo, atuando como bandidos e ladrões. Ao encontrar uma velha estátua de um santo se sentem abençoados e começam a espalhar terror por onde passam, até que decidem invadir um bonito castelo que não está tão bem seguro como seus moradores pensam. 

Comentários:
Quando esse filme foi lançado houve quem dissesse que era o filma mais sujo, violento e cruel sobre a Idade Média já produzido. Eu não chegaria a tanto, mas tampouco nego que todas essas características estejam mesmo em cada cena. De certo modo temos aqui um roteiro sensacionalista que apela em diversos momentos. Por exemplo, não era necessária incluir uma cena de estupro coletivo com uma ainda bem jovem Jennifer Jason Leigh. Aquilo me soou bem gratuito. Outros aspectos aconteceram mesmo na era medieval, como a jogada por cima das muralhas de corpos infectados pela Peste Negra. E justamente por causa desses momentos tão sórdidos acredito que Hollywood acabou abrindo as portas para o diretor Paul Verhoeven. Ele de fato iria viver um momento de ascensão em sua carreira nos anos que viriam. De uma maneira ou outra, não podemos negar que, apesar de seus óbvios excessos, esse ainda é um bom filme. Até porque a Idade Média passou longe de ser aquele momento histórico colorido que alguns filmes do passado mostraram. Estava mais para a crueldade desse roteiro mesmo. 

Pablo Aluísio.

Conan, o Bárbaro

Título no Brasil: Conan, o Bárbaro
Título Original: Conan the Barbarian
Ano de Lançamento: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company
Direção: John Milius
Roteiro: John Milius
Elenco: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Max von Sydow

Sinopse:
Quando criança, Conan (Arnold Schwarzenegger) viu seus pais serem mortos por uma horda de violentos guerreiros. Levado como escravo ele consegue sobreviver e agora, adulto e com enorme força, está pronto para vingar a morte deles e enfrentar um estranho culto que venera justamente o assassino de seus pais no passado. 

Comentários:
Depois de muitos anos revi esse clássico do cinema brucutu dos anos 80. Olha, o filme sobreviveu bem ao tempo. O diretor John Milius tinha fama de doido entre os produtores de Hollywood, mas sabia muito bem o que estava fazendo. Ele fez um filme sem excessos, sem exageros, na medida certa para o personagem dos quadrinhos e da literatura pulp dos anos 30. Sabia que Arnold Schwarzenegger não era um ator, mas uma montanha de músculos, então deu a ele o mínimo de diálogos para falar em cena. E como o austríaco estava no auge de sua forma física na época, ele realmente não precisava atuar em nada, apenas mostrar seu físico de brutamontes. Até os vilões são bacanas. James Earl Jones e Max von Sydow estão no filme para lhe dar prestígio, o que funcionou muito bem. Enfim, é o filme definitivo desse personagem. Nada melhor do que isso foi feito antes ou depois sobre esse bárbaro selvagem. 
 
Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Scaramouche

Título no Brasil: Scaramouche
Título Original: Scaramouche
Ano de Lançamento: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: George Sidney
Roteiro: Ronald Millar, George Froeschel
Elenco: Stewart Granger, Janet Leigh, Mel Ferrer, Eleanor Parker, Henry Wilcoxon, Richard Anderson

Sinopse:
Na véspera da chegada da Revolução Francesa, um nobre de baixa linhagem tenta se vingar da morte de seu irmão, um rapaz na flor da idade que foi morto por um Marquês sórdido. Para conseguir realizar seus planos, ele se camufla como Scaramouche, um personagem mascarado de teatro, um tipo bufão que se torna o disfarce ideal de seus objetivos de vingança e justiça pessoal. 

Comentários:
Filme muito bem produzido! Chegou a me impressionar o capricho nos figurinos, cenários, reconstituição de época, etc. Nesse aspecto o filme realmente impressiona ao espectador mais criterioso. Agora, o Scaramouche nunca chegou a emplacar muito bem no cinema. Ele tinha vários elementos presentes em outro personagem famoso da época, o Zorro. Só que jamais chegou perto do sucesso do justiceiro mascarado. Penso que a próprio figura do Scaramouche atrapalhava nesse aspecto, afinal ele era um bufão de peças teatrais ao estilo Burlesco, naqueles tempos pré-revolucionários. Não tinha nem o visual e nem o espírito certo para atrair um público mais moderno e mais jovem. Ainda assim devemos elogiar as cenas ricamente coreografadas de lutas de espada e o bom desempenho do ator Stewart Granger. Ele era conhecido como o "Grande Caçador Branco" e tinha o mesmo agente do Rock Hudson. Só que não era apenas um galã, como tantos outros. Como esse filme bem prova, era também um bom ator e tinha também talento para o humor, mesmo que refinado. Enfim, é isso. Para quem aprecia filmes antigos de capa e espada, Scaramouche ainda é uma boa pedida. Um dos melhores já feitos em Hollywood na sua era de ouro. 

Pablo Aluísio.