segunda-feira, 1 de julho de 2024

Mares Violentos

Mares Violentos
John Wayne fazia questão de dizer que era um patriota e um conservador. Um americano acima de tudo. Chegava a ficar chato de tanto repetir isso. Por essa razão fiquei um tanto surpreso em ver ele nesse papel. No filme Wayne interpreta um capitão alemão durante a II Guerra Mundial. Isso por si só já fugia completamente do tipo de personagem padrão que era acostumado a interpretar. Mas havia mais. Como capitão desse navio mercante ele teria que levar uma espiã nazista de volta para a Alemanha. O problema é que ele passa a ser perseguido em sua jornada por um obstinado capitão inglês em seu navio de guerra. Antes da guerra eram até amigos próximos, mas com a declaração de guerra entre Inglaterra e Alemanha, a amizade ficava de lado, pois ambos agora eram inimigos. 

O filme é por demais interessante. O capitão interpretado por John Wayne não era um nazista convicto. E penso que isso foi colocado no roteiro como uma imposição do próprio ator. Ao invés disso era um velho lobo do mar que tinha que seguir ordens do III Reich, pois era acima de tudo um patriota alemão. Não aceitar ordens era o mesmo que trair sua pátria, na mentalidade desse velho marinheiro. 

Apesar do enredo parecer explosivo esse não é bem um filme de guerra com batalhas navais, etc. Está mais para um tipo de drama e romance em Alto-Mar. Até porque durante a viagem, o capitão de Wayne acaba se apaixonando pela espiã de Lana Turner, que já estava mais velha, mesmo que ainda mantivesse sua beleza do passado intacta na tela. Assim, entre perseguições navais e amores proibidos, o grandalhão Wayne defendeu seu personagem, um tipo fora do comum, pois apesar de ser alemão, não era um nazista e nem aceitava mentir em prol dos asseclas de Hitler. Um tipo de dilema moral e ético que o filme também traz em seu roteiro, mas sem se aprofundar muito sobre ele ao longo do filme. 

Mares Violentos (The Sea Chase, Estados Unidos, 1955) Direção: John Farrow / Roteiro: James Warner Bellah, John Twist, Andrew Geer / Elenco: John Wayne, Lana Turner, David Farrar / Sinopse: Nesse filme o ator John Wayne interpreta um capitão alemão da marinha, durante a segunda guerra mundial. Ele precisa lidar com um novo amor e o fim de uma velha amizade com um capitão inglês após o estouro do conflito entre seus dois países. 

Pablo Aluísio.


Cinco Covas no Egito

O diretor Billy Wilder construiu um verdadeiro clássico com foco na Segunda Guerra Mundial: "Cinco Covas no Egito" (Five Graves to Cairo - 1943). O longa, com uma bela fotografia em preto e branco do mestre John Seitz, discorre sobre a história do cabo inglês John Bramble que logo depois de ser derrotado na Batalha de Tobruk para as forças alemães de Rommel, foge pelo deserto utilizando um tanque de guerra. Extremamente fragilizado e moribundo, Bramble consegue milagrosamente chegar à Argélia e ser acolhido num pequeno hotel localizado no vilarejo de Sidi Halfaya pelo proprietário Farid e a bela camareira, Mouche, uma francesa nascida em Marselha. As coisas começam a complicar para Bramble quando Rommel - depois de arrasar Tobruk - se volta para a conquista do Cairo e de Alexandria. Mas antes dos ataques, a "raposa do deserto", decide descansar justamente no hotel onde está Bramble.

Com a chegada da comitiva alemã, o Cabo inglês, encurralado e correndo sério risco de vida, assume a identidade de Paul Davos, um dublê de informante nazista e garçom que havia trabalhado neste mesmo hotel antes de ser morto pelos ingleses no dia anterior.Bramble agora, corre contra a tempo, não só para eliminar Rommel e fugir dali, como também descobrir o quanto antes o significado da senha alemã: "Cinco Covas no Egito". Um filme excelente, com um grande elenco, um roteito maravilhoso e um show à parte do ator austríaco, Erich von Strohein no papel de Rommel.

Cinco Covas no Egito (Five Graves to Cairo, EUA, 1943) Direção: Billy Wilder / Roteiro: Charles Brackett, Billy Wilder / Elenco: Franchot Tone, Anne Baxter, Akim Tamiroff, Erich von Stroheim / Sinopse: "Cinco Covas no Egito" mostra a história do cabo inglês John Bramble (Franchot Tone) que logo depois de se ver derrotado juntamente com as tropas inglêsas na Batalha de Tobruk, na Líbia (norte da África) para as forças alemães de Rommel (Erich von Stroheim), foge pelo deserto utilizando um tanque de guerra.

Telmo Vilela Jr.

sábado, 29 de junho de 2024

Mestres do Ar

Mestres do Ar
Terminei de assistir a série "Mestres do Ar". Em termos gerais a história dessa série acompanha um esquadrão da força aérea dos Estados Unidos que participou dos ataques contra as cidades da Alemanha durante a II Guerra Mundial. Uma esquadrilha de bombardeiros B17 faz as honras da série, tudo baseado em fatos reais. Inclusive os personagens foram baseados em pilotos que realmente lutaram naquela guerra. O enredo não foca em apenas um personagem, mas tem um protagonista central interpretado pelo ator Austin Butler, que interpretou Elvis Presley em recente cinebiografia de sucesso do cantor. Ele está muito bem no papel, mas seu personagem é dado como morto lá pelo meio da série, o que me deixou um tanto surpreso. Felizmente é apenas uma eventualidade. Não vou aqui contar as surpresas da série, mas fique atento que tem mais história envolvendo ele lá pra frente. 

Por falar nisso, tenho que dizer uma verdade por aqui. Embora seja uma série extremamente bem produzida, assinada por ninguém menos do que Steven Spielberg e Tom Hanks, o fato é que há sim uma certa irregularidade entre seus episódios. Alguns são excelentes, outros meramente medianos e alguns realmente deixam muito a desejar. A maior decepção veio no episódio do Dia D que pensei que seria grandioso. Nada disso. A invasão da Normandia, tão importante na história real, é meio que citada de lado, meio por acaso. Achei um grande absurdo. Parece que Spielberg fez isso de propósito por causa do filme "O Resgate do Soldado Ryan", como se não quisesse mais voltar para aquelas cenas, naquelas praias violentas da Normandia. Tudo bem, é uma forma de pensar, mas o gosto de decepção ficou no ar. 

De qualquer forma não se engane. "Mestres do Ar" é certamente uma das melhores coisas para se assistir no momento na rede de streaming, principalmente para quem aprecia filmes antigos, clássicos de guerra, um tipo de filme que andava mesmo fora de moda. Seu jeitão vintage aliás é seu grande mérito. Uma série nova, mas com aquele espírito antigo, daqueles que lutaram aquela que me parece ter sido a última guerra justa lutada em nossa história. Não deixe de conferir. 

Mestres do Ar (Masters of the Air, Estados Unidos, 2024) Direção: Cary Joji Fukunaga, Anna Boden, Ryan Fleck / Roteiro: Donald L. Miller, Morwenna Banks / Elenco: Austin Butler, Callum Turner, Anthony Boyle / Sinopse: A série traz a reconstituição histórica da luta pelo espaço aérea durante a Segunda Guerra Mundial. Um grupo de pilotos dos Estados Unidos, com base na Inglaterra, parte para perigosas missões pelos céus da Alemanha Nazista. O objetivo era destruir as cidades e a infraestrutura do assim chamado III Reich alemão. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 28 de junho de 2024

007 - Cassino Royale

Título no Brasil: 007 - Cassino Royale
Título Original: Casino Royale
Ano de Lançamento: 2006
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: MGM
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Neal Purvis, Robert Wade
Elenco: Daniel Craig, Mads Mikkelsen, Eva Green, Judi Dench, Jeffrey Wright, Giancarlo Giannini

Sinopse:
James Bond (Craig) se torna agente do serviço secreto inglês. E recebe permissão para matar ao receber o código de espionagem 007. Sua primeira missão passa a ser investigar e espionar um milionário, um banqueiro muito rico que tem envolvimento com financiamento de grupos internacionais de terrorismo. Ele então vai até o Cassino Royale onde deve começar a juntar as peças desse quebra-cabeças do crime organizado. 

Comentários:
É o primeiro em várias aspectos. Foi o primeiro livro escrito por Ian Fleming. E também foi o primeiro filme estrelado pelo novo ator que iria interpretar James Bond, o novato Daniel Craig. Esse filme entretanto não foi o primeiro a adaptar o livro original. Essa história já tinha sido levada ao cinema, mas de maneira completamente errada, no estilo comédia, com David Niven. Aquele filme nem é considerado parte da franquia oficial. Então a MGM comprou os direitos do primeiro livro para finalmente fazer essa nova produção. Ficou muito bom, extremamente bem produzido, só que eu devo dizer uma verdade pessoal, minha opinião sobre o novo ator. Eu nunca consegui gostar de Daniel Craig como Bond, em filme nenhum. Acho ele sem carisma e charme para o personagem. Na maioria das vezes age apenas como um personagem genérico de ação e Bond nunca foi apenas isso. Assim, apesar de ter assistido a essa estreia do Craig no cinema, eu realmente não apreciei. Elogio o filme por sua produção, direção e competência técnica, mas não pela escolha do ator que sempre achei muito equivocada. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um

Esse filme teve uma produção muito conturbada e um lançamento ainda mais problemático. Tom Cruise, o verdadeiro dono dessa franquia, brigou com o estúdio Paramount durante as filmagens e a coisa toda ficou ainda mais tensa quando o filme chegou nos cinemas e faturou nas bilheterias a metade do que era esperado. Ao custo de quase 300 milhões de dólares, a Paramount estava esperando uma bilheteria de 1 bilhão. Faturou pouco mais de 500 milhões. Acusações voaram para todos os lados, brigas de bastidores se tornaram generalizadas e durante um tempo correu-se o risco até mesmo de se cancelar a produção da parte 2 do filme. Aliás essa coisa de se dividir um enredo em dois filmes sempre me pareceu muito equivocado mesmo. Não se pode prever bilheteria, ainda mais nos dias de hoje onde filmes lançados nos cinemas podem fracassar sem cerimônia. Basta lembrar do que aconteceu com "Furiosa" da franquia Mad Max. O mais sensato é produzir apenas um filme com começo, meio e fim e torcer para que dê certo. 

Deixando tudo isso de lado, afinal o espectador não está nem aí para esse tipo de coisa, querendo mais é se divertir, devo dizer que esse novo filme da franquia Missão Impossível é bem melhor do que o último que achei genérico demais. Não que esse não seja também, mas pelo menos escreveram uma trama um pouquinho mais bem elaborada, aproveitando o assunto da moda que é a Inteligência Artificial. Eu só não concordo que o personagem de Cruise e sua equipe iriam sobreviver a um inimigo como esse. São espiões e agentes que vivem usando da tecnologia mais avançada. Quando a IA dominasse esse campo, não sobraria mais nada para eles, seriam aniquilados, caso estivéssemos vendo uma história baseada no mundo real. Como esse filme é pura ficção temos que aceitar que eles teriam alguma chance. Tudo bem, coisas de cinema, segue o jogo. 

No quadro geral, olhando o todo, esse novo filme segue basicamente a fórmula dos sete filmes anteriores. Trocando em miúdos, é um filme de ação com longas cenas de... ação, claro! Algumas vezes funciona, são muito bem elaboradas, outras vezes se tornam algo entediante. Aliás esse é um paradoxo e tanto, como podem cenas de ação e velocidade se tornarem assim tão entediantes? Acredito que esse tipo de clichê é tão utilizado que o espectador mais veterano de cinema acaba bocejando mesmo. Enfim, no saldo final, entre mortos e feridos, ainda qualifico como um bom filme. Só não espere por nada espetacular ou original. No próximo talvez melhore um pouco mais, afinal essa parte 2 provavelmente será o último filme da franquia, porque a Paramount não quer mais apostar em Missão Impossível. 

Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte Um (Mission: Impossible - Dead Reckoning Part One, Estados Unidos, 2024) Direção: Christopher McQuarrie / Roteiro: Bruce Geller, Christopher McQuarrie, Erik Jendresen / Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Esai Morales / Sinopse: Após o ataque a um submarino nuclear russo em missão secreta, o agente Ethan Hunt (Cruise) descobre que vai enfrentar um novo inimigo que sequer é um ser humano. Trata-se de um programa de inteligência artificial de última geração. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Dickensian

Série que foi exibida no canal BBC. Como o próprio título deixa claro, se trata de mais uma adaptação da obra do escritor Charles Dickens. Como se sabe esse autor se notabilizou não apenas por sua imensa popularidade, como também pela forma como escrevia, mostrando ao lado de uma escrita fina e elegante, o aspecto mais sórdido da sociedade inglesa de seu tempo, com ênfase para os excluídos, os pobres e os miseráveis. Também mostrou a miséria da alma humana em personagens como Ebeneezer Scrooge, um mesquinho que só se importava com dinheiro. Aliás como muito bem resumiu um crítico de literatura, Scrooge só teria um valor em sua vida, o valor do capital, nada mais. Nessa série duas coisas chamam a atenção. Primeiro a boa produção, com refinada reconstituição de época. Segundo, a curta duração de cada episódio (menos de 30 minutos), o que me deixou surpreso já que esse formato seria mais adequado para séries de comédia, ao estilo sitcom.

Como se trata de uma série dramática seria mais interessante ter a duração padrão para esse tipo de programa (40 a 45 minutos). Enfim, embora curta, a qualidade não foi prejudicada. No enredo somos apresentados aos personagens. Scrooge é o primeiro a chamar a atenção. Ele é um velho miserável que não está disposto a abrir concessões. Em plena noite de natal segue firme e forte para cobrar a dívida de um comerciante prestes a ver sua ruína comercial. Na outra linha narrativa vemos dois herdeiros recebendo a parte que lhes cabe da herança de um rico industrial do ramo de bebidas. O rapaz é praticamente deserdado, ficando com apenas dez por cento dos bens. Já sua irmã leva o grande quinhão. Isso obviamente acaba criando uma rivalidade que logo se mostrará perigoso para ela. Por fim uma jovem fica inesperadamente curada na noite de natal. Teria sido um milagre? Enfim, se você aprecia a literaruta de Dickens, não deixe de conhecer essa série britânica de muito bom gosto. 

Dickensian (Inglaterra, 2015) Direção: Harry Bradbeer, entre outros / Roteiro: Tony Jordan, baseado na obra imortal de Charles Dickens / Elenco: Joseph Quinn, Tuppence Middleton, Peter Firth / Sinopse: Série exibida no canal BBC, consistindo em adaptações de famosos personagens da obra do conhecido escritor inglês. São 20 episódios explorando esse rico universo cultural, contando com diversos diretores que se revezam nos episódios da série.

Pablo Aluísio.

Madonna: Rebel Heart Tour

Título no Brasil: Madonna: Rebel Heart Tour
Título Original: Madonna: Rebel Heart Tour
Ano de Lançamento: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Boy Toy Films
Direção: Nathan Rissman, Danny Tull
Roteiro: Madonna
Elenco: Madonna, Jessica Chastain, Kupono Aweau

Sinopse:
Documentário musical que registra os shows da cantora Madonna ao redor do mundo, passando por países como Estados Unidos, Inglaterra, França e México. Um retrato no palco da artista conhecida como a Rainha do Pop.

Comentários:
Com a recente vinda de Madonna ao Rio de Janeiro, naquele grande show realizado nas areias de Copacabana, o interesse na artista reacendeu. E os canais de streaming correram para colocar outros especiais dela na programação. Esse filme que foi lançado em DVD nos Estados Unidos e Europa foi exibido recentemente no canal Bis. Traz os melhores momentos da Madonna na turnê Rebel Heart Tour. Como sempre não se trata apenas de um show de uma popstar. O formato está mais para os grandes musicais da Broadway. A Madonna nunca deixou esse lado de bailarina dela. Afinal era o seu plano original de carreira. Então prepare-se para ver muita dança em coreografias bem elaboradas. Gostei de tudo e pude perceber que ela usou nessa turnê um figurino mais bem trabalhado do que nesse último show no Rio. Inclusive e aqui vai uma opinião bem pessoal, achei ela bem bonita nessas apresentações. Acertaram na maquiagem e demais acessórios. E também estava em plena forma, dançando e se divertindo como nunca. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 25 de junho de 2024

Blueback: Uma Amizade Profunda

Título no Brasil: Blueback: Uma Amizade Profunda 
Título Original: Blueback
Ano de Lançamento: 2022
País: Austrália
Estúdio: Arenamedia
Direção: Robert Connolly
Roteiro: Robert Connolly, Tim Winton
Elenco: Mia Wasikowska, Ariel Donoghue, Elizabeth Alexander

Sinopse:
Abby (Mia Wasikowska) foi criada mergulhando na bela costa da Austrália. Sua mãe, uma ecologista militante, acaba desenvolvendo demência na velhice. Com isso Abby retorna para a mesma região, agora já adulta, para ajudar sua mãe e também tentar impedir que a fauna marinha local seja devastada por interesses da indústria pesqueira local. 

Comentários:
Ao longo da minha vida eu já assisti todo tipo de filme sobre pets. Aliás filmes sobre a amizade entre cães e homens formam um filão especialmente produtivo no cinema. Só que um filme sobre a amizade entre uma garota e um peixe, eu nunca tinha visto antes! Nunca havia assistido nada parecido. Até porque peixes são animais que não demonstram qualquer tipo de laço emocional com os seres humanos. E a despeito de tudo isso, esse roteiro funciona. O drama em torno do relacionamento, nem sempre pacífico, entra mãe e filha é o que move de verdade o interesse nessa narrativa. E some-se a isso as belas cenas aquáticas, de mergulho, entre os belos corais australianos. É o que eu gosto de classificar como um filme agradável, bonito de se assistir. Não apenas pela beleza natural onde ele foi filmado, na costa australiana, mas também pela boa história que conta, em duas linhas narrativas paralelas, uma no passado e outra no presente. E a atriz Mia Wasikowska justifica qualquer filme. Além de ser uma bela mulher, é uma atriz muito talentosa. 

Pablo Aluísio.

Na Corda Bamba

Título no Brasil: Na Corda Bamba
Título Original: Sling Blade
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Billy Bob Thornton
Roteiro: Billy Bob Thornton
Elenco: Billy Bob Thornton, Robert Duvall, John Ritter

Sinopse:
Karl Childers (Billy Bob Thornton), um homem com transtornos mentais, cometeu um crime terrível em seu passado. Ele matou sua mãe e sua irmã mais jovem. Depois de muitos anos preso, após cumprir sua pena, ganha a liberdade. E volta para a mesma cidade onde morou, passando a ser hostilizado pelos moradores, tentando recomeçar a vida de alguma maneira. 

Comentários:
Esse filme foi muito elogiado. Inclusive acabou vencendo o Oscar de melhor roteiro adaptado para Billy Bob Thornton, que também ganhou uma indicação na categoria de melhor ator. O filme é todo dele (escreveu o roteiro, dirigiu o filme e atuou como protagonista). É uma daquelas produções que debatem sobre a ressocialização de condenados a justiça por crimes hediondos. Teriam eles alguma possibilidade de recomeçar suas vidas, tentando se ajustar à sociedade? A mensagem do filme prega que sim. Só que nem sempre esse tipo de coisa depende apenas do condenado. Há outros fatores em risco. E nessa boa história ele tenta mesmo recomeçar, faz até amizade com um garoto da região, mas claro que isso também deixa apavorados os moradores, afinal ele poderia cometer outro crime. Enfim, um bom filme que levanta questões importantes. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de junho de 2024

O Emissário de MacKintosh

Título no Brasil: O Emissário de MacKintosh
Título Original: The MacKintosh Man
Ano de Lançamento: 1973
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Huston
Roteiro: Walter Hill, Desmond Bagley
Elenco: Paul Newman, Dominique Sanda, James Mason, 
Peter Vaughan, Harry Andrews

Sinopse:
Nesse filme o ator Paul Newman interpreta um ladrão de joias. Sua especialidade são os diamantes. E ele usa o serviço postal da Inglaterra como palco de seus crimes. Tudo corre bem até ser preso pela Scotland Yard. Julgado e condenado, é enviado para uma prisão de segurança máxima. Só que na realidade ele não é apenas um simples criminoso. 

Comentários:
Esse filme me fez pensar em como seria interessante ver Paul Newman no papel de James Bond. Isso porque na terça parte final do filme descobrimos que seu personagem não era apenas um ladrão comum, mas sim um agente secreto. Pois é, o espectador é enganado em boa parte do filme, pensando que ele seria apenas um larápio sofisticado de pedras preciosas. O curioso é que o filme funciona muito bem exatamente nesses momentos em que pensamos estar assistindo a um filme de roubo e depois a um filme de prisão. Depois, em uma reviravolta e tanto, somos jogados em um filme ao melhor estilo Bond. Eu gostei do filme de uma maneira em geral, mas penso que o final já não funcionou muito bem. E tudo fica ainda pior na última cena do filme quando o personagem de Paul Newman toma uma decisão inusitada. OK, entendi as intenções do roteiro. E basicamente isso existe mesmo no livro original, não haveria como mudar, entretanto é um daqueles desfechos que não me agradou muito. O filme é muito bem realizado, ótimo produção, diria até elegante, mas tem essa derrapada final. De qualquer maneira sai com a certeza de que Paul Newman teria sido um ótimo James Bond. Pena que isso jamais aconteceu. 

Pablo Aluísio.