terça-feira, 22 de agosto de 2023

Cavaleiros de Aço

Título no Brasil: Cavaleiros de Aço
Título Original: Knightriders
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: United Film Distribution Company
Direção: George A. Romero
Roteiro: George A. Romero
Elenco: Ed Harris, Gary Lahti, Tom Savini, Christine Forrest, Patricia Tallman, John Amplas

Sinopse:
O filme mostra a vida na estrada de um grupo de artistas, atores e atletas que trabalham em um espetáculo circense que mistura as lendas do Rei Arthur com motos possantes e corridas de alta velocidade. Ao chegarem em uma pequena cidade onde vão se apresentar logo entram em choque com o xerife local. 

Comentários:
Só posso dizer uma coisa: que filme legal! Nos anos 70 um show de motos estrelado pelo motociclista e maluco de plantão Evel Knievel se tornou bem popular nos Estados Unidos. E esse foi o pontapé inicial desse roteiro muito fora dos padrões escrito pelo "Rei dos Zumbis" George Romero. Só que aqui ele deixou o terror podreira de lado para um tipo de filme que seria mais comercial nos cinemas. O elenco tinha de tudo, desde o talentoso Ed Harris (ainda tinha cabelo na época!) a coelhinhas de Playboy tentando ganhar um lugar ao sol em Hollywood! Deu certo, o filme é bem divertido mesmo. Além disso procura desenvolver os personagens que no fundo sao pessoas meio perdidas em busca de um propósito na vida. Enquanto nao encontram, elas sobem em suas motos para uma série de loucuras pelas estradas dos Estados Unidos. E todo mundo vestido de cavaleiro medieval! Quer coisa mais legal que isso?

Pablo Aluísio.

O Abismo Negro

Título no Brasil: O Abismo Negro
Título Original: The Black Hole
Ano de Lançamento: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Productions
Direção: Gary Nelson
Roteiro: Jeb Rosebrook
Elenco: Maximilian Schell, Anthony Perkins, Ernest Borgnine, Roddy McDowall, Robert Forster

Sinopse:
Uma nave exploratória da Terra, a USS Palomino, descobre um buraco negro com uma nave perdida, a USS Cygnus, fora de seu horizonte de eventos. Então, uma equipe de astronautas é enviada para investigar o que estaria acontecendo.

Comentários:
Um filme infanto juvenil produzido pela Disney para a garotada dos anos 70. Nada muito especial. O roteiro bebe diretamente das antigas produções de ficção científica dos anos 50. Só que, claro, tudo atualizado para não ficar muito datado para a geração da discoteca. Tem uma direção de arte bonita que me fez lembrar, inclusive dessas antigas produções de matinê. Só que na tentativa de ser nostálgico, o filme acaba ficando meio repetitivo. O roteiro, assim se mostra extremamente fraco e sem direção. Ainda assim, é um produto Disney. Como tal, tem o seu nível de qualidade. Hoje em dia é bem complicado de achar. Virou um item raro. Peça de colecionador. Foi lançado no Brasil em VHS, na época, durante os anos 80.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Marlon Brando - Hollywood Boulevard - Parte 31

Crônicas de Marlon Brando - Parte 31
Em 1972 Brando desistiu de Hollywood. Ele havia acabado de ser consagrado com o Oscar por "O Poderoso Chefão", mas estava farto da capital do cinema. Então decidiu fazer algo que poucos esperavam. Pegou um avião e foi para a Europa. Queria fazer um filme europeu, dirigido pelo cineasta Bernardo Bertolucci. O que atraiu o ator foi a proposta de como esse filme seria realizado. O roteiro seria mínimo, no máximo uma situação básica envolvendo o encontro de um homem e uma mulher em Paris. Eles não sabiam nada um do outro e tinham um relacionamento ora doentio, ora explosivo, com muita vibração de natureza sexual. 

Naquela altura Brando dizia que não tinha mais paciência em decorar textos e falas. Ele queria apenas atuar improvisando, tirando os diálogos de sua mente. O que surgisse em sua mente, ele falaria em cena e isso era tudo. Brando sequer pensava no que iria dizer, apenas iria falar de forma completamente livre o que pensava. Era uma proposta muito ousada e fora dos padrões. Em Hollywood, com tanto profissionalismo, isso jamais seria aceito. 

Pela primeira vez depois de tantos anos de carreira, Brando iria ter a liberdade que tanto procurava. Nem precisa dizer que Brando adorou a experiência. Essa atuação livre, dizia ele, seria o futuro do cinema. Claro que ele estava errado sobre isso, mas na época tudo soava muito empolgante. Bernardo Bertolucci apenas dava uma direção básica, informando a Brando o que seu personagem estava fazendo naquela cena. Depois desse tipo de instrução simples, Brando tinha carta branca para fazer o que quisesse, inclusive coisas perturbadoras. 

Ele havia sido colocado para trabalhar com uma jovem atriz chamada Maria Schneider. "Eu quero trabalhar com uma amadora, sem experiência nenhuma no cinema" - havia dito ao diretor. E assim foi feito. Até hoje as pessoas lembram desse filme "O Último Tango em Paris" por causa da tão falada cena da manteiga, mas isso é uma lenda apenas. Dizia-se que Brando havia mesmo feito sexo selvagem com Maria, só que na realidade tudo foi apenas sexo simulado. Alguns anos depois acusações de abuso sexual foram levantadas contra o ator, mas se estivesse vivo, ele certamente iria rir desse tipo de coisa. Em uma entrevista, ainda nos anos 70, ele explicaria a cena dizendo que jamais havia feito sexo de verdade com Maria Schneider. Rindo, ele deu de ombros, explicando: "Imagine... eu nem sequer tirei minhas calças nessa cena!".

Pablo Aluísio. 

Cicatrizes D'Alma

Cicatrizes D'Alma
O que você faria se a jovem e bela esposa de um grande amigo se apaixonasse por você? Teria um caso com ela, mesmo sabendo que sua esposa, envelhecida e traumatizada por um grave acidente, seria deixada de lado? E o respeito conjugal? Esse filme dos anos 60 investe principalmente nessa questão, nesse dilema ético envolvendo dois casais. Os maridos são amigos de longa data, mas a esposa de um deles quer o outro, quer pular a cerca, afinal como se diz no ditado popular a grama do vizinho é sempre mais verde e mais bonita. E as coisas pioram ainda mais quando os dois potenciais adúlteros partem para uma viagem na romântica e ensolarada Grécia, das muitas ilhas paradisíacas. 

Esse filme foi rodado ainda no começo da carreira da atriz Jane Fonda. Ela era bem jovem e... linda! Curiosamente surpreendeu aos produtores quando apareceu no primeiro dia de filmagem com os cabelos pintados de preto e em corte mais conservador. Logo ela, que tinha cristalizado sua imagem como a loírissma diva espacial Barbarella! Foi uma forma de, ainda bem moça, tentar ser levada mais à sério em sua carreira. O filme, de qualquer forma, não agradou muito a crítica da época. Foi taxado de moralista e até mesmo babaca. Quem diria que Hanói Jane iria se envolver em algo assim logo nos seus primeiros dias de Hollywood...

Cicatrizes D'Alma (In the Cool of the Day, Estados Unidos, 1963) Direção: Robert Stevens / Roteiro: Meade Roberts, Susan Ertz / Elenco: Peter Finch, Jane Fonda, Angela Lansbury / Sinopse: Homem mais velho, já coroa, se apaixona pela esposa jovem e gata de um de seus melhores amigos, mesmo sendo ele casado há muitos anos com uma mulher com vários problemas emocionais. 

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de agosto de 2023

O Jovem Ditador

Título no Brasil: O Jovem Ditador
Título Original: Il giovane Mussolini
Ano de Lançamento: 1993
País: Itália 
Estúdio: Rai 2
Direção: Gianluigi Calderone
Roteiro: Domenico Rafele
Elenco: Antonio Banderas, Toni Bertorelli, Valentina Lainati, Luca Zingaretti, Anna Geislerová, Susanne Lothar

Sinopse:
Esse filme conta a história da juventude do futuro ditador Benito Mussolini. Inicialmente ele se envolve na luta dos socialistas em seu país natal. Depois de brigar com os principais líderes do movimento comunista italiano, ele então decide fundar sua própria ideologia ao qual denomina de fascismo, pregando discursos de ódio e violência. E os antigos amigos de luta se tornam seus maiores inimigos.  

Comentários:
Esse filme foi lançado em VHS na época no Brasil. Cheguei a locar a fita. Na verdade era uma edição que compilava os episódios da série italiana original, pois foi assim que ela chegou ao público europeu. É um bom produto, valorizado pela boa atuação do ator Antonio Banderas que soube capturar muito bem os anos iniciais desse infame líder político. Talvez sua única falha tenha sido humanizar demais o ditador, uma vez que na verdade histórica ele era um sujeito brutal e violento. Basta lembrar que ele foi um dos mais ferrenhos aliados de Hitler e do nazismo durante a II Guerra Mundial. Era um sujeito sem nenhuma ética ou caráter pessoal. De qualquer maneira fica o aviso histórico. O fascismo está aí, ainda na ordem do dia, ainda seduzindo pessoas com seus discursos de ódio e violência, se alastrando em muitos países, inclusive no Brasil nos dias atuais. Quem não conhece a história fica condenado a repeti-la, com os mesmos erros originais perigosos do passado, 

Pablo Aluísio.

Arquivo 4 - A Colônia

Título no Brasil: Arquivo 4 - A Colônia
Título Original: Colony
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox Television
Direção: Nick Marck
Roteiro: Chris Carter
Elenco: David Duchovny, Gillian Anderson, Peter Donat, 
Brian Thompson, Dana Gladstone, Megan Leitch

Sinopse:
Mulder e Scully decidem investigar quando recebem anonimamente três obituários de jornais de três homens que parecem ser idênticos. Todos trabalhavam em clínicas de aborto e não eram irmãos. E isso seria apenas a ponta do iceberg de um grande mistério.

Comentários:
Fita VHS trazendo mais episódios da série Arquivo X. Na década de 1990, a distribuidora lançou várias dessas coletâneas em nosso mercado de locadoras. A série era exibida na TV Record, mas fazia tanto sucesso que os fãs queriam ter também itens como esse. E realmente a qualidade era acima da média. Como podemos ver nesse episódio duplo, que é considerado até hoje como um dos melhores de toda a série. Faz parte da segunda temporada que, sinceramente falando, foi o auge de Arquivo X. Não tinha o nervosismo da estreia da primeira temporada e nem havia começado a saturar como iria acontecer nas temporadas posteriores. E mesmo hoje, em uma revisão, a série consegue se manter muito bem. Sem dúvida, uma produção de qualidade da TV norte-americana nos anos 90. Não havia nada melhor do que isso sendo exibido na época. Essa é a verdade dos fatos.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de agosto de 2023

Peaky Blinders - Segunda Temporada

Peaky Blinders - Segunda Temporada
Terminei de assistir ontem à segunda temporada da série Peaky Blinders. Temporada curta, com apenas seis episódios. Esse é o caminho que as séries mais bem produzidas andam seguindo nos últimos tempos. No máximo dez episódios. Muito melhor para o espectador. Pois bem, aqui temos uma mudança nos caminhos da gangue Peaky Blinders. O seu líder, Thomas Shelby, agora tem contatos com a coroa inglesa. Certos serviços sujos precisam ser feitos, coisas à margem da lei. Agentes oficiais não poderiam fazer esse tipo de coisa, então nesse campo cinzento entram os Peaky Blinders. Em troca recebem certos favores, principalmente na área comercial envolvendo importação e exportação de produtos. 

E o que acontece no final de Peaky Blinders? O serviço sujo da vez é eliminar um militar envolvido com questões do IRA, o Exército Revolucionário irlandês, bem conhecido no passado por causa de suas táticas terroristas e de violência extrema. E tudo será feito durante uma corrida tradicional de cavalos onde até mesmo o Rei da Inglaterra estará presente. Questão delicada, envolvendo até mesmo pontos de segurança nacional. Enquanto todos apostam e acompanham o Derby, Thomas Shelby tem que matar seu alvo, de forma segura e limpa. 

O destaque em termos de elenco vai para o ator Cillian Murphy que interpreta o personagem Thomas Shelby. Ele poderia ser qualquer jovem inteligente e bem sucedido no mundo dos negócios se não tivesse nascido naquele meio social violento. E seu maior objetivo é sair da sarjeta do submundo do crime para legalizar as atividades ilegais de seu grupo. Algo parecido com o Michael Corleone da saga "O Poderoso Chefão". Penso que seria inclusive um ótimo executivo de uma multinacional, se não estivesse atolado no mundo do crime.  

Outro destaque vem com o ator Sam Neill que interpreta seu rival, o policial, comandante e depois agente de inteligência do governo inglês, o Inspetor Chester Campbell. Um cargo importante que inclusive entra em contato direto com o primeiro-ministro inglês Winston Churchill. Mas não se engane, também é um sujeito que sabe jogar sujo, ignorando a lei completamente quando pensa ser necessário. Já Tom Hardy está bem mal aproveitado. Poderiam abrir maior espaço para ele. Enfim, temos aqui uma das melhores séries para seguir nesse momento, com todas as temporadas disponíveis na Netflix. Não deixe de assistir. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Yellowstone - Terceira Temporada

Yellowstone - Terceira Temporada
Ontem terminei de assistir à terceira temporada da série. Temporada curtinha, com poucos episódios, como tem que ser em minha opinião. Antes de qualquer coisa é importante dizer que a série continua sendo ainda uma das melhores coisas para se assistir na TV. Sobre isso, não tenho nenhuma dúvida. Entretanto há sinais de desgaste. Os roteiros dessa terceira temporada não avançam, se limitando muitas vezes a repetir a mesma história das temporadas anteriores. 

O rancheiro John Dutton interpretado por Kevin Costner, o grande patriarca da família, está sempre às voltas com pessoas que querem tomar suas terras. Nas temporadas anteriores suas terras seriam usadas para um grande complexo turístico. Agora seria a construção de um aeroporto. Mudam as temporadas, mas a série segue na mesma em termos de enredo. Um pouco mais de criatividade e mudanças narrativas cairiam muito bem. 

Os personagens até que foram bem melhor trabalhados nessa temporada. Fruto de uma certa pressão dos demais atores que os interpretam pois não queriam viver sempre à sombra de Kevin Costner. Assim sua filha Beth Dutton está quase se casando com o capataz do rancho e o filho Jamie Dutton descobriu que foi adotado e vai conhecer seu pai verdadeiro. Agora fraco mesmo achei o final, aquele mostrado no último episódio. 

E o que acontece no final de Yellowstone? Se ainda não assistiu não continue lendo o texto. O personagem de Kevin Costner é literalmente fuzilado enquanto ajuda uma mãe e seu filho na estrada, após o pneu de seu carro furar. Ora, qualquer pessoa morreria com aquilo, mas nos últimos segundos os roteiristas puxaram o clichê do celular que o salva do tiro fatal. Isso é o que eu chamo de um "roteirada" na cara de pau! 

Erraram duas vezes. Primeiro em colocar a salvação do John em algo tão batido como isso. Depois em deixar claro que ele teria sobrevivido. Esses roteiristas não sabiam que o suspense é a chave do segredo para segurar o espectador para a próxima temporada? Vai viver ou vai morrer? Era assim que os estúdios seguravam o público nos antigos seriados de matinê nos cinemas. É uma coisa mais do que velha e tradicional. Os roteiristas não conhecem a figura do "gancho". Pois é! De qualquer forma vou ver a quarta temporada. Espero que haja mudanças e a série mude para melhor. 

Pablo Aluísio.

Chicago Fire - Terceira Temporada

Chicago Fire - Terceira Temporada
Existe uma trilogia de séries filmadas em Chicago atualmente. Chicago Fire, Chicago PD e Chicago Med. A primeira sobre bombeitos, a segunda sobre tiras e a terceira sobre médicos. Três tradições da televisão americana. A primeira delas foi Chicago Fire de onde todas as outras surgiram. São boas séries, mas também são bem convencionais, produzidas para serem exibidas na TV aberta nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, se eu não estou enganado, elas são exibidas pelo canal a cabo da Universal. 

Pois bem, cheguei no final dessa terceira temporada de Chicago Fire. É uma temporada muito longa, com 22 episódios, por isso o desgaste no espectador chega, mais cedo ou mais tarde. Muita gente abandona no meio do caminho. Pensando nisso os roteiristas bolaram uma forma de que cada episódio tenha sua autonomia, enquanto segue um tênue fio narrativo que liga todas as histórias de uma temporada. 

Aqui temos além do feijão com arroz dos salvamentos e incêndios, que fazem o dia a dia dos bombeiros, uma pequena história envolvendo mafiosos e um club de strip-tease onde um dos tenentes vai fazer um serviço extra. E há maior desenvolvimento também do personagem Severide, o queridinho das fãs pois o ator Taylor Kinney é considerado gato demais pelo público feminino americano. Ele cai em desgraça a ponto de perder sua patente. E tudo por uma amizade tóxica. Essa amizade do símbolo sexual da série também me deixou muito suspeito de que ele na verdade tenha suas quedas pelo mesmo sexo. Vai saber... Cada um com suas próprias escolhas. 

Mas enfim, gostei dessa temporada. Não sei se vou seguir assistindo, talvez sim, talvez não. A série foi prejudicada pela pandemia e os produtores resolveram parar as filmagens recentemente. Pode ser que seja cancelada. Não tem problema, afinal são 239 episódios divididos em 11 temporadas. Quem gosta da série vai ter material para assistir por muitos anos ainda pela frente... Boa sorte! 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Keith Richards: Under the Influence

Keith Richards: Under the Influence
Esse é uma espécie de documentário musical mostrando um lado do guitarrista dos Rolling Stones que muita gente nem conhece. Em sua curta duração, que se consome basicamente em uma grande entrevista informal, Keith Richards desfila seu amor ao Blues dos Estados Unidos. Também fala dos pioneiros do rock como Elvis Presley e Chuck Berry. Sobre o primeiro, o inglês diz que ele foi o grande influenciador de toda uma geração de jovens ingleses que decidiram se dedicar a ser roqueiros e músicos. Colocando aí nesse baú não apenas os Stones, mas também os Beatles e toda aquela geração de grandes nomes pioneiros do rock inglês. 

Sobre Chuck Berry, bem, o Keith Richards não tem apenas boas lembranças. Ele recorda como foi complicado trabalhar com Berry nos anos 80, em um especial que celebrava justamente a importância e a carreira desse pioneiro do rock. Richards lembra que o músico era nervoso, uma pilha e estava sempre pronto a dizer desaforos contra todos ao seu redor, até contra ele mesmo que estava ali por admiração ao legado de Chuck Berry, mas que no fundo ficou bem decepcionado com seu modo de trabalhar e agir com os colegas de profissão. Berry era vulgar, foi isso o que transpareceu das lembranças de Richards. Então é isso, gostei. Um item bem interessante para quem aprecia e história do rock. Já para quem é fã dos Rolling Stones esse é um filme realmente obrigatório. 

Keith Richards: Under the Influence (Estados Unidos, 2015) Direção: Morgan Neville / Roteiro: Morgan Neville / Elenco: Keith Richards, Anthony DeCurtis, Steve Jordan / Sinopse: Ao longo de uma extensa entrevista o guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards relembra sua jornada ao longo de todos os anos, colocando em relevo os artistas e gêneros musicais que deram origem à sua própria musicalidade. 

Pablo Aluísio.