terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Yellowstone - Terceira Temporada

Yellowstone - Terceira Temporada
Mais uma temporada dessa série de grande sucesso nos Estados Unidos, contando com 10 episódios. Essa temporada foi lançada originalmente entre os meses de junho a dezembro de 2020. É uma produção do canal Paramount+. Começou até mesmo de forma despretensiosa, mas foi alcançando cada vez mais melhores índices de audiência. Atualmente a série é considerada o carro chefe desse canal que traz a marca de um dos grandes estúdios da história de Hollywood. O aspecto a se considerar é que a série tem se firmado cada vez mais, gerando inclusive outras séries derivadas. Abaixo segue meus comentários sobre cada um dos episódios. Serão publicados conforme assistir aos mesmos.

Yellowstone 3.01 - You're the Indian Now
A temporada anterior terminou quando John Dutton (Kevin Costner) e seu grupo de empregados do rancho, conseguiram recuperar e salvar seu neto, que havia sido sequestrado por criminosos. O acerto de contas foi violento e seis pessoas morreram. Agora Dutton precisa lidar com as consequências, inclusive com os efeitos jurídicos dessas mortes. Ele se reúne com a governadora e com o procurador geral do estado para tentar se livrar da prisão. O acordo feito nos bastidores acaba surtindo bons efeitos e ele pode respirar, pelo menos por enquanto. A vida no rancho segue. Um resort para turistas é criado ao lado de sua propriedade, o que faz com que alguns turistas desavisados invadam suas terras. Isso cria um mal-estar entre Dutton e esses proprietários desse novo empreendimento turístico. E para valorizar os bons e velhos tempos de seus antepassados, ele decide seguir o gado, fazendo vigília à noite com sua boiada, levando o neto junto para que ele tome gosto por aquele estilo de vida. Os bons tempos voltaram. Só não se sabe até quando. / Yellowstone - Terceira Temporada (Estados Unidos, 2020) Direção: Stephen Kay / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 3.02 - Freight Trains and Monsters
Os filhos de John Dutton se envolvem com problemas. A filha Beth Dutton descobre que está para ser construído um grande aeroporto na cidade. Mas o que justificaria a construção deste aeroporto? Ao que tudo indica, será construído um grande complexo turístico que não satisfaz em nada os anseios da família Dutton. Já o filho Jamie que assumiu o cargo de comissário ou delegado rural acaba se envolvendo no assassinato culposo de 2 homens que tinham sido pegos roubando cavalos. Ele meio que admitiu que um policial fizesse "o que fosse possível para dar um jeito naqueles sujeitos". Mal sabia ele que os dois iriam ser mortos, o que vai trazer muitos problemas para ele no futuro. E o velho John Dutton, o que anda fazendo? Ele está curtindo a vida no campo, no meio do gado. Mal sabe ele os problemas que vão lhe aparecer pela frente. / Yellowstone 3.02 - Freight Trains and Monsters (Estados Unidos,  2020) Direção: Stephen Kay  / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

Randolph Scott e o Velho Oeste - Parte 9

Quatro anos antes do clássico "E O Vento Levou" chegar nas telas de cinema o ator Randolph Scott estrelou em um filme muito parecido com aquele dirigido por Fleming. Se tratava de "Noivado na Guerra" (So Red the Rose), um romance épico passado durante a guerra civil dos Estados Unidos. Scott era esse homem comum, com planos para se casar, ter filhos e morar em seu rancho, que via todos os seus planos de vida irem para o buraco com a eclosão de um dos conflitos armados mais sanguinários da história daquela nação.

A produção requintada e caprichada chamava bem a atenção. O próprio Randolph Scott dizia a todos que esse era até aquele momento seu filme mais bem realizado. Só que infelizmente com a chegada de "E O Vento Levou" alguns anos depois, ninguém mais iria se lembrar desse primeiro filme. "Quando eu assisti ao filme de Clark Gable me lembrei imediatamente do meu, mas aí já era tarde demais!" - Brincaria o ator durante uma entrevista.

Bem menos pretensioso foi o filme posterior de Scott. Era uma crônica social sobre costumes da época chamado de "Escândalo na Aldeia" (Village Tale). O enredo se passava todo dentro de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, onde praticamente todos os moradores se conheciam. Randolph Scott era o jovem rapaz que começava a virar alvo de fofocas dentro da cidadela. Os boatos diziam que ele estava envolvido com uma mulher mais velha e casada. Imagine então os problemas vindos de uma fofoca maldosa como essa. Foi um bom filme, mas com resultado comercial apenas modesto.

Os fãs do ator queriam ver mesmo eram índios, lutas, tiroteios, duelos e cavalos. Assim Scott voltou ao velho oeste no grande sucesso "O Último dos Moicanos" (The Last of the Mohicans). O filme surpreendeu se tornando uma das maiores bilheterias do ano. Também caiu nas graças da crítica, chegando a ter três indicações ao Oscar, um feito e tanto. A história se passava durante a colonização pioneira dos Estados Unidos. Scott com figurino de Daniel Boone enfrentava os perigos daquelas terras desconhecidas. Uma das maiores ameaças vinha justamente dos nativos conhecidos como moicanos, com seus penteados bem característicos (imitados pelos punks séculos depois) e uma fúria violenta contra o homem branco que vinha para invadir suas terras.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Os Boinas Verdes

Título no Brasil: Os Boinas Verdes
Título Original: The Green Berets
Ano de Lançamento: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Wayne
Roteiro: James Lee Barrett
Elenco: John Wayne, George Takei, David Janssen, Jim Hutton, Patrick Wayne, Irene Tsu

Sinopse:
Mike Kirby (John Wayne), um velho coronel, é enviado para o front na guerra do Vietnã. Sua principal missão é defender um acampamento do exército norte-americano situado no meio de uma floresta tropical. O lugar virou alvo de bombardeios diários do inimigo. O veterano militar também planeja executar uma missão para sequestrar um alto oficial do exército vietcongue.

Comentários:
Esse filme é fruto da visão tacanha e retrógrada do ator John Wayne em relação a guerra do Vietnã. Ele produziu e dirigiu o filme por conta própria e se deu mal. Quando o filme chegou aos cinemas, já era época da flower Power. Então a crítica, como era de se esperar, desceu a lenha no filme como um todo. A bilheteria também não foi boa porque o povo americano estava cansado dessa guerra absurda e sem sentido. Além do viés ideológico equivocado, o filme também falha como produção de guerra. Wayne, que também dirigiu o filme, errou muito ao rodar cenas na noite. As batalhas do meio da escuridão é um verdadeiro desastre cinematográfico. O espectador não consegue ver absolutamente nada, a não ser a luz das explosões. Para piorar o quadro que já era ruim, John Wayne ainda incorporou um personagem na história só para ficar desfilando a sua visão da guerra. É um personagem de um jornalista e John Wayne aproveita esse papel para desfilar sua raiva contra a imprensa americana da época. Um erro muito banal e constrangedor. Afinal de contas, como o tempo provou, os jornalistas estavam com a razão. Os Estados Unidos perderiam a guerra na pior intervenção estrangeira de sua história. E pensar que John Wayne achava heróico mostrar um bando de militares americanos defendendo um buraco lamacento no meio da floresta, como vemos nesse filme. Uma completa falta de visão da realidade que o cercava naquele final dos anos 60.

Pablo Aluísio.

Aventura no Oriente

Título no Brasil: Aventura no Oriente
Título Original: They Met in Bombay
Ano de Lançamento: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Clarence Brown
Roteiro: Edwin Justus Mayer
Elenco: Clark Gable, Rosalind Russell, Peter Lorre, Jessie Ralph, Reginald Owen, Matthew Boulton

Sinopse:
Os planos do ladrão de joias Gerald Meldrick (Gable) e da vigarista Anya Von Duren (Russell) desmoronam quando o ladrão involuntariamente se torna um herói enquanto se faz passar por um oficial britânico.

Comentários:
Depois da grandiosidade de "E o Vento Levou" o que fazer? Esse foi o dilema do ator Clark Gable. A solução foi estrelar filmes menores na MGM, afinal não seria todo dia que um filme como aquele seria produzido. Esses filmes, digamos, pequenos, contavam até com bons roteiros, mas sem grande relevância. Esse aqui aposta na imagem de cinismo que o ator tinha na época, fruto claro também da popularidade de seu personagem no grande épico. Embora o roteiro tenha uma história que se passe no Oriente, em terras exóticas, o estúdio não teve dinheiro para fazer uma filmagem no exterior. Assim, tudo foi filmado nos grandes estúdios da MGM em Hollywood mesmo. Uma questão de custos de produção. Até mesmo a contratação de uma grande estrela de Hollywood foi deixada de lado. A MGM, assim, apostou na prata da casa, a jovem atriz Rosalind Russell, que nunca se tornaria uma grande estrela. Essa produção até que tem muito humor de classe, mas no quadro geral é apenas um filme de rotina na carreira do ator Clark Gable.

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de janeiro de 2023

O Carteiro e o Poeta

Título no Brasil: O Carteiro e o Poeta
Título Original: Il postino
Ano de Lançamento: 1994
País: Itália, França, Bélgica
Estúdio: Cecchi Gori Group Cinematografica
Direção: Michael Radford
Roteiro: Anna Pavignano, Giacomo Scarpelli
Elenco: Massimo Troisi, Philippe Noiret, Maria Grazia Cucinotta, Renato Scarpa, Linda Moretti

Sinopse:
O filme narra a história da improvável amizade entre o poeta Pablo Neruda, conhecido internacionalmente, e um humilde carteiro que lhe entregava a correspondência todos os dias. Quando ele se apaixona, pede ajuda para Neruda nessa conquista amorosa. E o poeta passa a se empenhar ao máximo para que um grande amor surja entre ele e sua amada querida. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor trilha sonora original e melhor filme estrangeiro. Indicado na categoria de Melhor ator (Massimo Troisi).

Comentários:
Fez muito sucesso esse drama lírico sobre a amizade entre um grande poeta e um simples carteiro, numa ilha distante. Tudo baseado em fatos históricos reais. A crítica adorou o resultado e o público também respondeu muito bem. Acabou se tornando um dos filmes mais lucrativos da história do cinema europeu. Custou pouco mais de 3 milhões de dólares e ultrapassou a barreira dos 100 milhões arrecadados nas bilheterias em todo o mundo. Um sucesso espetacular. Sucesso, aliás, muito merecido, porque o filme é realmente muito bonito, bem escrito e muito bem atuado. Eu destaco o trabalho do ator Philippe Noiret, como o famoso poeta. Ele é uma figura amigável, doce e ao mesmo tempo, muito empolgado pela chance de ajudar um pouco o carteiro a conquistar o amor de sua vida. Excelente filme que já nasceu cult. E para quem gosta de poesia, é um item cinematográfico de coleção para se ter e se rever sempre que possível.

Pablo Aluísio.

Emmanuelle

Título no Brasil: Emmanuelle
Título Original: Emmanuelle
Ano de Lançamento: 1974
País: França 
Estúdio: Trinacra Films
Direção: Just Jaeckin
Roteiro: Jean-Louis Richard
Elenco: Sylvia Kristel, Alain Cuny, Marika Green, Daniel Sarky, Jeanne Colletin, Christine Boisson

Sinopse:
A modelo francesa Emmanuelle, esposa de um diplomata francês em Bangcoc, embarca em uma jornada de descoberta sexual. Roteiro baseado no livro de memórias escrito em forma de romance, pela autora Emmanuelle Arsan.

Comentários:
Esse é o primeiro filme, o filme original. Seu sucesso daria origem a dezenas de cópias mal feitas e continuações picaretas. Esqueça praticamente todas elas e procure conhecer esse filme apenas. É uma produção que, de certa forma envelheceu, mas ainda mantém o interesse, principalmente porque na época foi considerada um marco no cinema erótico. O próprio livro que deu origem ao roteiro já era polêmico. E quando essa história foi para o cinema, as coisas ficaram ainda mais quentes. O filme foi proibido no Brasil por anos, pela ditadura militar. Consideravam um filme muito imoral, o que é absurdo, ainda mais se formos analisar sob a perspectiva dos dias atuais. Curiosamente, a atriz e o diretor morreram recentemente. Queiram ou não os moralistas e conservadores de plantão, o fato é que eles garantiram seu lugar na história do cinema mundial com esse filme.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de janeiro de 2023

Spectral

Filme de ação e ficção da Netflix. A premissa se baseia em um mundo pós apocalíptico, destroçado após uma invasão alienígena. As grandes cidades estão praticamente em ruínas. E como se isso não fosse trágico o bastante, ainda há o surgimento de um estranho exército que não parece ser desse mundo. São apenas espectros, como se fossem fantasmas. Só que esses soldados são altamente mortais. Eles não são abatidos por armas comuns e quando tocam soldados humanos, os matam imediatamente. Como se fossem congelados a 0° absoluto em questão de segundos. A morte vem em seguida. Como combater um inimigo desse tipo, dessa natureza? Então, um grupo de elite é enviado. Eles lutam contra essas visões fantasmagóricas, ao mesmo tempo em que começam a desenvolver um novo tipo de armamento. Logo descobre-se que existe uma nova tecnologia que o inimigo alcançou. Superar será o desafio.

Esse filme não tem um grande roteiro, mas se mantém interessante por causa das batalhas entre soldados humanos e essas figuras espectrais. A explicação para o surgimento desses soldados inimigos fantasmagóricos também foi muito bem bolada. Eu gostei dessa solução encontrada pelo roteiro, até porque se fossem meramente fantasmas seria banal demais. Acredito que o filme escapa da banalidade completa por causa justamente dessa saída que os roteiristas implantaram para explicar toda a situação. Enfim, o filme tem boas cenas de ação e o roteiro, mesmo não sendo grande coisa, consegue dar conta do recado.

Spectral (Estados Unidos, 2016) Direção: Nic Mathieu / Roteiro: Nic Mathieu / Elenco: James Badge Dale, Emily Mortimer, Bruce Greenwood / Sinopse: Em um mundo destruído por uma invasão alienígena, grupos de soldados humanos têm que enfrentar um estranho exército de seres que parecem ter vindo diretamente do além. Fantasmas que não pertencem mais a esse mundo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

A Queda

Que filme bom! Eu já havia lido e ouvido várias referências positivas sobre esse filme. Então resolvi conferir para ver se o filme era realmente bom. E foi uma boa surpresa, porque o filme realmente mantém a atenção da primeira até a última cena. Começa com um trio escalando uma grande montanha rochosa. Algo sai errado, e um dos deles cai no abismo. Uma morte horrível! Sua namorada fica completamente traumatizada, entrando em uma fase de grande depressão,  procurando se isolar de tudo, de todos. O pai fica preocupado e a amiga resolve lhe ajudar, fazendo um convite para ela enfrentar todos os seus medos, todos os traumas da morte de seu namorado. A solução que ele encontra para isso é chamar a amiga para escalar uma grande torre de transmissão. Está velha e abandonada no interior desértico dos Estados Unidos. Com 2 mil pés de altura, ela seria a quarta estrutura mais alta da América. Um desafio extremamente interessante para quem gosta de esportes radicais. 

Só que escalar uma estrutura de metal como essa, já velha e enferrujada, com parafusos soltando por todos os lados, não poderia ser considerada uma boa ideia mesmo! E o que seria uma pequena aventura para tirar selfies e gravar vídeos no YouTube, acaba se tornando um drama sem limites. Uma tragédia anunciada. Parte da escada desaba com o peso das garotas e elas ficam presas no alto desta antiga torre. Pior do que isso, seus celulares não conseguem encontrar sinal naquela altura. Não há como pedir socorro! Coragem é tudo o que lhes resta para sair daquela situação, ainda mais quando abutres começam a rondar o alto da torre. Filme muito bom, gostei bastante. Recomendo em especial para quem gosta de esportes radicais e cinema com adrenalina. Escale sem receios.

A Queda (Fall, Estados Unidos, 2022) Direção: Scott Mann / Roteiro: Jonathan Frank, Scott Mann / Elenco: Grace Caroline Currey, Virginia Gardner, Mason Gooding, Jeffrey Dean Morgan / Sinopse: Duas amigas, jovens que tentam superar o trauma da perda de uma pessoa querida, decidem escalar uma velha torre de transmissão, bem no meio de um deserto inóspito. Uma aventura que vai se transformar na maior desafio de suas vidas.

Pablo Aluísio.

Vingança à Sangue Frio

Nesse filme o ator Jean Reno interpreta um assassino profissional. Após mais um "serviço" bem sucedido, ele se isola em uma cabana no alto de uma montanha nevada. Esse, aliás, é um dos segredos de nunca ter sido pego pelos policiais. Depois de mais um crime, é hora de desaparecer por um tempo, sair de circulação. As coisas se complicam quando uma garota sofre um acidente em uma moto de neve perto de onde ele está. Ela bate em uma árvore e sai muito ferida. Mesmo relutante, ele resolve ajudar. Leva a jovem para casa e começa a cultivar uma certa amizade com ela. Só que nunca baixa a guarda, como convém a uma pessoa que faz o que ele faz todos os dias para ganhar a vida. Ele tem razão de se manter sempre com uma certa desconfiança. Afinal, em seu meio tudo pode acontecer.

Temos aqui um bom filme de ação. Eu costumo dizer que o ator Jean Reno é muito subestimado. Ele tentou uma carreira no cinema norte-americano há alguns anos. Conseguiu um certo destaque e até se deu muito bem. Depois retornou para seu país e continuou a fazer bons filmes. Esse aqui é apenas o mais recente de sua longa trajetória e de sua extensa filmografia. O filme fez bastante sucesso nos cinemas europeus. Como grande parte do filme é passado em uma região muito bonita, no alto das montanhas, isso gerou uma bela fotografia para o filme de uma forma em geral. Com personagens bem construídos em uma linha narrativa bem concisa, esse filme é mais uma boa surpresa do cinema europeu. 

Vingança à Sangue Frio (Cold Blood Legacy, França, 2019) Direção: Frédéric Petitjean / Roteiro: Frédéric Petitjean / Elenco: Jean Reno, Sarah Lind, Joe Anderson / Sinopse: Assassino profissional, escondido no alto de uma montanha gelada, ajuda uma jovem que sofre um acidente.  Ele a leva para casa e acaba criando uma certa aproximação com ela, apesar do perigo envolvido nessa situação.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Sorria

Esse filme de terror e suspense se revelou bem melhor do que eu esperava. Sua premissa é por demais interessante. Conta a história de uma psiquiatra que começa a tratar de uma jovem com muitos problemas mentais. Ela tem um comportamento de alguém que está sempre em pânico. Entra numa sala, fica nos cantos com medo de tudo, de todos. Afirma haver uma entidade que troca de rosto, que muda de imagem. E isso a deixa sempre com a sensação de estar sendo perseguida. A psiquiatra começa a tratar a questão como sendo de saúde mental, provavelmente esquizofrenia. Só que após o suicídio da garota, ela vê que há algo além. Ela começa a perceber que existe mesmo um tipo de entidade sobrenatural que, para seu azar, passou para a sua esfera pessoal. É claro que os demais médicos não acreditam em algo assim. Em um pensamento pautado pela ciência, não existe espaço para doenças ditas de origem espiritual. Tudo tem uma explicação no mundo racional. 

Conforme seu comportamento vai se tomando cada vez mais errático, as pessoas ao redor, inclusive sua irmã, começam a pensar que ela está tendo sinais de doença mental. Algo genético em sua família, pois sua própria mãe se matou anos antes. O estigma da doença mental ronda aquela mulher ao mesmo tempo em que ela precisa combater um ser que pode ser tanto imaginário como real em um nível absolutamente patológico. O suspense do filme se mantém bem. Há um capricho no elenco em termos de atuação. E mesmo a tal criatura não quebra o clima do filme, afinal, ela pode ser também puramente mental. É um roteiro que me surpreendeu e talvez explique por que esse filme de terror tenha sido tão relevante. Obteve boas notas da crítica e uma bilheteria muito acima da média de filmes de terror. Deixo certamente meu carimbo de filme recomendado.

Sorria (Smile, Estados Unidos, 2022) Direção: Parker Finn / Roteiro: Parker Finn / Elenco: Sosie Bacon, Jessie T. Usher, Kyle Gallner / Sinopse: Após o suicídio de uma paciente, uma psiquiatra começa a desenvolver o mesmo comportamento estranho e fora do normal. Seria algo de sua mente, uma doença mental ou um evento sobrenatural real?

Pablo Aluísio.