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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

A Queda

Que filme bom! Eu já havia lido e ouvido várias referências positivas sobre esse filme. Então resolvi conferir para ver se o filme era realmente bom. E foi uma boa surpresa, porque o filme realmente mantém a atenção da primeira até a última cena. Começa com um trio escalando uma grande montanha rochosa. Algo sai errado, e um dos deles cai no abismo. Uma morte horrível! Sua namorada fica completamente traumatizada, entrando em uma fase de grande depressão,  procurando se isolar de tudo, de todos. O pai fica preocupado e a amiga resolve lhe ajudar, fazendo um convite para ela enfrentar todos os seus medos, todos os traumas da morte de seu namorado. A solução que ele encontra para isso é chamar a amiga para escalar uma grande torre de transmissão. Está velha e abandonada no interior desértico dos Estados Unidos. Com 2 mil pés de altura, ela seria a quarta estrutura mais alta da América. Um desafio extremamente interessante para quem gosta de esportes radicais. 

Só que escalar uma estrutura de metal como essa, já velha e enferrujada, com parafusos soltando por todos os lados, não poderia ser considerada uma boa ideia mesmo! E o que seria uma pequena aventura para tirar selfies e gravar vídeos no YouTube, acaba se tornando um drama sem limites. Uma tragédia anunciada. Parte da escada desaba com o peso das garotas e elas ficam presas no alto desta antiga torre. Pior do que isso, seus celulares não conseguem encontrar sinal naquela altura. Não há como pedir socorro! Coragem é tudo o que lhes resta para sair daquela situação, ainda mais quando abutres começam a rondar o alto da torre. Filme muito bom, gostei bastante. Recomendo em especial para quem gosta de esportes radicais e cinema com adrenalina. Escale sem receios.

A Queda (Fall, Estados Unidos, 2022) Direção: Scott Mann / Roteiro: Jonathan Frank, Scott Mann / Elenco: Grace Caroline Currey, Virginia Gardner, Mason Gooding, Jeffrey Dean Morgan / Sinopse: Duas amigas, jovens que tentam superar o trauma da perda de uma pessoa querida, decidem escalar uma velha torre de transmissão, bem no meio de um deserto inóspito. Uma aventura que vai se transformar na maior desafio de suas vidas.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de outubro de 2016

O Sequestro do Ônibus 657

Título no Brasil: O Sequestro do Ônibus 657
Título Original: Heist
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Tri Vision Pictures
Direção: Scott Mann
Roteiro: Stephen C. Sepher
Elenco: Jeffrey Dean Morgan, Robert De Niro, Gina Carano, Dave Bautista, Kate Bosworth, Mark-Paul Gosselaar
  
Sinopse:
Desesperado por não ter como pagar o tratamento de sua filha que está com câncer, o empregado de cassinos Vaughn (Jeffrey Dean Morgan) decide roubar o seu próprio patrão. O problema é que ele é um mafioso e gangster conhecido apenas como o "Papa" (Robert De Niro), um sujeito violento que não admite ser roubado dessa forma. Assim ele manda seus homens irem atrás de Vaughn para recuperar o dinheiro e matá-lo, mas na fuga esse acaba sequestrando um ônibus urbano, criando um verdadeiro caos na cidade.

Comentários:
É sempre bom ver o ator Robert De Niro interpretando um mafioso. A associação é imediata pois nos lembramos de filmes como "Os Bons Companheiros" e "Cassino", isso sem esquecer de "O Poderoso Chefão II". Esse tipo de lembrança é bem-vinda, mas obviamente nenhuma dessas obras primas do cinema podem servir de comparação com essa fita bem mais modesta em suas pretensões. "O Sequestro do Ônibus 657" é um filme ágil, rápido e em seu objetivo até mesmo eficiente. O roteiro explora um enredo bem simples, nenhum dos personagens é muito desenvolvido e o que importa é as cenas de tensão e ação. Basicamente tudo se resume em uma caçada humana promovida por Papa (De Niro) para recuperar seu dinheiro que foi roubado de seu cassino por um de seus próprios empregados, um sujeito que precisa do dinheiro roubado para pagar o tratamento da filha. Um dos problemas que vi nesse roteiro é que ele busca o tempo todo justificar os crimes do protagonista. Ora, o sujeito além de ladrão se torna um sequestrador de várias pessoas inocentes quando toma de assalto um ônibus! Como simpatizar com um personagem assim? Em que valor moral ridículo esse argumento se apoia para tentar amenizar os erros e crimes do personagem principal? Então está valendo tudo? No mundo real o sujeito seria condenado à pena de prisão perpétua nos Estados Unidos, já no filme o roteiro passa a mão em sua cabeça o tempo todo, culminando em um final absurdo do ponto de vista legal e moral. Pior é o que acontece com Papa, o mafioso interpretado de De Niro, que demonstra que não se fazem mais mobsters como antigamente. Tudo bem, o filme até é uma boa diversão, mas moralmente tem inúmeros problemas. Para gostar da produção você terá que engolir esse tipo de absurdo, aceitando as justificativas moralmente condenáveis de um roteiro até certo ponto muito simplista e sem maior profundidade.

Pablo Aluísio.