sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

A Escavação

Enquanto o cinema americano vai vivendo de adaptações em quadrinhos, o cinema inglês mantém sua qualidade e elegância. Roteiros mais bem elaborados, valorizando relações humanas, eis o que temos aqui nessa boa produção. O filme conta a história de uma jovem senhora que fica intrigada com montes nos fundos de sua propriedade rural. Os povos que vivem naquela região dizem que são túmulos antigos. Ela, então, decide contratar um escavador quase amador para explorar o local. Acaba fazendo uma descoberta arqueológica incrível, pois há um grande barco enterrado ali. Provavelmente foi enterrado em homenagem a um grande líder guerreiro do passado, cujo nome se perdeu. Também são encontrados artefatos de ouro de grande valor. É claro que tudo isso desperta atenção da imprensa e das autoridades que logo designam arqueólogos profissionais para cuidar da escavação. Ela estava tentando valorizar o escavador original, um velho senhor que se sente ressentido por não terem dado a ele todo o crédito pela descoberta daquele túmulo medieval. 

Muito bom Filme, gostei realmente. Uma das coisas que me chamaram a atenção foi o fato da atriz Carey Mulligan estar interpretando uma jovem senhora que está morrendo de câncer. Ela está bem envelhecida no filme, o que me deixou muito surpreso, pois não faz muito tempo assisti filmes em que ela interpretava adolescentes rebeldes. Então isso traz, de certa forma, a constatação de como o tempo passa rápido. O filme se baseia muito na relação de sua personagem com a do velho escavador. Ele não tem títulos acadêmicos e nem é um arqueólogo profissional. Por isso é visto meio como um mero amador pelos arqueólogos do museu de Londres. E descobrimos que ele só foi devidamente reconhecido recentemente pela descoberta arqueológica, ou seja, foram décadas para que se dessem os devidos créditos a ele. O mundo acadêmico realmente tem um elitismo lamentável. 

A Escavação (The Dig, Inglaterra, 2021) Direção: Simon Stone / Roteiro: Moira Buffini, John Preston / Elenco: Carey Mulligan, Ralph Fiennes, Lily James / Sinopse: O filme conta a história de uma escavação amadora feita em uma propriedade rural inglesa que acabou revelando ao mundo um antigo barco da era medieval que foi transformado em um túmulo de um rei antigo, com muitos artefatos de ouro. Algo de extremo valor para arqueologia.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Drácula

Minissérie produzida pela BBC que está disponível na Netflix. Conta com 3 episódios longos, com média de cada um de 90 minutos de duração. O público se dividiu entre aqueles que gostaram do resultado e aqueles que não curtiram essa nova adaptação do livro de Bram Stoker. Realmente é uma série que tem altos e baixos. Há uma irregularidade entre os episódios. O primeiro e o segundo episódio são muito bons, com uma maior fidelidade ao livro original. Já o terceiro episódio, que foi criticado por muitos, realmente tem problemas. O primeiro é o mais fiel ao livro. Basicamente, é exatamente o que se lê no texto de Bram Stoker. Um jovem advogado vai até o castelo de Drácula para que ele assine a transferência de propriedades que está comprando. Claro que ele acaba caindo numa armadilha terrível. O castelo não é apenas um labirinto, mas também um arapuca mortal. Conforme o vampiro vai se alimentando do advogado, ele vai ficando mais jovem. O segundo episódio mostra a viagem de Drácula para Londres. No livro essa viagem não é tão bem explorada, mas aqui trouxeram inovações que achei criativas e bem realizadas. Esses 2 primeiros episódios são irretocáveis. 

Já o terceiro episódio é um pouco problemático. Ele traz Drácula para os nossos dias. O velho Conde obviamente estranha tecnologias e inovações, mas logo se torna adepto deles e se sente muito à vontade usando celulares, computadores, etc. O final apresentado foi controvertido. Existem aqueles que odiaram o que aconteceu. A minha opinião é que o desfecho é fraco e realmente, em certos aspectos, muito forçado. Mesmo assim, há de se elogiar a tentativa de se criar algo novo em um personagem tão antigo. Adaptações de livros clássicos de terror precisam mesmo se renovar de alguma forma, mesmo que adotem opções que eu mesmo, pessoalmente, não adotaria. De qualquer forma, apesar desse terceiro episódio, eu diria que o saldo geral é positivo. É uma boa minissérie  e o ator Claes Bang que interpreta Drácula merece todos os elogios. Ele tenta ser sofisticado, mas no fundo não passa de uma besta, uma fera sedenta por sangue humano. Essa é a mais pura e fiel essência do personagem original. 

Drácula (Dracula, Inglaterra, 2020) Direção: Jonny Campbell, Paul McGuigan, Damon Thomas / Roteiro: Mark Gatiss, Steven Moffat / Elenco: Claes Bang, Dolly Wells, Morfydd Clark / Sinopse: Minissérie produzida pelo canal BBC, que conta a história do vampiro e nobre Drácula. Uma nova adaptação em uma nova visão sobre esse personagem clássico do mundo da literatura de terror do século 19.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Elvis Presley - Jailhouse Rock - Parte 2

"Treat Me Nice" pode ser considerada a melhor canção dessa trilha sonora, claro logo após "Jailhouse Rock". O tema foi composto pela dupla Leiber e Stoller, grandes nomes do surgimento do rock. Curiosamente uma série de versões foram gravadas. Uma mais aprimorada foi gravada em estúdio para ser lançado no compacto duplo que traria as músicas do filme. Essa mesma versão também foi aproveitada no single. Já outra, bem mais simples, foi gravada para ser usada na cena do filme, quando Elvis a interpreta.

Particularmente prefiro a versão do filme. Aliás ela só estaria à disposição dos fãs em disco muitos anos depois, em vinil, No meu caso tive acesso através do LP "The Great Performances". Infelizmente, como bem se sabe, Jerry Leiber e Mike Stoller seriam afastados da carreira de Elvis pelo Coronel Tom Parker. Eles escreveram inúmeros sucessos comerciais para o cantor, mas nem isso convenceu Tom Parker. Ele achava que a dupla cobrava alto demais pelas músicas. Veja que visão medíocre do empresário. É óbvio que cobravam acima da média, já que eram ótimos compositores. O velho Coronel Parker porém pensava como puro comércio, sem se importar com o aspecto artístico da situação. Lamentável.

E como grande parte da trilha sonora de "Jailhouse Rock" foi mesmo composta por Leiber e Stoller, outra faixa gravada feita por eles foi "I Want To Be Free". Essa nunca chegou a fazer sucesso. Como o próprio Leiber explicaria anos depois essa música era "um tema de prisão", ou seja, imaginemos o sujeito ali preso vendo a janela onde avista um pássaro, com toda a sua liberdade para voar para onde quiser. É o próprio conceito de ser livre. Para alguém que estava preso não poderia haver alegoria melhor.

Esse tema inclusive me lembra um filme clássico chamado "O Homem de Alcatraz". Nesse excelente filme um prisioneiro de Alcatraz ajudava um passarinho ferido que havia caído na janela de sua cela. Isso acabaria despertando nele o desejo de aprender a ciência que estudava esses animais. Depois de longos anos lendo e estudando em sua prisão ele acabaria se tornando um dos maiores especialistas do tema nos Estados Unidos. História real, que realmente aconteceu. O nome dele era Robert Franklin Stroud e foi interpretado no cinema pelo grande Burt Lancaster. Claro que "O Prisioneiro do Rock" não tinha toda essa densidade dramática, mas de qualquer forma vale a analogia cinematográfica. Afinal ambos os filmes, cada um ao seu modo, tinha como protagonista um prisioneiro.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

James Stewart e o Western - Parte 2

Como eram muito populares, os filmes de faroeste logo se tornaram o caminho natural para muitos atores de Hollywood durante a era de ouro do cinema clássico americano. Assim foi o caso de James Stewart. Ele começou sua carreira interpretando homens comuns, em filmes ambientados no meio urbano. Algumas comédias românticas, alguns dramas, nada muito especial. Seu começo na indústria foi bem modesto para dizer a verdade.

Seu primeiro grande sucesso nas telas de cinema veio em 1938 com "Do Mundo Nada se Leva". Esse foi o primeiro clássico do ator ao lado do diretor Frank Capra. Esse cineasta queria levantar a moral de uma América abalada pela grande depressão. Por isso seus filmes nesse período tinham uma clara mensagem positiva, de otimismo, de esperança no futuro. James Stewart com sua imagem de homem íntegro do interior, do meio oeste, se encaixava perfeitamente nesse tipo de personagem. Depois de "A Mulher Faz o Homem", também assinado por Capra, foi que James Stewart atuou em seu primeiro western.

O filme se chamava "Atire a Primeira Pedra". Lançado em 1939, com direção do especialista em filmes de faroeste George Marshall (um dos maiores nomes do gênero em todos os tempos), o filme contava ainda com a estrela Marlene Dietrich. Na época de seu lançamento houve algumas críticas pelo fato do filme não ser um western tão tradicional como todos esperavam. Na verdade a presença de Marlene Dietrich exigia algumas concessões no roteiro como a inclusão de músicas e um espaço maior para o romance entre os principais personagens. O público que lotava os cinemas para assistir filmes de western naquela época queria ver pistoleiros durões, duelos em ruas empoeiradas e muita ação, com tiroteios e batalhas entre soldados e nativos. Nada disso havia no filme. O sucesso acabou sendo apenas mediano.

A década de 1940 começou e James Stewart voltou para o tipo de filme que havia se tornado habitual em sua carreira. Atuou no simpático "A Loja da Esquina", no drama "Tempestades d'Alma", no divertido musical em tom de humor "A Vida é uma Comédia" e finalmente no maior sucesso de sua carreira até aquele momento, "Núpcias de Escândalo". Esse filme dirigido por George Cukor tinha um roteiro primoroso e um elenco acima da média, com os imortais  Cary Grant e Katharine Hepburn atuando ao seu lado. O ator foi inclusive premiado pelo Oscar. Era o auge, pensava ele. Durante uma entrevista declarou: "Eu cheguei ao pico da minha carreira. Nada mais poderei fazer para superar isso!". Quando o jornalista perguntou sobre a possibilidade dele fazer novos filmes de faroeste, Stewart respondeu: "Eu quero fazer! Tudo o que posso dizer é que ainda não encontrei um roteiro que me interesse. Isso é questão de tempo. Pretendo atuar ao lado de John Wayne em um futuro próximo!". Ele tinha razão sobre isso. Em alguns anos ele faria ao lado de Wayne um dos maiores clássicos do western de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

A Felicidade Não se Compra

O diretor Frank Capra passou sua carreira tentando levantar a moral do povo americano. Isso em uma época de grande crise econômica. Estou me referindo a grande depressão que assolou os Estados Unidos. Diante de milhões de desempregados e pessoas sem esperança ele abraçou o otimismo perante a vida. Ele tentou trazer uma mensagem nova e poitiva em seus filmes. Esse é um dos seus clássicos natalinos, sempre reprisado nos Estados Unidos nessa época do ano. Conta a história de um homem que sempre sonhou em ir embora da pequena cidadezinha onde nasceu. Ele tinha planos de ir para a universidade e dali ir para o mundo, viver uma vida sem limites e sem fronteiras. Só que conforme o tempo passa, seus planos vão fracassando em série. Ele não consegue ir embora da cidade por causa do pai, que falece precocemente. Ele precisa então tomar conta desse seu negócio que nunca esteve indo muito bem. Também conhece uma jovem da região e se casa com ela tendo filhos. Então seus sonhos de grandeza, que cultivou na juventude, vão desaparecendo com o tempo. 

Quando a idade vai chegando, ele vai percebendo que nada daquilo que havia planejado deu certo. Ele continua na mesma cidade, onde sempre esteve, levando uma vida de certa forma medíocre. Seu irmão mais jovem acaba realizando seus sonhos, pois consegue ir para universidade e acaba se tornando um herói de guerra. Quando o negócio que herdou de seu pai finalmente vai à falência, ele pensa em acabar com tudo, pensa em se matar. Neste momento crucial de sua vida, surge um desconhecido. Ele é na realidade um anjo, mas não se parece em nada com aqueles anjos loiros de cabelos encaracolados que vemos nas igrejas. É um senhorzinho que quer apenas ganhar suas asas e para isso deve ajudar aquele homem desesperado. Então ele mostra como seria o mundo sem a sua existência. Mostra que ele torna a vida das demais pessoas melhores e que faria muita falta neste mundo. Um filme bonito, simpático e, de certa forma, bem inocente. Mas cuja mensagem conseguiu sobreviver à prova do tempo.

A Felicidade Não se Compra (It's a Wonderful Life, Estados Unidos, 1946) Direção: Frank Capra / Roteiro: Frank Capra / Elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore / Sinopse: O filme conta a história de um homem que tenta se matar na noite de Natal. Em sua visão, sua vida não deu muito certo e todos os seus planos foram por água abaixo. Então, surge em sua vida um anjo que vai tentar evitar que isso aconteça e mostrar a ele que sua existência tem valor e importância, principalmente para as outras pessoas que vivem ao seu lado.

Pablo Aluísio.

A Doce Vida

Esse é um dos filmes mais lembrados de Federico Fellini. A história é relativamente simples. De forma em geral, é uma crônica sobre a vida de um jornalista no começo da década de 1960, em Roma. Marcello Mastroianni da vida a esse personagem. Enquanto busca novas notícias e reportagens, ele vai vivendo sua vida. E no seu dia a dia de jornalista, acontecem coisas interessantes. Ele faz a cobertura da chegada de uma equipe internacional de cinema. Uma equipe com tipos bem diferenciados. Há o galã envelhecido, com problemas de alcoolismo, que parece estar sempre ressentido com o sucesso alheio. Há a bela estrela internacional, que parece ter uma personalidade infantil e boboca. E há também os paparazzis que ficam ao redor em busca de uma foto escandalosa para vender aos jornais sensacionalistas. Como se trata da Itália, há também espaço para a religiosidade verdadeira ou fajuta. Crianças dizem que estão vendo a virgem Maria. Logo, é montado um verdadeiro circo em torno disso tudo. Sendo que a própria igreja não leva muita fé. 

Por fim, Fellini também aproveita para criticar a elite romana. Um grupo de pessoas com muito dinheiro e pouca profundidade intelectual na cabeça. Pessoas completamente vazias e fúteis, que passam suas noites em festas sem sentido, que no fundo são bem tediosas. Um aspecto que me chamou atenção nesse filme é que Fellini parece louvar a beleza. Não apenas a beleza das atrizes, pois todas são belas, mas também para a beleza de outras coisas da vida, como por exemplo, carros bonitos e a própria Roma. No fundo, acredito que Fellini era um grande esteta. E isso parece estar provado em cada cena desse seu famoso filme.

A Doce Vida (La dolce vita, Itália, 1960) Direção: Federico Fellini / Roteiro: Federico Fellini / Elenco: Marcello Mastroianni, Anita Ekberg, Anouk Aimée / Sinopse: O filme conta a vida quotidiana de um jornalista italiano trabalhando em Roma. Ao longo de uma semana, ele vai cobrindo diversos aspectos da vida do povo italiano. Desde sua religiosidade, o mundo das celebridades, passando pela futilidade das classes altas.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de dezembro de 2022

Wandinha

Mais uma adaptação da interminável série de adaptações da família Adams. Agora, os produtores resolveram fazer uma minissérie pincelando apenas uma das personagens principais. De certo modo, sempre foi uma das mais populares. Estou me referindo a Wandinha, imortalizada no cinema pela atriz Christina Ricci. Ela ganha sua própria série de TV na Netflix. E sabe de uma coisa? Ficou muito bom! Não ficou excessiva, não ficou boboca, ficou na medida certa. E eu penso que esse humor negro da família Adams é a prova de falhas no final das contas. Deu certo no mundo dos quadrinhos, deu certo nas adaptações cinematográficas e segue dando certo em em desenhos animados e até mesmo nesta nova série. Já é uma das mais assistidas do catálogo da Netflix, mostrando que veio para ficar. Mais um acerto da plataforma que, a despeito de certas notícias que estaria em crise, sobrevive pela diversidade e também pela criatividade. 

No primeiro episódio, a Wandinha vai parar em uma escola de internato. Ela andou aprontando muito na escola onde estudava. Para se ter uma ideia, jogou um saco de Piranhas na piscina dos atletas boçais, que estavam treinando para mais um jogo de polo aquático. Por terem mexido com seu irmão. Ela então agiu com seu típico modus operandi. Jenna Ortega que interpreta Wandinha, está excelente. E o elenco de apoio também se destacou com nomes relevantes. Mantenha a devida atenção para a participação da atriz Catherine Zeta-Jones como Morticia Addams. Fazia tempo que havia visto ela ultimamente, continua uma mulher belíssima! Até mesmo a Christina Ricci faz parte do elenco. Então tudo está nos seus devidos lugares, irei acompanhar a série com certeza.

Wandinha (Wednesday, Estados Unidos, 2022) Direção: Tim Burton / Roteiro: Alfred Gough / Elenco: Jenna Ortega, Catherine Zeta-Jones, Christina Ricci / Sinopse: Aluna problemática, Wandinha, é  enviada para um internato onde toca o terror entre os alunos e os professores de sua nova escola.

Pablo Aluísio.


Episódios Comentados - Wandinha:

Wandinha 1.02 - Woe Is the Loneliest Number
Segundo episódio da série. Tudo muito divertido. Wandinha tenta descobrir o mistério da morte daquele rapaz no bosque, ao mesmo tempo em que participa de uma competição esportiva entre grupos de alunos da escola. Eles precisam atravessar um pequeno lago e ir até um lugar para pegar uma bandeira e trazer de volta. Só que nessa travessia vale tudo, inclusive trapaças. Ela quer de todo jeito vencer a prova, porque ela detesta uma aluna que a está marcando. Esse é um episódio cheio de fantasia e coisas divertidas. Com direito até mesmo a uma sereia, sabotando barcos. E também descobrimos que a diretora da escola na verdade é um estranho ser que muda de forma. Enfim, a imaginação voa, resultando em uma série de muito sucesso. Os faz não vão ter definitivamente do que reclamar. / Wandinha 1.02 - Woe Is the Loneliest Number (Estados Unidos, 2022) Direção: Tim Burton / Elenco: Jenna Ortega, Gwendoline Christie, Riki Lindhome.

Wandinha 1.03 - Friend or Woe
Wandinha vai participar de uma espécie de festival que vai acontecer na cidade vizinha à escola onde ela estuda. A caipirada vai inaugurar uma estátua do fundador da cidade. Na realidade, ele foi um pioneiro cruel que caçou mulheres acusando elas de bruxaria. Chegou a queimar muitas mulheres inocentes em um passado distante. E Wandinha tem visões desse passado tenebroso. É claro que ela não vai deixar passar barato, ela vai fazer alguma coisa para colocar essa estátua no chão. E também vai seguir com suas investigações sobre o ataque do monstro no bosque. Ela descobre coisas preciosas nesse episódio, como por exemplo, a localização exata da antiga igreja onde as bruxas foram queimadas vivas. Há uma clara ligação entre esse local e o monstro que apareceu nas sombras da noite. / Wandinha 1.03 - Friend or Woe (Estados Unidos, 2022) Direção: Tim Burton.

Wandinha 1.07 - If You Don't Woe Me by Now
Wandinha descobre os planos e os envolvidos no ataque daquele monstro no bosque, inclusive descobre que o tal monstro é o mesmo que foi usado no famoso romance "O Médico e o Monstro". E para sua decepção ela também descobre que o carinha pelo qual estava se apaixonando era o próprio monstro, sim, aquele jovem que trabalha na lanchonete da cidade. Episódio muito bom de uma série que é realmente acima da média. Fruto do ótimo trabalho de Tim Burton. / Wandinha 1.07 - If You Don't Woe Me by Now (Estados Unidos, 2023) Direção: James Marshall / Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar / Elenco: Jenna Ortega, Gwendoline Christie, Riki Lindhome.

Wandinha - Episódios Finais
Finalmente terminei de assistir os episódios dessa série que fez muito sucesso na Netflix. É a  tal coisa, nunca subestime Tim Burton. Você pode até não gostar do estilo dele na direção, mas não há como negar que o cineasta tem muito talento. Sua filmografia no cinema está aí para provar isso. Agora no mercado de streaming, ele provou mais uma vez que consegue excelentes resultados, mesmo que o material original seja limitado. Até porque pense bem. Estamos falando de uma personagem secundária da família Addams. Achar que uma série sobre a Wednesday (seu nome original em inglês) iria render tanto sucesso é realmente de surpreender. 

E a atriz Jenna Ortega que faz a protagonista parece ter o mesmo estilo da personagem que interpreta. Ela obviamente virou ídolo teen e se saiu bem nessa estampa de rebelde dark. Andou falando mal dos roteiristas da série, puxou briga com a turma antitabagismo e se meteu em polêmicas de todo tipo. E claro, se tornou alvo preferido dos paparazzis. Uma garota explosiva! De minha parte gostei do final da série. Veja que é um produto juvenil, então aquela coisa toda de escola, um monstro andando pelos bosques e o segredo sobre sua verdadeira identidade fez com que os adolescentes ficassem ainda mais vidrados nos episódios. Tiro certo no alvo...

Pablo Aluísio.

Hotel Transilvânia

O Conde Drácula resolve criar um hotel. Um lugar para que os monstros possam descansar e relaxar em paz durante os feriados. E que se encontra bem escondido em uma floresta sombria, distante dos seres humanos. Aliás, a principal regra do estabelecimento é que nenhum ser humano deve ser aceito por lá. E assim o vampiro vai vivendo sua vida numa boa ao lado de sua filha adolescente. Tudo muda quando um jovem sem noção chega no local. Ele consegue encontrar o hotel e transforma tudo o que ocorre ali dentro. E pior do que isso. Ele acaba se apaixonando pela filha do Conde Drácula. Imagine a quantidade de problemas que uma situação como essa vai trazer! Só que, claro, tudo levado numa boa. Um roteiro que valoriza o bom humor e a diversão. 

Essa animação fez muito sucesso. Deu origem a três continuações e a uma divertida série animada nos canais a cabo. Chegou a faturar mais de 450 milhões de dólares nos cinemas, um feito incrível para o mundo da animação. Seu sucesso não é uma surpresa, uma vez que foi dirigido por Genndy Tartakovsky, um verdadeiro craque do mundo dos desenhos animados. Entre outras coisas que ele criou, estão desenhos animados de muito sucesso, como "O Laboratório de Dexter" e "Johnny Bravo". O projeto também contou com a preciosa ajuda do ator Adam Sandler. Muito popular nos Estados Unidos, ele ajudou a transformar essa animação em grande sucesso de bilheteria.

Hotel Transilvânia (Hotel Transylvania, Estados Unidos, 2012) Direção: Genndy Tartakovsky / Roteiro: Peter Baynham, Robert Smigel / Elenco: Adam Sandler, Kevin James, Andy Samberg / Sinopse: Essa animação conta a história de um divertido hotel mantido e gerenciado por ninguém menos que o famoso vampiro da literatura, o Conde Drácula.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de dezembro de 2022

Um Dia de Louco

Título no Brasil: Um Dia de Louco
Título Original: Mixed Nuts
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Steve Martin, Madeline Kahn, Robert Klein, Anthony LaPaglia, Rob Reiner, Adam Sandler

Sinopse:
As coisas mais loucas e insanas podem acontecer no Natal. E realmente acontece com um grupo de jovens e velhos moradores de uma grande cidade. Uma metrópole dos Estados Unidos. Quem chegar ao final do Natal vai ser o grande vencedor.

Comentários:
Não me entenda mal, eu gosto muito do Steve Martin como ator e principalmente como comediante. Entretanto, tudo parece ter seu tempo certo de acontecer. O melhor dele, de sua carreira, aconteceu nos anos 80. Nessa década, ele lançou seus melhores filmes e fez seus melhores trabalhos para o cinema. Com a virada para os anos 90, a carreira dele começou a declinar. Tirando um ou outro filme, ele realmente fez algumas Produções que deixaram muito a desejar. Esse filme aqui é inofensivo, e banal. Algo que não cairia muito bem no Steve Martin dos anos 80. Nada de muito especial, apenas um filme meio bobo de Natal. Eu realmente gostaria de ter gostado, mas não deu. Na época que assisti, ainda nos anos 90, dei apenas 2 estrelas de avaliação. Ou seja, um filme apenas regular. Nada mais do que isso, além de ser bem esquecível, para dizer a verdade.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Réplicas

Título no Brasil: Réplicas
Título Original: Replicas
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Jeffrey Nachmanoff
Roteiro: Chad St. John, Stephen Hamel
Elenco: Keanu Reeves, Alice Eve, Thomas Middleditch, John Ortiz, Emjay Anthony, Emily Alyn Lind

Sinopse:
O ator Keanu Reeves interpreta um cientista que concebe um meio de transferir a mente ou a consciência de uma pessoa para uma entidade robótica. O experimento não dá tão certo, mas abre portas. E quando sua família morre em um terrível acidente de carro, ele pensa em uma forma de preservar suas consciências para transferir para uma nova entidade, só que desta vez de natureza biológica.

Comentários:
Filme também conhecido como "Cópias: De Volta à Vida". Esse filme promete muito mais do que entrega ao espectador. A premissa é excelente e ao mesmo tempo antiga. Não há novidade nenhuma, como se pode pensar inicialmente. Essa situação de transferência de mentes e consciências de um corpo para outro, seja ele físico ou biológico, é uma coisa antiga, inclusive no mundo da literatura. Então não temos assim uma grande novidade sobre a mesa. De qualquer forma, com as discussões éticas envolvidas nos dias de hoje, o roteiro poderia ir muito além. Só que ao invés disso, se torna totalmente previsível. Tudo passa a se resumir numa caça à família do cientista. O executivo da empresa quer matar aquelas pessoas. E se pensarmos bem, isso não faz o menor sentido. Por que aquela empresa iria querer matar os familiares do cientista? Eles são a prova de que a ciência encontrou um meio de driblar a morte. E nada seria mais lucrativo do que isso no mercado científico. Mas coerência é deixado de lado para soluções fáceis. Com isso, o filme se torna banal e se perde completamente.

Pablo Aluísio.