terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Moby Dick

Título no Brasil: Moby Dick 
Título Original: Moby Dick 
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: American Zoetrope
Direção: Franc Roddam
Roteiro: Anton Diether
Elenco: Patrick Stewart, Henry Thomas, Bruce Spence, Hugh Keays-Byrne
  
Sinopse:
Moby Dick não é apenas uma baleia alpina do gênero cachalote. Na verdade é o próprio símbolo das forças da natureza, dos mares. Anos após o ataque quase mortal a um velho capitão ele descobre que terá a chance de reencontrar o feroz predador que arrancou uma de suas pernas em um ataque sangrento. Agora, obcecado em novamente reencontrar Moby Dick, ele percebe que o dia da sua vingança está chegando! Filme indicado pelo Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator - Minissérie de TV (Patrick Stewart).

Comentários:
Trata-se na realidade de uma minissérie que foi exibida nos Estados Unidos e Europa em dois grandes episódios. No Brasil tudo foi reunido em apenas um filme e lançado no mercado de vídeo. Sempre gostei dessa versão do clássico livro escrito por Herman Melville por uma simples razão: a presença do ator Patrick Stewart interpretando a vigorosa figura do capitão Ahab. Eu me recordo bem que quando foi lançado o filme foi criticado por alguns por não ter bom ritmo, de tudo se desenvolver de forma muito lenta e coisas do tipo. Bobagem, qualquer adaptação de "Moby Dick" precisa contar com o devido respeito ao texto original e isso significa dar um espaço para que os atores declamem os ótimos diálogos escritos originalmente pelo autor do livro. Não adianta simplesmente realizar um filme de ação, com matança de baleias assassinas. Isso, nos dias de hoje, soaria até meio ofensivo. O que vale mesmo é explorar a luta de um homem contra seus traumas e demônios interiores, mesmo que eles acabem sendo personificados por um animal irracional que apenas luta pela sua sobrevivência. Com boa reconstituição história e elenco acima da média esse "Moby Dick" dos anos 90 feito para a TV se mostra, de forma surpreendente, como uma das melhores adaptações já produzidas. Ah e antes que me esqueça aqui vai outra informação preciosa: a série foi produzida por Francis Ford Coppola. Vale conferir.

Pablo Aluísio.

Santo Homem

Título no Brasil: Santo Homem
Título Original: Holy Man
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Caravan Pictures
Direção: Stephen Herek
Roteiro: Tom Schulman
Elenco: Eddie Murphy, Jeff Goldblum, Kelly Preston, Robert Loggia
  
Sinopse:
Dois executivos de TV, Ricky (Jeff Goldblum) e Kate (Kelly Preston), prestes a serem demitidos do canal onde trabalham, acabam tirando a sorte grande ao encontrar G (Eddie Murphy), um sujeito religioso e místico que consegue convencer qualquer pessoa a cerca de suas ideias. Assim Ricky e Kate resolvem dar um emprego para G, para ele anunciar produtos à venda na TV. E não é que G acaba se tornando uma grande sensação televisiva!

Comentários:
Mais um filme da fase em que Eddie Murphy procurava desesperadamente por um sucesso no cinema. Esse "Holy Man" (literalmente Santo Homem) é uma fita bem inofensiva, cheia de boas intenções, mas que a despeito disso não conseguiu ter sucesso de bilheteria. No Brasil só foi lançado discretamente no mercado de vídeo, sem qualquer repercussão maior. E vamos ser bem sinceros,  realmente o filme não ajuda, apesar de ter um bom elenco que conta com, além de Murphy, os simpáticos  Jeff Goldblum e Kelly Preston. Goldblum, de "A Mosca" e "Parque dos Dinossauros", com seus olhos esbugalhados, acabou se saindo muito bem nesse tipo de comédia leve e despretensiosa. Já Preston sempre foi uma das atrizes mais bonitas de Hollywood, mesmo após se casar com John Travolta. Então é isso, se você estiver em busca de uma comediazinha muito soft, que brinca um pouco com o mundo da TV e das seitas esotéricas que se multiplicam na Califórnia, eis aqui uma opção. Não mudará sua vida em nada, mas pelo menos, quem sabe, servirá para passar o tempo...

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A Chegada

O filme recebeu algumas das melhores críticas quando foi lançado no final do ano passado. Depois de assisti-lo pude compreender que toda a boa receptividade não foi em vão. Realmente essa nova ficção "Arrival" faz jus a tudo o que de bom foi escrita sobre ela. Há bastante tempo Hollywood não vinha lançando boas fitas sci-fi como esse "A Chegada". A lembrança mais óbvia vem de "2001" do mestre Kubrick. A comparação não é gratuita. Desde que chegou aos cinemas o diretor Denis Villeneuve tem repetido que aquele clássico serviu como inspiração e modelo para seu filme. E o que isso significaria exatamente? Bom, significa que o roteiro foge dos clichês, procurando desenvolver um argumento mais intelectual, diria até psicológico, entre todos os personagens. Nada de apelar para saídas facéis. O enredo começa mostrando uma sala de aula numa universidade onde leciona a Dra. Louise Banks (Amy Adams). Ela é especialista em linguagem e línguas. Curiosamente sua aula mostrada no filme é sobre a nossa língua, a língua portuguesa, que ela explica aos seus alunos ser bem diferente de todas as outras! Em breve momento até elogia o português, explicando sobre sua riqueza linguística, um idioma nascido em uma época em que havia uma simbiose entre as línguas faladas e a poesia! Ponto para nós! Pois bem, sua aula é interrompida por um evento extraordinário: a chegada no planeta Terra de doze naves alienígenas, em diversos pontos do mundo. Elas chegam e ficam paradas, estáticas, sem qualquer sinal de ação. Isso intriga os governos que começam a recrutar seus melhores especialistas em comunicação e linguagem. Afinal é necessário abrir um canal de contato com essa suposta civilização alien.

Assim a Dra. Banks é levada por um coronel, interpretado pelo sempre ótimo Forest Whitaker, para o lugar onde uma dessas naves está pousada. Os seres alienígenas em nada lembram os seres humanos, mais se parecendo com algum tipo de criatura marinha, de sete pés (daí o nome que os cientistas colocam neles, Heptaporos). E assim segue o filme com a professora tentando entrar em comunicação com os seres vindos do espaço. O curioso é que ao mesmo tempo começa uma espécie de ligação sensorial entre a Dra. Banks e os seres espaciais, uma ligação que guarda algo maior, desvendando um sentido muito mais profundo, revelando a verdadeira intenção dos visitantes. Obviamente esqueça filmes como "Guerra dos Mundos" ou até mesmo as bobagens da franquia "Independence Day". Não é por aí. O filme apresenta um roteiro sofisticado e muito mais inteligente. Não se trata de um choque, uma uma guerra de civilizações, nada disso, pois seria banal demais. O roteiro ao invés disso se apoia em algo mais profundo, mais sensitivo. É um filme, como já escrevi, com as matizes de um "2001", algo mais intelectualizado. Sem dúvida uma das melhores obras cinematográficas de 2016. Não deixe passar em branco.

A Chegada (Arrival, Estados Unidos, 2016) Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Eric Heisserer, Ted Chiang / Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg / Sinopse: Especialista em línguas e linguagens é levada pelo governo americano para uma região remota onde aterrisou uma nave espacial de origem desconhecida. Ela terá que tentar abrir um canal de comunicação com os estranhos seres alienígenas que vieram do espaço.

Pablo Aluísio.

O Oposto do Sexo

Título no Brasil: O Oposto do Sexo
Título Original: The Opposite of Sex
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Rysher Entertainment
Direção: Don Roos
Roteiro: Don Roos
Elenco: Christina Ricci, Martin Donovan, Lisa Kudrow, Lyle Lovett
  
Sinopse:
Cansada de sua tediosa vida a adolescente Dede Truitt (Ricci) decide fugir de casa para ir morar com seu irmão Bill (Martin Donovan). Ele é gay e tem um namorado que vive ao seu lado. Dede então decide seduzir o companheiro de seu irmão, o levando para uma fuga insana de crimes e traições. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Christina Ricci).

Comentários:
Foi muito badalado quando lançado, mas sinceramente falando nunca vi nada demais nessa fita que em vários momentos apela aos sentimentos e desejos mais primitivos do ser humano. Explico. No roteiro temos uma Christina Ricci ainda muito jovem, tentando fazer a complicada transição entre sua carreira mirim e o mundo adulto. Sua personagem procura esbanjar sensualidade de todas as maneiras. Geralmente a atriz está de biquíni em cena, fazendo caras e bocas. Quando o filme foi rodado ela ainda tinha apenas 17 anos! Assim ainda era uma garota menor de idade. Achei um pouco abusivo as escolhas do diretor em explorar demais o lado sensual de Ricci, justamente por causa desse fato. O roteiro também não é tão maravilhoso como muitos chegaram a dizer na época. Há um clima de "Lolita" criminosa no ar que não se sustenta por muito tempo. Talvez o único grande crédito cinematográfico válido desse filme seja a direção de fotografia a cargo do talentoso Hubert Taczanowski. Abusando de cores fortes e invasivas ela acabou criando um visual bem interessante e marcante ao filme como um todo. De resto nada demais. Só seria indicado mesmo para quem tem interesse especial em Ricci nessa fase de transição em sua carreira e, é claro, para quem tem atração doentia por garotinhas na puberdade.   

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Papa Vs Hitler

Título no Brasil: Papa Vs Hitler
Título Original: Pope Vs. Hitler
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: National Geographic
Direção: Christopher Cassel
Roteiro: Christopher Cassel
Elenco: Michael Deffert, Dan Nachtrab, Andrius Brazas
  
Sinopse:
Documentário que resgata a posição do Papa Pio XII (1876 - 1958) durante a II Guerra Mundial. Com a ascensão de Hitler e os nazistas ao poder começa uma verdadeira era de destruição e morte por toda a Europa. O Holocausto é implantado como uma verdadeira máquina de assassinatos em larga escala. Teria o Papa em Roma se omitido diante de tamanho genocídio? Qual era a sua posição perante o horror nazista?

Comentários:
O Papa Pio XII foi certamente um dos líderes religiosos mais difamados e caluniados da história. Em certos livros ele chegou a ser chamado de "O Papa de Hitler". Para muitos o Papa não cumpriu sua função, denunciando os crimes de genocídio do povo judeu implantado nos campos de concentração. Apesar dessas ideias serem bem difundidas esse novo documentário da National Geographic procura olhar com maior imparcialidade sobre aquele período histórico tão importante para a humanidade. O Papa realmente se omitiu? Foi um omisso em relação a tudo o que estava acontecendo? Baseado em livros mais recentes, alguns frutos de intensa pesquisa, esse documentário exibido recentemente na Europa e Estados Unidos demonstra que nem tudo aconteceu como muitos pensavam. Na verdade o Papa Pio XII foi um inimigo de Hitler desde o começo de seu regime. Com uma complexa rede de espiões e informantes por todo o continente o Papa soube em primeira mão sobre os absurdos que estavam ocorrendo.

Diante disso ele tinha dois caminhos a seguir: denunciar publicamente o regime nazista por suas atrocidades (o que poderia dar início a uma nova onda de perseguições e mortes contra católicos) ou agir nos bastidores, com espiões do Vaticano, apoiando grupos de resistência contra Hitler e seus vassalos. Assim o documentário esmiúça o papel desempenhado por Pio XII durante a guerra, mostrando que ele ativamente participou de inúmeras tentativas de derrubada do tirano alemão. Também agiu diplomaticamente, servindo de ponte ou elo de comunicação entre os países ocidentais (em especial Inglaterra e Estados Unidos) e os grupos que dentro do III Reich tentavam liquidar Hitler, para derrubar seu regime, abrindo assim uma nova era de paz, terminando com aquela guerra que custou a vida de milhões de seres humanos. A decisão de Pio XII até hoje causa controvérsias entre historiadores e especialistas em política internacional. Agiu bem Pio XII? Com o documentário todos os prós e contras são colocados numa balança, para que o próprio espectador tire suas conclusões. No saldo geral temos um excelente documentário, onde em 90 minutos de duração, tudo é discutido com a máxima isenção. Um programa obrigatório para quem procura conhecer melhor a história da Igreja Católica em nosso tempo.

Pablo Aluísio.

Tudo Por Dinheiro

Título no Brasil: Tudo Por Dinheiro
Título Original: Money Talks
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Joel Cohen, Alec Sokolow
Elenco: Charlie Sheen, Chris Tucker, Heather Locklear
  
Sinopse:    
James Russell (Charlie Sheen) é um jornalista sem brilho e sucesso que acaba encontrando uma estória bem sensacionalista para explorar. Um veículo transportando prisioneiros é cercado por uma quadrilha e libertado. Todos fogem, dando origem assim a uma verdadeira caçada humana. Todos pensam que o responsável pela fuga espetacular é Franklin Hatchett (Chris Tucker), mas ele na realidade é um bandidinho pé de chinelo. O verdadeiro mentor de tudo é um contrabandista perigoso, illard (Gérard Ismaël). Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria de Pior Ator do Ano (Chris Tucker).

Comentários:
O que fazer quando a carreira no cinema vai por água abaixo? No caso do Charlie Sheen a saída foi estrelar uma comédia de quinta categoria ao lado do ator e comediante Chris Tucker. Nem precisa dizer que o filme é uma grande porcaria, totalmente sem graça. Essa coisa toda de duplas (geralmente envolvendo um branco e um negro e as diferenças culturais entre eles) já deu o que tinha que dar. Desde o primeiro "Máquina Mortífera" já sabíamos que era uma roubada. O curioso é que Sheen acabou arranjando um jeito de ainda trabalhar no cinema, atuando em filmes como esse, que beiravam o pastelão. Mais estranho ainda é saber que ele nunca se assumiu como comediante, na verdade a graça em Sheen era justamente esse: ele não atuava como se estivesse em uma comédia, mas sim em um filme normal, como qualquer outro. As palhaçadas assim ficaram todas a cargo de Chris Tucker e sua vozinha da gazela! Como a bobagem que é, a única coisa boa (e visualmente válida) vem da presença da linda Heather Locklear, seguramente uma das atrizes mais bonitas que já passaram por Hollywood. Fora ela todo o resto é uma grande, enorme, perda de tempo! Fuja!

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Fugindo do Passado

Título no Brasil: Fugindo do Passado 
Título Original: Twilight
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Benton
Roteiro: Robert Benton, Richard Russo
Elenco: Paul Newman, Susan Sarandon, Gene Hackman, Reese Witherspoon, James Garner
  
Sinopse:
Ex-policial, agora aposentado, o detetive particular Harry Ross (Paul Newman) ganha a vida fazendo pequenos serviços, muitos deles sem grande importãncia. Tudo muda quando ele é contratado para entregar uma mala cheia de dinheiro a um chantagista. Seu cliente decide pagar uma alta soma em razão de uma chantagem que vem sofrendo, cujos detalhes Harry não tem pleno conhecimento. O problema é que há algo muito maior por trás, inclusive uma conspiração envolvendo um assassinato.

Comentários:
Bom filme policial cujo maior atrativo é a presença do veterano Paul Newman. Apesa da idade, o astro da era do cinema clássico americano esbanja carisma e versatilidade nesse bom roteiro, cheio de reviravoltas, que prende a atenção do espectador da primeira à última cena. Como se não bastasse toda a riqueza de nuances da trama principal, ainda temos um elenco de apoio excelente, de primeira linha, cheio de grandes nomes de Hollywood como Susan Sarandon, Gene Hackman, James Garner e Reese Witherspoon! O grande Gene Hackman (hoje aposentado das telas definitivamente) interpreta um velho ator que ficou milionário com sua carreira de sucesso. Os tempos de fama e glória porém ficaram no passado pois ele está morrendo de um agressivo tipo de câncer. Susan Sarandon interpreta sua esposa, uma atriz que não teve o mesmo êxito profissional. Ela parece esconder algo em seu passado, principalmente em relação ao desaparecimento de seu primeiro marido, um homem que simplesmente nunca mais foi visto, não deixando quaisquer pistas sobre o seu paradeiro. Teria ela algo a ver com o sumiço dele? Para Harry tudo pode ser investigado e encaixado em algo mais misterioso e nebuloso do que muitos pensam. Com essa boa trama, personagens bem desenvolvidos e um roteiro acima da média esse filme é sem dúvida muito bom. Enfim, eis aqui mais um grande momento na carreira de Paul Newman, cuja filmografia sempre foi uma das mais ricas da história de Hollywood. Ele foi um ator cuja simples presença já tornava obrigatório qualquer filme.

Pablo Aluísio.

Basil - Amor e Ódio

Título no Brasil: Basil - Amor e Ódio
Título Original: Basil
Ano de Produção: 1998
País: Inglaterra
Estúdio: Showcareer Limited Production
Direção: Radha Bharadwaj
Roteiro: Radha Bharadwaj
Elenco: Christian Slater, Jared Leto, Claire Forlani, Crispin Bonham-Carter
  
Sinopse:
Romântico e gentil, o jovem Basil (Jared Leto) finalmente consegue se casar com a garota de seus sonhos, a bela Julia Sherwin (Claire Forlani). Idealizando sua amada, mal sabe ele que sua noiva teve um longo relacionamento com John Mannion (Christian Slater). Pior do que isso, ela parece ainda gostar dele. John é um sujeito de má índole, sem valores morais, que pensa se vingar do irmão de Basil, Ralph (Crispin Bonham-Carter), por causa de uma antiga rixa. Logo a combinação entre amores, rivalidades e ódios se torna explosiva.

Comentários:
O roteiro desse filme foi baseado na novela romântica escrita por Wilkie Collin (1824 - 1889). Seus textos tiveram muitas adaptações para o cinema e TV, principalmente durante a década de 1940, mas o público brasileiro pouca familiaridade tem com esse romancista, dramaturgo e contista inglês. Ele foi muito popular em sua época por explorar em seus textos os conflitos românticos de pessoas comuns, da sociedade em que viveu. Obviamente seus romances se tornaram campeões de vendas pois eram consumidos por jovens britânicas românticas sonhando com seus primeiros amores. Embora dentro da academia Wilkie Collin seja considerado um autor menor (talvez por ter sido bem comercial em seu tempo), poucos ainda dão o devido valor ao escritor nos dias de hoje. Na década de 90 tivemos essa adaptação de um de seus livros, um filme até interessante cujo maior mérito foi ter apresentado a obra de Collin a um público mais jovem, dos dias atuais. Não é uma grande produção, de encher os olhos, mas é correta e eficiente. Além disso traz um ainda bem novo Jared Leto, aqui no papel pouco inspirado de um galã romântico idealista, um tipo de personagem sempre presente nesses romances do século 19. Então é isso. Um resgate cinematográfico bem-vindo de um dos mais populares romancistas ingleses da era Vitoriana.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Cidade das Sombras

Título no Brasil: Cidade das Sombras
Título Original: Dark City
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Alex Proyas
Roteiro: Alex Proyas
Elenco: Kiefer Sutherland, Jennifer Connelly, Rufus Sewel, William Hurt
  
Sinopse:
Vivendo em uma cidade eternamente coberta pelas sombras da noite, John Murdoch (Rufus Sewell) acorda repentinamente sem lembrar de absolutamente nada do que aconteceu. Pior do que isso, ele vira suspeito de ter cometido vários assassinatos violentos, com requintes de crueldade! Seria verdade? Ele simplesmente não sabe responder. Para o inspetor de polícia Frank Bumstead (William Hurt) ele é o culpado.

Comentários:
Esse é aquele tipo de filme com muito estilo em seu visual, cenários e direção de arte, mas sem um grande roteiro por trás de tudo. Na época de seu lançamento foi bem elogiado nos aspectos técnicos, mas também criticado por tentar ser um filme noir moderno, onde se mistura uma trama de assassinato com uma tendência neo-punk futurista. Realmente, da estória você provavelmente esquecerá em pouco tempo, porém esse estilo visual ficará em sua mente por um bom tempo. Chego até mesmo a ficar surpreso que esse filme nunca tenha inspirado as histórias em quadrinhos (se virou graphic novel, desconheço). Até porque, pense bem, o diretor e roteirista Alex Proyas usou muito da linguagem de HQs. É no fundo uma mistura de Blade Runner com velhos filmes de detetives estrelados por Robert Mitchum. Uma mistura bem estranha, ainda mais acentuada pela extrema escuridão da fotografia do filme (não é brincadeira, em muitos momentos você não vai conseguir enxergar absolutamente nada na tela!). Do elenco o ator que mais se saiu bem nos anos seguintes foi Kiefer Sutherland. Seu personagem aqui porém é apenas secundário, um médico que decide ajudar o protagonista a encontrar a verdade dos fatos. Já Jennifer Connelly está muito atraente com esse figurino escuro, sombrio, o que por si só já é bastante sensual.

Pablo Aluísio.

O Amanhecer do Quarto Reich

Título no Brasil: O Amanhecer do Quarto Reich
Título Original: Beyond Valkyrie - Dawn of the 4th Reich
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Stage 6 Films
Direção: Claudio Fäh
Roteiro: Robert Henny, Don Michael Paul
Elenco: Sean Patrick Flanery, Tom Sizemore, Stephen Lang, Rutger Hauer
  
Sinopse:
Um grupo de soldados e espiões aliados são enviados além das linhas inimigas para encontrar um importante oficial do exército alemão que faz parte da Operação Valquíria. Esse era um plano para matar o líder nazista Adolf Hitler, assumir o controle do Estado e entrar em negociações de paz com as forças aliadas durante a II Guerra Mundial. O grupo porém enfrentará vários desafios, entre eles sobreviver dentro do território inimigo.

Comentários:

A conclusão a que se chega após assistir a filmes como esse é simples: Já não se fazem mais bons filmes de guerra como antigamente. Tudo bem que se trata de uma produção B, feita para ser lançada diretamente no mercado de venda direta ao consumidor, mas por que não capricharam um pouco mais? O elenco tem até bons atores, em especial Stephen Lang, que sempre considerei um excelente ator que nunca teve uma chance de verdade em sua carreira. O mesmo vale para Rutger Hauer, que infelizmente é mais uma vez desperdiçado. A premissa do roteiro até que é muito boa, mostrando uma missão de agentes do OSS (a agência de espionagem que seria substituída pela CIA) em território alemão. O problema é que o roteiro parece querer imitar alguns filmes de guerra dos anos 70 que primavam mais pela ação do que propriamente por desenvolver uma boa trama. Dessa maneira muito potencial é perdido. A produção, apesar de fraca, ainda consegue tirar leite de pedra, sendo aceitável, mas tudo desanda mesmo nessa falta de maior cuidado ao se contar essa estória. No final os roteiristas ainda encaixaram algumas informações históricas da guerra em seus momentos finais, porém sem grande ligação com o enredo que se viu no filme (que é em parte meramente ficcional). Em suma, precisam melhorar mais nessas produções atuais sobre a II Guerra Mundial. Muitos clássicos sobre o tema foram realizados no passado e por isso a responsabilidade aumenta. Fazer filmes fracos explorando esse nicho cinematográfico não me parece ser, por essa razão, uma boa ideia.

Pablo Aluísio.