Título no Brasil: Os Esquecidos
Título Original: The Forgotten
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Joseph Ruben
Roteiro: Gerald Di Pego
Elenco: Julianne Moore, Anthony Edwards, Gary Sinise, Dominic West, Christopher Kovaleski
Sinopse:
Passado um ano da morte de seu filho, Telly Paretta (Julianne Moore) não consegue superar a dor de sua perda. Seu casamento está praticamente arruinado pela tragédia e ela não consegue superar a depressão avassaladora. Procurando por uma saída ela então resolve se tratar com o médico psiquiatra Dr. Jack Munce (Gary Sinise) que então lhe faz uma revelação assustadora: toda a tragédia, o filho morto e os eventos que vieram antes disso nunca realmente existiram. Foi tudo fruto da mente perturbada de Telly! E agora, estaria ela realmente enlouquecendo ou haveria algo mais por trás de tudo?
Comentários:
Bom filme, mesclando um terror psicológico com uma trama bem desenvolvida. Qualquer filme estrelado por Julianne Moore vale ao menos uma espiada, isso porque ela é aquele tipo de atriz que faz valer o ingresso, independente da proposta que o filme dará ao espectador. Para melhorar o que já era muito bom há ainda a presença do talentoso Gary Sinise como um médico psiquiatra que tanto pode estar tentando tratá-la de um surto psicótico, como também agindo nas sombras com o objetivo de encobrir algo ainda mais sério. Em termos de crítica o filme foi até recebido um pouco friamente, talvez por ser um thriller, um estilo de cinema que anda um tanto saturado nos últimos tempos. Penso que não é motivo para rejeitar de antemão a produção apenas por essa razão, ela inegavelmente tem méritos que fazem valer a pena assisti-la. Embora em alguns aspectos soe frio e lento, esse "The Forgotten" acaba agradando, principalmente para quem for fiscado por seu enredo. Afinal de contas essa é um daqueles roteiros cheios de reviravoltas e situações impensadas que fará o deleite dos espectadores que curtem esse tipo de produção.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de junho de 2016
Coisas Belas e Sujas
Título no Brasil: Coisas Belas e Sujas
Título Original: Dirty Pretty Things
Ano de Produção: 2002
País: Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Steven Knight
Elenco: Chiwetel Ejiofor, Audrey Tautou, Sophie Okonedo
Sinopse:
Okwe (Chiwetel Ejiofor) é um imigrante ilegal nigeriano que tenta sobreviver levando uma dura vida nos subterrâneos de Londres. Ele trabalha como recepcionista de hotel durante a noite e de dia tenta exercer medicina, uma área em que tem conhecimento. Para isso porém ele é proibido por lei, o que o faz estar sempre fugindo de agentes da imigração. Certo dia, por puro acaso, ele acaba descobrindo um esquema ilegal de realizações de cirurgias, liderados por um sujeito chamado Juan, seu chefe no hotel onde trabalha. Esse lhe faz uma proposta tentadora que pode lhe render muito dinheiro: fazer cirurgias ilegais! Se aceitar e isso for descoberto poderá ser até mesmo preso! E agora como recusará esse tipo de oferta tentadora?
Comentários:
Stephen Frears é definitivamente um dos meus diretores preferidos. Em 2002 ele realizou esse filme independente com um tema que hoje em dia está mais do que em voga: a vida de imigrantes em países europeus. Claro que quando o filme foi feito não havia ainda esse caos e essa crise de imigração que assola atualmente o continente europeu, com milhões de pessoas fugindo de guerras no Oriente Médio. Mesmo assim é um retrato muito interessante da vida de um imigrante nigeriano que vai morar em Londres. Apesar de ser uma pessoa com nível superior (ele era médico em seu país) precisa trabalhar nos empregos que lhe aparecem até que consiga a autorização para viver de forma legal na Inglaterra. Hoje em dia esse assunto está muito em debate, principalmente depois que a Inglaterra resolveu deixar a União Européia. Assim deixo a dica para que se conheça a dura vida de um imigrante africano em terras da Europa, para que todos possam perceber que definitivamente essa não é uma existência muito tranquila e calma.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dirty Pretty Things
Ano de Produção: 2002
País: Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Steven Knight
Elenco: Chiwetel Ejiofor, Audrey Tautou, Sophie Okonedo
Sinopse:
Okwe (Chiwetel Ejiofor) é um imigrante ilegal nigeriano que tenta sobreviver levando uma dura vida nos subterrâneos de Londres. Ele trabalha como recepcionista de hotel durante a noite e de dia tenta exercer medicina, uma área em que tem conhecimento. Para isso porém ele é proibido por lei, o que o faz estar sempre fugindo de agentes da imigração. Certo dia, por puro acaso, ele acaba descobrindo um esquema ilegal de realizações de cirurgias, liderados por um sujeito chamado Juan, seu chefe no hotel onde trabalha. Esse lhe faz uma proposta tentadora que pode lhe render muito dinheiro: fazer cirurgias ilegais! Se aceitar e isso for descoberto poderá ser até mesmo preso! E agora como recusará esse tipo de oferta tentadora?
Comentários:
Stephen Frears é definitivamente um dos meus diretores preferidos. Em 2002 ele realizou esse filme independente com um tema que hoje em dia está mais do que em voga: a vida de imigrantes em países europeus. Claro que quando o filme foi feito não havia ainda esse caos e essa crise de imigração que assola atualmente o continente europeu, com milhões de pessoas fugindo de guerras no Oriente Médio. Mesmo assim é um retrato muito interessante da vida de um imigrante nigeriano que vai morar em Londres. Apesar de ser uma pessoa com nível superior (ele era médico em seu país) precisa trabalhar nos empregos que lhe aparecem até que consiga a autorização para viver de forma legal na Inglaterra. Hoje em dia esse assunto está muito em debate, principalmente depois que a Inglaterra resolveu deixar a União Européia. Assim deixo a dica para que se conheça a dura vida de um imigrante africano em terras da Europa, para que todos possam perceber que definitivamente essa não é uma existência muito tranquila e calma.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
O Abrigo
Título no Brasil: O Abrigo
Título Original: Take Shelter
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Jeff Nichols
Roteiro: Jeff Nichols
Elenco: Michael Shannon, Jessica Chastain, Shea Whigham
Sinopse:
Curtis (Michael Shannon) é um pai de família comum do meio oeste americano. Sua filha tem necessidades especiais e seu casamento passa por uma crise. Apesar disso ele tenta levar sua vida em frente, até o momento em que começa a ter visões, pesadelos e alucinações. Com histórico familiar de esquizofrenia ele ignora isso e fica convencido de que o apocalipse está próximo. Para salvar sua família desse cataclisma ele começa a ficar obcecado em construir um abrigo enterrado em seu quintal.
Comentários:
Um filme bem fora do convencional. O roteiro não parece muito preocupado em destrinchar sua estória, mas sim em explorar todas as interpretações possíveis sobre o que realmente estaria acontecendo com o personagem principail. Estaria ele ficando louco ou sua preocupação com um grande desastre de proporções épicas teria algum fundo de verdade? Procurando ser enigmático o argumento então parte desse pressuposto para desfiar, sua no mínimo curiosa, trama. O grande destaque, além da excelente direção de Jeff Nichols, vai para a inspirada atuação do ator Michael Shannon. Ele domina o filme da primeira à última cena. O espectador acaba ora simpatizando com suas sinceras intenções, ora fica espantado por suas atitudes bizarras sob um ponto de vista puramente racional. No geral passa longe de ser um filme acessível a todos os públicos, mas por ser tão original vale certamente a pena conhecer (e de quebra tentar desvendar a estranha mente de Curtis, um sujeito fora do normal, porém não menos do que realmente interessante).
Pablo Aluísio.
Título Original: Take Shelter
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Jeff Nichols
Roteiro: Jeff Nichols
Elenco: Michael Shannon, Jessica Chastain, Shea Whigham
Sinopse:
Curtis (Michael Shannon) é um pai de família comum do meio oeste americano. Sua filha tem necessidades especiais e seu casamento passa por uma crise. Apesar disso ele tenta levar sua vida em frente, até o momento em que começa a ter visões, pesadelos e alucinações. Com histórico familiar de esquizofrenia ele ignora isso e fica convencido de que o apocalipse está próximo. Para salvar sua família desse cataclisma ele começa a ficar obcecado em construir um abrigo enterrado em seu quintal.
Comentários:
Um filme bem fora do convencional. O roteiro não parece muito preocupado em destrinchar sua estória, mas sim em explorar todas as interpretações possíveis sobre o que realmente estaria acontecendo com o personagem principail. Estaria ele ficando louco ou sua preocupação com um grande desastre de proporções épicas teria algum fundo de verdade? Procurando ser enigmático o argumento então parte desse pressuposto para desfiar, sua no mínimo curiosa, trama. O grande destaque, além da excelente direção de Jeff Nichols, vai para a inspirada atuação do ator Michael Shannon. Ele domina o filme da primeira à última cena. O espectador acaba ora simpatizando com suas sinceras intenções, ora fica espantado por suas atitudes bizarras sob um ponto de vista puramente racional. No geral passa longe de ser um filme acessível a todos os públicos, mas por ser tão original vale certamente a pena conhecer (e de quebra tentar desvendar a estranha mente de Curtis, um sujeito fora do normal, porém não menos do que realmente interessante).
Pablo Aluísio.
O Núcleo - Missão ao Centro da Terra
Título no Brasil: O Núcleo - Missão ao Centro da Terra
Título Original: The Core
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jon Amiel
Roteiro: Cooper Layne, John Rogers
Elenco: Aaron Eckhart, Hilary Swank, Delroy Lindo
Sinopse:
Por causas desconhecidas da ciência o núcleo do planeta Terra deixa de girar. Isso causa um grande problema para todo o mundo, pássaros não sabem mais como se localizar no espaço, marcapassos e aparelhos eletrônicos param de funcionar e o pior de tudo: com o fim de seu eixo gravitacional e magnético a camada de ozônio passa a desaparecer de forma rápida. Para evitar o desastre completo uma equipe é enviada em uma nave especialmente adaptada para o centro da Terra, para assim tentar descobrir o que de fato estaria acontecendo.
Comentários:
Boa ficção que não teve o sucesso merecido. Acontece que o filme foi lançado logo após o desastre com a nave Columbia, onde vários astronautas morreram e isso causou um certo mal estar no público americano, que acabou deixando os cinemas vazios. Com isso a bilheteria foi ruim e não conseguiu recuperar o orçamento investido. Uma pena já que a produção tem seu charme, principalmente por optar por algo diferente. A nave usada pela equipe que vai para o centro da Terra se chama Virgin e é bem interessante, praticamente uma broca gigante que começa uma missão única e diferente. Os efeitos especiais são muito bons, porém o grande atrativo desse sci-fi é o elenco (formado por oscarizados como Hilary Swank) e os personagens principais, pessoas de certa forma comuns que precisam lidar com uma situação extremamente importante para o planeta. De certa maneira o roteiro busca inspiração nos livros de Júlio Verne, em especial a obra prima "Viagem ao centro da terra" de 1864, o que torna tudo ainda mais saboroso. Não deixe de conferir.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Core
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jon Amiel
Roteiro: Cooper Layne, John Rogers
Elenco: Aaron Eckhart, Hilary Swank, Delroy Lindo
Sinopse:
Por causas desconhecidas da ciência o núcleo do planeta Terra deixa de girar. Isso causa um grande problema para todo o mundo, pássaros não sabem mais como se localizar no espaço, marcapassos e aparelhos eletrônicos param de funcionar e o pior de tudo: com o fim de seu eixo gravitacional e magnético a camada de ozônio passa a desaparecer de forma rápida. Para evitar o desastre completo uma equipe é enviada em uma nave especialmente adaptada para o centro da Terra, para assim tentar descobrir o que de fato estaria acontecendo.
Comentários:
Boa ficção que não teve o sucesso merecido. Acontece que o filme foi lançado logo após o desastre com a nave Columbia, onde vários astronautas morreram e isso causou um certo mal estar no público americano, que acabou deixando os cinemas vazios. Com isso a bilheteria foi ruim e não conseguiu recuperar o orçamento investido. Uma pena já que a produção tem seu charme, principalmente por optar por algo diferente. A nave usada pela equipe que vai para o centro da Terra se chama Virgin e é bem interessante, praticamente uma broca gigante que começa uma missão única e diferente. Os efeitos especiais são muito bons, porém o grande atrativo desse sci-fi é o elenco (formado por oscarizados como Hilary Swank) e os personagens principais, pessoas de certa forma comuns que precisam lidar com uma situação extremamente importante para o planeta. De certa maneira o roteiro busca inspiração nos livros de Júlio Verne, em especial a obra prima "Viagem ao centro da terra" de 1864, o que torna tudo ainda mais saboroso. Não deixe de conferir.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Diário de um Louco
Título no Brasil: Diário de um Louco
Título Original: Diary of a Madman
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Reginald Le Borg
Roteiro: Robert E. Kent
Elenco: Vincent Price, Nancy Kovack, Chris Warfield, Elaine Devry, Ian Wolfe, Stephen Roberts
Sinopse:
Baseado na obra do escritor francês Guy de Maupassant, o filme narra a estranha estória do magistrado Simon Cordier (Vincent Price). Após sua morte, o seu diário pessoal é aberto e seu conteúdo revelado. Em suas páginas o respeitado juiz então relembra o caso Girot. Um homem havia sido condenado à morte pelo assassinato de várias pessoas. Ele porém se defendia até o último momento dizendo que não havia realmente cometido os crimes, mas sim uma entidade demoníaca que tomou controle de sua mente. Após conhecer pessoalmente o acusado Louis Girot em sua cela, o juiz Cordier começa a ter estranhas alucinações com a mesma entidade que o prisioneiro alegava existir! Loucura ou mais um caso inexplicável de possessão?
Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais interessantes da carreira do ator Vincent Price. Isso porque seu roteiro tem uma elegância e um desenvolvimento tão sui generis que acabam se destacando em sua vasta filmografia. Price interpreta um juiz muito íntegro e honesto que se vê envolvido em uma situação do qual não consegue mais ter controle. Viúvo e solitário, ele começa a se envolver com uma jovem ambiciosa que deseja apenas colocar as mãos em sua fortuna. Ela já é casada com um pobre pintor, um artista que não consegue vender nem seus próprios quadros. Cansada dele, resolve dar o golpe do baú no velho magistrado. O problema é que o veterano juiz começa a ter alucinações, ouvindo vozes de uma entidade sobrenatural. Essas crises começaram logo após ele visitar um homem acusado de assassinatos que alegava que essas mesmas vozes o levava a cometer atrocidades. Depois desse dia essa voz - essencialmente maquiavélica - começa então a torturar a mente do magistrado Cordier (Price) e ele aos poucos vai trilhando o caminho da loucura. Uma forma do juiz tentar se livrar delas vem justamente nesse novo romance improvável que surge em sua vida. O problema é que sendo a garota uma aproveitadora, ela poderá se tornar facilmente uma das suas próximas vítimas. O curioso roteiro também surpreende ao tentar dar uma explicação ao estranho fenômeno o denominando de "horla". Em nenhum momento é revelado ao espectador que estaria havendo algum tipo de possessão demoníaca em tudo o que está acontecendo, embora em determinada cena a aversão dessa entidade a uma cruz que surge demonstre justamente o contrário. Assim o texto do escritor do século XIX Guy de Maupassant se mostra mais complexo do que se possa imaginar. Em relação a Price o grande destaque é a possibilidade dele desfilar na tela toda a sua elegância natural e seus modos de um típico cavalheiro. Na vida real Price era um gentleman, um homem muito culto e refinado, que aqui encontrou um personagem à altura de sua verdadeira personalidade. Em suma, um filme de terror psicológico que se diferencia por sua inteligência e complexidade. É seguramente um dos filmes mais recomendados de Vincent Price. Não deixe de conhecer.
Pablo Aluísio.
Título Original: Diary of a Madman
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Reginald Le Borg
Roteiro: Robert E. Kent
Elenco: Vincent Price, Nancy Kovack, Chris Warfield, Elaine Devry, Ian Wolfe, Stephen Roberts
Sinopse:
Baseado na obra do escritor francês Guy de Maupassant, o filme narra a estranha estória do magistrado Simon Cordier (Vincent Price). Após sua morte, o seu diário pessoal é aberto e seu conteúdo revelado. Em suas páginas o respeitado juiz então relembra o caso Girot. Um homem havia sido condenado à morte pelo assassinato de várias pessoas. Ele porém se defendia até o último momento dizendo que não havia realmente cometido os crimes, mas sim uma entidade demoníaca que tomou controle de sua mente. Após conhecer pessoalmente o acusado Louis Girot em sua cela, o juiz Cordier começa a ter estranhas alucinações com a mesma entidade que o prisioneiro alegava existir! Loucura ou mais um caso inexplicável de possessão?
Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais interessantes da carreira do ator Vincent Price. Isso porque seu roteiro tem uma elegância e um desenvolvimento tão sui generis que acabam se destacando em sua vasta filmografia. Price interpreta um juiz muito íntegro e honesto que se vê envolvido em uma situação do qual não consegue mais ter controle. Viúvo e solitário, ele começa a se envolver com uma jovem ambiciosa que deseja apenas colocar as mãos em sua fortuna. Ela já é casada com um pobre pintor, um artista que não consegue vender nem seus próprios quadros. Cansada dele, resolve dar o golpe do baú no velho magistrado. O problema é que o veterano juiz começa a ter alucinações, ouvindo vozes de uma entidade sobrenatural. Essas crises começaram logo após ele visitar um homem acusado de assassinatos que alegava que essas mesmas vozes o levava a cometer atrocidades. Depois desse dia essa voz - essencialmente maquiavélica - começa então a torturar a mente do magistrado Cordier (Price) e ele aos poucos vai trilhando o caminho da loucura. Uma forma do juiz tentar se livrar delas vem justamente nesse novo romance improvável que surge em sua vida. O problema é que sendo a garota uma aproveitadora, ela poderá se tornar facilmente uma das suas próximas vítimas. O curioso roteiro também surpreende ao tentar dar uma explicação ao estranho fenômeno o denominando de "horla". Em nenhum momento é revelado ao espectador que estaria havendo algum tipo de possessão demoníaca em tudo o que está acontecendo, embora em determinada cena a aversão dessa entidade a uma cruz que surge demonstre justamente o contrário. Assim o texto do escritor do século XIX Guy de Maupassant se mostra mais complexo do que se possa imaginar. Em relação a Price o grande destaque é a possibilidade dele desfilar na tela toda a sua elegância natural e seus modos de um típico cavalheiro. Na vida real Price era um gentleman, um homem muito culto e refinado, que aqui encontrou um personagem à altura de sua verdadeira personalidade. Em suma, um filme de terror psicológico que se diferencia por sua inteligência e complexidade. É seguramente um dos filmes mais recomendados de Vincent Price. Não deixe de conhecer.
Pablo Aluísio.
Visitantes na Noite
Título no Brasil: Visitantes na Noite
Título Original: Cold Sweat
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos, França, Bélgica
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Terence Young
Roteiro: Dorothea Bennett, Jo Eisinger
Elenco: Charles Bronson, James Mason, Liv Ullmann
Sinopse:
Joe Martin (Charles Bronson) é um americano vivendo tranquilamente ao lado da sua esposa e filha no sul da França. Alugando barcos para turista ele consegue ter uma vida tranquila e feliz pela primeira vez em sua vida. Tudo muda quando criminosos levam como refém sua mulher. O problema é que Martin tem um passado obscuro. Dez anos antes ele fugiu de uma prisão nos Estados Unidos ao lado de comparsas. Durante a fuga nem tudo saiu como planejado e um dos fugitivos morreu. Agora a antiga organização criminosa de que fez parte quer acertar as contas com ele, que precisará se armar até os dentes para sobreviver.
Comentários:
O diretor Terence Young que havia dirigido vários filmes de James Bond, o agente 007, entre eles "O Satânico Dr. No", "Moscou Contra 007" e "007 Contra a Chantagem Atômica", se uniu ao ator Charles Bronson no começo da década de 1970 para a realização desse violento filme de ação ambientado no sul da França. A temática obviamente tende para o lado mais violento, com Bronson interpretando um tipo de personagem que se repetiria ao longo de sua filmografia nos anos posteriores, a do homem sério e calado que partia para uma vingança insana após sofrer algum tipo de injustiça. Aqui ele se torna alvo de criminosos que levam sua esposa como refém, isso depois de desfrutar de longos anos de paz e felicidade ao lado dela. Terence Young assim se utiliza de sua experiência adquirida nos primeiros filmes da franquia 007 para incrementar várias cenas de pura ação, algumas até estilizadas, roubando um pouco da estética dos filmes de faroeste italianos, onde a violência não era apenas brutal como também quase caricatural. Por causa disso o filme acabou encontrando problemas de exibição em diversos países pelo mundo afora. Na Inglaterra, por exemplo, a British Board of Film Classification deu uma classificação etária muito alta, fazendo com que os produtores promovessem cortes, principalmente em cenas de nudez e de extrema violência, como a quebra do pescoço de um dos criminosos da fita. Mesmo assim o filme fez sucesso, fazendo com que Charles Bronson e Terence Young voltassem a trabalhar juntos nos filmes "Sol Vermelho" (1971) e "Os Segredos da Cosa Nostra" (1972), afinal de contas a parceira entre eles parecia funcionar muito bem.
Pablo Aluísio.
Título Original: Cold Sweat
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos, França, Bélgica
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Terence Young
Roteiro: Dorothea Bennett, Jo Eisinger
Elenco: Charles Bronson, James Mason, Liv Ullmann
Sinopse:
Joe Martin (Charles Bronson) é um americano vivendo tranquilamente ao lado da sua esposa e filha no sul da França. Alugando barcos para turista ele consegue ter uma vida tranquila e feliz pela primeira vez em sua vida. Tudo muda quando criminosos levam como refém sua mulher. O problema é que Martin tem um passado obscuro. Dez anos antes ele fugiu de uma prisão nos Estados Unidos ao lado de comparsas. Durante a fuga nem tudo saiu como planejado e um dos fugitivos morreu. Agora a antiga organização criminosa de que fez parte quer acertar as contas com ele, que precisará se armar até os dentes para sobreviver.
Comentários:
O diretor Terence Young que havia dirigido vários filmes de James Bond, o agente 007, entre eles "O Satânico Dr. No", "Moscou Contra 007" e "007 Contra a Chantagem Atômica", se uniu ao ator Charles Bronson no começo da década de 1970 para a realização desse violento filme de ação ambientado no sul da França. A temática obviamente tende para o lado mais violento, com Bronson interpretando um tipo de personagem que se repetiria ao longo de sua filmografia nos anos posteriores, a do homem sério e calado que partia para uma vingança insana após sofrer algum tipo de injustiça. Aqui ele se torna alvo de criminosos que levam sua esposa como refém, isso depois de desfrutar de longos anos de paz e felicidade ao lado dela. Terence Young assim se utiliza de sua experiência adquirida nos primeiros filmes da franquia 007 para incrementar várias cenas de pura ação, algumas até estilizadas, roubando um pouco da estética dos filmes de faroeste italianos, onde a violência não era apenas brutal como também quase caricatural. Por causa disso o filme acabou encontrando problemas de exibição em diversos países pelo mundo afora. Na Inglaterra, por exemplo, a British Board of Film Classification deu uma classificação etária muito alta, fazendo com que os produtores promovessem cortes, principalmente em cenas de nudez e de extrema violência, como a quebra do pescoço de um dos criminosos da fita. Mesmo assim o filme fez sucesso, fazendo com que Charles Bronson e Terence Young voltassem a trabalhar juntos nos filmes "Sol Vermelho" (1971) e "Os Segredos da Cosa Nostra" (1972), afinal de contas a parceira entre eles parecia funcionar muito bem.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Vivien Leigh - A Nau dos Insensatos
A atriz Vivien Leigh entrou para a história do cinema por causa de sua atuação no papel de Scarlett O´Hara no clássico "...E O Vento Levou". Depois de realizar um filme como esse, considerado um dos maiores de todos os tempos, ela poderia até mesmo deixar a carreira de lado que ainda assim estaria imortalizada para sempre nas telas. Acontece que Vivien seguiu em frente e de fato ainda trabalhou em outras grandes obras da sétima arte como, por exemplo, sua sempre lembrada atuação como Blanche DuBois em "Uma Rua Chamada Pecado" ao lado de Marlon Brando. Embora de saúde frágil, Vivien nunca realmente parou de atuar simplesmente porque amava sua profissão.
É verdade que ela era extremamente criteriosa na escolha dos roteiros, mas isso só ajudou a consagrar sua filmografia, recheada de pequenas e grandes obras primas. Em 1965 Vivien fez seu último filme, que no Brasil recebeu o título de "A Nau dos Insensatos", Ao lado de um elenco realmente muito bom - embora não houvesse nenhum grande astro - ela deu vida a uma amarga viúva americana viajando em um navio entre o México e a Alemanha. Esnobe, fria e tentando manter uma postura de fina elegância, ela fazia força para esconder todos os seus problemas emocionais mais profundos.
Os anos do frescor da juventude já tinham ficado para trás, mas mesmo assim Vivien Leigh esbanjava beleza com seus olhos marcantes. O diretor Stanley Kramer me deixou a impressão de que teria ficado até mesmo intimidado por ter dirigido Leigh. Tanto isso me pareceu verdade que sua personagem, Mary Treadwell, parece estar sempre resguardada, só surgindo em cena nos momentos mais cruciais. Talvez por essa razão também Vivien Leigh acabou ficando de fora nas indicações do Oscar naquele ano. Embora "A Nau dos Insensatos" tenha sido indicado a oito estatuetas, ela não foi indicada ao prêmio de melhor atriz. Melhor se saiu Simone Signoret, cuja personagem tinha muito mais espaço dentro da estória do filme.
Ainda assim Vivien tem dois excelentes momentos no filme. No primeiro ela entra em sua cabine e fica particularmente desolada após ter sido até mesmo devastada por um tripulante com quem ela vinha mantendo um flerte casual. Após esnobá-lo ele lhe diz que em muito breve ela só conseguirá ter a companhia de homens se pagasse por isso. Foi uma forma rude de dizer que ela estava ficando velha e sem atrativos. Depois quando o personagem de Lee Marvin entra por engano em seus aposentos ela começa a desferir nele todo o seu ódio, como se quisesse se vingar da vida. Enfim, deixo aqui a recomendação desse belo filme clássico, o último de uma das atrizes mais marcantes do cinema.
Pablo Aluísio.
É verdade que ela era extremamente criteriosa na escolha dos roteiros, mas isso só ajudou a consagrar sua filmografia, recheada de pequenas e grandes obras primas. Em 1965 Vivien fez seu último filme, que no Brasil recebeu o título de "A Nau dos Insensatos", Ao lado de um elenco realmente muito bom - embora não houvesse nenhum grande astro - ela deu vida a uma amarga viúva americana viajando em um navio entre o México e a Alemanha. Esnobe, fria e tentando manter uma postura de fina elegância, ela fazia força para esconder todos os seus problemas emocionais mais profundos.
Os anos do frescor da juventude já tinham ficado para trás, mas mesmo assim Vivien Leigh esbanjava beleza com seus olhos marcantes. O diretor Stanley Kramer me deixou a impressão de que teria ficado até mesmo intimidado por ter dirigido Leigh. Tanto isso me pareceu verdade que sua personagem, Mary Treadwell, parece estar sempre resguardada, só surgindo em cena nos momentos mais cruciais. Talvez por essa razão também Vivien Leigh acabou ficando de fora nas indicações do Oscar naquele ano. Embora "A Nau dos Insensatos" tenha sido indicado a oito estatuetas, ela não foi indicada ao prêmio de melhor atriz. Melhor se saiu Simone Signoret, cuja personagem tinha muito mais espaço dentro da estória do filme.
Ainda assim Vivien tem dois excelentes momentos no filme. No primeiro ela entra em sua cabine e fica particularmente desolada após ter sido até mesmo devastada por um tripulante com quem ela vinha mantendo um flerte casual. Após esnobá-lo ele lhe diz que em muito breve ela só conseguirá ter a companhia de homens se pagasse por isso. Foi uma forma rude de dizer que ela estava ficando velha e sem atrativos. Depois quando o personagem de Lee Marvin entra por engano em seus aposentos ela começa a desferir nele todo o seu ódio, como se quisesse se vingar da vida. Enfim, deixo aqui a recomendação desse belo filme clássico, o último de uma das atrizes mais marcantes do cinema.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de junho de 2016
Dívida de Sangue
Título no Brasil: Dívida de Sangue
Título Original: Blood Work
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Michael Connelly, Brian Helgeland
Elenco: Clint Eastwood, Jeff Daniels, Anjelica Huston
Sinopse:
Ao perseguir um serial killer o agente do FBI Terry McCaleb (Clint Eastwood) acaba sofrendo um ataque do coração. Depois de recuperado volta à ativa e descobre uma ligação direta entre seu doador e os crimes que supostamente investigava. Agora ele parte, baseado em suas investigações, para finalmente capturar o assassino serial. Filme vencedor do Venice Film Festival na categoria de Melhor Direção (Clint Eastwood).
Comentários:
Clint Eastwood resolveu dirigir essa adaptação cinematográfica da novela policial escrita por Michael Connelly basicamente por ter se identificado com o personagem principal, um velho tira que começa a sentir o peso da idade e de problemas de saúde em sua profissão. E talvez por isso o roteiro tenha sido considerado um pouco lento demais. De fato, para aquele espectador acostumado a ver Eastwood na pele de Dirty Harry foi mesmo um pouco complicado lidar com uma interpretação onde o velho Eastwood parece estar sempre cansado, exausto, praticamente sem fôlego. Até mesmo para sacar sua arma o tira veterano de Clint sofre para se manter firme. Os dias de personagens durões indestrutíveis pareciam ter ficado realmente para trás. Mesmo assim recomendo o filme, isso pelo simples fato de ter sido dirigido por Eastwood. Ok, o ritmo já não é tão rápido e as cenas de ação não tão impactantes como antes, porém é de se reconhecer essa tentativa do ator em seu mostrar mais vulnerável em cena, mas humano. Olhando-se sob esse ponto de vista "Blood Work" é bem mais interessante do que se pensa. Afinal a idade chega para todos, mais cedo ou mais tarde. Enfim, fica a recomendação.
Pablo Aluísio.
Título Original: Blood Work
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Michael Connelly, Brian Helgeland
Elenco: Clint Eastwood, Jeff Daniels, Anjelica Huston
Sinopse:
Ao perseguir um serial killer o agente do FBI Terry McCaleb (Clint Eastwood) acaba sofrendo um ataque do coração. Depois de recuperado volta à ativa e descobre uma ligação direta entre seu doador e os crimes que supostamente investigava. Agora ele parte, baseado em suas investigações, para finalmente capturar o assassino serial. Filme vencedor do Venice Film Festival na categoria de Melhor Direção (Clint Eastwood).
Comentários:
Clint Eastwood resolveu dirigir essa adaptação cinematográfica da novela policial escrita por Michael Connelly basicamente por ter se identificado com o personagem principal, um velho tira que começa a sentir o peso da idade e de problemas de saúde em sua profissão. E talvez por isso o roteiro tenha sido considerado um pouco lento demais. De fato, para aquele espectador acostumado a ver Eastwood na pele de Dirty Harry foi mesmo um pouco complicado lidar com uma interpretação onde o velho Eastwood parece estar sempre cansado, exausto, praticamente sem fôlego. Até mesmo para sacar sua arma o tira veterano de Clint sofre para se manter firme. Os dias de personagens durões indestrutíveis pareciam ter ficado realmente para trás. Mesmo assim recomendo o filme, isso pelo simples fato de ter sido dirigido por Eastwood. Ok, o ritmo já não é tão rápido e as cenas de ação não tão impactantes como antes, porém é de se reconhecer essa tentativa do ator em seu mostrar mais vulnerável em cena, mas humano. Olhando-se sob esse ponto de vista "Blood Work" é bem mais interessante do que se pensa. Afinal a idade chega para todos, mais cedo ou mais tarde. Enfim, fica a recomendação.
Pablo Aluísio.
Free Willy
Título no Brasil: Free Willy
Título Original: Free Willy
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Simon Wincer
Roteiro: Keith Walker
Elenco: Jason James Richter, Lori Petty, Michael Madsen
Sinopse:
O garoto Jesse (Jason James Richter) acaba criando uma bonita amizade com uma enorme baleia orca chamada Willy que vive em um parque aquático nos Estados Unidos. Quando ele descobre que o animal sofrerá por causa de planos terríveis visando prejudicá-lo decide que irá devolver Willy para a natureza, o libertando do cativeiro onde vive. Filme vencedor do MTV Movie Awards na categoria de Melhor canção ("Will You Be There" de Michael Jackson).
Comentários:
Na década de 1990 surgiu um sentimento ecológico muito forte dentro da sociedade. Pela primeira vez as pessoas começaram a prestar atenção na destruição que estava sendo feita na natureza. Era necessário preservar a riqueza ecológica do planeta para as futuras gerações. O cinema acabou entrando nessa luta também. Nesse segmento o filme "Free Willy" foi um dos mais bem sucedidos comercialmente. A estória era cativante e a trilha sonora, com músicas de Michael Jackson, formaram o pacote completo para seu sucesso. De fato o filme ainda pode ser considerado muito bom, bem acima das sequências ruins que viriam nos anos seguintes (produzidas pela Disney). A mensagem sobre a baleia Willy (na verdade uma orca chamada Keiko que também foi criada em cativeiro e que morreria logo após ser solta na natureza) acabou criando uma onda de filmes com temática semelhante. Pelas boas intenções, pela bonita mensagem e pela rica exploração da amizade entre um menino e um animal de grande porte como aquele (sem esquecer o fato de que as baleias são extremamente sociáveis e inteligentes), "Free Willy" ainda se mantém interessante e mais do que isso, atual, já que o tema envolvendo animais em cativeiro e zoológicos voltou à tona recentemente depois da morte daquele gorila nos Estados Unidos e da onça do exército brasileiro, mortos em última análise, por estarem fora de seu habitat natural. Para ver, refletir e se divertir.
Pablo Aluísio.
Título Original: Free Willy
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Simon Wincer
Roteiro: Keith Walker
Elenco: Jason James Richter, Lori Petty, Michael Madsen
Sinopse:
O garoto Jesse (Jason James Richter) acaba criando uma bonita amizade com uma enorme baleia orca chamada Willy que vive em um parque aquático nos Estados Unidos. Quando ele descobre que o animal sofrerá por causa de planos terríveis visando prejudicá-lo decide que irá devolver Willy para a natureza, o libertando do cativeiro onde vive. Filme vencedor do MTV Movie Awards na categoria de Melhor canção ("Will You Be There" de Michael Jackson).
Comentários:
Na década de 1990 surgiu um sentimento ecológico muito forte dentro da sociedade. Pela primeira vez as pessoas começaram a prestar atenção na destruição que estava sendo feita na natureza. Era necessário preservar a riqueza ecológica do planeta para as futuras gerações. O cinema acabou entrando nessa luta também. Nesse segmento o filme "Free Willy" foi um dos mais bem sucedidos comercialmente. A estória era cativante e a trilha sonora, com músicas de Michael Jackson, formaram o pacote completo para seu sucesso. De fato o filme ainda pode ser considerado muito bom, bem acima das sequências ruins que viriam nos anos seguintes (produzidas pela Disney). A mensagem sobre a baleia Willy (na verdade uma orca chamada Keiko que também foi criada em cativeiro e que morreria logo após ser solta na natureza) acabou criando uma onda de filmes com temática semelhante. Pelas boas intenções, pela bonita mensagem e pela rica exploração da amizade entre um menino e um animal de grande porte como aquele (sem esquecer o fato de que as baleias são extremamente sociáveis e inteligentes), "Free Willy" ainda se mantém interessante e mais do que isso, atual, já que o tema envolvendo animais em cativeiro e zoológicos voltou à tona recentemente depois da morte daquele gorila nos Estados Unidos e da onça do exército brasileiro, mortos em última análise, por estarem fora de seu habitat natural. Para ver, refletir e se divertir.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Um Tira da Pesada
Quando Eddie Murphy estrelou "Beverly Hills Cop" em 1984 ele só era um comediante de sucesso do programa de humor SNL do canal NBC. Ninguém pensava que ele em pouco tempo iria se tornar um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. O que tornou Murphy um astro de cinema? Bom, basicamente muito carisma e talento. É inegável que Murphy, principalmente no começo de sua carreira, quando ainda era bem jovem e cheio de criatividade, era um comediante muito divertido. E também era mais inofensivo do que outros da geração que o antecederam (tente comparar Murphy com o alucinado Richard Pryor, por exemplo, que tocou fogo na própria cabeça após uma noite regada a todos os tipos de drogas que você possa imaginar). Outro grande lance de sorte foi encontrar o papel certo que conseguisse explorar o jeitão malandro de Murphy. O roteiro desse policial com toques de humor soava perfeito demais para ele naquele momento de sua carreira.
No filme Eddie interpretava Axel Foley, detetive do departamento de polícia de Detroit, cidade industrial, barra pesada, onde um policial tinha que ter um algo a mais para sobreviver nas ruas. Agora imagine pegar esse tipo de tira para colocar trabalhando ao lado dos almofadinhas de Beverly Hills. O contraste seria inevitável e era justamente em cima disso que nascia o humor não apenas desse primeiro filme como dos demais que vieram em sequência. Curioso é que a continuação era praticamente uma refilmagem desse original, porém com uma produção melhor, elenco com nomes em ascensão dentro de Hollywood e uma trilha sonora cujo tema principal grudava na mente do espectador apenas alguns segundos depois de a ouvir pela primeira vez. A Paramount escalou para a direção Martin Brest, que já estava acostumado com Murphy pois o havia dirigido no programa SNL. Depois de alguns anos o cineasta faria sua grande obra prima, "Perfume de Mulher" com o mestre Al Pacino. Então é isso, quem viveu os anos 80 certamente não esqueceu dessa franquia que tanto sucesso fez entre o público em geral.
Um Tira da Pesada (Beverly Hills Cop, EUA, 1984) Direção: Martin Brest / Roteiro: Daniel Petrie Jr, Danilo Bach / Elenco: Eddie Murphy, Judge Reinhold, John Ashton / Sinopse: Axel Foley (Murphy) é um detetive de Detroit que vai até a grã-fina Beverly Hills para descobrir o verdadeiro autor de um assassinato. Na sofisticada cidade acaba conhecendo os métodos de investigação dos policiais locais, bem diferentes do seu modo de agir. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator (Eddie Murphy).
Pablo Aluísio.
No filme Eddie interpretava Axel Foley, detetive do departamento de polícia de Detroit, cidade industrial, barra pesada, onde um policial tinha que ter um algo a mais para sobreviver nas ruas. Agora imagine pegar esse tipo de tira para colocar trabalhando ao lado dos almofadinhas de Beverly Hills. O contraste seria inevitável e era justamente em cima disso que nascia o humor não apenas desse primeiro filme como dos demais que vieram em sequência. Curioso é que a continuação era praticamente uma refilmagem desse original, porém com uma produção melhor, elenco com nomes em ascensão dentro de Hollywood e uma trilha sonora cujo tema principal grudava na mente do espectador apenas alguns segundos depois de a ouvir pela primeira vez. A Paramount escalou para a direção Martin Brest, que já estava acostumado com Murphy pois o havia dirigido no programa SNL. Depois de alguns anos o cineasta faria sua grande obra prima, "Perfume de Mulher" com o mestre Al Pacino. Então é isso, quem viveu os anos 80 certamente não esqueceu dessa franquia que tanto sucesso fez entre o público em geral.
Um Tira da Pesada (Beverly Hills Cop, EUA, 1984) Direção: Martin Brest / Roteiro: Daniel Petrie Jr, Danilo Bach / Elenco: Eddie Murphy, Judge Reinhold, John Ashton / Sinopse: Axel Foley (Murphy) é um detetive de Detroit que vai até a grã-fina Beverly Hills para descobrir o verdadeiro autor de um assassinato. Na sofisticada cidade acaba conhecendo os métodos de investigação dos policiais locais, bem diferentes do seu modo de agir. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator (Eddie Murphy).
Pablo Aluísio.
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