Título no Brasil: The Rover - A Caçada
Título Original: The Rover
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Universal Pictures
Direção: David Michôd
Roteiro: Joel Edgerton, David Michôd
Elenco: Guy Pearce, Robert Pattinson, Scoot McNairy
Sinopse:
Dez anos após o colapso da humanidade, o viajante Eric (Guy Pearce) resolve parar para tomar algo em bar de beira de estrada. Enquanto está lá dentro uma quadrilha de assaltantes resolve roubar seu carro para seguir em frente em sua fuga pelos desertos australianos. Para Eric isso não ficará barato. Após colocar as mãos em Rey (Robert Pattinson), irmão mais jovem do líder do bando, ele empreende uma caçada sem tréguas pelos criminosos. Sua sede de justiça acaba beirando a obsessão completa. Filme indicado a cinco categorias do prêmio do Australian Film Institute.
Comentários:
Se eu escrever sobre um filme retratando um mundo pós-apocalíptico onde o enredo se desenrola no deserto implacável da distante e desolada Austrália o que virá em sua mente? Claro que "Mad Max"! Essa nova produção é quase uma releitura de "Mad Max" porém sob um novo ponto de vista e uma nova proposta. Ao invés de mostrar um mundo de ficção onde todos se vestem com figurinos esquisitos, o diretor optou por mostrar os personagens como pessoas normais, com roupas comuns onde nada parece ser muito especial. O que move o principal personagem (interpretado por Guy Pearce) é uma obsessão insana de colocar as mãos nos criminosos que roubaram seu carro durante uma fuga após um assalto mal sucedido. Para isso ele não medirá esforços e encontrará pelo caminho os tipos mais bizarros possíveis, como um anão de circo que trafica armas e uma avó que ganha a vida oferecendo seu jovem neto para se prostituir a pedófilos! Em termos de atuação devo registrar algo interessante. De maneira em geral sempre critiquei o trabalho do ator Robert Pattinson, isso porque ele nunca havia me convencido plenamente, quase sempre realizando um tipo de atuação sem muita convicção, com tiques nervosos a la James Dean. Aqui finalmente encontrei pela frente a primeira boa atuação do rapaz. Ele interpreta um tipo meio retardado, que demonstra desde o começo não ter uma mente muito normal. Pois bem, o fato inegável é que Robert Pattinson está muito bem em sua atuação, chegando ao ponto de surpreender! As fãs adolescentes que adoram seu papel de vampiro Edward Cullen provavelmente não irão gostar de seu trabalho sem nenhum glamour ou apelo sexual, mas isso no final de contas não importa pois a maior luta de Robert hoje em dia é realmente ser levado à sério como ator. Esse foi um primeiro e decisivo passo nessa direção.
Pablo Aluísio.
domingo, 18 de janeiro de 2015
Um Ato de Liberdade
Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Clayton Frohman, Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell
Sinopse:
Um grupo de judeus decide fugir para as florestas da Bielorrússia durante a ocupação nazista na Europa Oriental. Lá eles se unem a combatentes da resistência russa. Juntos decidem construir uma vila como forma de proteção em relação às tropas alemãs. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard).
Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. O roteiro era baseado em fatos reais, históricos até, havia um bom elenco capitaneado pelo próprio "James Bond" Daniel Craig, a produção de fato era muito bem realizada. Apesar de parecer ter todos os ingredientes presentes e no lugar certo, o filme não consegue decolar. Achei o resultado muito frio, distante, e isso não combina muito bem com o tema proposto. Era para ser algo bem mais visceral, impactante, sensibilizador. Não foi. Daniel Craig interpretando um personagem chamado Tuvia Bielski confirma o que já venho desconfiando há anos: ele não tem carisma! Craig é aquele tipo de ator que não cativa. Ele certamente é o tipo adequado para cenas de ação e brutalidade - o que talvez o tenha segurado como Bond por todos esses anos - mas fora isso não existe mais nada a explorar. Ele particularmente não tem grande talento dramático e falha em momentos mais tensos. Nesse filme há um grande drama humano envolvido, afinal a estória gira em torno de uma grande tragédia humanitária, mas Craig não esboça nenhuma emoção mais profunda. Sua expressão facial é quase sempre a mesma. Assim o que sobra é a frieza, que não se refere ao clima onde o enredo se passa, mas sim na superficialidade que no final se sobressai.
Pablo Aluísio.
Título Original: Defiance
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Clayton Frohman, Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell
Sinopse:
Um grupo de judeus decide fugir para as florestas da Bielorrússia durante a ocupação nazista na Europa Oriental. Lá eles se unem a combatentes da resistência russa. Juntos decidem construir uma vila como forma de proteção em relação às tropas alemãs. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard).
Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. O roteiro era baseado em fatos reais, históricos até, havia um bom elenco capitaneado pelo próprio "James Bond" Daniel Craig, a produção de fato era muito bem realizada. Apesar de parecer ter todos os ingredientes presentes e no lugar certo, o filme não consegue decolar. Achei o resultado muito frio, distante, e isso não combina muito bem com o tema proposto. Era para ser algo bem mais visceral, impactante, sensibilizador. Não foi. Daniel Craig interpretando um personagem chamado Tuvia Bielski confirma o que já venho desconfiando há anos: ele não tem carisma! Craig é aquele tipo de ator que não cativa. Ele certamente é o tipo adequado para cenas de ação e brutalidade - o que talvez o tenha segurado como Bond por todos esses anos - mas fora isso não existe mais nada a explorar. Ele particularmente não tem grande talento dramático e falha em momentos mais tensos. Nesse filme há um grande drama humano envolvido, afinal a estória gira em torno de uma grande tragédia humanitária, mas Craig não esboça nenhuma emoção mais profunda. Sua expressão facial é quase sempre a mesma. Assim o que sobra é a frieza, que não se refere ao clima onde o enredo se passa, mas sim na superficialidade que no final se sobressai.
Pablo Aluísio.
sábado, 17 de janeiro de 2015
Agente do Futuro
Título no Brasil: Agente do Futuro
Título Original: Autómata
Ano de Produção: 2014
País: Espanha, Bulgária
Estúdio: New Boyana Film Studios
Direção: Gabe Ibáñez
Roteiro: Gabe Ibáñez, Igor Legarreta
Elenco: Antonio Banderas, Melanie Griffith, Dylan McDermott, Birgitte Hjort Sørensen
Sinopse:
O ano é 2044. Tempestades solares tornaram o planeta Terra praticamente inviável para a vida humana. A radiação domina nossa atmosfera e 99% da humanidade foi aniquilada. Nesse mundo sem esperanças uma poderosa empresa cria uma série de robôs cuja principal função é servir ao homem. Eles possuem dois protocolos básicos em sua programação. O primeiro afirma que não podem ferir ou atacar seres humanos. O segundo os proíbe de se auto repararem. Quando um crime é cometido envolvendo uma dessas unidades robóticas, um agente de seguros, Jacq Vaucan (Antonio Banderas), é enviado para investigar. O que ele descobre pode mudar os rumos da tecnologia do futuro para sempre.
Comentários:
Ficção pessimista que lembra bastante o clássico "Blade Runner". O cenário é um mundo devastado. O que sobrou da humanidade vive em cidades superpovoadas e miseráveis. O personagem de Banderas acaba, quase sem querer, descobrindo que os robôs que estão espalhados pelo mundo estão evoluindo, criando uma inteligência artificial própria, que os faz ignorar os protocolos nos quais foram programados em sua construção. Isso obviamente coloca imediatamente toda a humanidade em risco. O que começa como um caso banal de investigação de seguros acaba abrindo uma caixa de Pandora de consequências imprevisíveis. Numa primeira impressão você pode pensar que vai assistir a mais um daqueles filmes bem derivativos do já citado "Blade Runner", mas há coisas promissoras nesse roteiro. Talvez o fato de ser uma produção européia tenha deixado o argumento mais livre, fora dos clichês habituais, embora eles ainda existam em grande parte do enredo. A direção de arte também é bem trabalhada, principalmente no contraste entre as cidades, sempre chuvosas e escuras, com farta poluição visual (inclusive com uso intensivo de hologramas) e o resto do planeta, deserto como o Saara, mas iluminado e com aspecto de vida real! O design dos robôs não chega a ser uma novidade, inclusive me lembrou bastante as unidades de combate da nova trilogia de "Star Wars", mesmo assim no final se mostra adequado aos propósitos da estória que se tenciona contar. A mulher de Banderas, a atriz Melanie Griffith, também está no elenco, mas sua participação, embora importante, é também fugaz. Assim deixo a recomendação dessa ficção. Não é um grande filme, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser inteligente, algo cada vez mais raro de se encontrar hoje em dia.
Pablo Aluísio.
Título Original: Autómata
Ano de Produção: 2014
País: Espanha, Bulgária
Estúdio: New Boyana Film Studios
Direção: Gabe Ibáñez
Roteiro: Gabe Ibáñez, Igor Legarreta
Elenco: Antonio Banderas, Melanie Griffith, Dylan McDermott, Birgitte Hjort Sørensen
Sinopse:
O ano é 2044. Tempestades solares tornaram o planeta Terra praticamente inviável para a vida humana. A radiação domina nossa atmosfera e 99% da humanidade foi aniquilada. Nesse mundo sem esperanças uma poderosa empresa cria uma série de robôs cuja principal função é servir ao homem. Eles possuem dois protocolos básicos em sua programação. O primeiro afirma que não podem ferir ou atacar seres humanos. O segundo os proíbe de se auto repararem. Quando um crime é cometido envolvendo uma dessas unidades robóticas, um agente de seguros, Jacq Vaucan (Antonio Banderas), é enviado para investigar. O que ele descobre pode mudar os rumos da tecnologia do futuro para sempre.
Comentários:
Ficção pessimista que lembra bastante o clássico "Blade Runner". O cenário é um mundo devastado. O que sobrou da humanidade vive em cidades superpovoadas e miseráveis. O personagem de Banderas acaba, quase sem querer, descobrindo que os robôs que estão espalhados pelo mundo estão evoluindo, criando uma inteligência artificial própria, que os faz ignorar os protocolos nos quais foram programados em sua construção. Isso obviamente coloca imediatamente toda a humanidade em risco. O que começa como um caso banal de investigação de seguros acaba abrindo uma caixa de Pandora de consequências imprevisíveis. Numa primeira impressão você pode pensar que vai assistir a mais um daqueles filmes bem derivativos do já citado "Blade Runner", mas há coisas promissoras nesse roteiro. Talvez o fato de ser uma produção européia tenha deixado o argumento mais livre, fora dos clichês habituais, embora eles ainda existam em grande parte do enredo. A direção de arte também é bem trabalhada, principalmente no contraste entre as cidades, sempre chuvosas e escuras, com farta poluição visual (inclusive com uso intensivo de hologramas) e o resto do planeta, deserto como o Saara, mas iluminado e com aspecto de vida real! O design dos robôs não chega a ser uma novidade, inclusive me lembrou bastante as unidades de combate da nova trilogia de "Star Wars", mesmo assim no final se mostra adequado aos propósitos da estória que se tenciona contar. A mulher de Banderas, a atriz Melanie Griffith, também está no elenco, mas sua participação, embora importante, é também fugaz. Assim deixo a recomendação dessa ficção. Não é um grande filme, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser inteligente, algo cada vez mais raro de se encontrar hoje em dia.
Pablo Aluísio.
De Volta ao Jogo
Título no Brasil: De Volta ao Jogo
Título Original: John Wick
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Chad Stahelski, David Leitch
Roteiro: Derek Kolstad
Elenco: Keanu Reeves, Willem Dafoe, Michael Nyqvist, Alfie Allen, Adrianne Palicki, John Leguizamo
Sinopse:
John Wick (Keanu Reeves) ainda está tentando se recuperar da morte de sua querida esposa. Como último desejo ela acaba deixando de presente para ele uma cadelinha, para ajudar em sua recuperação. A dor emocional é imensa, mas ele tenta seguir em frente. Ao parar em um posto de gasolina para reabastecer seu carro ele é imediatamente intimidado por Iosef Tarasov (Alfie Allen), um filhinho mimado de um poderoso chefão da máfia russa. O que Iosef nem desconfia é que Wick também tem um passado sangrento no mundo do crime. Mexer com ele definitivamente não será uma boa ideia.
Comentários:
Pois é meu amigo, tome muito cuidado com quem você deseja provocar ao dar uma de valentão. Possa ser que seja a pessoa errada. Esse é o mote desse filme de ação muito movimentado estrelado por Keanu Reeves. No começo da trama o espectador é levado a crer que seu personagem é uma pessoa comum, tentando sobreviver a uma crise existencial após a morte prematura de sua esposa. Quando vira alvo de um roubo planejado por um filho de um mafioso russo sua verdadeira identidade se revela. John Wick é na verdade um ex-assassino profissional, um dos melhores do ramo, tendo inclusive trabalhado para a mesma máfia russa no passado. Um especialista em chacinas de inimigos. Agora, roubado e espancado por membros da gangue de Iosef Tarasov, um jovem inconsequente, ele se propõe a voltar ao seu velho trabalho, com a diferença que agora a questão é puramente pessoal. Para tentar salvar seu filho da morte certa, pois Wick não costuma errar seus alvos, o chefão Viggo Tarasov (Michael Nyqvist) decide então contratar outro assassino profissional tão mortal quanto o próprio Wick, o Sr. Marcus (Willem Dafoe). A partir desse ponto o espectador não terá mais descanso, já que as cenas de ação vão se suceder numa sequência intermitente de tiroteios, assassinatos e correria em geral. John Wick até parece um personagem saído de algum filme de ação da década de 1980 pela quantidade de pessoas que mata! No geral é uma boa fita de ação, valorizada por bem ensaiadas cenas de luta corporal. O ator Keanu Reeves, que andava meio gordinho e fora de forma, finalmente recuperou a antiga forma física e não se sai mal nesse papel que exigiu muito dele do ponto de vista físico. "De Volta ao Jogo" não traz um grande roteiro, mas diverte, acima de tudo. Vale a diversão.
Pablo Aluísio.
Título Original: John Wick
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Chad Stahelski, David Leitch
Roteiro: Derek Kolstad
Elenco: Keanu Reeves, Willem Dafoe, Michael Nyqvist, Alfie Allen, Adrianne Palicki, John Leguizamo
Sinopse:
John Wick (Keanu Reeves) ainda está tentando se recuperar da morte de sua querida esposa. Como último desejo ela acaba deixando de presente para ele uma cadelinha, para ajudar em sua recuperação. A dor emocional é imensa, mas ele tenta seguir em frente. Ao parar em um posto de gasolina para reabastecer seu carro ele é imediatamente intimidado por Iosef Tarasov (Alfie Allen), um filhinho mimado de um poderoso chefão da máfia russa. O que Iosef nem desconfia é que Wick também tem um passado sangrento no mundo do crime. Mexer com ele definitivamente não será uma boa ideia.
Comentários:
Pois é meu amigo, tome muito cuidado com quem você deseja provocar ao dar uma de valentão. Possa ser que seja a pessoa errada. Esse é o mote desse filme de ação muito movimentado estrelado por Keanu Reeves. No começo da trama o espectador é levado a crer que seu personagem é uma pessoa comum, tentando sobreviver a uma crise existencial após a morte prematura de sua esposa. Quando vira alvo de um roubo planejado por um filho de um mafioso russo sua verdadeira identidade se revela. John Wick é na verdade um ex-assassino profissional, um dos melhores do ramo, tendo inclusive trabalhado para a mesma máfia russa no passado. Um especialista em chacinas de inimigos. Agora, roubado e espancado por membros da gangue de Iosef Tarasov, um jovem inconsequente, ele se propõe a voltar ao seu velho trabalho, com a diferença que agora a questão é puramente pessoal. Para tentar salvar seu filho da morte certa, pois Wick não costuma errar seus alvos, o chefão Viggo Tarasov (Michael Nyqvist) decide então contratar outro assassino profissional tão mortal quanto o próprio Wick, o Sr. Marcus (Willem Dafoe). A partir desse ponto o espectador não terá mais descanso, já que as cenas de ação vão se suceder numa sequência intermitente de tiroteios, assassinatos e correria em geral. John Wick até parece um personagem saído de algum filme de ação da década de 1980 pela quantidade de pessoas que mata! No geral é uma boa fita de ação, valorizada por bem ensaiadas cenas de luta corporal. O ator Keanu Reeves, que andava meio gordinho e fora de forma, finalmente recuperou a antiga forma física e não se sai mal nesse papel que exigiu muito dele do ponto de vista físico. "De Volta ao Jogo" não traz um grande roteiro, mas diverte, acima de tudo. Vale a diversão.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Se Eu Ficar
Título no Brasil: Se Eu Ficar
Título Original: If I Stay
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), New Line Cinema
Direção: R.J. Cutler
Roteiro: Shauna Cross, Gayle Forman
Elenco: Chloë Grace Moretz, Mireille Enos, Jamie Blackley
Sinopse:
Mia Hall (Chloë Grace Moretz) é filha de um casal que no passado teve até mesmo uma banda de punk rock. Ela ama música, mas nada referente à barulheira que seus pais adoram. Mia é apaixonada mesmo pela riqueza da música clássica e se dedica todos os dias a aprender violoncelo. Quando chega a oportunidade de entrar para uma das mais prestigiadas escolas de música erudita dos Estados Unidos, a Juilliard School em Nova Iorque, ela fica em dúvida se deve seguir em frente com seus sonhos ou ficar em Portland ao lado da família e seu namorado roqueiro. Filme indicado ao People's Choice Awards na categoria de Melhor Filme - Drama.
Comentários:
Um bom romance juvenil com toques espiritualistas em seu roteiro (não convém contar muito sobre isso para não estragar a surpresa do espectador). No geral o roteiro gira em torno da vida de Mia, uma garota normal, talvez um pouco tímida e reservada, que adora estudar música clássica. Enquanto os jovens de sua idade estão ouvindo rap e pauleiras em geral, ela está disciplinamente trancada em seu quarto praticando seu instrumento do coração, o violoncelo. Seus pais são do tipo moderninho, mas ela prefere fazer o estilo mais careta e conservador. Seu jeito de ser é abalado quando ela conhece um garoto roqueiro de sua escola que tem uma banda e sonha um dia ser um popstar. O enredo assim vai se desenvolvendo, mostrando em flashbacks o romance adolescente, seus primeiros problemas e o complicado jogo do amor nessa fase da vida, mas não é só isso que o filme procura explorar. Há uma linha narrativa que se passa ao largo dessa história de amor, mostrando ou pelo menos tentando mostrar, que o tempo segue em frente e muitas vezes eventos inesperados podem colocar tudo a perder em questão de segundos. Com esse filme Chloë Grace Moretz parece confirmar seu status de jovem atriz mais promissora de Hollywood. Realmente ela tem surpreendido pelas escolhas certas, mostrando uma segurança em cena digna de profissionais experientes. Se não cair na vala comum das celebridades de tablóides poderá certamente ter um brilhante futuro pela frente. O tempo dirá.
Pablo Aluísio.
Título Original: If I Stay
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), New Line Cinema
Direção: R.J. Cutler
Roteiro: Shauna Cross, Gayle Forman
Elenco: Chloë Grace Moretz, Mireille Enos, Jamie Blackley
Sinopse:
Mia Hall (Chloë Grace Moretz) é filha de um casal que no passado teve até mesmo uma banda de punk rock. Ela ama música, mas nada referente à barulheira que seus pais adoram. Mia é apaixonada mesmo pela riqueza da música clássica e se dedica todos os dias a aprender violoncelo. Quando chega a oportunidade de entrar para uma das mais prestigiadas escolas de música erudita dos Estados Unidos, a Juilliard School em Nova Iorque, ela fica em dúvida se deve seguir em frente com seus sonhos ou ficar em Portland ao lado da família e seu namorado roqueiro. Filme indicado ao People's Choice Awards na categoria de Melhor Filme - Drama.
Comentários:
Um bom romance juvenil com toques espiritualistas em seu roteiro (não convém contar muito sobre isso para não estragar a surpresa do espectador). No geral o roteiro gira em torno da vida de Mia, uma garota normal, talvez um pouco tímida e reservada, que adora estudar música clássica. Enquanto os jovens de sua idade estão ouvindo rap e pauleiras em geral, ela está disciplinamente trancada em seu quarto praticando seu instrumento do coração, o violoncelo. Seus pais são do tipo moderninho, mas ela prefere fazer o estilo mais careta e conservador. Seu jeito de ser é abalado quando ela conhece um garoto roqueiro de sua escola que tem uma banda e sonha um dia ser um popstar. O enredo assim vai se desenvolvendo, mostrando em flashbacks o romance adolescente, seus primeiros problemas e o complicado jogo do amor nessa fase da vida, mas não é só isso que o filme procura explorar. Há uma linha narrativa que se passa ao largo dessa história de amor, mostrando ou pelo menos tentando mostrar, que o tempo segue em frente e muitas vezes eventos inesperados podem colocar tudo a perder em questão de segundos. Com esse filme Chloë Grace Moretz parece confirmar seu status de jovem atriz mais promissora de Hollywood. Realmente ela tem surpreendido pelas escolhas certas, mostrando uma segurança em cena digna de profissionais experientes. Se não cair na vala comum das celebridades de tablóides poderá certamente ter um brilhante futuro pela frente. O tempo dirá.
Pablo Aluísio.
O Homem da Máscara de Ferro
Título no Brasil: O Homem da Máscara de Ferro
Título Original: The Man in the Iron Mask
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: United Artists
Direção: Randall Wallace
Roteiro: Randall Wallace
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jeremy Irons, John Malkovich, Gérard Depardieu, Gabriel Byrne, Peter Sarsgaard
Sinopse:
Na França, durante o auge do absolutismo do reinado de Louis XIV, um grupo de mosqueteiros aposentados resolve ajudar Philippe (Leonardo DiCaprio), irmão gêmeo do cruel monarca francês, que foi encarcerado em uma masmorra com uma torturante máscara de ferro, para que ninguém possa ver sua face. Filme baseado no livro escrito pelo aclamado autor Alexandre Dumas. Filme indicado ao European Film Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Gérard Depardieu).
Comentários:
Um elenco acima da média valorizado por uma produção luxuosa. Esses são os principais méritos de mais uma refilmagem dessa conhecida estória. Se trata da sexta adaptação para as telas do famoso livro. Para se ter uma ideia a primeira versão foi realizada em 1929 com William Bakewell no papel principal. Depois vieram novos remakes em 1939, 1977 (com Richard Chamberlain como Phillipe), 1979 (filme com o título de "O Quinto Mosqueteiro" estrelado por Beau Bridges) e finalmente "O Homem com a Máscara de Ferro" de 1985. Nessa versão de Randall Wallace (o roteirista de "Coração Valente") se optou por realizar um filme com foco mais na diversão, embora sem deixar de lado a carga dramática do livro original. Wallace se preocupou especialmente em desenvolver os personagens dos mosqueteiros, procurando tornar todos mais humanos, com características próprias de cada um. Leonardo DiCaprio também está muito bem em dois personagens. Em um deles, a do Rei Luís XIV, se mostra arrogante, cruel e sanguinário. Um monarca que não perde muito tempo com aspectos morais ou éticos de seus atos condenáveis. No outro, como Philippe, ele muda de personalidade, se revelando um jovem oprimido, mas com uma grande humanidade. Embora não tenha sido realizado nenhuma versão que podemos afirmar com segurança ser a adaptação definitiva do livro, essa aqui se mostra bem superior às demais. Um bom filme, com muita ação, baseado em um dos romances mais conhecidos da literatura mundial.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Man in the Iron Mask
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: United Artists
Direção: Randall Wallace
Roteiro: Randall Wallace
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jeremy Irons, John Malkovich, Gérard Depardieu, Gabriel Byrne, Peter Sarsgaard
Sinopse:
Na França, durante o auge do absolutismo do reinado de Louis XIV, um grupo de mosqueteiros aposentados resolve ajudar Philippe (Leonardo DiCaprio), irmão gêmeo do cruel monarca francês, que foi encarcerado em uma masmorra com uma torturante máscara de ferro, para que ninguém possa ver sua face. Filme baseado no livro escrito pelo aclamado autor Alexandre Dumas. Filme indicado ao European Film Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Gérard Depardieu).
Comentários:
Um elenco acima da média valorizado por uma produção luxuosa. Esses são os principais méritos de mais uma refilmagem dessa conhecida estória. Se trata da sexta adaptação para as telas do famoso livro. Para se ter uma ideia a primeira versão foi realizada em 1929 com William Bakewell no papel principal. Depois vieram novos remakes em 1939, 1977 (com Richard Chamberlain como Phillipe), 1979 (filme com o título de "O Quinto Mosqueteiro" estrelado por Beau Bridges) e finalmente "O Homem com a Máscara de Ferro" de 1985. Nessa versão de Randall Wallace (o roteirista de "Coração Valente") se optou por realizar um filme com foco mais na diversão, embora sem deixar de lado a carga dramática do livro original. Wallace se preocupou especialmente em desenvolver os personagens dos mosqueteiros, procurando tornar todos mais humanos, com características próprias de cada um. Leonardo DiCaprio também está muito bem em dois personagens. Em um deles, a do Rei Luís XIV, se mostra arrogante, cruel e sanguinário. Um monarca que não perde muito tempo com aspectos morais ou éticos de seus atos condenáveis. No outro, como Philippe, ele muda de personalidade, se revelando um jovem oprimido, mas com uma grande humanidade. Embora não tenha sido realizado nenhuma versão que podemos afirmar com segurança ser a adaptação definitiva do livro, essa aqui se mostra bem superior às demais. Um bom filme, com muita ação, baseado em um dos romances mais conhecidos da literatura mundial.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Contagem Regressiva
Título no Brasil: Contagem Regressiva
Título Original: Blown Away
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: John Rice, Joe Batteer
Elenco: Jeff Bridges, Tommy Lee Jones, Suzy Amis
Sinopse:
James 'Jimmy' Dove (Jeff Bridges) trabalha para o esquadrão anti-bombas em Boston. Como é um veterano experiente sempre é designado para os casos mais complicados. Depois de vários anos na ativa decide que irá se dedicar apenas ao ensino de novatos na força policial. Quando seu ex-parceiro é morto por causa de uma explosão de uma bomba terrorista, Jimmy decide ir atrás dos verdadeiros responsáveis pelo atentado criminoso. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Vilão (Tommy Lee Jones) e Melhor Sequência de Ação.
Comentários:
Em meus velhos registros de filmes assistidos acabei dando uma nota muito boa a essa produção quando a assisti pela primeira vez, há 20 anos. Uma nota merecida pois "Blown Away" é uma prova de que o cinema americano também consegue realizar muito bem fitas de pura ação com inteligência e boas atuações. Conforme a trama vai avançando o personagem de Jeff Bridges descobre que um velho fantasma de seu passado pode ser o responsável pelos bem arquitetados atentados à bomba que estão acontecendo. O diretor Stephen Hopkins resolveu inovar na trilha sonora, trazendo uma série de compositores clássicos para trazer uma certa exuberância (alguns diriam "lirismo") às explosões gigantescas que vão surgindo em sucessivos ataques terroristas. Tommy Lee Jones parece muito à vontade em seu papel de vilão, um piromaníaco com ideias anarquistas sem muito sentido. No fundo ele deseja mesmo é explodir a sociedade contemporânea e seus valores distorcidos. Uma diversão garantida, com ótimas cenas e uma dupla de atores que duelando em cena mantém o interesse até o fim.
Pablo Aluísio.
Título Original: Blown Away
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: John Rice, Joe Batteer
Elenco: Jeff Bridges, Tommy Lee Jones, Suzy Amis
Sinopse:
James 'Jimmy' Dove (Jeff Bridges) trabalha para o esquadrão anti-bombas em Boston. Como é um veterano experiente sempre é designado para os casos mais complicados. Depois de vários anos na ativa decide que irá se dedicar apenas ao ensino de novatos na força policial. Quando seu ex-parceiro é morto por causa de uma explosão de uma bomba terrorista, Jimmy decide ir atrás dos verdadeiros responsáveis pelo atentado criminoso. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Vilão (Tommy Lee Jones) e Melhor Sequência de Ação.
Comentários:
Em meus velhos registros de filmes assistidos acabei dando uma nota muito boa a essa produção quando a assisti pela primeira vez, há 20 anos. Uma nota merecida pois "Blown Away" é uma prova de que o cinema americano também consegue realizar muito bem fitas de pura ação com inteligência e boas atuações. Conforme a trama vai avançando o personagem de Jeff Bridges descobre que um velho fantasma de seu passado pode ser o responsável pelos bem arquitetados atentados à bomba que estão acontecendo. O diretor Stephen Hopkins resolveu inovar na trilha sonora, trazendo uma série de compositores clássicos para trazer uma certa exuberância (alguns diriam "lirismo") às explosões gigantescas que vão surgindo em sucessivos ataques terroristas. Tommy Lee Jones parece muito à vontade em seu papel de vilão, um piromaníaco com ideias anarquistas sem muito sentido. No fundo ele deseja mesmo é explodir a sociedade contemporânea e seus valores distorcidos. Uma diversão garantida, com ótimas cenas e uma dupla de atores que duelando em cena mantém o interesse até o fim.
Pablo Aluísio.
Patch Adams
Título no Brasil: Patch Adams - O Amor é Contagioso
Título Original: Patch Adams
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Maureen Mylander
Elenco: Robin Williams, Daniel London, Monica Potter
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme narra a história do médico Patch Adams (Robin Williams) que em determinado momento de sua vida profissional começa a defender o uso do humor e do riso como fator de recuperação de pacientes internados, em especial de crianças. Suas ideias, consideradas bobas e irrelevantes, acabaram com o tempo sendo comprovadas por estudos realizados nos principais hospitais dos Estados Unidos e Europa. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor filme - comédia ou musical e Melhor Ator (Robin Williams).
Comentários:
Uma visão mais humana da medicina, em essência era essa a principal proposta do médico americano Patch Adams. Ele foi o principal precursor de trazer maior calor humano para dentro dos frios (e muitas vezes aterrorizantes) ambientes hospitalares. Inicialmente tudo o que pregava foi visto pela comunidade médica apenas como uma bobagem inofensiva, até que alguns anos atrás a universidade de Harvard promoveu um longo estudo onde se comprovou que as premissas propostas por Adams estavam certas. De fato, principalmente no tratamento de crianças o uso de humor e diversão se revela como algo realmente importante no processo de recuperação. Adams inclusive nunca se fez de rogado, colocando todo o figurino de palhaço para divertir a garotada. O roteiro e seu argumento, como já é fácil de perceber, foram um presente e tanto para o ator Robin Williams. Afinal o próprio personagem lhe abria todo um leque de improvisações de todos os tipos. Ao contracenar com crianças doentes, Williams deu vazão a todo o seu repertório de imitações e piadas, o que divertiu não apenas a garotada, mas o público em geral. Esse aliás sempre foi o veículo perfeito para Williams em sua carreira no cinema, filmes que misturavam drama e comédia em doses exatas. Nesse tipo de produção ele realmente brilhava.
Pablo Aluísio.
Título Original: Patch Adams
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Maureen Mylander
Elenco: Robin Williams, Daniel London, Monica Potter
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme narra a história do médico Patch Adams (Robin Williams) que em determinado momento de sua vida profissional começa a defender o uso do humor e do riso como fator de recuperação de pacientes internados, em especial de crianças. Suas ideias, consideradas bobas e irrelevantes, acabaram com o tempo sendo comprovadas por estudos realizados nos principais hospitais dos Estados Unidos e Europa. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor filme - comédia ou musical e Melhor Ator (Robin Williams).
Comentários:
Uma visão mais humana da medicina, em essência era essa a principal proposta do médico americano Patch Adams. Ele foi o principal precursor de trazer maior calor humano para dentro dos frios (e muitas vezes aterrorizantes) ambientes hospitalares. Inicialmente tudo o que pregava foi visto pela comunidade médica apenas como uma bobagem inofensiva, até que alguns anos atrás a universidade de Harvard promoveu um longo estudo onde se comprovou que as premissas propostas por Adams estavam certas. De fato, principalmente no tratamento de crianças o uso de humor e diversão se revela como algo realmente importante no processo de recuperação. Adams inclusive nunca se fez de rogado, colocando todo o figurino de palhaço para divertir a garotada. O roteiro e seu argumento, como já é fácil de perceber, foram um presente e tanto para o ator Robin Williams. Afinal o próprio personagem lhe abria todo um leque de improvisações de todos os tipos. Ao contracenar com crianças doentes, Williams deu vazão a todo o seu repertório de imitações e piadas, o que divertiu não apenas a garotada, mas o público em geral. Esse aliás sempre foi o veículo perfeito para Williams em sua carreira no cinema, filmes que misturavam drama e comédia em doses exatas. Nesse tipo de produção ele realmente brilhava.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Identidade
Título no Brasil: Identidade
Título Original: Identity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony pictures
Direção: James Mangold
Roteiro: Michael Cooney
Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, Alfred Molina, Rebecca De Mornay
Sinopse:
Um grupo de pessoas fica presa em um pequeno motel de beira de estrada durante uma forte nevasca. Todos parecem ter algum motivo para estarem lá, além de apresentar características em comum. Para o nervoso dono do estabelecimento a coisa fica ainda mais complicada, uma vez que um a um os hóspedes começam a morrer. Afinal, o que estaria por trás de toda aquela situação mórbida? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Thriller e Melhor lançamento em DVD.
Comentários:
O grande trunfo desse filme é o seu roteiro. O espectador vai acompanhando o enredo, pensando estar vendo uma estória sendo narrada de forma linear, sob um ponto de vista bem objetivo e nos momentos finais acaba percebendo que tudo não passa de um grande erro de percepção. A passagem de um ponto de vista cinematográfico objetivo para um mergulho na mente subjetiva do personagem principal é até hoje uma das mais bem boladas narrativas cinematográficas que já vi. O elenco também está muito bem, todos dando o suporte necessário para que a ideia central que move o filme tenha êxito no final de tudo. Como John Cusack está no centro da trama, cabe a ele trazer todos os segmentos e camadas que movem seu personagem, que é bem mais complexo do que muitos pensam. Outra boa decisão do diretor James Mangold foi desenvolver todos os acontecimentos dentro de um clima hostil e nebuloso, tal como se fosse a mente de uma pessoa com problemas de separar a realidade de meros delírios. Talvez o único "senão" envolvido nesse filme é que se trata de um daqueles thrillers que uma vez decifrados perdem todo o impacto inicial. Não é um suspense para se assistir mais de uma vez, já que seu impacto provém mesmo da primeira exibição (e da surpresa que envolverá o público). Depois disso grande parte do choque já foi absorvido e não causará mais o mesmo impacto.
Pablo Aluísio.
Título Original: Identity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony pictures
Direção: James Mangold
Roteiro: Michael Cooney
Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, Alfred Molina, Rebecca De Mornay
Sinopse:
Um grupo de pessoas fica presa em um pequeno motel de beira de estrada durante uma forte nevasca. Todos parecem ter algum motivo para estarem lá, além de apresentar características em comum. Para o nervoso dono do estabelecimento a coisa fica ainda mais complicada, uma vez que um a um os hóspedes começam a morrer. Afinal, o que estaria por trás de toda aquela situação mórbida? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Thriller e Melhor lançamento em DVD.
Comentários:
O grande trunfo desse filme é o seu roteiro. O espectador vai acompanhando o enredo, pensando estar vendo uma estória sendo narrada de forma linear, sob um ponto de vista bem objetivo e nos momentos finais acaba percebendo que tudo não passa de um grande erro de percepção. A passagem de um ponto de vista cinematográfico objetivo para um mergulho na mente subjetiva do personagem principal é até hoje uma das mais bem boladas narrativas cinematográficas que já vi. O elenco também está muito bem, todos dando o suporte necessário para que a ideia central que move o filme tenha êxito no final de tudo. Como John Cusack está no centro da trama, cabe a ele trazer todos os segmentos e camadas que movem seu personagem, que é bem mais complexo do que muitos pensam. Outra boa decisão do diretor James Mangold foi desenvolver todos os acontecimentos dentro de um clima hostil e nebuloso, tal como se fosse a mente de uma pessoa com problemas de separar a realidade de meros delírios. Talvez o único "senão" envolvido nesse filme é que se trata de um daqueles thrillers que uma vez decifrados perdem todo o impacto inicial. Não é um suspense para se assistir mais de uma vez, já que seu impacto provém mesmo da primeira exibição (e da surpresa que envolverá o público). Depois disso grande parte do choque já foi absorvido e não causará mais o mesmo impacto.
Pablo Aluísio.
Stargate
Título no Brasil: Stargate
Título Original: Stargate
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Dean Devlin, Roland Emmerich
Elenco: Kurt Russell, James Spader, Jaye Davidson
Sinopse:
Um aparelho de teletransporte interestelar, encontrado nas areias escaldantes do Egito, leva todos os que nele entram a um estranho universo, em outra dimensão, a um planeta com seres humanos que se assemelham aos antigos egípcios e que adoram o deus Rá, na verdade uma entidade extraterrestre com poderes especiais. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção. Também indicado nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Talvez seja o único filme assinado por Roland Emmerich que realmente valha a pena. Lançado há vinte anos no Brasil, "Stargate" era uma ficção que apostava alto na imaginação e na criatividade. Criando um elo direto entre civilizações extraterrestes e o antigo Egito, o roteiro realmente era muito original. Hoje em dia de forma curiosa o público em geral associa "Stargate" não tanto a esse longa-metragem, mas sim à série que durou longas dez temporadas (de 1997 até 2007). Confesso que esse seriado nunca me cativou, não acompanhei e os poucos episódios que assisti não me deixaram impressionado. Como eu já escrevi, bom mesmo é esse filme que acabou dando origem a tudo. Com um elenco muito bom, protagonizado pela dupla Kurt Russell e James Spader (antes de ficar careca e mais cool), o roteiro procurava explorar um universo todo próprio. Em termos de efeitos especiais não havia o que reclamar, principalmente quando tínhamos em cena antigos deuses da religião do Egito antigo disparando lasers de suas lanças históricas! Realmente tudo muito divertido e inovador. Longe dos excessos que iriam macular sua carreira nos anos que viriam, Roland Emmerich conseguiu acertar a mão, lidando com um argumento bem criado e bem desenvolvido. Assim deixamos a dica do verdadeiro "Stargate" que anda bem esquecido atualmente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Stargate
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Dean Devlin, Roland Emmerich
Elenco: Kurt Russell, James Spader, Jaye Davidson
Sinopse:
Um aparelho de teletransporte interestelar, encontrado nas areias escaldantes do Egito, leva todos os que nele entram a um estranho universo, em outra dimensão, a um planeta com seres humanos que se assemelham aos antigos egípcios e que adoram o deus Rá, na verdade uma entidade extraterrestre com poderes especiais. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção. Também indicado nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Talvez seja o único filme assinado por Roland Emmerich que realmente valha a pena. Lançado há vinte anos no Brasil, "Stargate" era uma ficção que apostava alto na imaginação e na criatividade. Criando um elo direto entre civilizações extraterrestes e o antigo Egito, o roteiro realmente era muito original. Hoje em dia de forma curiosa o público em geral associa "Stargate" não tanto a esse longa-metragem, mas sim à série que durou longas dez temporadas (de 1997 até 2007). Confesso que esse seriado nunca me cativou, não acompanhei e os poucos episódios que assisti não me deixaram impressionado. Como eu já escrevi, bom mesmo é esse filme que acabou dando origem a tudo. Com um elenco muito bom, protagonizado pela dupla Kurt Russell e James Spader (antes de ficar careca e mais cool), o roteiro procurava explorar um universo todo próprio. Em termos de efeitos especiais não havia o que reclamar, principalmente quando tínhamos em cena antigos deuses da religião do Egito antigo disparando lasers de suas lanças históricas! Realmente tudo muito divertido e inovador. Longe dos excessos que iriam macular sua carreira nos anos que viriam, Roland Emmerich conseguiu acertar a mão, lidando com um argumento bem criado e bem desenvolvido. Assim deixamos a dica do verdadeiro "Stargate" que anda bem esquecido atualmente.
Pablo Aluísio.
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