sábado, 10 de janeiro de 2015
A Grande Ilusão
Título Original: The Truth About Emanuel
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: MRB Productions
Direção: Francesca Gregorini
Roteiro: Francesca Gregorini, Sarah Thorp
Elenco: Kaya Scodelario, Jessica Biel, Alfred Molina
Sinopse:
Emanuel (Kaya Scodelario) aparenta ser uma garota normal, mas carrega um sentimento de culpa pois ao nascer sua mãe morreu. Assim ela desenvolveu ao longo dos anos um tipo de trauma psicológico desse acontecimento trágico. Ela mora com seu pai e uma madrasta que não simpatiza. Precisando de grana acaba aceitando o convite para trabalhar como babysitter da nova vizinha, Linda (Jessica Biel). O que ela não suspeita é que existe algo de muito estranho naquela casa. Filme indicado ao Sundance Film Festival na categoria de Melhor Filme (Drama).
Comentários:
Um filme de complicada definição. De certa maneira todo o enredo se apóia bastante na carismática presença da personagem Emanuel (interpretada pela ótima Kaya Scodelario). Com uma personalidade um tanto mórbida ela vai levando sua vidinha sem muitos planos para o futuro. De dia trabalha em uma loja de produtos médicos e à noite descola alguns trocados trabalhando como babá nas redondezas. A nova vizinha parece ser mãe solteira e alega ter um bebezinho que precisa de cuidados. Quando Emanuel chega lá para trabalhar descobre que a criança simplesmente não existe e Linda (Biel, sem nenhuma sensualidade) parece delirar ao tratar uma boneca como se fosse sua própria filha real! O interessante nesse roteiro é que ele começa a tentar desorientar ao espectador ao criar um certo clima surreal onde o público fica sem saber direito se a mãe está completamente surtada ou se é a babá que criou um mundo estranho em sua própria mente (ela também tem delírios esquisitos, como se estivesse sendo afogada nos lugares mais inusitados). Com duas mulheres que parecem enlouquecidas em cena tudo vira um enorme jogo de manipulação e segredo sobre o que realmente estaria acontecendo. Particularmente gostei do argumento diferente e da proposta fora do comum. Além disso há pequenos detalhes que vão melhorando o filme conforme sua trama vai se desenvolvendo como a bem sacada trilha sonora (só com canções francesas) e o estranho namoro de Emanuel com um carinha que ela conhece no metrô (a forma como eles fazem para sempre sentarem juntos durante as viagens é divertida e rende bons momentos). Vale a visita.
Pablo Aluísio.
Justiça Cega
Título Original: Internal Affairs
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mike Figgis
Roteiro: Henry Bean
Elenco: Richard Gere, Andy Garcia, Nancy Travis
Sinopse:
Raymond Avilla (Andy Garcia) é um membro da corregedoria do departamento de polícia de Los Angeles que começa uma investigação envolvendo o policial Dennis Peck (Richard Gere). Ele aparenta ser um tira acima de qualquer suspeita, bem visto pelos colegas de profissão. Raymond porém desconfia de sua honestidade nas ruas, já que há muitas evidências apontando contra ele e seu modo de agir. Suas movimentações financeiras levam a crer que há algo de muito obscuro naquele policial tão conceituado em sua profissão.
Comentários:
Um muito bem realizado thriller policial colocando em lados opostos dois atores carismáticos, Richard Gere e Andy Garcia. Gere interpreta um policial manipulador, mulherengo e desonesto que descobre que as ruas podem lhe trazer muito dinheiro. Usando de todos os tipos de extorsões e chantagens ele começa a reunir um belo patrimônio pessoal. Incompátivel com o que ganha, suas contas bancárias logo chamam a atenção da corregedoria. Andy Garcia interpreta Raymond Avilla, o agente encarregado de desmascarar sua vida de crimes. Ele é um mauricinho, que se veste de forma impecável, com cabelo engomadinho e que não goza de popularidade entre os demais policiais. Bem diferente do estilo de Peck (Gere), que é popular, falastrão e querido entre seus colegas. O problema é que o primeiro está na linha e o segundo é um contumaz violador da lei. Roteiro bem trabalhado, apoiado basicamente nas diferenças de estilos dos dois personagens principais, sempre prontos a destruírem um ao outro. O cenário é as ruas violentas de Los Angeles. Por falar nisso uma crítica comum que se fez ao filme em seu lançamento foi a de que o diretor inglês Mike Figgis não tinha familiaridade suficiente com o dia a dia da costa oeste americana, em especial de suas grandes cidades, para rodar um filme de caos urbano como esse. Bobagem, tudo já estava devidamente criado em seu roteiro, então era apenas uma questão de não atrapalhar um enredo que já era bom o suficiente por si próprio. Então é isso, "Internal Affairs" é um bom filme policial, onde se inverte a ordem natural das coisas nesse tipo de filme, sendo que os membros da corregedoria dessa vez é que são os mocinhos da estória. Está bem recomendado.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
A Luta Pela Esperança
Título no Brasil: A Luta Pela Esperança
Título Original: Cinderella Man
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Miramax
Direção: Ron Howard
Roteiro: Cliff Hollingsworth, Akiva Goldsman
Elenco: Russell Crowe, Renée Zellweger, Paul Giamatti, Craig Bierko
Sinopse:
Com história baseada em fatos reais o filme "A Luta Pela Esperança" conta as dificuldades pelas quais passam Jim Braddock (Russell Crowe) e sua esposa Mae (Renée Zellweger), um casal que luta pela sobrevivência durante os anos da grande depressão da economia americana. Ele tenciona se tornar um lutador de boxe de sucesso, mas as derrotas e os fracassos estão sempre presentes em sua trajetória. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição, Melhor Maquiagem e Melhor Ator Coadjuvante (Paul Giamatti). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Russell Crowe) e Melhor Ator Coadjuvante (Paul Giamatti).
Comentários:
Muita gente boa não gostou do clima depressivo desse filme. Alegaram que o enredo era muito baixo astral, com um final mordaz. Eu penso de outra maneira. Acredito que a atual infantilização do cinema americano tem prejudicado dramas mais sérios e centrados como esse. O realismo do mundo real, das dificuldades financeiras e da pobreza precisam ser explorados pelo cinema, caso contrário teremos apenas fantasia e mais fantasia, transformando a sétima arte em um labirinto de hedonismo desenfreado. A realidade social deve sempre ser explorada nas telas, afinal como arte o cinema também tem muito a contribuir com a conscientização da sociedade como um todo. Além disso não podemos ignorar que os grandes clássicos da história foram moldados em torno de histórias reais de luta pela sobrevivência de seus principais personagens.
Dito isso também temos que reconhecer que temos aqui em mãos um belo roteiro e uma reconstituição sublime de época, tudo aliado a excelentes interpretações. O personagem Jim Braddock se mostrou muito adequado para Russell Crowe. Ele é do tipo rude, mas de bom coração. Renée Zellweger, por outro lado, já demonstrava que suas obsessões com plásticas começavam a prejudicar seu trabalho, afinal de contas como tornar verossímil uma caracterização de dona de casa dos anos 1930 aparecendo na tela com os lábios cheios de botox?! Hoje inclusive ela está simplesmente irreconhecível pois fez uma plástica desastrosa ano passado que descaracterizou suas feições, a transformando praticamente em outra pessoa! Melhor se sai Paul Giamatti, um grande ator, de muitos recursos, geralmente roubando as atenções para si por causa de suas inspiradas atuações. Deixando tudo isso de lado temos que reconhecer que "Cinderella Man" é de fato uma ótima opção que agradará aos mais conscientes que estejam em busca de algo mais em termos de conteúdo e profundidade.
Pablo Aluísio.
Como Treinar o Seu Dragão 2
Título Original: How to Train Your Dragon 2
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: Dean DeBlois
Roteiro: Dean DeBlois, Cressida Cowell
Elenco: Jay Baruchel, Cate Blanchett, Gerard Butler
Sinopse:
Cinco anos depois das aventuras do primeiro filme Soluço e seu fiel dragão de estimação seguem sua saga. Agora encontram um novo vilão pela frente, um sujeito mau que deseja transformar todos os dragões em armas de guerra. Para sua alegria porém o jovem viking finalmente conhece sua mãe, há muitos anos dada como desaparecida. Ela agora dedica sua vida à proteção dos dragões ao redor do mundo. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Animação. Também indicado ao Annie Awards em dez categorias, entre elas Melhor Animação e Melhores Efeitos Digitais.
Comentários:
Dentro do milionário mundo das animações digitais essa é uma das franquias mais lucrativas da Dreamworks (para quem não sabe o estúdio de Steven Spielberg fundado há 20 anos). Com personagens carismáticos e uma infinidade de bichinhos em cena (sim, os próprios dragões aqui viram pets simpáticos), "How to Train Your Dragon 2" traz todos os ingredientes da fórmula para repetir o sucesso do primeiro filme. Em termos de roteiro essa sequência pode até ser considerada mais bem desenvolvida, com a adição de novos personagens, alguns muito bons, como a própria mãe do protagonista, uma doce senhora que aprendeu a conviver com os dragões de forma pacífica e harmoniosa. Era agora dedica sua vida pela proteção dos animais. Além disso um filme para crianças como esse não pode abrir mão de desfilar centenas de novos dragões na tela para alegria da garotada que aqui conhecerá também aquele que é considerado o "maior de todos os dragões", um tipo enorme, mas também muito justo e que no fundo só pede respeito por sua espécime. Enfim, uma animação que com absoluta certeza agradará aos garotos e garotas na faixa entre sete e dez anos, pois foi justamente para eles que tudo foi produzido. Diversão garantida.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso
Título Original: Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso
Ano de Produção: 2011
País: Brasil
Estúdio: Canal Brasil
Direção: Fabio Sallva, Rafael Jannareli, Jonas Souza
Roteiro: Fabio Sallva, Rafael Jannareli, Jonas Souza
Elenco: Lobão, Arnaldo Brandão, Claudio Tognolli, Edgard Scandurra, Fernanda Franceschetto, Flávia Scherner
Sinopse:
Curta-metragem que tenta captar em rápidos depoimentos um pouco da personalidade do cantor e compositor brasileiro Lobão. Produtores, músicos, radialistas e empresários dão um pouco de suas próprias visões sobre esse músico sempre tão polêmico. Suas brigas, problemas com a lei e sua visão de mundo formam o painel explorado pelo documentário.
Comentários:
Um curta que mais parece uma pequena reportagem tenta em breves momentos capturar os aspectos mais interessantes da vida desse sempre polêmico roqueiro nacional. O curioso é que mesmo sendo um filme tão fugaz não haverá problemas por parte do espectador em captar esses fragmentos para assim montar sua própria visão do rockstar, até porque Lobão nunca realmente saiu da mídia, sendo que vira e mexe ele está novamente se envolvendo em algum tipo de encrenca. Atualmente, por exemplo, o bom e velho Lobão tem se destacada por suas posturas políticas, onde ataca de forma incansável o atual governo do PT, atolado em corrupção generalizada até o pescoço! Esse aspecto porém está de fora do filme. Ao invés disso são tecidas rápidas pinceladas em momentos importantes de sua vida, como a prisão por porte de drogas, sua atitude rebelde e contestadora, sua luta pela formação de um cenário independente e sua música, sempre tão honesta e verdadeira. Pequeno, mas bem informativo curta. Vale a pena conhecer.
Pablo Aluísio.
Vingança Violenta
Título Original: Forced Vengeance
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: James Fargo
Roteiro: Franklin Thompson, James Fargo
Elenco: Chuck Norris, Mary Louise Weller, Camila Griggs
Sinopse:
Chuck Norris interpreta Josh Randall, um americano que trabalha em um cassino de Hong Kong. Ele tem uma grande amizade com o dono do estabelecimento e se sente impelido a agir depois que esse começa a ser intimidado por um grupo criminoso que tenciona comprar o estabelecimento de qualquer jeito. Quando seu patrão e seu filho são mortos por isso, Randall não vê outra saída a não ser partir para a vingança sem limites, uma vez que a quadrilha agora elege como novo alvo a única filha do dono do cassino assassinado.
Comentários:
Um filme de Chuck Norris na MGM poucos meses antes de assinar com a Cannon, onde iria realizar seus filmes mais conhecidos e lembrados. A tônica dessa produção americana é bem clara: tentar repetir o êxito dos filmes de artes marciais de Hong Kong, fitas produzidas em série que faziam grande sucesso no mercado oriental e que contavam também com um grande grupo de fãs dentro dos Estados Unidos. O roteiro por essa razão seguia os passos do que era realizado no extremo oriente, geralmente explorando o enredo de alguém bom de briga que partia para uma vingança de cunho pessoal. Norris assim se mostrava o ator ideal para o papel, pois era um campeão reconhecido nos EUA desde os anos 70 quando chegou a contracenar com o grande ídolo do gênero Bruce Lee. Curiosamente o filme não tem tantos exageros como na fase Braddock de Norris, preferindo não seguir um estilo tão over como nas tradicionais fitas de kung fu. Mesmo assim se você gosta do estilo não se preocupe, pois há várias sequências muito boas de artes marciais. Um excelente programa, com muita diversão para os fãs de Chuck Norris e seu estilo macho de fazer cinema.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Grito de Horror
Título Original: The Howling
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Joe Dante
Roteiro: John Sayles, baseado no livro de Gary Brandner
Elenco: Dee Wallace, Patrick Macnee, Dennis Dugan
Sinopse:
Depois de um encontro bizarro e quase fatal com um serial killer, uma jornalista de televisão é enviada para um resort de verão nas montanhas remotas do meio oeste americano. O que ela nem desconfia é que os estranhos moradores locais guardam um segredo terrível, que poderá custar inclusive sua vida. Imagine seu pior medo se tornando realidade. Filme vencedor na categoria de Melhor Filme de Terror na Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films. Também vencedor na categoria de Melhor Direção (Joe Dante) do Avoriaz Fantastic Film Festival.
Comentários:
Joe Dante sempre foi um dos mais interessantes pupilos de Steven Spielberg. Como se sabe o sucesso e a fama de Spielberg durante os anos 1970 e 80 catapultaram seu nome a se tornar uma verdadeira marca dentro da indústria. Assim ele logo começou a também produzir filmes de cineastas amigos como Joe Dante e Robert Zemeckis, por exemplo. De todos os diretores que foram patrocinados por Spielberg nessa época, Dante foi um dos mais talentosos. Seu diferencial vinha do fato de ser um fã assumido da cultura pop americana em todos os seus níveis, quadrinhos, TV e música. Dentro desse caldeirão de influências surgiu um artista que nunca teve receios de ir além em seus filmes. Curiosamente um de seus primeiros sucessos foi justamente esse terror "Grito de Horror". O enfoque do enredo gira em torno de um dos monstros clássicos do cinema, o lobisomem. Esse período inclusive foi muito produtivo para os fãs dessa lenda, uma vez que ultimamente os lobisomens não andam tendo muita sorte, pois atualmente são enfocados apenas em fitas baratas e bastardas dentro do mercado, muitas delas abaixo da crítica. Aqui por outro lado temos um diretor talentoso, lidando com uma trama bem bolada, tudo embalado num ótimo clima nostálgico dos anos 1980. O clímax aliás se tornou famoso, influenciando bastante não apenas no mundo do filmes, mas dos quadrinhos também, isso apesar de ter sofrido críticas de que seria muito violento. Bobagem, isso faz parte do jogo nesse tipo de produção. Recentemente foi realizado um remake, mas de péssima qualidade. Prefira sempre o original, esse assinado por Joe Dante, pois você certamente não vai se arrepender.
Pablo Aluísio.
Hawaii 5-0
Título Original: Hawaii 5-0
Ano de Produção: 2010 - 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Productions
Direção: Steve Boyum, Bryan Spicer
Roteiro: Alex Kurtzman, Peter M. Lenkov
Elenco: Alex O'Loughlin, Scott Caan e Daniel Dae Kim
Sinopse:
Hawaii Five-0 (Havaí 5-0) é o novo remake da clássica série exibida com sucesso na TV americana entre os anos de 1968 a 1980. No enredo acompanhamos as missões de um grupo especial de policiais extremamente bem treinados em sua luta contra o crime organizado nas ilhas havaianas sob sua jurisdição.
Comentários:
Esse remake da antiga série clássica (que nunca assisti mas conhecia de nome) começou meio aos trancos e barrancos mas ultimamente tem acertado o passo. Atualmente em exibição na tv aberta CBS dos EUA o seriado tem conseguido atingir bons índices de audiência. O mérito fica com a bela paisagem do Havaí (muito bem fotografada em lindas tomadas aéreas) e o carisma do elenco, em especial Scott Caan, um baixinho invocado que traz leveza e bom humor na série. Muito carismático ele segura muitas pontas para os episódios não caírem no marasmo ou tédio. Scott, para quem não sabe, é filho de James Caan, um astro do cinema da década de 70. Enfim, o que temos aqui é uma série policial bem decente que anda mesmo agradando ao público americano uma vez que já está em sua quarta temporada! Não é inovadora ou genial mas como passatempo está bom demais. Vale a pena dar uma espiada!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Rock Star
Título Original: Rock Star
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stephen Herek
Roteiro: John Stockwell
Elenco: Mark Wahlberg, Jennifer Aniston, Dominic West
Sinopse:
Chris Cole (Mark Wahlberg) é um jovem que está convencido que nasceu para ser um cantor de rock, uma estrela, um rockstar! A vida porém não é nada fácil, apesar de contar com o apoio de sua namorada, Emily Poule (Jennifer Aniston), que também acredita em seus sonhos de grandeza, Chris passa os dias trabalhando em um emprego medíocre, sem grana para deixar a casa dos pais. Tudo anda mal até que finalmente a grande chance bate à sua porta: ele é convidado para substituir o vocalista de uma conhecida banda de rock, a Steel Dragon. Filme indicado ao prêmio da Motion Picture Sound Editors, na categoria de Melhor Edição de Som.
Comentários:
Já não se fazem mais rockstars como antigamente. Foi essa frase a primeira que me veio à cabeça quando esse filme terminou. É curioso, o filme é de 2001, mas em minha mente tinha a impressão que ele era muito mais antigo - provavelmente porque o esqueci rapidamente, quase de forma instantânea. Esse é aquele tipo de filme que você já sabe de antemão que não é lá grande coisa. Na época das locadoras de vídeo era o tipo de fita que você pegava quando não encontrava mais nenhuma daquelas que você planejava assistir. Para não dar viagem perdida acabava levando para casa, torcendo para que fosse pelo menos bom o suficiente para chegar ao final sem desligar o aparelho de DVD. Bom, a boa notícia é que consegui chegar ao final, a má é que foi dureza! Com um visual muito pop para ser levado à sério o filme brinca (ou usa deliberadamente por falta de talento) com os clichês que povoam o mundo musical. Aquela coisa toda de carinha pobre, mas talentoso, que deseja subir na vida com o poder de sua música! Mark Wahlberg parece ter gostado muito de fazer o filme já que na vida real ele é um músico frustrado. Agora, ninguém merece o visual completamente fake de Jennifer Aniston! Será que alguém realmente achou que ela era uma groupie daquela época? Penso que não. Enfim, "Rockstar" é isso aí, se fosse um fast food seria uma batatinha frita, daquelas bem gordurosas, que só fazem mal e não alimentam em nada. The End.
Pablo Aluísio.
O Protetor
Título Original: The Equalizer
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Richard Wenk, Michael Sloan
Elenco: Denzel Washington, Marton Csokas, Chloë Grace Moretz
Sinopse:
Robert McCall (Denzel Washington) é um sujeito metódico que tem uma vida bem comum. Todos os dias após o trabalho ele vai até um pequeno restaurante para realizar suas refeições. Lá acaba conhecendo casualmente Teri (Chloë Grace Moretz), uma jovem prostituta que sonha um dia se tornar cantora. Quando ela começa a sofrer todos os tipos de agressão de um membro da máfia russa local, McCall decide agir para lhe ajudar. Isso desencadeia uma série de eventos que acabam em um verdadeiro banho de sangue. Filme indicado ao People's Choice Awards na categoria Melhor Thriller do ano.
Comentários:
Eu fiquei bem surpreso com esse "The Equalizer". O ator Denzel Washington vinha em uma levada mais intelectual em sua carreira e então ele, para minha surpresa, resolveu participar desse filme de ação cujo roteiro me lembrou muito os filmes de ação da década de 1980. Não é para menos. O roteiro não se destaca por ser original demais ou trazer surpresas, bem ao contrário, o enredo é até manjado e não ficaria muito surpreendido em ver outro ator ao estilo Chuck Norris ou Steven Seagal no lugar de Denzel. Claro que pelo fato dele estar no elenco procurou-se fazer algo melhor, porém isso não muda a essência da produção que investe novamente na figura do "exército de um homem só", um super agente treinado que usa seu aprendizado para trazer um pouco de justiça na sociedade. Aliás, deixando tudo bem claro, o personagem de Denzel é em última análise um justiceiro ou como os americanos gostam de chamar um vigilante, um homem (quase) comum que resolve lutar contra o crime e a opressão usando de violência sem limites. Por falar nisso a longa cena final, toda passada dentro de um estabelecimento Walmart surpreende pela maneira em que Denzel resolve liquidar seus opositores, usando ferramentas comuns de construção civil como furadeiras e lançadores de pregos! Divertido, mas também pouco convincente. No saldo final não vejo nada muito especial no filme a não ser essa corajosa tentativa de reviver velhos clichês oitentistas para as novas plateias de hoje em dia.
Pablo Aluísio.