sábado, 14 de dezembro de 2013
Jason X
Título Original: Jason X
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Isaac
Roteiro: Victor Miller, Todd Farmer
Elenco: Kane Hodder, Lexa Doig, Jeff Geddis
Sinopse:
O imortal psicopata Jason Voorhees (Kane Hodder) é levado até o espaço onde cientistas do século XXV pretendem estudar sua natureza violenta. Os planos porém saem dos eixos e Jason retorna para mais um festival de matanças, dessa vez com tecnologia high-tech.
Comentários:
Depois de dez filmes é de se esperar que qualquer franquia vire uma piada, ainda mais "Sexta-Feira 13" cujos roteiros não evoluíram muito ao longo dos anos. Tudo bem a saturação é esperada mas também não precisavam fazer uma paródia tão rasteira e boba como essa. A intenção de fazer um filme propositalmente trash, nonsense, não deu certo. Claro que os fãs de Jason compraram a ideia do filme em ver o manjado serial killer em pleno espaço mas não há como negar a decepção. O roteiro é mal feito, o elenco é de uma nulidade absurda e o clima que imita os filmes B não funciona. O personagem surge em cena com novo visual, mais parecendo um andróide mas quem vai se importar com esse tipo de bobagem? Uma pena que a Paramount tenha repassado os direitos da franquia para a New Line sem se importar com o que fizessem com Jason. No final tudo se resumiu a uma piada sem graça onde quase ninguém riu! Esqueça qualquer esperança de ver algo divertido. Jason X é simplesmente muito ruim e mais nada.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Sr. & Sra. Smith
Título no Brasil: Sr e Sra Smith
Título Original: Mr. & Mrs. Smith
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises
Direção: Doug Liman
Roteiro: Simon Kinberg
Elenco: Brad Pitt, Angelina Jolie, Adam Brody, Vince Vaughn
Sinopse:
John (Brad Pitt) e Jane Smith (Angelina Jolie) são assassinos profissionais mas como era de se esperar escondem sua verdadeira profissão um para o outro. Na vida de casados tudo caminha para a rotina e para a banalidade mas quando estão trabalhando a adrenalina sobe à mil. Por um ironia do destino acabarão descobrindo a vida secreta de cada um, dando origem a muita ação e aventura!
Comentários:
Foi durante as filmagens desse filme que Brad Pitt e Angelina Jolie começaram a se relacionar, bem debaixo do nariz de Jennifer Aniston que só ficou sabendo de tudo pela imprensa, poucas semanas depois. Tirando a fofoquinha de bastidores da lado, o filme é um misto de policial e comédia, com várias cenas bem exageradas, no que parece ser uma tendência de Hollywood no ano em que o filme foi lançado. Muita gente achou uma porcaria tremenda! Eu qualifico apenas como uma diversão ligeira e só. Tudo bem, em termos de qualidade cinematográfica o filme pode sim ser considerado um passo atrás na vida profissional de Brad Pitt, já que ele vinha fazendo tantos filmes bons. De qualquer maneira definiria tudo como descartável. O enredo vai a mil, numa velocidade absurda com uma profusão propositada de cenas impossíveis de ação. Para contrabalancear isso, temos o suposto romance entre os personagens que saiu das telas e invadiu a vida privada dos atores. O problema é que ambos eram casados na época. Bom, como estamos falando de Hollywood, isso de fato não foi um grande obstáculo para eles. No geral é uma diversão sem maior importância.
Pablo Aluísio.
Apenas Amigos
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Adam 'Tex' Davis
Elenco: Ryan Reynolds, Amy Smart, Anna Faris, Julie Hagerty, Chris Klein, Chris Marquette
Sinopse:
Chris Brander (Ryan Reynolds) sempre foi apaixonado por sua amiga de escola Jamie Palamino (Amy Smart). O namoro de seus sonhos porém nunca se concretizou porque ele era um garoto gordinho, acima do peso. E ela sempre o considerou apenas como um amigo da escola. O tempo passa e ele acaba voltando para a cidade da sua juventude, reencontrando Jamie. Será que agora ele conseguirá conquistar o coração dela?
Comentários:
Filme bem divertido e ao mesmo tempo com toques emocionais, por mais incrível que isso possa parecer. Só o cinema americano consegue mesclar esse tipo de coisa, situações de comédias retardadas com um fundo de história que muita gente vai se identificar. É o conhecido caso do sujeito que é apaixonado por uma garota, mas que é colocado na "friendzone" por ela. Ou seja, você se vê na situação de ser apaixonado por uma mulher que o vê apenas como amigo! Se identificou ou não? Claro que sim. Em algum momento de sua vida isso aconteceu. O Ryan Reynolds consegue fazer humor do mais raso estilo débil mental e ainda trazer carga emocional para seu personagem. Amy Smart é uma graça, uma loira linda que deixaria qualquer um apaixonado por ela e a Anna Faris está impecável como uma cantora teen, ídolo adolescente, que é completamente sem noção em tudo o que faz. Enfim, curti mesmo esse filme. Tem momentos para rir, momentos para ficar com pena do protagonista, um romantismo bem colocado. É bacana, definitivamente é uma comédia romântica bacana. E isso é tudo.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Sombras do Além
Título Original: Shadows, Hellgate
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos, Tailândia
Estúdio: Capitol Motion Pictures
Direção: John Penney
Roteiro: John Penney
Elenco: William Hurt, Cary Elwes, Ploy Jindachote
Sinopse:
Após um acidente de carro na Tailândia, o americano Jeff Mathews (Cary Elwes) passa por um longo período de recuperação. Ao recobrar a consciência descobre que seu pequeno filho e sua esposa não sobreviveram ao trágico evento. Para piorar sua situação ele começa a apresentar uma série de alucinações envolvendo pessoas mortas em acidentes também fatais. Seu desespero vai aumentando ao ponto dele finalmente procurar ajuda. Warren Mills (William Hurt), um guia espiritual meio hippie, tentará fazer com que Mathews supere essas aparições inexplicáveis.
Comentários:
Pela sinopse até parece interessante, infelizmente é melhor deixar o entusiasmo de lado. Esse "Shadows" é muito confuso, atira para todos os lados e tenta criar algum clima de verdadeiro terror - sem sucesso. Um dos grandes problemas é o roteiro truncado que apela inúmeras vezes para sustos fáceis. As aparições de pessoas mortas que se recusam a atravessar para o lado da luz (ou das trevas) logo se torna banal, diluindo o impacto que poderiam ter. O filme erra várias vezes no desenrolar dos acontecimentos e só melhora um pouquinho com a presença de William Hurt. Infelizmente as esperanças logo se vão também pois seu personagem logo se torna um coadjuvante de luxo. A maquiagem é fraca e os efeitos não empolgam. O final tenta apelar um pouco e o enredo quase vira uma espécie de "Indiana Jones espiritual" (por mais estranho que isso possa parecer!). O saldo final certamente é negativo pois pouco do que é prometido é realmente entregue ao espectador. Enfim, uma película de terror que pode ser classificada como mediana para fraca. Existem coisas melhores por aí. Pode ser dispensado sem maiores problemas.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
A Garota
Não há como negar que essa nova produção da HBO também é um filme interessante, principalmente para quem adora conhecer os bastidores do mundo do cinema. Claro que o retrato pintado do famoso cineasta vai decepcionar bastante os fãs dele. Afinal o Alfred Hitchcock que vemos aqui é praticamente uma ruína de homem. Além de ser obsessivamente perturbado com suas estrelas loiras ele ainda se mostrava muito complexado com sua própria imagem. Se achava gordo e asqueroso, incapaz de conquistar uma de suas atrizes. Além disso em determinado momento o próprio Hitch confidencia ao seu roteirista que trocaria tudo, sua carreira, seus filmes, sua fama e dinheiro, pela chance de ter um relacionamento com uma linda mulher como Tippi Hedren mas que isso era de fato impossível pois ele era impotente! Informações demais para você? Certamente! Mesmo assim temos que sempre agradecer quando filmes assim são produzidos pois o que pode ser mais delicioso para um cinéfilo do que dar uma espiada no set de filmagens de seus filmes preferidos? Acredito que pouca coisa.
A Garota (The Girl, Estados Unidos, 2012) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Gwyneth Hughes, Donald Spoto / Elenco: Sienna Miller, Toby Jones, Imelda Staunton / Sinopse: "A Garota" conta os bastidores de filmagens de dois clássicos do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Durante os trabalhos acaba ficando completamente apaixonado pela jovem e novata Tippi Hedren, estrelinha dos filmes.
Pablo Aluísio.
O Mensageiro
Claro que não precisa de muitas cenas para o espectador compreender bem o tom ufanista e patriota que Costner desfila no roteiro. A novela de David Brin no qual o filme se baseou é justamente isso, uma ode à existência do Estado, mostrando que fora dele a convivência da sociedade é completamente impossível e desumana. Quando o personagem de Costner vai a grupos de sobreviventes ele representa não apenas um carteiro mas sim a prova de que a nação organizada ainda existe. A ironia de tudo é que ele, na verdade, apesar de se passar por um servidor público, não é coisa nenhuma, pois seu objetivo é apenas convencer os sobreviventes de que ainda existem os Estados Unidos. Certamente para os brasileiros esse tipo de argumento vai soar no mínimo muito esquisito, afinal nunca fomos conhecidos pelo nosso patriotismo ou nada parecido. Provavelmente se o enredo se passasse no Brasil e o tal mensageiro chegasse aos lugares com a bandeira nacional seria logo agredido mas enfim, deixemos as especulações de lado. O fato é que apesar do tom até meio bobinho o filme não é ruim e funciona. Obviamente o espectador terá que criar algum vínculo com a mensagem principal do roteiro mas feito isso poderá se divertir. De fato "O Mensageiro" passa longe de ser um desastre tão grande quanto foi "Waterworld". Podem conferir sem maiores receios.
O Mensageiro (The Postman, Estados Unidos, 1997) Direção: Kevin Costner / Roteiro: Eric Roth, baseado na obra de David Brin / Elenco: Kevin Costner, Will Patton, Larenz Tate, James Russo / Sinopse: Para restaurar a fé, o patriotismo e a esperança em um mundo pós-apocalíptico, um homem se faz passar por carteiro do governo dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Gremlins
Joe Dante sempre foi muito ligado ao mundo dos quadrinhos e animações. Além disso trabalhou ao lado de Roger Corman onde aprendeu todos os macetes para se fazer pequenos mas envolventes filmes de terror e fantasia. Aqui em "Gremlins" ele encontrou o meio ideal para colocar para fora tudo o que havia aprendido ao lado do mestre Corman. O roteiro de Chris Columbus (que anos depois traria Harry Potter para o cinema pela primeira vez) é um primor de criatividade e humor negro. Assim que chegou nos cinemas o público respondeu positivamente até porque quem resistiria aos próprios Gremlins, figuras fofinhas que viravam pequenos monstros anarquistas e destruidores após serem molhados ou alimentados após a meia noite. Por falar no tais bichinhos, o cineasta Joe Dante acertou em cheio ao apostar nos chamados animatronics. Sem efeitos especiais exagerados (não havia ainda a tecnologia digital dos dias atuais) ele resolveu aproveitar algo mais analógico o que trouxe muito charme ao resultado final. Os tais Gremlins aliás viraram febre de consumo quando chegaram ao mercado de brinquedos, até porque eles próprios pareciam ursinhos de pelúcia exóticos. Enfim, muita diversão ao estilo anos 80. Em breve teremos um remake, vamos torcer para que não estraguem essa pequena jóia de Joe Dante nessa nova releitura.
Gremlins (Gremlins, Estados Unidos, 1984) Direção: Joe Dante / Roteiro: Chris Columbus / Elenco: Zach Galligan, Phoebe Cates, Hoyt Axton / Sinopse: Veho vendedor chinês vende a Randall Peltzer (Hoyt Axton) um estranho bichinho chamado Gremlim. Ele é um fofura mas caso entre em contato com a água, a luz ou seja alimentado após a meia noite pode dar origem a algo verdadeiramente terrível.
Pablo Aluísio.
Super-Herói: O Filme
Quando assisto produções como essa fico surpreso como um gênero pode decair tanto como esse. Para quem não se lembra essa tipo de filme começou lá no distantes anos 1980 com comédias malucas ao estilo "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu!" (que satirizava os filmes da franquia Aeroporto) e "Top Secret!" (que tirava onda com os filmes de guerra tradicionais). Naquela época, principalmente sob a direção do trio ZAZ (os irmãos Zucker e Jim Abrahams) os filmes eram divertidos, bem bolados, realmente engraçados. Agora o que temos são coisas sem a menor graça, com pitadas grotescas, vulgares, sem uma pingo de talento. Esse "Super-Herói: O Filme" é um típico filme nessa linha. Os risos são raros e as situações não vão lhe fazer rir. Enfim, um desperdício completo de tempo, dinheiro e trabalho. Melhor ignorar.
Super-Herói: O Filme (Superhero Movie, Estados Unidos, 2008) Direção: Craig Mazin / Roteiro: Craig Mazin / Elenco: Drake Bell, Leslie Nielsen, Sara Paxton / Sinopse: Jovem comum é picado por uma libélula e assume a identidade de um novo super-herói, o Homem-Libélula. Filme ao estilo sátira besteirol que procura rir dos filmes de super-heróis que fazem sucesso atualmente no cinema.
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de dezembro de 2013
Desafiando os Limites
Título Original: The World's Fastest Indian
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Roger Donaldson
Elenco: Anthony Hopkins, Diane Ladd, Iain Rea
Sinopse:
Burt Munro (Anthony Hopkins) é considerado velho e ultrapassado pela maioria das pessoas ao seu redor. Para provar que não existe idade para realizar seus sonhos ele decide quebrar o recorde de velocidade nas salinas de Utah com sua moto Indian. Sua meta é transformar seu sonho em realidade e de quebra entrar para o Guinness World Records Book como o homem mais velho a quebrar um recorde de velocidade em motocicletas no mundo.
Comentários:
Infelizmente pouca gente viu esse interessante filme, um projeto muito pessoal do cineasta Roger Donaldson que explora um fato real acontecido com o piloto Burt Munro, um neozelandês obstinado e muito focado que resolveu provar que pessoas da terceira idade conseguiam também atingir grandes feitos na vida, inclusive esportivos. O ator Anthony Hopkins abraçou a ideia a ponto de abrir mão de parte de seu cachê para participar do filme no papel principal. Para ele foi quase uma declaração pessoal, pois assim como o personagem do filme jamais desistiu de sua carreira, se tornando um astro de primeira grandeza no cinema também já com certa idade. Outro ponto atrativo nessa produção é a própria moto Indian. Nos Estados Unidos essa marca de motos é tão cultuada como a Harley-Davidson, o que certamente atrairá o interesse dos amantes de motovelocidade. Por falar nisso as cenas no deserto de sal de Utah são realmente de tirar o fôlego, tal a competência técnica que foi utilizada nas sequências. Em suma, "The World's Fastest Indian" é uma ótima pedida para os fãs do grande Anthony Hopkins, aqui em um filme menor mas não menos precioso.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Expresso Transiberiano
Título Original: Transsiberian
Ano de Produção: 2008
País: Espanha, Alemanha, Inglaterra
Estúdio: Filmax International, Canal+ España
Direção: Brad Anderson
Roteiro: Brad Anderson, Will Conroy
Elenco: Woody Harrelson, Emily Mortimer, Ben Kingsley
Sinopse:
Uma viagem transcontinental entre a China e Moscou, passando pela gelada e inóspita Sibéria se torna um intrigado caso de suspense e morte após um grupo de americanos descobrirem que um crime foi cometido a bordo.
Comentários:
Alguns filmes valem a pena não por serem inovadores, obras primas da sétima arte ou por terem grandes roteiros. Alguns filmes valem a pena por causa de aspectos secundários, que em outras produções, chamariam menos a atenção. É o caso desse "Expresso Transiberiano". O roteiro é até interessante mas sem muitas novidades. Também pudera, desde que a grande escritora Agatha Christie escreveu o famoso livro "Murder on the Orient Express" em 1934 esse tipo de trama como a que vemos aqui deixou de ser novidade. O elenco também não traz nada de muito surpreendente, embora conte com bons atores em seu conjunto. O que no final das contas vale mesmo a pena em "Transsiberian" é a fantástica fotografia de uma das regiões mais selvagens e hostis do planeta, exatamente a rota pelo qual o trem passa em todas as suas viagens. Aliás olhando para todo aquele gelo podemos compreender porque os presos políticos do regime comunista da URSS se consideravam praticamente mortos quando eram enviados à Sibéria. É um mar de gelo e neve que não parece ter fim. Definitivamente não é lugar para um ser humano morar. Belo? Certamente mas apenas em filmes como podemos ver aqui, no aconchego do lar. Enfim, não, a película não é uma obra de arte, nem um clássico do cinema mas vai levar você para uma viagem muito interessante pela inferno gelado da Sibéria.
Pablo Aluísio.